tag:blogger.com,1999:blog-77475336540878305562024-03-12T21:25:53.010-07:00PSEUDO-EPÍGRAFOSVALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-7999589664175515212016-07-09T18:02:00.005-07:002016-07-09T18:02:38.352-07:00EPÍSTOLA AOS LAODICENSES<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Paulo, apóstolo não dos homens nem pelos homens, mas por meio de Jesus Cristo, aos irmãos que
estão em Laodicéia:
Graças para vós e paz de Deus Pai e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Agradeço a Cristo em todas as minhas preces porque permaneceis n'Ele e perseverais em suas obras,
aguardando a promessa do dia do julgamento.
Que não sejais enganados pelas pregações vãs de alguns para que não vos afastem da verdade do
Evangelho que foi por mim proclamado.
Permita Deus, agora, que aqueles que foram enviados por mim para professarem a verdade do
Evangelho lhes possam ser úteis e realizem boas obras para a obtenção da vida eterna.
No momento, minhas cadeias se evidenciam - eu que sofro em Cristo - pelas quais sou feliz e me
alegro.
Isso me serve para a salvação eterna que se efetua por vossas preces e pela ajuda do Espírito Santo,
seja na vida, seja na morte; pois que minha vida está em Cristo e morrer é alegria.
Isto quer Sua misericórdia fazer em vós: que tenhais o mesmo amor e permaneçais unidos.
Portanto, amados, o que ouvistes quando de minha estadia entre vós assim o conservai e agi no
temor de Deus, e tereis em vós a vida para sempre; pois é Deus que opera em vós, e fazei sem
hesitação o que deveis fazer.
E no mais, amados, alegrai-vos em Cristo e tende cuidado com aqueles que procuram lucros
sórdidos.
Possam todos vossos pedidos chegarem a Deus e ficai firmes no sentimento de Cristo.
E fazei o que é puro, verdadeiro, adequado, justo e amável.
O que ouvistes e recebestes guardai no vosso coração e tereis a paz convosco.
Saudai a todos os irmãos com o ósculo santo.
Os irmãos na fé vos saúdam.
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vosso espírito.
Cuidai para que esta Epístola seja lida aos Colossenses e que aquela, dos Colossenses, seja lida para
vós.</div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-71178014033056690532016-07-09T17:56:00.001-07:002016-07-09T17:56:06.918-07:00LIVRO: BALEIAS - MARAVILHAS DE DEUSLivro cristão que fala sobre as baleias sob o prisma da criação divina. Os detalhes da anatomia e fisiologia das baleias mostram que elas são maravilhas de Deus.<br />
<br />
Adquira o livro nos sites:<br />
clubedeautores ou no amazon.com<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="capa-do-livro left" style="background-color: white; color: #666666; float: left; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 14px; vertical-align: inherit;">
<img alt="Cover_front_perspective" src="https://s3.amazonaws.com/media.clubedeautores.com.br/downloads/books/212807/preview/cover_front_perspective.png?AWSAccessKeyId=02VTT47Q18YKJ450E5R2&Expires=1491005796&Signature=XhmUDTNYXlnBGcXCfQQLI%2FSkeKI%3D" style="border: none; vertical-align: middle;" /></div>
<div class="descricao left" style="background-color: white; color: #666666; float: left; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 12px; overflow: hidden; padding-left: 17px; vertical-align: inherit;">
<b style="vertical-align: inherit;">Número de páginas:</b> 168<br />
<br style="vertical-align: inherit;" />
<b style="vertical-align: inherit;">Edição:</b> 1(2016)<br />
<br style="vertical-align: inherit;" />
<b style="vertical-align: inherit;">ISBN:</b> 978-1535155687<br />
<br style="vertical-align: inherit;" />
<b style="vertical-align: inherit;">Formato:</b> A5 148x210<br />
<br style="vertical-align: inherit;" />
<b style="vertical-align: inherit;">Acabamento:</b> Brochura c/ orelha<br />
<br style="vertical-align: inherit;" />
<b style="vertical-align: inherit;">Tipo de papel:</b> Offset 75g<br />
<br />
<br />
<br />
LEIA GRATUITAMENTE AQUI.<br />
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="714" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="https://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/key/JX4Z2ITh6BQ15s" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="668"></iframe><br />
<div style="margin-bottom: 5px;">
<strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR/baleias-maravilhas-de-deus" target="_blank" title="BALEIAS, maravilhas de Deus">BALEIAS, maravilhas de Deus</a> </strong>de <strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR" target="_blank">ESCRIBAVALDEMIR</a></strong></div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-7359168284971019072016-05-09T17:16:00.003-07:002016-05-09T17:16:34.375-07:00TESTAMENTO DE MOISÉS<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">Evangelhos apócrifos<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">A Assunção de Moisés<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">Também conhecido como o Testamento de Moisés<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe"
filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:166.5pt;
height:230.25pt'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\VALDEM~1\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg"
o:title="1"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img height="307" src="file:///C:/Users/VALDEM~1/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg" v:shapes="_x0000_i1025" width="222" /><!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">O TESTAMENTO de Moisés acerca das coisas que ele
coordenou nos seus cento e vinte anos de vida por volta do ano dois mil e
quinhentos desde a criação do mundo: Que de acordo o cálculo oriental dois mil
e setecentos e quatro depois da partida da Fenícia, quando o povo tinha feito o
Êxodo que foi feito por Moisés para Amã que fica além do Jordão, na profecia
que foi feita por Moisés no livro do Deuteronômio: e ele chamou a para junto de
si a Josué, o filho de Nun, um homem aprovado por Deus, para que pudesse ser o
ministro do povo e do tabernáculo do testemunho com todas as suas coisas
santas, e que ele poderia levar o povo à terra dada aos seus pais, para que lhe
fosse dada de acordo com o pacto e o juramento que Ele fez no tabernáculo de
confiá-lo a Josué: dizendo a Josué estas palavras: (Sê forte) e de boa coragem
para que se cumpra através de ti tudo aquilo que lhe foi ordenado para que
possas ser imaculado diante de Deus. Assim diz o Senhor do mundo. Porque Ele
criou o mundo em favor de seu povo. Mas Ele não se agradou em manifestar este
propósito da criação desde a fundação do mundo, para que os Gentios pudessem
ser convencidos, sim, para que por sua própria humilhação pudessem por
argumentos convencer uns aos outros. Adequadamente Ele projetou e planejou, e
me preparou antes da fundação do mundo, para que eu fosse o mediador do seu
pacto. E agora eu vos declaro que o tempo dos anos de minha vida se cumpriram e
estou falecendo para dormir com meus pais na presença de todo o povo. E receba
esta escritura pois tu saberás como preservar os livros que eu te entregarei: e
tu fixarás estes em ordem e os ungirá com óleo de cedro e os guardará em
recipientes de barro no lugar que Ele fez desde o princípio da criação do mundo
para que o seu nome fosse invocado até o dia do arrependimento na visitação na
qual Deus os visitará na consumação do fim dos dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">2 E agora eles entrarão por meio de ti na terra que
Ele determinou e prometeu dar aos seus pais, na qual tu abençoarás e darás
individualmente a eles e os confirmará a sua herança em mim e estabelecerá para
eles o reino, e tu os designará magistrados locais de acordo com a boa vontade
do seu Senhor em julgamento e retidão. E cinco anos depois que eles entrarem na
terra, depois que forem regidos pelos chefes e reis durante dezoito anos, e
durante dezenove anos fugirão as dez tribos. E as doze tribos descerão e
transferirão o tabernáculo do testemunho. Então o Deus do céu fará o tribunal
do seu tabernáculo e a torre do seu santuário, e as duas tribos santas serão
(lá) estabelecidos: mas as dez tribos estabelecerão reinos para eles de acordo
com as suas próprias ordenanças. E eles oferecerão sacrifícios ao longo de
vinte anos: e sete fortificarão as paredes, e eu protegerei nove, mas quatro
transgredirão o pacto do Senhor, e profanarão o juramento que o Senhor fez com
eles. E eles sacrificarão seus filhos a deuses estranhos, e eles montarão
ídolos no santuário, para os adorar. E na casa do Senhor eles cometerão
impiedade e gravarão toda forma de bestas, até mesmo muitas abominações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">3 E por esses dias um rei do leste virá contra eles e
a sua cavalaria cobrirá a terra. E ele queimará a sua colônia com fogo junto
com o templo santo de Deus, e ele levará todos os recipientes santos. E
expulsará todo o povo, e os levará para a sua terra natal, sim ele levará as
duas tribos com ele. Então as duas tribos chamarão as dez tribos, e marcharão
como uma leoa nas planícies arenosas, quando faminta e sedenta. E eles chorarão
em voz alta: Justo e santo é o Senhor, porque, já que pecastes, nós também, de
certa forma, fomos levados convosco, junto com nossos filhos. Então as dez
tribos lamentarão ao ouvir as repreensões das duas tribos, e elas dirão: O que
vos fizemos, irmãos? Esta tribulação não veio sobre toda a casa de Israel? 'E
todas as tribos lamentarão, clamando aos céus e dizendo: Deus de Abraão, Deus
de Isaac e Deus de Jacó, lembre-se do teu pacto o qual fizeste com eles, e do
juramento que fizestes por Ti mesmo com eles, de que sua semente jamais
fracassaria na terra que Tu a deste. Então eles se lembrarão de mim, naquele
dia, tribo a tribo e cada homem ao seu vizinho, dizendo: `Não é isto aquilo que
Moisés nos declarou em profecias, que sofreram muitas coisas no Egito e no Mar
Vermelho e no deserto durante quarenta anos: e seguramente chamou céu e terra
para testemunhar contra nós, para que nós não transgredíssemos suas ordens, no
que ele foi um mediador para nós? Vejam que estas coisas nos aconteceram depois
da sua morte de acordo com a sua declaração, como ele nos declarou naquele
tempo, sim, vejam que estas coisas aconteceram até que fossemos levados cativos
para fora para o país do leste. E também estaremos em escravidão durante
aproximadamente setenta e sete anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">4 Então entrarão em um que está acima deles, e ele
espalhará as suas mãos, e se ajoelhará e orará dizendo acerca de seu
comportamento: `Senhor de tudo, Rei no alto trono que rege o mundo e fez com
que este povo fosse Seu povo eleito, então (realmente) Tu fizeste com que
fosses chamado o seu Deus, de acordo com o pacto que fizeste com seus pais. E
mesmo assim eles entraram em cativeiro em outra terra com suas esposas e seus
filhos, e ao redor dos portões de povos estranhos e onde há grande vaidade.
Considere e tenha compaixão deles, O Senhor do céu.' Então Deus se lembrará
deles por causa do pacto que fez com seus pais. E Ele também manifestará sua
compaixão naquele tempo. E Ele porá isto na mente de um rei para que tenha
compaixão deles, e ele os enviará de volta para a sua terra e país. Então
algumas porções das tribos subirão e eles virão para o lugar a eles designado,
e eles cercarão novamente o lugar com muros. E as duas tribos continuarão em
sua fé prescrita, tristes e lamentando porque eles não poderão oferecer
sacrifícios ao Senhor dos seus pais. E as dez tribos aumentarão e multiplicarão
entre os Gentios durante o tempo do seu cativeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">5 E quando o tempo do castigo estiver perto e a
vingança surgir por meio dos reis que compartilham em sua culpa e os castigam,
eles mesmos também estarão divididos quanto à verdade. Portanto, isto tem sido
dito: Eles deixarão de lado a retidão e se aproximarão da iniqüidade, e eles se
sujarão com as poluições da casa de sua adoração, e [porque] eles se
prostituirão com deuses estranhos. Porque eles não seguirão a verdade de Deus,
mas alguns poluirão o altar com os (mesmos) presentes que eles oferecem ao
Senhor, os quais não são sacerdotes mas escravos, filhos de escravos. E muitos
naquele tempo terão respeito para com pessoas desejáveis e receberão presentes,
e o julgamento pervertido [com presentes recebidos]. E nesta ocasião a colônia
estará cheia os limites da sua habitação estarão repletos de iniqüidades e atos
ilegítimos: aqueles que impiamente deixarem o Senhor serão os juízes: eles
estarão prontos para julgar mediante corrupção como cada um pode desejar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">6 Então serão levantados aos reis que suportam a
regra, e eles se chamarão sacerdotes do Deus Altíssimo: e cometerão iniqüidade
no santo dos santos. E um rei insolente os sucederá, um que não será da raça
dos sacerdotes, um tipo de homem ousado e desavergonhado, e ele os julgará como
merecem. E ele cortará seus homens principais com a espada, e os destruirá em
lugares secretos, de forma que ninguém pode saber onde seus corpos estão. Ele
matará o velho e o jovem, e ele não se poupará. Então o temor de sua presença
lhes será amargo em sua própria terra. E ele executará julgamentos sobre eles
como os egípcios já havia executado, durante trinta e quatro anos, e ele os
castigará. E produzirá filhos, (que) o sucedendo regerão por períodos mais
curtos. A suas coortes um rei poderoso do oeste virá, e os conquistará: e ele
os levará cativos, e queimará uma parte do seu templo com fogo, (e) crucificará
alguns ao redor da sua colônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">7 E quando isto for feito chegará o fim dos tempos, em
um momento o (segundo) curso será (findado), às quatro horas virão. Eles serão
forçados... E, no tempo destes, homens destrutivos e incrédulos regerão dizendo
que são justos. E estes incitarão o veneno de suas mentes, pois serão homens
traiçoeiros, egoístas, dissimula-dores em todos os seus negócios e amantes de
banquetes a toda hora do dia. Comilões... Devoradores dos bens do (pobre)
dizendo que eles fazem assim com base em sua justiça, mas na verdade querem
destruí-los, estes são queixosos, enganadores, que se escondem para que não
sejam reconhecidos, incrédulos, cheios de impiedade cometendo iniqüidade de sol
a sol: dizendo: Nós teremos banquetes e luxo, enquanto comemos e bebemos, e nós
nos estimaremos como príncipes. E apesar de suas mãos e mentes tocarem coisas
imundas, no entanto, suas bocas falarão grandes coisas, e eles dirão também:
Não me toque para que não me polua em meu lugar (onde eu estou)...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">8 E virá sobre eles uma segunda visitação e ira, como
não os aconteceu desde o princípio até aquele tempo, tempo no qual Ele moverá
contra eles o rei dos reis da terra e um que rege com grande poder, que
crucificará aqueles que confessarem à sua circuncisão: e esses que esconderem
(isto) ele torturará e os entregará para que sejam amarrados e lançados na
prisão. E as suas esposas serão dadas aos deuses entre os Gentios, e os seus
filhos jovens serão operados pelos médicos para apresentar o seu prepúcio. E
outros entre eles serão castigados com torturas, fogo e espada, e eles serão
forçados a suportar em público aos seus ídolos, sendo poluídos como aqueles que
já o são. E eles serão forçados igualmente por aqueles que os torturam a entrar
no santuário interno, e eles serão forçados por ferros a blasfemar com
insolência contra a palavra, e depois destas coisas as leis e o que eles
tiverem sobre o altar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">9 Então naquele dia haverá um homem da tribo de Levi,
cujo nome será Taxo que tendo sete filhos falará com eles exortando-os:
Observem, meus filhos, vejam um segundo cruel (e) uma visitação impura que veio
sobre o povo, e um castigo impiedoso e muito maior que o primeiro. Pelo qual a
nação ou a região ou o povo daqueles que são ímpios diante do Senhor, e que
cometeram muitas abominações, que sofreram tão grandes calamidades como nos
aconteceu? Agora, portanto, meus filhos, ouçam-me: notem e saibam que nem os
pais nem os antepassados deles tentaram a Deus, para transgredir as suas
ordens. E para que tu saibas que esta é nossa força, e assim nós faremos.
Jejuemos por três e no quarto entremos em uma caverna que está no campo, e
morramos ao invés de transgredir as ordens do Senhor dos Senhores, o Deus de
nossos pais. Porque se nós fizermos isto e morrermos, nosso sangue será vingado
diante do Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">10 E então o reino dele aparecerá através de toda Sua
criação, e então Satanás não mais existirá, e a tristeza partirá com ele. Então
serão enchidas as mãos do anjo que foi designado principal, e ele os vingará
dos seus inimigos. Porque o Único Divino surgirá do seu trono real, e Ele sairá
de sua santa habitação com indignação e ira por causa dos Seus filhos. E a
terra tremerá: até os seus confins será estremecida: E as montanhas altas serão
baixadas e as colinas sacudirão e cairão. E serão quebrados os chifres do sol e
ele será transformado em escuridão; E a lua não dará a sua luz, e será
completamente transformada em sangue. E o círculo das estrelas será perturbado.
E o mar descansará no abismo, e as fontes de águas falharão, e os rios secarão.
Porque Altíssimo surgirá, o único Deus Eterno, e Ele aparecerá para castigar os
Gentios, e destruirá todos seus ídolos. Então tu, O Israel, ficará contente, e
montará nos pescoços e asas da águia, e eles serão exterminados. E Deus te
exaltará, e o fará se aproximar do céu das estrelas, no lugar da sua habitação.
E tu olharás do alto e verá seus inimigos no Geenna e os reconhecerá e se
alegrará, e dará graças e confessará ao teu Criador. E tu; Josué (filho de)
Nun, guarde estas palavras e este livro; Porque de minha morte [assunção] até o
Seu advento haverá 250 vezes [= ano-semanas = 1750 anos]. E este é o curso dos
tempos que eles procurarão até que eles estejam consumados. E eu irei dormir
com meus pais. Portanto, Josué (filho de) Nun, (sê forte e) tenha bom ânimo;
(porque) Deus (o) escolheu para ser o ministro deste mesmo pacto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">11 E quando Josué ouviu as palavras de Moisés que
foram assim escritas na sua escritura tudo aquilo que ele tinha dito antes,
rasgou suas roupas e se lançou aos pés de Moisés. E Moisés o confortou e chorou
com ele. E Josué lhe respondeu e disse: Por que tu me confortas, (meu) senhor
Moisés? E como eu serei confortado com respeito à palavra amarga que tu falaste
a qual foi adiante de tua boca, que está cheia de lágrimas e lamentação, com a
qual deixas o teu povo? (Mas agora) que lugar o receberá? Ou qual será o sinal
que marcará o (seu) sepulcro? Ou quem ousará mover seu corpo de lá como se
fosse um mero homem? Porque todos os homens quando morrem tem de acordo com a
idade os seus sepulcros na terra; mas seu sepulcro é da subida ao pôr-do-sol, e
do sul aos confins do norte: todo o mundo é seu sepulcro. Meu senhor, estás
partindo, e quem alimentará este povo? Ou quem há que tenha compaixão deles e
quem será seu guia pelo caminho? Ou quem orará por eles, sem omitir um único
dia, para que eu possa os conduzir na terra dos seus antepassados? Como então
eu nutrirei este povo como um pai (o dele) sendo apenas filho, ou como uma mão
a sua filha, uma virgem que está sendo preparada para ser entregue ao marido
que ela venerará, enquanto ela guarda sua pessoa do sol e (toma cuidado) para
que seus pés não fiquem descalços por correr no chão. (E como) eu os proverei
com comida e bebida de acordo com o prazer da vontade deles? Porque eles devem
ser por volta de 600.000 (os homens), porque estes se multiplicaram a este
ponto por causa de suas orações, (meu) senhor Moisés. E que sabedoria ou entendimento
tenho eu para que eu deva julgar ou responder através da palavra na casa (do
Senhor)? E os reis do Amoreus também quando eles ouvem que nós estamos os
atacando, acreditarão que não estará mais entre eles o espírito santo que era
digno do Senhor, múltiplo e incompreensível, o senhor da palavra, que era fiel
em todas as coisas, o profeta principal de Deus ao longo da terra, o mestre
mais perfeito do mundo, [que não está mais entre eles], dirão "Marchemos
contra eles. Se o inimigo apenas uma vez agiu impiamente contra o seu Deus,
eles não têm nenhum defensor para oferecer suas orações, como Moisés o grande
mensageiro que todos os dias de dia e de noite teve os seus joelhos fixados na
terra, orando e procurando a ajuda dEle para que regesse todo o mundo com
compaixão e justiça, fazendo-o lembrar do pacto dos pais e propiciando o Deus
com juramento." Porque eles dirão: "Ele não está com eles: vamos
então e os destruamos e os lancemos para fora da face da terra." O que
restará então deste povo, meu senhor, Moisés?"<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 14.2pt;">
<span style="font-size: 16.0pt;">12 E quando Josué terminou (estas) palavras, ele se
lançou novamente aos pés de Moisés. E Moisés tomou sua mão e o elevou ao
assento diante dele, e lhe respondeu e disse: Josué, não menospreze a ti mesmo;
mas fixe sua mente, e ouça minhas palavras. Todas as nações que estão na terra
Deus as criou assim como a nós, Ele as previu assim como a nós desde o
princípio da criação da terra até o fim dos tempos, e nada foi negligenciado
por Ele mesmo a coisa mais insignificante, e todas as coisas Ele previu e fez
tudo acontecer. (Sim) todas as coisas que estão nesta terra Deus previu e,
veja, elas são apresentadas (à luz... O Senhor) as tem usado e me designou para
(orar) pelos seus pecados e (fazer intercessão) por eles. Não por qualquer
virtude ou força minha, mas de sua boa vontade tem ele compaixão e
longanimidade encerrado minha sorte. Porque eu vos digo, Josué: não é por causa
da piedade deste povo que tu lançará fora as nações. As luzes do céu, os
fundamentos da terra foram feitos e foram aprovados por Deus e estão debaixo do
anel de sinete da sua mão direita. Então, esses que fazem e cumprem as ordens
de Deus aumentarão e prosperarão: mas esses que pecam e fixam e negligenciam as
ordens estarão sem as bênçãos mencionadas, e eles serão castigados com muitos
tormentos pelas nações. Mas lançar fora completamente e os destruir não é
permitido. Porque Deus irá adiante pois previu todas as coisas para sempre, e o
seu pacto foi estabelecido pelo juramento que...<o:p></o:p></span></div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-73243543711087025452016-05-09T17:14:00.001-07:002016-05-09T17:14:31.037-07:00LIVRO: PARAPSICOLOGIA BÍBLICAEsta obra é rara, dificilmente se encontra no meio cristão livro que aborde os fenômenos paranormais a luz da Bíblia. O Escriba Valdemir publicou este livro em dezenas de livrarias virtuais, tanto impresso como no formato de e-book.<br />
Compre-o no clubedeautores.com ou no amazon.com<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img alt="Cover_front_medium" height="400" src="https://s3.amazonaws.com/media.clubedeautores.com.br/downloads/books/188333/preview/cover_front_medium.jpg?AWSAccessKeyId=02VTT47Q18YKJ450E5R2&Expires=1485725542&Signature=Egj2pkUuv0G0nmCiRYSjX540H9M%3D" width="282" /><br />
<br />
<div class="cXenseParse" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; text-align: start; vertical-align: inherit;">
<div style="font-size: 12px; line-height: 24px; vertical-align: inherit;">
Pesquisadores modernos após várias consultas a história das civilizações concluíram que os fenômenos paranormais sempre acompanharam a humanidade, a estes fenômenos os homens atribuíram a responsabilidade a diversos seres tais como fadas, pitões, duendes, ondinas, deuses, extraterrestres, gnomos, larvas astrais, espíritos desencarnados, demônios, poltergeists, gênios etc. O que há de verdade em tudo isso? A Parapsicologia foi criada como uma ciência complementar da psicologia, a fim de investigar possíveis poderes mentais que vão além da mente como é conhecida. O próprio termo parapsicologia significa: "a margem da mente".</div>
</div>
<div class="cXenseParse" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; text-align: start; vertical-align: inherit;">
<div style="font-size: 12px; line-height: 24px; vertical-align: inherit;">
De uma coisa os investigadores estão convictos: existem forças operando neste mundo além daquela que é explicada. Há mais mistérios entre os céus e a terra do que imagina a nossa vã filosofia. Exemplos destes mistérios são os fenômenos de: hipnotismo, sonhos, milagres, adivinhações, vultos, vozes, materializações de objetos, glossolalia, intuições, curas etc... São manifestações desconhecidas pela ciência ortodoxa, mas que desde o século XX passou a ser estudada.</div>
<div style="font-size: 12px; line-height: 24px; vertical-align: inherit;">
<b style="line-height: normal; vertical-align: inherit;">Número de páginas:</b><span style="line-height: normal;"> 157 </span><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><b style="line-height: normal; vertical-align: inherit;">Edição:</b><span style="line-height: normal;"> 1(2015) </span><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><b style="line-height: normal; vertical-align: inherit;">ISBN:</b><span style="line-height: normal;"> 978-1512394504 </span><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><b style="line-height: normal; vertical-align: inherit;">Formato:</b><span style="line-height: normal;"> A5 148x210 </span><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><b style="line-height: normal; vertical-align: inherit;">Coloração:</b><span style="line-height: normal;"> Preto e branco </span><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><b style="line-height: normal; vertical-align: inherit;">Acabamento:</b><span style="line-height: normal;"> Brochura c/ orelha </span><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><br style="line-height: normal; vertical-align: inherit;" /><b style="line-height: normal; vertical-align: inherit;">Tipo de papel:</b><span style="line-height: normal;"> Offset 75g</span></div>
</div>
</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="714" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="https://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/key/4wFzHMM1JyVgWG" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="668"></iframe><br />
<div style="margin-bottom: 5px;">
<strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR/parapsicologia-bblica" target="_blank" title="PARAPSICOLOGIA BÍBLICA">PARAPSICOLOGIA BÍBLICA</a> </strong>from <strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR" target="_blank">ESCRIBAVALDEMIR</a></strong></div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-27994235995554738392016-04-03T16:41:00.001-07:002016-04-03T16:41:17.432-07:00APOCALIPSE DE PAULO - WIKIPEDIA<h1 class="firstHeading" id="firstHeading" lang="pt" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-bottom-color: rgb(170, 170, 170); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; font-family: 'Linux Libertine', Georgia, Times, serif; font-size: 1.8em; font-weight: normal; line-height: 1.3; margin: 0px 0px 0.25em; overflow: visible; padding: 0px;">
Apocalipse de Paulo</h1>
<div class="mw-body-content" id="bodyContent" style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 0.875em; line-height: 1.6; position: relative; z-index: 0;">
<div id="siteSub" style="display: inline; font-size: 12.88px;">
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.</div>
<div id="contentSub" style="color: #545454; font-size: 11.76px; line-height: 1.2em; margin: 0px 0px 1.4em 1em; width: auto;">
</div>
<div class="mw-jump" id="jump-to-nav" style="-webkit-user-select: none; height: 0px; margin-bottom: 1.4em; margin-top: -1.4em; overflow: hidden; zoom: 1;">
<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#mw-head" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;"></a><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#p-search" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;"></a></div>
<div class="mw-content-ltr" dir="ltr" id="mw-content-text" lang="pt" style="direction: ltr;">
<div class="hatnote" style="font-style: italic; margin-bottom: 0.5em; padding-left: 1.6em;">
<img alt="Disambig grey.svg" data-file-height="200" data-file-width="260" height="15" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Disambig_grey.svg/20px-Disambig_grey.svg.png" srcset="//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Disambig_grey.svg/30px-Disambig_grey.svg.png 1.5x, //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Disambig_grey.svg/40px-Disambig_grey.svg.png 2x" style="border: none; vertical-align: middle;" width="20" /> <b>Nota:</b> Este artigo é sobre o apócrifo do Novo Testamento. Para o manuscrito <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gn%C3%B3stico" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Gnóstico">gnóstico</a> de nome similar, veja <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_Copta_de_Paulo" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Apocalipse Copta de Paulo">Apocalipse Copta de Paulo</a>.</div>
<div style="line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
O <b>Apocalipse de Paulo</b> é um texto do século IV dC que é dos <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ap%C3%B3crifos_do_Novo_Testamento" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Apócrifos do Novo Testamento">apócrifos do Novo Testamento</a> <sup class="reference" id="cite_ref-1" style="line-height: 1; unicode-bidi: isolate; white-space: nowrap;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#cite_note-1" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;">[1]</a></sup> . Existe também uma versão <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Eti%C3%B3pico" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Etiópico">etiópica</a> do Apocalipse, na qual é a <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_Maria" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Virgem Maria">Virgem Maria</a>ao invés de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Paulo de Tarso">Paulo</a> que recebe a visão e, por isso, chamado de <b>Apocalipse da Virgem</b>.</div>
<div style="line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
O texto não deve ser confundido com o <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gn%C3%B3stico" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Gnóstico">gnóstico</a> <i><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_Copta_de_Paulo" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Apocalipse Copta de Paulo">Apocalipse Copta de Paulo</a></i>, com o qual provavelmente não tem nenhuma relação.</div>
<div style="line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
</div>
<div class="toc" id="toc" style="background-color: #f9f9f9; border: 1px solid rgb(170, 170, 170); display: table; font-size: 13.3px; padding: 7px; zoom: 1;">
<div id="toctitle" style="direction: ltr; text-align: center;">
<h2 style="background: none; border: none; color: black; display: inline; font-size: 13.3px; line-height: 1.3; margin: 1em 0px 0.25em; overflow: hidden; padding: 0px;">
Índice</h2>
<span class="toctoggle" style="-webkit-user-select: none; font-size: 12.502px;"> [<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#" id="togglelink" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;">esconder</a>] </span></div>
<ul style="list-style-image: none; list-style-type: none; margin: 0.3em 0px; padding: 0px;">
<li class="toclevel-1 tocsection-1" style="margin-bottom: 0.1em;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#Conte.C3.BAdo" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;"><span class="tocnumber" style="display: table-cell; padding-left: 0px; padding-right: 0.5em; text-decoration: inherit;">1</span><span class="toctext" style="display: table-cell; text-decoration: inherit;">Conteúdo</span></a></li>
<li class="toclevel-1 tocsection-2" style="margin-bottom: 0.1em;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#Vers.C3.B5es" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;"><span class="tocnumber" style="display: table-cell; padding-left: 0px; padding-right: 0.5em; text-decoration: inherit;">2</span><span class="toctext" style="display: table-cell; text-decoration: inherit;">Versões</span></a></li>
<li class="toclevel-1" style="margin-bottom: 0.1em;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#Refer.C3.AAncias" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;"><span class="tocnumber" style="display: table-cell; padding-left: 0px; padding-right: 0.5em; text-decoration: inherit;">3</span><span class="toctext" style="display: table-cell; text-decoration: inherit;">Referências</span></a></li>
<li class="toclevel-1 tocsection-3" style="margin-bottom: 0.1em;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#Liga.C3.A7.C3.B5es_externas" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;"><span class="tocnumber" style="display: table-cell; padding-left: 0px; padding-right: 0.5em; text-decoration: inherit;">4</span><span class="toctext" style="display: table-cell; text-decoration: inherit;">Ligações externas</span></a></li>
<li class="toclevel-1 tocsection-4" style="margin-bottom: 0.1em;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Paulo#Bibliografia" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;"><span class="tocnumber" style="display: table-cell; padding-left: 0px; padding-right: 0.5em; text-decoration: inherit;">5</span><span class="toctext" style="display: table-cell; text-decoration: inherit;">Bibliografia</span></a></li>
</ul>
</div>
<div style="line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
</div>
<div class="thumb tleft" style="border: none; clear: left; float: left; margin: 0.5em 1.4em 0.8em 0px; width: auto;">
<div class="thumbinner" style="background-color: #f9f9f9; border: 1px solid rgb(204, 204, 204); font-size: 13.16px; overflow: hidden; padding: 3px; text-align: center; width: 152px;">
<a class="image" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paul_Apostle.jpg" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;"><img alt="" class="thumbimage" data-file-height="500" data-file-width="219" height="342" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b8/Paul_Apostle.jpg/150px-Paul_Apostle.jpg" srcset="//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b8/Paul_Apostle.jpg 1.5x, //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b8/Paul_Apostle.jpg 2x" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); vertical-align: middle;" width="150" /></a><div class="thumbcaption" style="border: none; font-size: 12.3704px; line-height: 1.4em; padding: 3px; text-align: left;">
<div class="magnify" style="float: right; margin-left: 3px; margin-right: 0px;">
<a class="internal" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paul_Apostle.jpg" style="-webkit-user-select: none; background: linear-gradient(transparent, transparent), url("data:image/svg+xml,%3C%3Fxml%20version%3D%221.0%22%20encoding%3D%22UTF-8%22%20standalone%3D%22no%22%3F%3E%0A%3Csvg%20xmlns%3D%22http%3A%2F%2Fwww.w3.org%2F2000%2Fsvg%22%20viewBox%3D%220%200%2011%2015%22%20width%3D%2215%22%20height%3D%2211%22%3E%0A%20%20%20%20%3Cg%20id%3D%22magnify-clip%22%20fill%3D%22%23fff%22%20stroke%3D%22%23000%22%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cpath%20id%3D%22bigbox%22%20d%3D%22M1.509%201.865h10.99v7.919h-10.99z%22%2F%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cpath%20id%3D%22smallbox%22%20d%3D%22M-1.499%206.868h5.943v4.904h-5.943z%22%2F%3E%0A%20%20%20%20%3C%2Fg%3E%0A%3C%2Fsvg%3E%0A"); color: #0b0080; display: block; height: 11px; overflow: hidden; text-decoration: none; text-indent: 15px; white-space: nowrap; width: 15px;" title="Ampliar"></a></div>
<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Paulo de Tarso">Paulo</a>, num <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dcone" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Ícone">ícone</a> russo do século XVIII</div>
</div>
</div>
<div style="line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
O texto parece ser uma elaborada expansão e rearranjo do <i><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse_de_Pedro" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Apocalipse de Pedro">Apocalipse de Pedro</a></i> e é essencialmente a descrição de uma visão do <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9u_(religi%C3%A3o)" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Céu (religião)">Céu</a> e, em seguida, do <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Inferno" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Inferno">Inferno</a> - embora também contenha um <a class="extiw" href="https://pt.wiktionary.org/wiki/pr%C3%B3logo" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #663366; text-decoration: none;" title="wikt:prólogo">prólogo</a> descrevendo toda a criação e apelando a Deus contra os pecados dos homens, nada disto presente no Apocalipse de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedro" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="São Pedro">Pedro</a>. Ao final do texto, Paulo (ou Maria) conseguem persuadir Deus a dar a todos no Inferno um dia de folga aos domingos.</div>
<div style="line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
O texto estende o Apocalipse de Pedro estruturando as razões para as visitas ao Céu e o Inferno como sendo o testemunho da morte e julgamento de um homem mau e um homem bom. O texto é fortemente moralista e acrescenta ao texto anterior, além disso, os seguintes conceitos:</div>
<dl style="margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.2em;"><dd style="margin-bottom: 0.1em; margin-left: 1.6em; margin-right: 0px;"><ul style="list-style-image: url("data:image/svg+xml,%3C%3Fxml%20version%3D%221.0%22%20encoding%3D%22UTF-8%22%3F%3E%0A%3Csvg%20xmlns%3D%22http%3A%2F%2Fwww.w3.org%2F2000%2Fsvg%22%20version%3D%221.1%22%20width%3D%225%22%20height%3D%2213%22%3E%0A%3Ccircle%20cx%3D%222.5%22%20cy%3D%229.5%22%20r%3D%222.5%22%20fill%3D%22%2300528c%22%2F%3E%0A%3C%2Fsvg%3E%0A"); margin: 0.3em 0px 0px 1.6em; padding: 0px;">
<li style="margin-bottom: 0.1em;">Orgulho é a raiz de todo o mal</li>
<li style="margin-bottom: 0.1em;">O Céu é a terra de leite e mel</li>
<li style="margin-bottom: 0.1em;">O Inferno tem rios de fogo e gelo (para os de coração gelado)</li>
<li style="margin-bottom: 0.1em;">Alguns anjos são maus - os <a class="mw-redirect" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Anjos_ca%C3%ADdos" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Anjos caídos">Anjos caídos</a> do Inferno - incluindo <a class="new" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Temeluchus&action=edit&redlink=1" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #a55858; text-decoration: none;" title="Temeluchus (página não existe)">Temeluchus</a>, o <a class="new" href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tartaruchi&action=edit&redlink=1" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: none; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #a55858; text-decoration: none;" title="Tartaruchi (página não existe)">tartaruchi</a></li>
</ul>
</dd></dl>
</div>
</div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-29941792915171478252016-04-03T16:27:00.000-07:002016-04-03T16:27:12.662-07:00ブック:生物学 - 進化の神話進化の神話上の日本語で、この本を出版ウラジミールスクライブは、本は、など、いくつかのオンライン書店で購入することができます。<br />
<br />
http://www.amazon.com/Ikimonogaku-shinka-shinwa-Shinka-ron-Japanese/dp/1530731364/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1459697570&sr=8-1&keywords=Ikimonogaku+%E2%80%93+shinka+no+shinwa<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="http://ecx.images-amazon.com/images/I/41ntmgrqbZL._SX331_BO1,204,203,200_.jpg" height="400" width="266" /></div>
https://clubedeautores.com.br/book/206567--Ikimonogaku__shinka_no_shinwa?topic=liberdadepolitica%26seguranca#.VwE3SPkrLIU<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 12px; line-height: 24px;">この本は生物学は進化論を反駁し、作成を担当一つとして神をあがめるの明確な目的を持っています。聖書は、この本を通して、私たちは人生の主のタイトルで神に課税、行為17.24から28で述べているように私たちは、男性に非常に近いです作成者にこのボリュームを捧げます。男性は彼らの存在がここに創造の行為ではなく、プロセスの進展に由来この文献を発表しました。神への真の信者は、この本は、人生と人間の起源についての自分の信念を強化します。科学者たちは、何の信念が、その唯一の目的から研究をそらすべきではないことを指摘し、科学の発展を妨げる理論の再考をお願い:真実を。</span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="714" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="https://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/key/En42h04Zta5fbr" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="668"></iframe><br />
<div style="margin-bottom: 5px;">
<strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR/ss-60387915" target="_blank" title="生物学 – 進化の神話">生物学 – 進化の神話</a> </strong>from <strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR" target="_blank">ESCRIBAVALDEMIR</a></strong></div>
<br />
あなたが変換エラーを見つけた場合は、Facebook経由の作者に知らせます:<br />
<br />
https://www.facebook.com/centrodeevangelismouniversal/VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-64729417616632319432016-03-11T08:22:00.001-08:002016-03-11T08:22:53.859-08:00LIVRO: O DIABO ESTÁ AO SEU LADOO Escriba Valdemir publicou este livro e pode ser comprado impresso ou em e-book no endereço abaixo, além de dezenas de outras editoras e livrarias virtuais. Pode ser lido na íntegra logo a seguir.<br />
<br />
https://www.clubedeautores.com.br/book/204955--O_Diabo_esta_ao_seu_lado?topic=desenvolvimento#.VuIzdfkrLIU<br />
<div style="text-align: center;">
<img alt="Cover_front_medium" height="320" src="https://s3.amazonaws.com/media.clubedeautores.com.br/downloads/books/204955/preview/cover_front_medium.jpg?AWSAccessKeyId=02VTT47Q18YKJ450E5R2&Expires=1480560891&Signature=RC6qM2ndcN9rvzDaKdyNfWHghg4%3D" width="225" /></div>
<div class="MsoNormal">
Tive inúmeras experiências com os demônios, e a cada dia tenho novas experiências. Ninguém passa por este mundo sem sentir por algum momento uma perturbação em sua vida. Um vulto que passou por trás de você, uma voz chamando seu nome e você não vê ninguém. Um pesadelo extremamente assustador. Um impulso maligno para fazer algo contrário a sua consciência. Muitas vezes uma voz, como se houvesse outra pessoa discutindo em sua mente com você, te tentando para fazer algo proibido. Cada um fazendo uma retrospectiva da sua vida perceberá que em alguns momentos uma presença maligna o cercou. Não tem como evitar isso. Aliás, quanto mais a pessoa se volta para Deus, mais chances ela terá de sentir o Mal lhe rondando, lhe cercando e espreitando sua vida, porque o Diabo não quer ninguém bem. <o:p></o:p></div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="714" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="https://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/key/Az2i5LUeK0A87O" style="border: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="668"></iframe><br />
<div>
<br /></div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-27244475851900885692015-12-15T17:12:00.002-08:002015-12-15T17:12:33.415-08:00LIVRO: ENTENDA A CONGREGAÇÃO CRISTÃ - VOLUME I<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "arial" , "tahoma" , "helvetica" , "freesans" , sans-serif; font-size: 13.524px; line-height: 20.286px;">Escriba Valdemir publica livro ENTENDA A CONGREGAÇÃO CRISTÃ - VOLUME I, contendo as deliberações das convenções de 1936 a 1964 com comentários. 168 páginas (Pode ser adquirido impresso por:amazon.com, clubedeautores.com.br e outras livrarias virtuais). </span><br />
<br />
<img alt="Cover_front_medium" src="https://s3.amazonaws.com/media.clubedeautores.com.br/downloads/books/198945/preview/cover_front_medium.jpg?AWSAccessKeyId=02VTT47Q18YKJ450E5R2&Expires=1473122812&Signature=vBw7YErqTDTJiAccx%2F3msoRCMsA%3D" /><br />
<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #666666; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 12px; line-height: 24px;">Este livro é parte de uma série na qual irei analisar as deliberações tomadas nas convenções da Congregação Cristã. Minhas reflexões sobre a CCB não tem o intuito de acusa-la como seita, nem também de divulga-la como a igreja verdadeira. Minhas convicções são pautadas na crença que a Bíblia é a palavra de Deus e que nela encontramos os fundamentos, paredes e cobertura da nossa religião. Outra convicção que tenho é que toda instituição é humana, com falhas, defeitos e compostas por homens pecadores. Se o próprio Jesus ao formar pessoalmente um grupo pequeno de doze homens escolhidos a dedo, ainda assim havia entre eles invejoso, traidor, ladrão, mentiroso etc. Quanto mais em outras comunidades de servos de Deus.Em minhas observações sobre as decisões da CCB, muitas vezes irei tecer caudalosos elogios as suas posturas éticas e doutrinárias. Por outro lado irei fazer ácidas críticas àquilo que considero estar errado.</span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="714" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="//www.slideshare.net/slideshow/embed_code/key/HQpJ6u9hfK4UI1" style="border-width: 1px; border: 1px solid #CCC; margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="668"> </iframe> <br />
<div style="margin-bottom: 5px;">
</div>
<br />
<strong> <a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR/entenda-a-congregao-crist-volume-i-deliberaes-das-convenes-de-1936-a-1964-com-comentrios" target="_blank" title="ENTENDA A CONGREGAÇÃO CRISTÃ - VOLUME I (DELIBERAÇÕES DAS CONVENÇÕES DE 1936 A 1964 COM COMENTÁRIOS)">ENTENDA A CONGREGAÇÃO CRISTÃ - VOLUME I (DELIBERAÇÕES DAS CONVENÇÕES DE 1936 A 1964 COM COMENTÁRIOS)</a> </strong> from <strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR" target="_blank">ESCRIBAVALDEMIR</a></strong> <br />
<div>
<br /></div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-19753883252592007492015-11-15T11:40:00.000-08:002015-11-15T11:40:09.752-08:00CANÔNICOS - APÓCRIFOS E PSEUDO EPÍGRAFOS<div class="noprint" id="auto-nav-sup" style="background-color: white; clear: both; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.4px;">
Escriba Valdemir</div>
<div class="noprint" id="auto-nav-sup" style="background-color: white; clear: both; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.4px;">
<span style="line-height: inherit;"><br /></span></div>
<div class="noprint" id="auto-nav-sup" style="background-color: white; clear: both; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.4px;">
<span style="line-height: inherit;">É bom deixarmos bem claro que pode um livro ser denominado de apócrifo e o fato de ser ou ter sido "escondido" pode não ter nada a ver com religião. Poderia bem ser algo cultural. Mas o fato é que a religião sempre aparece porque as principais listas de livros proibidos que chamam mais atenção datam da Idade Média e temos mais conhecimento de livros proibidos no ocidente e a Igreja Cristã, representada nesta época pela Católica, tinha grande domínio sobre tudo.</span></div>
<div class="mw-content-ltr" dir="ltr" id="mw-content-text" lang="pt" style="background-color: white; direction: ltr;">
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
É curioso, por exemplo, o caso do livro que conta "As Mil e Uma Noites", escrito originalmente em árabe; na Idade Média podia ser traduzido apenas para o latim por ser considerado um livro pornográfico, cujas estórias mais ingênuas seriam as que conhecemos e que, na verdade, hoje são estórias infantis, como "Ali Babá e os Quarenta Ladrões". De certa forma este livro era "oculto" porque somente eruditos liam e escreviam em latim.</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Faz parte da fé de muitas religiões crerem que há livros ou textos inspirados divinamente e não é o caso somente do Cristianismo. Os Cristãos, portanto, crêem que uma Revelação Especial lhes foi dada e muitas das palavras ditas pelos profetas, e outros, foram escritas, às vezes até mesmo bem posteriormente. Apesar de que não podemos de maneira alguma citar o Cristianismo como o único a usar tais conceitos de apócrifos, de liberados ou, ainda, de inspirados, os termos mais comuns que hoje se emprestam a outras ciências, foram usados pelos teólogos, exegetas e linguístas Cristãos, daí ser necessário explicar como estes termos surgiram dentro do Cristianismo.</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Vários termos deveriam ser melhor entendidos para que possamos avançar em nosso assunto. Um deles é a palavra "canon" que significa "vara", instrumento usado para medir, como se medem os centímetros de tecidos, com uma "vara" de um metro. Este termo ficou sendo usado como se dissesse: "Este livro passa pela medida que o qualifica como inspirado por Deus".</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Outro termo é "inspirado", que significava para os pais da Igreja dos primeiros séculos da era cristã, que havia sido Deus que transmitira, seja de qual forma foi, o conteúdo de tal livro. Esta metodologia divina variava, segundo crêem os Cristãos, desde a iluminação da mente de forma que o autor humano fizesse a pesquisa, a busca de fontes, a escolha de material e, enfim, a idealização e escrita do texto, passando por outras metodologias como profecias extáticas (de êxtase, porque "estático" com "s" refere-se ao que está parado) entregues num tipo de transe espiritual, até mesmo escritas feitas pela própria mão de Deus como as tábuas dos dez mandamentos, ou escritas nas paredes feitas por anjos, como no caso do julgamento divino do rei Assuero. Esta inspiração poderia ser apenas das idéias, não levando em conta os detalhes textuais e gramaticais, ou plenária, isto é, todas as palavras teriam sido literalmente inspiradas.</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Continuemos com alguns termos: "copista" ou "escriba" são palavras usadas para os secretários que copiavam os textos já existentes, editando assim outros volumes. Já os "amanuenses" eram os secretários que escreviam o que o autor ditava, sendo de autoria apenas "das mãos" destes escribas. "Autógrafos" são os livros originais, a primeira cópia escrita pelo autor do livro, hoje desconhecidos. Existiam ainda os "tradutores". A Septuaginta traz este nome porque, trezentos anos antes de Cristo, foi dada a setenta tradutores a tarefa de traduzir o Antigo Testamento para o grego, sendo o texto chamado então de "Bíblia dos Setenta", ou "Septuaginta".</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Uma pergunta que surge na mente de muitos é a seguinte: Como pode ser explicado racionalmente o método de escolha de livros que fossem considerados sacros e, obviamente, também o contrário? A Igreja Cristã, nos primeiros séculos de nossa era, principalmente, usava várias "medidas". Primeiramente o livro em questão tinha uma história, uma tradição que havia passado de geração em geração; além disto, pesava o fato do livro estar sendo usado e aceito na maioria das Igrejas. As cópias dos livros eram feitas de forma cuidadosa e comparativa, existindo um zelo muito grande e isto depois veio a ser um ponto chave, com o passar dos séculos, pois os textos, muitos existentes apenas em museus, podem ser comparados para que a autoridade científica da maioria determine a leitura certa.</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Outra inteligente pergunta está aqui: Qual é a explicação mais comum dos teólogos a respeito do valor dos livros apócrifos?</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Seja considerando o lado religioso, seja cultural, o que temos de reconhecer é que qualquer livro acrescentará algo, mesmo que este "algo" seja reconhecer que tal coisa não se devia ter escrito! Por exemplo, muitos dos apocalipses não apenas são falsos do ponto de vista que não houve uma "revelação", mas foi invenção da mente de algum escritor brincalhão, como são falsos, às vezes no sentido de serem assinados por determinados "famosos", que nunca os escreveram. São estes chamados de "pseudo-epígrafos", ou "falsos escritos".</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
As diferenças textuais entre os manuscritos de um livro existem, até porque eram copiados à mão e muitas vezes os copistas cometiam erros.</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
Um exemplo que os teólogos consideram muito, de como os apócrifos ajudam, é no caso de narrativas históricas, pois muito se pode conhecer e acrescentar. Existe até mesmo uma diferença de aceitação de alguns livros pela Reforma e pela Igreja Católica. Muitos "pseudo-epígrafos" e apócrifos em geral o são para os dois lados. No entanto, os livros que estão editados a mais na versão da Bíblia católica são por estes denominados, não de apócrifos, como fazem os Reformados, mas de "deuterocanônicos", isto é, "outros canônicos".</div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<br /></div>
<div style="color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
FONTE:</div>
<div style="margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<span style="color: #252525; font-family: sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 22.4px;">https://pt.wikibooks.org/wiki/Livros_ap%C3%B3crifos/Reflex%C3%B5es_sobre_as_escolhas_de_livros_%22sagrados%22</span></span></div>
</div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-34398321088705821522015-10-11T11:42:00.002-07:002015-10-11T11:42:32.424-07:00LIVRO: GUIA DE ESTUDO BÍBLICO - COMPLETO<div style="text-align: start;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;"><span style="font-size: 13.524px; line-height: 20.286px;">Escriba Valdemir publica livro GUIA DE ESTUDO BÍBLICO. 213 páginas na qual explica as doutrinas da Bíblia em Teologia Sistemática e o Manual de Vida Cristã (Pode ser adquirido impresso por:amazon.com, clubedeautores.com.br e outras livrarias virtuais) </span></span></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="Cover_front_medium" height="320" src="https://s3.amazonaws.com/media.clubedeautores.com.br/downloads/books/195674/preview/cover_front_medium.jpg?AWSAccessKeyId=02VTT47Q18YKJ450E5R2&Expires=1467479747&Signature=Ggmwcj5I8gFGBUqRw0zR5kMyFNE%3D" width="225" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="cXenseParse" style="background-color: white; color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; vertical-align: inherit;">
<div style="font-size: 12px; line-height: 24px; vertical-align: inherit;">
O Guia de estudo bíblico marcou a vida de muitas pessoas em Santos/SP quando escrevi e o utilizava em xerox encadernado. Este livro foi durante muito tempo o Manual da Fé Cristã usado pela igreja onde pastoreei e ainda hoje dezenas de pessoas tem uma cópia deste livro em fotocópia. Nele contêm as explicações básicas das doutrinas e práticas cristãs. A Bíblia Sagrada é um guia para levar o homem ao conhecimento de Deus e da sua vontade. Este livro foi escrito em 1990, e servia como livro de estudo para novos convertidos em uma igreja evangélica. Os dogmas fundamentais do cristianismo são expostos em uma teologia sistemática muito simples e fácil de aprender, e na parte final do livro, abordo a vida cristã no padrão de santidade exigido por Deus para aqueles que querem fazer a sua vontade, mais do que somente conhecer o credo ou confissão cristã.</div>
<div>
<br /></div>
</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="510" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="//pt.slideshare.net/slideshow/embed_code/key/wrXg8s2vQPovGw" style="border-width: 1px; border: 1px solid #CCC; margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="477"> </iframe> <br />
<div style="margin-bottom: 5px;">
<strong> <a href="https://pt.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR/guia-de-estudo-bblico" target="_blank" title="GUIA DE ESTUDO BÍBLICO">GUIA DE ESTUDO BÍBLICO</a> </strong> from <strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR" target="_blank">ESCRIBAVALDEMIR</a></strong> </div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-27461188316249367362015-07-27T19:44:00.001-07:002015-07-27T19:44:03.586-07:00LIVRO: O FIM DO MUNDO - COMPLETO<span style="background-color: #c0a154; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.5240001678467px; line-height: 20.2859992980957px;">Escriba Valdemir publica livro O FIM DO MUNDO. 118 páginas na qual explica os eventos proféticos sobre o fim dos tempos. (Pode ser adquirido impresso por:amazon.com, clubedeautores.com.br e outras livrarias virtuais)</span><br />
<span style="background-color: #c0a154; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.5240001678467px; line-height: 20.2859992980957px;"><br /></span>
<span style="background-color: #c0a154; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.5240001678467px; line-height: 20.2859992980957px;"> </span>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="510" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="//pt.slideshare.net/slideshow/embed_code/key/Bl2sqvERlaiqNe" style="border-width: 1px; border: 1px solid #CCC; margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="477"> </iframe> <br />
<div style="margin-bottom: 5px;">
<strong> <a href="https://pt.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR/o-fim-do-mundo-50944239" target="_blank" title="O FIM DO MUNDO">O FIM DO MUNDO</a> </strong> from <strong><a href="https://www.slideshare.net/ESCRIBAVALDEMIR" target="_blank">ESCRIBAVALDEMIR</a></strong> </div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-40695968852939184792014-01-17T10:24:00.002-08:002014-01-17T10:24:54.428-08:00ATHANASIUS - THIRTY-NINTH FESTIVAL LETTER<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter toc-entry" id="magicdomid180" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122 b" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 0px;">By Valdemir Mota de Menezes</span></span></div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter toc-entry" id="magicdomid180" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122 b" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;"><b style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></b></span></div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter toc-entry" id="magicdomid180" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122 b" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;"><b style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 0px;">Athanasius, Thirty-Ninth Festal Letter</b></span></div>
<div class="ace-line longKeep gutter-noauthor" id="magicdomid177" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
</div>
<div class="ace-line longKeep gutter-noauthor" id="magicdomid173" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
</div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter" id="magicdomid156" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 1em; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;">2. But since we have made mention of heretics as dead, but of ourselves as possessing the Divine Scriptures for salvation; and since I fear lest, as Paul wrote to the Corinthians, some few of the simple should be beguiled from their simplicity and purity, by the subtilty of certain men, and should henceforth read other books—those called apocryphal—led astray by the similarity of their names with the true books; I beseech you to bear patiently, if I also write, by way of remembrance, of matters with which you are acquainted, influenced by the need and advantage of the Church.</span></div>
<div class="ace-line longKeep gutter-noauthor" id="magicdomid157" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
</div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter" id="magicdomid158" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 1em; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;">3. In proceeding to make mention of these things, I shall adopt, to commend my undertaking, the pattern of Luke the evangelist, saying on my own account, Forasmuch as some have taken in hand to reduce into order for themselves the books termed Apocryphal, and to mix them up with the divinely inspired Scripture, concerning which we have been fully persuaded, as they who from the beginning were eye-witnesses and ministers of the Word, delivered to the Fathers; it seemed good to me also, having been urged thereto by true brethren, and having learned from the beginning, to set before you the books included in the Canon, and handed down, and accredited as divine; to the end that anyone who has fallen into error may condemn those who have led them astray; and that he who has continued steadfast in purity may again rejoice, having these things brought to his remembrance.</span></div>
<div class="ace-line longKeep gutter-noauthor" id="magicdomid159" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
</div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter" id="magicdomid160" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 1em; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;">4. There are, then, of the Old Testament, twenty-two books in number; for, as I have heard, it is handed down that this is the number of the letters among the Hebrews; their respective order and names being as follows. The first is Genesis, then Exodus, next Leviticus, after that Numbers, and then Deuteronomy. Following these there is Joshua the son of Nun, then Judges, then Ruth. And again, after these four books of Kings, the first and second 1being reckoned as one book, and so likewise the third and fourth 2 as one book. And again, the first and second of the Chronicles are reckoned as one book. Again Ezra, the first and second 3 are similarly one book. After these there is the book of Psalms, then the Proverbs, next Ecclesiastes, and the Song of Songs. Job follows, then the Prophets, the Twelve [minor prophets] being reckoned as one book. Then Isaiah, one book, then Jeremiah with Baruch, Lamentations and the Epistle, one book; afterwards Ezekiel and Daniel, each one book. Thus far constitutes the Old Testament.</span></div>
<div class="ace-line longKeep gutter-noauthor" id="magicdomid161" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
</div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter" id="magicdomid162" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 1em; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;">5. Again, it is not tedious to speak of the books of the New Testament. These are: the four Gospels, according to Matthew, Mark, Luke, and John. After these, The Acts of the Apostles, and the seven epistles called Catholic: of James, one; of Peter, two, of John, three; after these, one of Jude. In addition, there are fourteen epistles of Paul the apostle, written in this order: the first, to the Romans; then, two to the Corinthians; after these, to the Galatians; next, to the Ephesians, then, to the Philippians; then, to the Colossians; after these, two of the Thessalonians; and that to the Hebrews; and again, two to Timothy; one to Titus; and lastly, that to Philemon. And besides, the Revelation of John.</span></div>
<div class="ace-line longKeep gutter-noauthor" id="magicdomid163" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
</div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter" id="magicdomid164" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 1em; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;">6. These are the fountains of salvation, that he who thirsts may be satisfied with the living words they contain. In these alone the teaching of godliness is proclaimed. Let no one add to these; let nothing be taken away from them. For concerning these the Lord put to shame the Sadducees, and said, Ye do err, not knowing the Scriptures. And he reproved the Jews, saying, Search the Scriptures, for these are they that testify of me.</span></div>
<div class="ace-line longKeep gutter-noauthor" id="magicdomid165" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
</div>
<div class="ace-line gutter-author-p-14122 emptyGutter" id="magicdomid166" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-transition: opacity 100ms ease-out; background-color: white; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: solid; border-left-width: 4px; color: #3b3a3c; font-family: 'Helvetica Neue', Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0px; opacity: 1; padding-bottom: 0px; padding-right: 30px; padding-top: 0px; transition: opacity 100ms ease-out;">
<span class="author-p-14122" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #3c3c3c; cursor: auto; font-family: 'Open Sans', Verdana, Geneva, sans-serif, sans-serif; font-size: 1em; line-height: 1.4em; margin: 0px; padding: 3px 0px;">7. But for the sake of greater exactness I add this also, writing under obligation, as it were. There are other books besides these, indeed not received as canonical but having been appointed by our fathers to be read to those just approaching and wishing to be instructed in the word of godliness: Wisdom of Solomon, Wisdom of Sirach, Esther, Judith, Tobit, and that which is called the Teaching of the Apostles, and the Shepherd. But the former, my brethren, are included in the Canon, the latter being merely read; nor is there any place a mention of secret writings. But such are the invention of heretics, who indeed write them whenever they wish, bestowing upon them their approval, and assigning to them a date, that so, using them as if they were ancient writings, they find a means by which to lead astray the simple-minded.</span></div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-90139767045576576302013-09-05T07:44:00.000-07:002013-09-05T07:44:30.033-07:00OS LIVROS PERDIDOS DO ÉDEN - VALDEMIR MOTA DE MENEZES <br />
Eu recomendei a todos os cristãos que liam os livros Perdidos do Éden, mesmo que não sejan livros canônicos, eles contenem tradições milenares que foi passado de geração em geração desde Adão até seus descendentes até que ele foi escrito e chegou até nós. Há informações preciosas sobre a natureza antiga de Adão e Eva.<br />
<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/V5dL451X7GY" width="420"></iframe>VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-32582039098739284472013-09-05T07:18:00.003-07:002013-09-05T07:18:44.774-07:00LOS LIBROS PERDIDOS DEL ÉDEN - VALDEMIR MOTA DE MENEZESYo recomendo a todos los cristianos que leian ls libros perdidos del Éden, aún que no sea libros canonicos, ellos contenen tradiciones milenares que fue transmitida de generación a generación de Adán a sus desciendientes hasta que fue escrita y llegó hasta nosotros. Hay informaciones preciosas sobre la antigua naturaleza de Adán y Eva.<br />
<br />
<br />
<iframe frameborder="0" height="270" src="http://www.dailymotion.com/embed/video/x148tl5" width="480"></iframe><br />
<a href="http://www.dailymotion.com/video/x148tl5_los-libros-perdidos-del-eden-valdemir-mota-de-menezes_school" target="_blank">LOS LIBROS PERDIDOS DEL ÉDEN - VALDEMIR MOTA DE...</a> <i>por <a href="http://www.dailymotion.com/escribavaldemirespanol" target="_blank">escribavaldemirespanol</a></i>VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-58344599710325637372013-09-02T10:07:00.003-07:002013-09-02T10:07:41.147-07:00PRIMEIRO LIVRO DE ADÃO E EVAO Primeiro Livro de Adão e Eva<br />O Conflito de Adão e Eva com Satanás<br />Capítulo 1<br />Ao TERCEIRO DIA, Deus plantou o jardim a leste da terra, no extremo<br />leste do mundo, além do qual, em direção ao nascente, não se acha nada<br />além de água, que circunda o mundo inteiro, e alcança os limites do céu.<br />2 E ao norte do jardim há um mar de água, claro e puro ao paladar, como<br />nada se iguala; de maneira que, através de sua transparência, pode-se olhar<br />para as profundezas da terra.<br />3 E quando um homem lava-se nela, torna-se limpo por sua limpidez e<br />branco por sua brancura, mesmo que ele estivesse escuro.<br />4 E Deus criou este mar de Seu próprio agrado, pois Ele sabia o que seria<br />do homem que Ele iria fazer; assim, após deixar o jardim, por causa de sua<br />desobediência, nasceriam homens na terra, dentre os quais morreriam os<br />justos cujas almas Deus faria ressurgir no último dia; quando então<br />voltariam à sua carne, banhar-se-iam na água do mar, e todos se<br />arrependeriam de seus pecados.<br />5 Mas quando Deus fez Adão sair do jardim, Ele não colocou na fronteira<br />norte, para que não se aproximasse do mar de água, e ele e Eva se lavassem<br />nele, e se tomassem limpos de seus pecados, esquecendo a desobediência<br />cometida.<br />6 Então, novamente, quando ao lado sul do jardim, não agradava a Deus<br />permitir a Adão lá habitar; pois, quando o vento soprasse do norte, tra-lheia<br />no lado sul, o delicioso aroma daquelas árvores do jardim.<br />7 Por isso Deus não colocou Adão ali para que não aspirasse o doce<br />aroma daquelas árvores, esquecendo sua desobediência e encontrando<br />alívio ao se deliciar com o aroma das árvores, e assim se limpasse c sua<br />desobediência.<br />8 Novamente, também porque Deus é misericórdia e de grande piedade, e<br />governa todas as coisas de uma maneira que somente Ele sabe, Ele fez<br />nosso pai Adão habitar na fronteira oeste do jardim, porque daquele lado a<br />terra é muito extensa.<br />8<br />9 E Deus ordenou-lhe que ali habitasse numa caverna dentro da rocha, a<br />Caverna dos Tesouros, abaixo do jardim.<br />Capítulo 2<br />1 Mas quando nosso pai Adão e Eva saíram do jardim, palmilharam o<br />chão com seus pés sem saber por onde caminhavam.<br />2 E quando chegaram à abertura dos portões do jardim e viram a terra<br />vasta estendendo-se diante deles, coberta de pedras grandes e pequenas, e<br />de areia, tiveram medo e tremeram, e prostraram-se com suas faces no<br />chão, acometidos pelo medo; e jaziam como mortos.<br />3 Porque haviam estado até então na terra do jardim, bela-mente plantada<br />com toda a espécies de árvores, e agora se viam numa terra estranha que<br />não conheciam e nunca tinham visto.<br />4 E porque naquele tempo eles eram cheios de graça e de uma natureza<br />luminosa, e não tinham o coração voltado para coisas terrenas.<br />5 Por isso Deus teve piedade deles; e quando Ele os viu caídos defronte<br />ao portão do jardim, enviou Sua Palavra ao pai Adão e a Eva, e ergueu-os<br />de sua prostração.<br />Capítulo 3<br />1 Deus disse a Adão: "Eu ordenei os dias e os anos nesta terra, e tu e tua<br />descendência deverão habitar e caminhar nela, até se cumprirem os dias e<br />os anos: então Eu enviarei a Palavra que te criou, e à qual tu desobedeceste.<br />a Palavra que te fez sair do jardim. e que te ergueu quando tu estavas caído.<br />2 "Sim, a Palavra que te salvará novamente quando os cinco dias e meio<br />estiverem consumados.<br />3 Mas ao ouvir estas palavras de Deus, acerca dos grandes cinco dias e<br />meio, Adão não entendeu o seu significado.<br />4 Pois Adão estava pensando que haveria somente cinco dias e meio para<br />ele, até o fim do mundo.<br />5 E Adão chorou e suplicou a Deus que lhe explicasse isto.<br />6 Então Deus, em Sua misericórdia por Adão, que fora feito segundo Sua<br />própria imagem e semelhança, explicou-lhe que estes eram cinco mil e<br />quinhentos anos; e como o Um vi-ria para salvá-lo e à sua descendência.<br />7 Mas Deus fizera antes disso esta aliança com nosso pai Adão, nos<br />mesmos termos, quando ele saiu do jardim e se encontrava junto à árvore<br />da qual Eva tomara do fruto e lho dera a comer.<br />9<br />8 Porquanto, ao sair do jardim, nosso pai Adão passou por aquela árvore<br />e viu como Deus então havia mudado sua aparência para uma outra forma e<br />como ela ressecara.<br />9 E aproximando-se dela Adão teve medo, tremeu e caiu; mas Deus, em<br />Sua misericórdia, ergueu-o, e então fez esta aliança com ele.<br />10 E, novamente, quando Adão estava junto ao portão do jardim e viu o<br />querubim, com uma espada de fogo fulgurante na mão, encolerizar-se e<br />fitá-lo com desagrado, tanto ele quanto Eva ficaram com medo dele e<br />pensaram que ele tencionava matá-los. Assim eles prostraram-se e<br />tremeram de medo.<br />11 Mas ele apiedou-se deles e mostrou-lhes misericórdia; e, voltando-se,<br />subiu ao céu e suplicou ao Senhor, e disse:<br />12 "Senhor, Vós me enviastes para guardar o portão do jardim com uma<br />espada de fogo.<br />13 "Mas quando Vossos servos Adão e Eva viram-me, prostraram-se e<br />ficaram como mortos. O meu Senhor, que devemos fazer com Vossos servos?"<br />14 Então Deus apiedou-se deles e mostrou-lhes misericórdia, e enviou<br />Seu anjo para guardar o jardim.<br />15 E a Palavra do Senhor veio a Adão e Eva e ergueu-os.<br />16 E o Senhor disse a Adão: "Eu te disse que ao final dos cinco dias e<br />meio Eu enviaria minha Palavra e salvar-te-ia.<br />17 "Fortalece pois teu coração, e habita na Caverna dos Tesouros, da qual<br />Eu te falei antes."<br />18 E quando Adão ouviu esta Palavra de Deus, ele foi consolado pelo<br />que Deus lhe tinha dito. Pois Ele lhe dissera corno o salvaria.<br />Capítulo 4<br />1 Mas Adão e Eva choraram por terem de sair do jardim, a sua primeira<br />habitação.<br />2 E, certamente, quando Adão olhou para sua carne, que estava alterada,<br />chorou amargamente, ele e Eva, pelo que haviam feito. E eles caminharam<br />e desceram docilmente para a Caverna dos Tesouros.<br />3 E ao chegarem Adão lamentou-se e disse a Eva: "Olha para esta<br />caverna que será nos,sa prisão neste mundo, é um lugar de castigo!<br />4 "Que é isto comparado com o jardim? Que é esta estreiteza comparada<br />10<br />como o espaço do outro?<br />5 "Que é esta rocha ao lado destas grutas? Que são as trevas desta<br />caverna comparada à luz do jardim?<br />6 "Que é esta lápide de rocha suspensa para nos abriga comparada à<br />misericórdia do Senhor que nos acolhia?<br />7 "Que é o solo desta caverna comparado à terra do jardim? esta terra,<br />coberta de pedras, e aquela plantada cor deliciosas árvores frutíferas?"<br />8 E Adão disse a Eva: "Olha para teus olhos e para os meus que dantes<br />viam anjos no céu louvando; e eles, também, sem cessar.<br />9 "Mas agora nós não vemos como víamos: nossos olhos são de carne;<br />não podem ver da mesma maneira como viam antes."<br />10 Adão disse novamente a Eva: "Que é nosso corpo hoje comparado ao<br />que era em dia passados, quando habitávamos no jardim"?<br />11 Após isso, Adão não gostou de ter de entrar na caverna, sob a rocha<br />suspensa, nem entraria nela jamais por vontade própria.<br />12 Mas curvou-se às ordens de Deus, e disse a si mesmo: "A não ser que<br />eu entre na caverna, serei novamente um desobediente".<br />Capítulo 5<br />1 Então Adão e Eva entraram na caverna e permaneceram em pé orando,<br />em sua própria língua, desconhecida para nós, mas que eles bem<br />conheciam.<br />2E enquanto oravam, Adão ergueu os olhos e viu acima de sua cabeça a<br />rocha e o teto da caverna que o cobria, de maneira que não podia ver nem o<br />céu nem as criaturas de Deus. Então ele chorou e golpeou pesadamente seu<br />peito até que caiu e ficou como morto.<br />3 E Eva sentou-se chorando; pois acreditava que ele estivesse morto.<br />4 Então ela ergueu-se, estendeu suas mãos a Deus, pedindo-lhe<br />misericórdia e piedade, e disse: "O Deus, perdoai-me o meu pecado, o<br />pecado que eu cometi, e não o volteis contra mim.<br />5 "Pois fui eu quem provocou a queda de Vosso servo, do jardim para<br />este lugar perdido; da luz para esta escuridão; e da morada da alegria para<br />esta prisão."<br />6 "Ó Deus, olhai para este Vosso servo assim caído e ressuscitai-o de sua<br />morte, para que ele possa lamentar-se e arrepender-se de sua desobediência<br />cometida através de mim.<br />11<br />7 "Não leveis sua alma desta vez; mas deixai-o viver para que ele possa<br />expiar sua culpa segundo a medida de seu arrependimento, e fazer Vossa<br />vontade, antes de sua morte.<br />8 "Mas se Vós não o ressuscitardes, então, ó Deus, levai minha própria<br />alma, para que eu esteja com ele; e não me deixeis neste antro só e<br />abandonada, pois eu não suporta-ria ficar só neste mundo, mas com ele<br />somente.<br />9 "Pois Vós, ó Deus, fizeste cair uma sonolência sobre ele, e tomaste um<br />osso de seu lado, e restauraste a carne em seu lugar, por Vosso poder<br />divino.<br />10 "E Vós me tomaste, o osso, e me fizeste uma mulher, luminosa como<br />ele, com coração, razão e fala; e de carne como ele mesmo; e Vós me<br />fizeste à semelhança de seu semblante, por Vossa misericórdia e poder.<br />11 "ah Senhor, eu e ele somos um, e Vós, ó Deus, sois o nosso Criador,<br />Vós sois Aquele que nos fez a ambos no mesmo dia.<br />12 "Portanto, ó Deus, dai-lhe vida, para que ele possa estar comigo nesta<br />terra estranha, enquanto nós morarmos nela por causa de nossa<br />desobediência.<br />13 "Mas se Vós não quiserdes dar-lhe vida, então levai a mim, até a mim,<br />como ele; para que nós dois possamos morrer da mesma maneira."<br />14 E Eva chorou amargamente, e caiu sobre nosso pai Adão; por causa<br />de sua grande tristeza.<br />Capítulo 6<br />1 Mas Deus olhou para eles; pois eles se haviam matado pelo grande<br />pesar.<br />2 Mas Ele queria ressuscitá-los e consolá-los.<br />3 Portanto enviou-lhes Sua Palavra a fim de que eles ficassem de pé e<br />fossem ressuscitados imediatamente.<br />4 E o Senhor disse a Adão e Eva: "Desobedecestes por vossa livre<br />vontade, até que saístes do jardim no qual Eu vos havia colocado.<br />5 "Por vossa própria e livre vontade desobedecestes por causa de vosso<br />desejo de divindade, grandiosidade e condição sublime, tal qual Eu tenho;<br />assim Eu Vos privei da natureza luminosa na qual estáveis então, e vos fiz<br />sair do jardim para esta terra rude e cheia de sofrimento."<br />6 "Se ao menos não tivésseis desobedecido ao Meu mandamento e<br />12<br />tivésseis guardado Minha lei, e não tivésseis comido do fruto da árvore, da<br />qual Eu vos disse que não vos aproximásseis. E havia árvores frutíferas no<br />jardim melhores que aquela."<br />7 "Mas o maldoso Satã, que não se manteve em sua primitiva condição<br />nem conservou sua fé — nele não havia boa intenção em relação a Mim e,<br />embora Eu o tivesse criado, ainda assim Me desprezou e buscou a<br />divindade, de modo que Eu atirei do céu para baixo - ele foi quem fez a<br />árvore parece agradável a vossos olhos, até que comestes dela, obedecendolhe.<br />8 "Assim desobedecestes a Meu mandamento, e portanto. Eu fiz cair<br />sobre vós todas essas tristezas."<br />9 "Pois Eu sou Deus o Criador, aquele que quando criou as criaturas, não<br />tenciona destruí-las. Mas depois de terem provocado grandemente Minha<br />ira, Eu as puni com castigos atrozes, para que se arrependessem."<br />10 "Mas, se, ao contrário elas ainda se mantiverem firmes em sua<br />desobediência serão amaldiçoadas para sempre."<br />Capítulo 7<br />1 Quando Adão e Eva ouviram estas palavras de Deus choraram e<br />soluçaram ainda mais; mas fortaleceram seu coração em Deus, porque<br />agora sentiam que o Senhor era para eles como um pai e uma mãe, e por<br />esta mesma razão choraram diante dEle, e buscaram sua misericórdia.<br />2 Então Deus apiedou deles, e disse: "ah Adão, Eu fiz Minha aliança<br />contigo; e não voltarei atrás; nem permitir que retomes ao jardim, até que<br />Minha aliança dos grandes cinco dias e meio se cumpra".<br />3 Então Adão disse a Deus. "ah Senhor, Vós nos criastes nos fizestes<br />aptos a estar no jardim; e antes de eu desobedecer, Vós fizestes todas as<br />feras virem até mim, a fim de que eu as nomeasse."<br />4 "Vossa graça estava então sobre mim; e eu nomeei a cada uma de<br />acordo com Vosso pensamento; e Vós as fizestes todas submissas a mim."<br />5 "Mas, ó Senhor, agora que eu desobedeci ao Vosso mandamento, todas<br />as feras levantar-se-ão contra mim e me devorarão, e a Eva Vossa serva; e<br />eliminarão nossa vida da face da terra."<br />6 "Suplico-Vos, portanto, ó Deus, que, desde que Vós nos fizestes sair do<br />jardim e ficar numa terra estranha, não permitais que as feras nos causem<br />mal."<br />13<br />7 Quando o Senhor ouviu estas palavras de Adão, apiedou-se dele, e<br />sentiu que ele dissera a verdade, que as feras do campo se levantariam e o<br />devorariam, e a Eva, porque Ele, o Senhor, estava irado com os dois por<br />causa de sua desobediência.<br />8 Então Deus ordenou às feras, e aos pássaros, e a tudo que se move<br />sobre a terra, que viessem a Adão e se afeiçoassem a ele e não o<br />perturbassem, nem a Eva; nem ainda aos bons e justos dentre os de sua<br />posteridade.<br />9 Então as feras prestaram obediência a Adão, de acordo com o<br />mandamento de Deus; exceto a serpente, com quem Deus estava irado. Esta<br />não veio a Adão, junto com as feras.<br />Capítulo 8<br />1 Então Adão chorou e disse: "ó Deus, quando eu morava no jardim, e<br />havia enlevo em nossos corações, víamos os anjos que cantavam louvores<br />no céu, mas agora não os vemos mais; ao entrarmos na caverna, toda a<br />criação ocultou-se de nós".<br />2 Então Deus, o Senhor, disse a Adão: "Quando tu eras obediente a Mim,<br />tinhas uma natureza luminosa em ti, e por esta razão podias ver coisas<br />muito distantes. Mas, após tua desobediência, a natureza luminosa foi-te<br />retirada; e não te foi mais permitido ver coisas distantes, mas apenas as<br />bem próximas, aquelas ao alcance de tuas mãos, e segundo a capacidade da<br />carne; pois esta é grosseira".<br />3 Após ouvirem estas palavras de Deus, Adão e Eva seguiram seu<br />caminho louvando-O e adorando-O com o coração pesaroso.<br />4 E Deus interrompeu a comunicação com eles.<br />Capítulo 9<br />1 Então Adão e Eva deixaram a Caverna dos Tesouros e aproximaram-se<br />do portão do jardim, e ali pararam a olhar para ele, e choraram por dele<br />terem saído.<br />2 E Adão e Eva partiram da frente do portão do jardim em direção ao sul,<br />e encontraram ali a água que irrigava o jardim, a água da raiz da Árvore da<br />Vida, e que se dividia em quatro rios que corriam pela terra.<br />3 Então eles vieram e aproximaram-se desta água e olharam para ela; e<br />viram que era a água que brotava da raiz da Árvore da Vida que estava no<br />jardim.<br />14<br />4 E Adão chorou e gemeu e golpeou seu peito por estar afastado do<br />jardim: e disse a Eva:<br />5 "E por que tu trouxeste sobre mim, sobre ti mesma e sobre nossa<br />descendência tantos flagelos e castigos"?<br />6 E Eva disse-lhe: "Que foi que tu viste para chorar e falar-me assim"?<br />7 E disse ele a Eva: "Não vês esta água que estava conosco no jardim e<br />que irrigava as árvores do jardim, e de lá corria?<br />8 "E nós, quando estávamos no jardim, não nos importávamos com isto;<br />mas desde que viemos para esta terra estranha, nós a amamos, e faremos<br />uso dela para nosso corpo."<br />9 Mas quando Eva ouviu dele essas palavras, chorou; e cheios de dor e<br />gemendo, caíram na água; e ali teriam acabado consigo mesmos, a fim de<br />nunca mais voltar a ver a criação; pois quando eles olharam para a obra da<br />criação, sentiram que deviam pôr um fim a si mesmos.<br />Capítulo 10<br />1 Então Deus, misericordioso e benevolente, olhou para eles assim caídos<br />na água tão próximos da morte, e enviou um anjo que os tirou da água, e<br />deitou-os na praia como mortos.<br />2 Então o anjo subiu até Deus, foi bem-vindo, e disse: "ah Deus, Vossas<br />criaturas deram seu último suspiro".<br />3 Então Deus enviou Sua Palavra a Adão e Eva e os ressuscitou de sua<br />morte.<br />4 E Adão disse, após haver sido ressuscitado: "ó Deus, enquanto<br />estávamos no jardim nem nos importávamos com esta água nem dela<br />necessitávamos; mas desde que viemos para esta terra não podemos passar<br />sem ela".<br />5 Então Deus disse a Adão: "Enquanto estavas sob Meu comando e eras<br />um anjo luminoso, não conhecias esta água.<br />6 "Mas após teres desobedecido ao Meu mandamento não podes passar<br />sem água para lavar teu corpo e fazê-lo crescer; pois este é agora como o<br />das feras, e necessita de água."<br />7 Quando Adão e Eva ouviram essas palavras de Deus choraram um<br />choro amargo; Adão suplicou a Deus que lhe permitisse voltar ao jardim e<br />olhar para ele uma vez mais.<br />8 Mas Deus disse a Adão: "Eu te fiz uma promessa; quando esta<br />15<br />promessa for cumprida, Eu te trarei de volta ao jardim, a ti e à tua<br />descendência justa".<br />9 E Deus parou de se comunicar com Adão.<br />Capítulo 11<br />1 Então Adão e Eva sentiram-se queimando de sede calor e tristeza.<br />2 E Adão disse a Eva: "Não devemos beber desta água mesmo se<br />morrermos. O Eva quando esta água penetrar em nossas entranhas, aumenta<br />nossos castigos e os de nossos filhos que virão depois de nós".<br />3 Adão e Eva abstiveram-se então da água, e não beberam nada; mas<br />caminharam e entraram na Caverna dos Tesouros.<br />4 Mas uma vez dentro dela Adão não podia ver Eva; ele apenas ouvia o<br />ruído que ela fazia. Nem ela podia ver Adão, mas ouvia o ruído que ele<br />fazia.<br />5 Então Adão chorou em profundo sofrimento e golpeou seu peito; e<br />erguendo-se disse a Eva: "Onde estás"?<br />6 E ela lhe disse: "Vê, eu estou nesta escuridão".<br />7 Ele então lhe disse: "Recorda-te da natureza luminosa na qual vivíamos<br />enquanto habitávamos no jardim!<br />8 "O Eva! recorda-te da glória que repousava em nós no jardim. O Eva!<br />recorda-te das árvores que faziam sombra sobre nós no jardim enquanto nos<br />movíamos entre elas.<br />9 "O Eva! recorda-te de que, enquanto estávamos no jardim, não<br />conhecíamos nem a noite nem o dia. Pensa na Árvore da Vida, de sob a<br />qual brotava a água, e que derramava brilho sobre nós! Recorda-te, ó Eva,<br />da terra do jardim e da sua luminosidade!"<br />10 "Pensa, oh! pensa neste jardim onde não havia escuridão enquanto<br />morávamos nele."<br />11 "Enquanto que, tão logo chegamos a esta Caverna dos Tesouros, a<br />escuridão envolveu-nos; tanto que não mais podemos ver-nos um ao outro;<br />e todo o prazer desta vida chegou a um fim."<br />Capítulo 12<br />1 Então Adão golpeou seu peito, e também Eva, e eles prantearam a noite<br />inteira até a aurora se aproximar, e eles lamentaram suspirando a noite<br />longa em Miyazia.<br />2 E Adão agrediu-se e jogou-se no chão da caverna, em amargo pesar, e<br />16<br />por causa da escuridão, ali permaneceu como morto.<br />3 Mas Eva ouviu o barulho que ele fez ao cair ao chão. E ela tateou à sua<br />volta procurando-o e encontrou — o como um cadáver.<br />4 Então ela ficou com medo, sem fala e permaneceu junto dele.<br />5 Mas o Senhor misericordioso olhou para a morte de Adão e para o<br />silêncio de Eva por causa do medo da escuridão.<br />6 E a Palavra de Deus chegou a Adão e ressuscitou-o de sua morte, e<br />abriu a boca de Eva para que ela voltasse a falar.<br />7 Então Adão ergueu-se na caverna e disse: "ah Deus, por que a luz nos<br />deixou e a escuridão nos acometeu? Por que nos deixais nesta longa<br />escuridão? Por que nos quereis assim castigar?<br />8 "E esta escuridão, ó Senhor, onde estava, antes de nos acometer? Ela é<br />tamanha que não podemos ver um ao outro."<br />9 "Pois, enquanto estávamos no jardim, não vimos nem mesmo sabíamos<br />o que é a escuridão. E eu não fiquei oculto de Eva, nem ela ficou oculta de<br />mim, até que agora ela não me pode ver; e nenhuma escuridão nos havia<br />acometido antes, separando-nos um do outro."<br />10 "Mas ela e eu estávamos ambos numa única luz brilhante. Eu a via e<br />ela a mim. Mas agora desde que entramos nesta caverna, a escuridão nos<br />envolveu e nos separou, assim que eu não a vejo e ela não me vê a mim."<br />11 "ah Senhor, quereis então castigar-nos com esta escuridão?"<br />Capítulo 13<br />1 Então, quando Deus, que é misericordioso e cheio de piedade, ouviu a<br />voz de Adão, lhe disse:<br />2 "ah Adão, enquanto o bom anjo foi obediente a Mim, a luz brilhante<br />repousava nele e em suas hostes."<br />3 "Mas quando ele desobedeceu Meu mandamento, Eu o privei dessa<br />natureza luminosa, e ele se tornou opaco."<br />4 "E quando ele estava nos céus, nos domínios de luz, ele não conhecia<br />nada da escuridão."<br />5 "Mas ele desobedeceu, e Eu o fiz cair do céu para a terra; e foi esta<br />escuridão que lhe sobreveio."<br />6 "E sobre ti, ó Adão, enquanto em Meu jardim e obediente a Mim, esta<br />luz brilhante repousou também sobre ti."<br />7 "Mas quando Eu soube de tua desobediência, privei-te desta luz<br />17<br />brilhante. Ainda assim, por Minha misericórdia não te transformei em<br />escuridão, mas fiz teu corpo de carne, e sobre ele estendi esta pele a fim de<br />que suporte o frio e calor."<br />8 "Tivesse Eu permitido Minha ira cair pesadamente sobre ti, serias<br />destruído; e tivesse Eu te transformado em escuridão, seria como se Eu te<br />matasse."<br />9 "Mas, em Minha misericórdia, fiz-te como és, quando tu desobedeceste<br />ao meu mandamento, ó Adão, expulsei-te do jardim e te fiz chegar a esta<br />terra; e ordenei-te habitar nesta caverna; e a escuridão caiu sobre ti, como<br />caiu sobre aquele que desobedeceu ao Meu mandamento."<br />10 "Neste caso, ó Adão, esta noite te enganou. A noite não há de durar<br />para sempre; mais por doze horas apenas; quando terminar, a luz do dia<br />retornara."<br />11 "Não lamentes, portanto, nem te alteres, e não diga em teu coração<br />que esta escuridão é longa e se arrasta devagar; e não digas em teu coração<br />que Eu te estou castigando com isto."<br />12 "Fortalece teu coração não e tenhas medo. Esta escuridão não é<br />castigo. Mas, ó Adão Eu fiz o dia e coloquei nele o sol para dar luz, a fim<br />de que tu teus filhos fizésseis o vosso trabalho."<br />13 "Pois Eu sabia que tu irias pecar e desobedecer, e vir para esta terra.<br />Ainda assim Eu não te forçaria, nem seria duro contigo, nem te confinaria;<br />nem te condenaria por tua queda; nem por tua saída da luz para a escuridão;<br />nem mesmo por tua saída do jardim para esta terra."<br />14 "Pois Eu te fiz de luz; e quis gerar de ti filhos de luz, semelhantes a<br />ti."<br />15 "Mas um dia tu não guardaste Meu mandamento; antes que Eu<br />terminasse a criação e abençoasse tudo nela."<br />16 "Então Eu te dei um mandamento acerca da árvore, de não comeres<br />dela. Mesmo assim Eu sabia que Satã, que enganou-se a si próprio, também<br />te enganaria."<br />17 "Assim Eu te fiz saber, por meio da árvore, que não te aproximasses<br />dele. E Eu te disse para que não comesses do seu fruto, nem dele provasses,<br />nem te sentasses debaixo dela."<br />18 "Não tivesse Eu falado a ti, ó Adão, acerca da árvore, e te deixasse<br />sem um aviso, e tu tivesses pecado, teria sido uma maldade de Minha parte<br />18<br />não te dar nenhum aviso; tu te volta-rias e Me culparias por isto."<br />19 "Mas Eu te dei o mandamento e te preveni, e tu caíste. Assim, Minhas<br />criaturas não Me podem culpar; porém a culpa recai sobre elas somente."<br />20 "E, ó Adão, Eu fiz o dia para ti e para teus descendentes que virão<br />depois de ti, para nele trabalharem e labutarem. E Eu fiz a noite para eles<br />descansarem nela do seu trabalho; e para os animais do campo saírem à<br />noite e procurarem seu alimento."<br />21 "Porém, é pouca a escuridão que te resta agora, ó Adão; pois a luz do<br />dia logo surgirá."<br />Capítulo 14<br />1 Então Adão disse a Deus: "Ó Senhor, levai minha alma, e não me<br />deixeis mais ver estas trevas; ou levai-me a algum lugar onde não haja<br />escuridão".<br />2 Mas Deus o Senhor disse a Adão: "Em verdade Eu te digo, esta<br />escuridão passará por ti todos os dias que determinei para ti até o<br />cumprimento da Minha aliança; quando então Eu te salvarei e te levarei de<br />novo para o jardim, para a morada de luz que tu almejas, onde não há<br />escuridão. Eu o trarei a ele, ao reino do céu".<br />3 Novamente Deus disse a Adão: "Toda esta miséria que acarretaste<br />sobre ti por causa da tua desobediência não te libertará das mãos de Satã e<br />ele não te salvará.<br />4 "Mas Eu, sim, salvar-te-ei. Quando Eu descer do céu e tomar-Me carne<br />da tua descendência, e tomar sobre Mim a enfermidade da qual tu padeces,<br />então a escuridão que caiu sobre ti nesta caverna virá sobre Mim no<br />túmulo, quando Eu estiver na carne da tua descendência."<br />5 "E Eu, que sou eterno, estarei sujeito à contagem dos anos, dos tempos,<br />dos meses e dos dias, e serei considerado como um dos filhos dos homens,<br />para te salvar."<br />6 E Deus parou de se comunicar com Adão.<br />Capítulo 15<br />1 Então Adão e Eva choraram e entristeceram-se por causa das palavras<br />que Deus lhes dissera, que eles não voltariam ao jardim até o cumprimento<br />dos dias decretados para eles; mas principalmente por haver Deus dito que<br />Ele deveria sofrer para salvá-los.<br />Capítulo 16<br />19<br />1 Depois disso Adão e Eva não pararam de orar e chorar na caverna até<br />que a manhã desceu sobre eles.<br />2 E ao ver a luz sendo-lhes devolvida, deixaram de ter medo e<br />fortaleceram seus corações.<br />3 Então Adão começou a sair da caverna. E quando chegou na boca da<br />caverna, parou e voltou sua face em direção do leste, viu o sol levantar-se<br />em raios brilhantes e sentiu o seu calor no seu corpo; teve medo dele e<br />pensou em seu coração que esta chama vinha para castigá-lo.<br />4 Ele chorou então, e golpeou seu peito, e prostrou-se com a face na<br />terra, e fez seu pedido, dizendo:<br />5 "ah Senhor, não me castigueis, nem me destruais, nem tireis já minha<br />vida da terra."<br />6 Pois ele pensou que o sol era Deus.<br />7 Já que enquanto estava no jardim e ouvia a voz de Deus e o som que<br />Ele fazia no jardim e O temia, Adão nunca vira a luz brilhante do sol, nem<br />seu calor flamejante tocara seu corpo.<br />8 Por isso ele ficou com medo do sol quando seus raios ardentes o<br />alcançaram. Ele pensou que com isto Deus tencionava castigá-lo todos os<br />dias decretados para ele.<br />9 Pois Adão também disse em seus pensamentos: Já que Deus não nos<br />castigou com escuridão, eis que Ele fez es sol nascer para castigar-nos<br />queimando-nos com seu calor.<br />10 Mas, enquanto ele assim pensava no seu coração, Palavra de Deus<br />veio e lhe disse:<br />11 "ah Adão, levanta-te põe-te em pé. Pois o sol não é Deus; mas foi<br />criado para iluminar o dia. Foi o que Eu te falei na caverna dizendo que<br />aurora irromperia e haveria luz durante o dia.<br />12 "Mas Eu sou Deus Aquele que te confortou noite."<br />13 E Deus parou de se comunicar com Adão.<br />Capítulo 17<br />1 Então Adão e Eva saíram pela boca da caverna e caminharam em<br />direção ao jardim.<br />2 Mas ao aproximarem-se dele, defronte ao portão oeste do qual viera<br />Satã quando enganou Adão e Eva, encontrara a serpente que se tomara Satã<br />e que tristemente lambia o pó e se arrastava com seu peito no chão, por<br />20<br />causa da maldição Deus.<br />3 A serpente, que antes tinha sido o mais sublime de todos os animais,<br />agora esta mudada e se tomara escorregadia e o pior de todos eles, e<br />arrastava-se sobre seu peito e andava sobre seu ventre.<br />4 Considerando que fora o mais belo de todos os animais, mudada,<br />tomou-se o mais feio de todos eles. Em vez de alimentar-se do melhor,<br />agora comia o pó. Em vez de habitar, como antes, os melhores lugares,<br />agora vivia no pó.<br />5 E, enquanto era o mais belo de todos os animais, todos emudeciam<br />perante sua beleza; agora tomara-se abominável.<br />6 E, novamente, enquanto ela habitara uma bela morada, todos os outros<br />animais para ali acorriam; e onde bebesse, eles também bebiam; agora,<br />depois de se tomar venenosa pela maldição de Deus, todos os animais<br />fugiam de sua morada, e não bebiam mais da água que ela bebesse; mas<br />fugiam desta.<br />Capítulo 18<br />1 Quando a amaldiçoada serpente viu Adão e Eva, inclinou a cabeça,<br />pos-se sobre sua cauda e, com os olhos injetados de sangue, fez menção de<br />matá-los.<br />2 E avançou diretamente para Eva e lançou-se atrás dela; enquanto Adão,<br />de lado, chorava por não ter uma vara em suas mãos com a qual pudesse<br />golpear a serpente, e não sabia como matá-la.<br />3 Mas, com o coração ardendo por Eva, Adão aproximou-se da serpente<br />e segurou-a pela cauda; quando então ela se voltou em sua direção e disse:<br />4 "ó Adão, por causa de ti e de Eva eu sou escorrega-dia e ando sobre<br />meu ventre." Então, sendo grande sua força, derrubou Adão e Eva e os<br />esmagou, com intenção de matá-los.<br />5 Mas Deus mandou um anjo que lançou a serpente para longe deles e os<br />ergueu.<br />6 Então a Palavra de Deus veio à serpente, dizendo: "Da primeira vez Eu<br />te fiz loquaz e te fiz andar sobre teu ventre; mas Eu não te havia privado da<br />fala.<br />7 "Agora, entretanto, sê muda; e não mais falarás, tu e tua raça; porque<br />da primeira vez a ruína das minhas criaturas aconteceu através de ti, e agora<br />tu querias matá-las."<br />21<br />8 Então a serpente emudeceu, e não mais falou.<br />9 E soprou um vento do céu por ordem de Deus e carregou a serpente<br />para longe de Adão e Eva, jogando-a na beira do mar, e ela foi parar na<br />Índia.<br />Capítulo 19<br />1 Mas Adão e Eva choraram perante Deus. E Adão disse-Lhe:<br />2 "ó Senhor, quando eu estava na caverna Vos disse, meu Senhor, que os<br />animais do campo se levantariam e me devora-riam, e eliminariam minha<br />vida na terra."<br />3 Então Adão, por causa do que lhe havia acontecido, golpeou seu peito e<br />prostrou-se em terra como um cadáver; então sobreveio a Palavra de Deus<br />que o ergueu e disse-lhe:<br />4 "ó Adão, nenhum desses animais poderá ferir-te porque quando Eu fiz<br />estes animais e outras coisas moventes virem até ti na caverna, não permiti<br />à serpente vir com eles, para que não se levantasse contra vós e vos fizesse<br />tremer; e o medo que sentiríeis penetrasse em vossos corações."<br />5 "Pois Eu sabia que esta amaldiçoada é maldosa; por isso Eu não lhe<br />permiti chegar perto de vós com os outros animais."<br />6 "Mas agora fortalece teu coração e não tenhas medo.<br />Eu estou contigo até o fim dos dias que determinei para ti."<br />Capítulo 20<br />1 Então Adão chorou e disse: "ó Deus, levai-nos para algum outro lugar,<br />onde a serpente não possa novamente aproximar-se e levantar-se contra<br />nós. Para que não encontre Vossa criada Eva sozinha e a mate, pois seus<br />olhos são medonhos e maus".<br />2 Mas Deus disse a Adão e Eva: "Daqui por diante não tenhais medo, não<br />permitirei que ela se aproxime de vós; Eu a afastei de vós, dessa montanha;<br />nem permitirei que ela de modo algum vos machuque".<br />3 Então Adão e Eva adoraram a Deus e deram-lhe graças e louvaram-no<br />por livrá-los da morte.<br />Capítulo 21<br />1 Então Adão e Eva puseram-se à procura do jardim.<br />2 E o calor fustigava-os como chamas em seus rostos e eles suavam de<br />calor e choravam perante o Senhor.<br />3 Mas o lugar onde eles choravam estava junto a uma montanha alta,<br />22<br />defronte ao portão oeste do jardim.<br />4 Então Adão lançou-se do topo dessa montanha; sua face ficou<br />dilacerada e também sua carne; muito sangue escorria dele, e ele estava<br />próximo da morte.<br />5 Enquanto isso, Eva permaneceu na montanha chorando por ele que<br />assim jazia.<br />6 E ela disse: "Eu não desejo viver após ele; pois tudo que ele fez a si<br />mesmo foi por minha causa".<br />7 Então ela lançou-se atrás dele e foi dilacerada e retalhada pelas pedras;<br />e jazia como morta.<br />8 Mas Deus, o misericordioso, que cuida das Suas criaturas, olhou para<br />Adão e Eva mortos, e enviou-lhes Sua Palavra e ressuscitou-os.<br />9 E disse a Adão: "ó Adão toda essa miséria que forjaste para ti mesmo<br />não será eficaz contra Minha regra, nem alterara a aliança dos cinco mil e<br />quinhentos anos."<br />Capítulo 22<br />1 Então Adão disse a Deus: "Eu definho no calor; estou enfraquecido de<br />andar e sinto aversão a este mundo. E não sei quando quereis retirar-me<br />daqui para descansar".<br />2 Então o Senhor Deus lhe disse: "ó Adão, isto não é possível no<br />momento, não até que tu termines teus dias. Então Eu te retirarei dessa terra<br />vil".<br />3 E Adão disse a Deus: "Enquanto eu estava no jardim, não conhecia<br />nem o calor, nem a fraqueza, nem tinha de me mover de lá para cá, nem<br />sentia tremor, nem medo; mas agora, desde que vim para esta terra,<br />aconteceu-me toda esta miséria.<br />4 Então Deus disse a Adão: "Enquanto tu guardaste Meu mandamento,<br />Minha luz e Minha graça estavam sobre ti. Mas, ao desobedecer ao Meu<br />mandamento, a tristeza e a miséria acometeram-te nesta terra."<br />5 E Adão chorou e disse: "O Senhor, não me abandoneis por isso, nem<br />me golpeeis com pesados castigos, nem ainda me retribuais de acordo com<br />meu pecado; pois nós, de nossa própria vontade, desobedecemos ao Vosso<br />mandamento, e abandonamos Vossa lei, e buscamos tornar-nos deuses<br />como Vós, quando Satã o inimigo nos enganou".<br />6 Então Deus disse nova-mente a Adão: "Por teres trazido a esta terra<br />23<br />medo e tremor, fraqueza e sofrimento trilhando e vagando por ela, e por<br />teres subido esta montanha e de lá caído para morrer, tudo isso Eu tomarei<br />sobre Mim mesmo para te salvar".<br />Capítulo 23<br />1 Então Adão chorou mais e disse: "O Deus, tende piedade de mim por<br />tomar sobre Vós o que eu fizer".<br />2 Mas Deus retirou Sua Palavra de Adão e Eva.<br />3 Então Adão e Eva puseram-se de pé; e Adão disse a Eva: "Cinge-te, e<br />eu também me cingirei." E ela cingiu-se, conforme Adão mandara.<br />4 Então Adão e Eva tomaram de pedras e as dispuseram em forma de<br />altar; e colheram folhas das árvores fora do jardim, com a quais limparam<br />as manchas de sangue que haviam derramado nas pedias.<br />5 Mas o sangue que caiu na areia, eles o recolheram junto com o pó no<br />qual estava misturado e ofereceram-no sobre o altar em oferenda a Deus.<br />6 Então Adão e Eva postaram-se sob o altar e choraram, suplicando a<br />Deus da seguinte maneira: "Perdoai-nos nossa desobediência e nosso<br />pecado, e olhai-nos com Vossos olhos de misericórdia. Pois quando estávamos<br />no jardim nossos louvores e nossos hinos se elevavam a Vós sem<br />cessar.<br />7 "Mas ao chegarmos a esta terra estranha, o louvor puro não era mais<br />nosso, nem a prece virtuosa, nem corações compreensivos, nem<br />pensamentos doces, nem conselhos justos, nem discernimento profundo,<br />nem sentimentos sinceros, nem nos restava nossa natureza luminosa. Mas<br />nosso corpo está transformado, não se assemelha mais ao de antes.<br />8 "Ainda assim, olhai para o nosso sangue, agora oferecido sobre estas<br />pedras, e aceitai o de nossas mãos como o louvor que costumávamos<br />cantar a Vós antes, no jardim."<br />9 E Adão começou a fazer mais pedidos a Deus.<br />Capítulo 24<br />1 Então, Deus o misericordioso, bom e que ama os homens, olhou para<br />Adão e Eva e para o seu sangue que Lhe haviam dado em oferenda; sem<br />ordem dele para assim proceder. Mas Ele os admirou; e aceitou suas<br />oferendas.<br />2 E Deus enviou de Sua presença um fogo brilhante, que consumiu a<br />oferenda.<br />24<br />3 Ele sentiu o doce aroma da oferenda e teve misericórdia.<br />4 Então a Palavra de Deus veio a Adão e disse-lhe: "O Adão, assim como<br />tu derramaste teu sangue, Eu derramarei Meu próprio sangue quando<br />tomar-me carne de tua descendência, e assim com tu morreste, Ó Adão,<br />também morrerei. E assim como tu construíste um altar, também eu farei<br />para ti um altar na terra; e assim como tu ofereceste teu sangue sobre o<br />altar, Eu também farei de Meu sangue o perdão dos pecados, e apagarei<br />nele as desobediências.<br />6 "E agora, vê, aceitei tua oferenda, 0 Adão, mas os dias da Aliança que<br />Eu determinei para ti não estão cumpridos. Quando estiverem consumados,<br />então Eu te trarei de volta ao jardim."<br />7 "Agora, portanto, fortalece teu coração, e quando a tristeza vier sobre<br />ti, faze-Me uma oferenda, e Eu serei favorável a ti."<br />Capítulo 25<br />1 Mas Deus sabia o que Adão guardava em seus pensamentos, que ele<br />deveria matar-se várias vezes e fazer-Lhe uma oferenda de seu sangue.<br />2 Por isso Ele lhe disse: Ó Adão, não te mates novamente como o fizeste,<br />lançando-te da montanha".<br />3 Mas Adão disse a Deus: "Eu tinha a intenção de acabar comigo mesmo<br />completamente por ter desobedecido ao Vosso mandamento, e por ter saído<br />do belo jardim; e pela luz brilhante da qual Vós me privastes, e pelos<br />louvores que jorravam de minha boca sem cessar, e pela luz que me cobria.<br />4 "Agora, por Vossa bondade, ó Deus, não me abandone completamente;<br />mas sede benévolo comigo toda vez que eu morrer, e trazei-me de volta<br />vida."<br />5 "E através disso saber-se-á que Vós sois um Deus misericordioso, que<br />não quereis que alguém pereça; que não gostais que alguém caia; e que não<br />condenais ninguém cruelmente, perversamente à destruição total."<br />6 Então Adão permaneceu em silêncio.<br />7 E a Palavra de Deus veio-lhe e abençoou-o e confortou-o, e prometeulhe<br />que o salvaria no fim dos dias determinado para ele.<br />8 Esta, então, foi a primeira oferenda que Adão fez a Deus; e assim fez<br />disso um habito.<br />Capítulo 26<br />1 Então Adão tomou Eva, e puseram-se no caminho de volta à Caverna<br />25<br />dos Tesouros onde moravam. Mas ao aproximarem-se e a virem de longe,<br />uma pesada tristeza tomou conta de Adão e Eva quando para ela olharam.<br />2 Então Adão disse a Eva: "Quando estávamos na montanha, fomos<br />confortados pela Palavra de Deus que conversou conosco; e a luz que vinha<br />do leste iluminou-nos.<br />3 "Mas agora a Palavra de Deus ocultou-se de nós, e a luz que nos<br />iluminava está tão mudada como se estivesse prestes a desaparecer e<br />permitir que a escuridão e a tristeza caiam sobre nós."<br />4 "E somos forçados a entrar nesta caverna que parece prisão, onde a<br />escuridão nos envolve de maneira que ficamos separados um do outro; e tu<br />não me podes ver, nem eu te posso ver.<br />5 Depois de dizer Adão estas palavras, ele choraram e estenderam as<br />mãos a Deus; pois estavam cheios de tristeza.<br />6 E suplicaram a Deus que lhes trouxesse o sol para iluminá-los, para que<br />a escuridão não tomasse a envolvê-los e para que não fossem novamente<br />para debaixo daquela cobertura de rocha. Eles preferiam morrer a ver a<br />escuridão.<br />7 Então Deus olhou para Adão e Eva e considerou sua enorme tristeza e<br />considerou tudo que eles haviam feito como coração ardente por causa do<br />sofrimento presente, em vez de seu bem estar anterior, e por causa de toda a<br />miséria que lhes acontecera numa terra estranha.<br />8 Por isso Deus não estava irado com eles; nem impaciente com eles,<br />mas Ele estava paciencioso e indulgente para com eles, pois eram os filhos<br />que Ele criara.<br />9 Então a Palavra de Deus chegou a Adão, dizendo: "Adão, quanto ao<br />sol, se Eu não o houvesse trazido a ti, os dias, horas, anos e meses<br />perderiam sua validade, e a Aliança que eu fiz contigo jamais se cumpriria.<br />10 "Neste caso serias abandonado e submetido a um longo flagelo, e<br />ficarias para sempre sem alguma salvação."<br />11 "Sim, é melhor que conduzas tua alma por longo tempo e com<br />serenidade, enquanto suportas a noite e o dia; até que os dias se cumpram e<br />chegue o tempo da Minha promessa."<br />12 "Então Eu virei e te salvarei, ó Adão, pois Eu não desejo que tu<br />permaneças no sofrimento."<br />13 "E Eu, ao olhar para todas as coisas boas nas quais viveste, e porque<br />26<br />saíste delas, de boa vontade mostrar-te-ia misericórdia."<br />14 "Mas Eu não posso alterar a Aliança que saiu de Minha boca; do<br />contrário Eu te traria de volta ao jardim."<br />15 "Quando, no entanto, a Aliança for cumprida, então Eu terei<br />misericórdia para contigo para com tua descendência, e trar-te-ei para uma<br />terra de alegria onde não há tristeza nem sofrimento, mas felicidade e<br />louvores que nunca cessam; e um belo jardim que nunca passará."<br />16 E Deus disse novamente a Adão: "Sê paciente e entra na caverna, pois<br />a escuridão da qual tinhas medo durará apenas 12 horas, e quando terminar,<br />a luz ressurgirá".<br />17 Então, após ouvir de Deus estas palavras, Adão e Eva adoraram-no, e<br />seus corações consolaram-se. Eles voltaram para caverna, segundo seu<br />hábito, enquanto lágrimas corriam de seus olhos, tristeza e lamentações<br />vinham do coração e eles desejavam ardentemente que a alma lhes deixasse<br />o corpo.<br />18 E Adão e Eva permaneceram orando até que a escuridão da noite<br />desceu sobre eles, Adão ficou oculto de Eva, e ela dele.<br />Capítulo 27<br />1 Quando Satã, aquele que odeia tudo o que é bom, viu como eles<br />continuavam em oração, e como Deus se comunicava com eles e os<br />consolava, e como Ele aceitara sua oferenda, Satã criou uma visão.<br />2 Ele iniciou transformando suas hostes; em suas próprias mãos havia um<br />fogo flamejante, e eles estavam envoltos em uma grande luz.<br />3 Em seguida, colocou seu trono próximo à boca da caverna, pois não<br />podia entrar nela por causa das orações que proferiam. E lançou luz para<br />dentro da caverna, até que a caverna reluziu sobre Adão e Eva; enquanto<br />isso, suas hostes começavam a cantar louvores.<br />4 E Satã fez isto para que quando Adão visse a luz, pensasse consigo<br />mesmo que era uma luz celeste, e que as hostes de Satã eram anjos; e que<br />Deus os enviara para guardar a caverna e dar-lhes luz na escuridão.<br />5 Assim, quando Adão saísse da caverna e os visse, e Adão e Eva<br />reverenciassem a Satã, então ele dominaria Adão e humilha-lo-ia pela<br />segunda vez diante de Deus.<br />6 Quando, portanto, Adão e Eva viram a luz, imaginando que fosse real,<br />fortaleceram seus corações; no entanto como estavam trêmulos, Adão disse<br />27<br />a Eva:<br />7 "Olha para aquela grande luz e ouve aquelas muitas canções de louvor,<br />olha para aquelas hostes paradas lá fora que não entram e nem vêm até nós,<br />eles não nos contam o que dizem ou de onde vêm, ou qual é o significado<br />dessa luz; nem o que são aqueles louvores; para que foram eles enviados<br />aqui, e por que não entram?"<br />8 "Se eles fossem de Deus viriam a nós na caverna e nos contariam a que<br />vieram."<br />9 Em seguida Adão colocou-se de pé e orou a Deus com o coração<br />ardente, e disse:<br />10 "ah Senhor, há no mundo um outro deus além de vós que teria criado<br />anjos enchendo-os de luz e enviando-os a nós para nos guardar, e que viria<br />junto com eles?"<br />11 "Pois eis que vemos estas hostes que se postam à boca da caverna;<br />eles estão em grande luz; eles cantam altos louvores. Se eles são de algum<br />outro deus que não Vós, dizei-me; e se eles são enviados por Vós, dizei-me<br />a razão pela qual os enviastes."<br />12 Tão logo Adão disse essas palavras, um anjo de Deus apareceu-lhe na<br />caverna e disse-lhe: "ah Adão, não tenhas medo. Este é Satã com suas<br />hostes; ele deseja enganar-vos como vos enganou antes. Da primeira vez,<br />ele escondeu-se na serpente; mas desta vez ele veio a vós na semelhança de<br />um anjo de luz para que, quando o adorásseis, ele pudesse subjugar-vos<br />bem na presença de Deus".<br />13 Em seguida o anjo afastou-se de Adão, agarrou Satã e o despojou do<br />disfarce que assumira, e levou-o em sua verdadeira forma, horrenda, a<br />Adão e Eva, que ficaram com muito medo ao vê-lo.<br />14 E o anjo disse a Adão: "Esta forma horrenda tem sido dele desde que<br />Deus o fez cair do céu. Ele não poderia aproximar-se de vós assim; por isto<br />é que ele se transformou num anjo de luz".<br />15 Em seguida o anjo expulsou Satã e suas hostes para longe de Adão e<br />Eva, e disse-lhes: "Não temais; Deus, que vos criou, vos fortalecerá".<br />16 E o anjo partiu.<br />17 Mas Adão e Eva permaneceram em pé na caverna; não lhes veio<br />nenhum consolo; eles estavam divididos em seus pensamentos.<br />18 E quando amanheceu, disseram suas preces; e em seguida saíram em<br />28<br />busca do jardim. Pois seus corações ansiavam por ele, e não conseguiam<br />conformar-se com deixá-lo.<br />Capítulo 28<br />1 Mas quando o voluntarioso Satã viu-os a caminho do jardim, reuniu<br />suas hostes e apareceu sobre uma nuvem, como uma visão, com o intuito de<br />enganá-los.<br />2 Mas quando Adão e Eva deram com ele assim, como numa visão,<br />pensaram que fossem anjos de Deus vindos para consolá-los por terem<br />deixado o jardim, ou levá-los de volta para lá.<br />3 E Adão estendeu suas mãos para Deus, implorando-Lhe que o fizesse<br />compreender quem eram eles.<br />4 Então Satã, aquele que odeia tudo o que é bom, disse a Adão: "O Adão,<br />eu sou um anjo do grande Deus; e vê as hostes que me rodeiam.<br />5 "Deus enviou-me e a eles para pegar-te e levar-te à fronteira norte do<br />jardim; à praia do mar límpido e nele banhar-te e a Eva, e elevar-vos à<br />vossa alegria anterior, para que retorneis novamente ao jardim."<br />6 Estas palavras calaram fundo no coração de Adão e Eva.<br />7 Ainda assim Deus negou Sua Palavra a Adão, e não o fez compreender<br />imediatamente, mas esperou para testar sua força; se ele seria derrotado<br />como Eva o fora no jardim, ou se ele resistiria.<br />8 Então Satã dirigiu-se a Adão e Eva e disse: "Eis que vamos ao mar de<br />água", e puseram-se a caminho.<br />9 E Adão e Eva seguiram-nos a uma pequena distância.<br />10 Mas quando chegaram à montanha ao norte do jardim, uma montanha<br />muito alta, sem degraus para chegar ao topo, o Demônio acercou-se de<br />Adão e Eva e fê-los subir ao topo, de fato, e não numa visão; desejando,<br />com isso, jogá-los lá de cima e matá-los, e apagar da terra seus nomes; de<br />maneira que esta terra ficasse apenas para ele e suas hostes.<br />Capítulo 29<br />1 Mas quando Deus o misericordioso viu que Satã desejava matar Adão<br />com suas diversas artimanhas, e viu que Adão estava dócil e sem malícia,<br />Deus falou com Satã em voz alta e o amaldiçoou.<br />2 Então ele e suas hostes fugiram, e Adão e Eva permaneceram em pé no<br />cume da montanha, de onde eles viram, lá em baixo, o grande mundo, bem<br />acima do qual estavam. Porém as hostes que havia pouco estiveram a seu<br />29<br />lado, desapareceram.<br />3 Eles choraram, os dois, Adão e Eva, perante Deus, e suplicaram Seu<br />perdão.<br />4 Em seguida veio a Palavra de Deus a Adão dizendo "Compreende a<br />respeito deste Satã, pois ele procura engana-te e a teus descendentes que<br />virão".<br />5 E Adão chorou diante de Deus e suplicou e implorou que Ele lhe desse<br />alguma coisa do jardim, como uma pequena lembrança, para servir-lhe de<br />consolo.<br />6 E Deus olhou para o pensamento de Adão e enviou anjo Miguel ao mar<br />que se estende até a Índia, para dali pegar bastões de ouro e trazê-los a<br />Adão.<br />7 Isto fez Deus em Sua sabedoria, para que estes bastões de ouro, estando<br />com Adão na caverna, iluminassem a noite a sua volta e eliminassem o seu<br />medo da escuridão.<br />8 Em seguida o anjo Miguel desceu por ordem de Deus, pegou os bastões<br />de ouro, como Deus lhe ordenara, e levou-os para Deus.<br />Capítulo 30<br />1 Depois dessas coisas Deus ordenou ao anjo Gabriel para descer ao<br />jardim e dizer ao querubim que o guardava, "Ouve, Deus mandou-me entrar<br />no jardim e pegar incenso perfumado para dá-lo Adão".<br />2 Então o anjo Gabriel desceu por ordem de Deus ao jardim, e falou ao<br />querubim conforme Deus mandara.<br />3 O querubim então disse: "Muito bem". E Gabriel entrou e pegou o<br />incenso.<br />4 Então Deus mandou Seu anjo Rafael descer ao jardim e tratar com o<br />querubim sobre um pouco de mirra para dá-la a Adão.<br />5 E o anjo Rafael desceu e disse ao querubim conforme Deus mandara, e<br />o querubim disse: "Bem". Então Rafael entrou e pegou a mirra.<br />6 Os bastões de ouro provinham do mar da Índia, onde há pedras<br />preciosas. O incenso provinha da fronteira leste do jardim; e a mirra da<br />fronteira oeste, de onde viera a amargura de Adão.<br />7 E os anjos trouxeram estas três coisas a Deus, junto da Árvore da Vida,<br />no jardim.<br />8 Então Deus disse aos anjos: "Mergulhai-os na fonte de água; em<br />30<br />seguida levai-os e borrifar Adão e Eva com esta água, para que eles tenham<br />um pouco de consolo em sua tristeza, e dai-os a Adão e Eva".<br />9 E os anjos fizeram como Deus lhes ordenara, e deram todas aquelas<br />coisas a Adão e Eva no cume da montanha sobre a qual Satã os havia<br />colocado, quando tentou eliminá-los.<br />10 E ao ver os bastões de ouro, o incenso e a mirra, Adão rejubilou-se e<br />chorou, pois pensou que o ouro fosse uma lembrança do reino de onde ele<br />viera, que o incenso fosse uma lembrança da luz brilhante que lhe fora<br />tomada e que a mirra fosse um símbolo da tristeza em que se encontrava.<br />Capítulo 31<br />1 Depois dessas coisas. Deus disse a Adão: "Tu Me pediste algo do<br />jardim para consolar-te, e Eu te dei estas três prendas para teu consolo; para<br />que tu confies em Mim e em Minha Aliança feita contigo.<br />2 "Pois Eu virei e salvar-te-ei; e reis trarão para Mim, quando vestido de<br />carne, ouro, incenso e mirra; ouro como sinal do Meu reino; incenso como<br />sinal de Minha natureza divina; e mirra como símbolo de Meu sofrimento e<br />de Minha morte."<br />3 "Mas, ó Adão, coloca tudo junto de ti na caverna; o ouro, para que<br />possa lançar luz sobre ti à noite; o incenso, para que sintas seu doce<br />perfume; e a mirra, para confortar-te em tua tristeza."<br />4 Depois de Adão ouvir estas palavras de Deus, ele O adoro-ri. Ele e Eva<br />O adoraram e agradeceram-Lhe, porque Ele os tinha tratado<br />misericordiosamente.<br />5 Em seguida Deus ordenou que os três anjos, Miguel, Gabriel e Rafael,<br />entregassem a Adão o que cada um fora buscar. E eles assim o fizeram, um<br />a um.<br />6 E Deus mandou que Suriel e Salatiel carregassem Adão e Eva para<br />baixo do cume da montanha alta, e os levassem para a Caverna dos<br />Tesouros.<br />7 Lá chegando, colocaram o ouro no lado sul da caverna, o incenso no<br />lado leste e a mirra no lado oeste. Pois a boca da caverna estava no lado<br />norte.<br />8 Os anjos então confortaram Adão e Eva, e partiram.<br />9 Eram setenta bastões de ouro, doze libras de incenso e três libras de<br />mirra.<br />31<br />10 Tudo permaneceu com Adão na Casa dos Tesouros; é por isso que foi<br />chamada "de esconderijo". Mas outros intérpretes afirmam que era<br />chamada "Caverna dos Tesouros" por causa dos corpos de homens justos<br />que lá estavam.<br />11 Estas três coisas Deus deu a Adão ao terceiro dia após a saída do<br />jardim, em lembrança dos três dias que o Senhor permaneceria no coração<br />da terra.<br />12 E estas três coisas, como continuaram com Adão na caverna, davamlhe<br />luz à noite; e de dia davam-lhe um pouco de alívio a sua tristeza.<br />Capítulo 32<br />1 E Adão e Eva permaneceram na Caverna dos Tesouros até o sétimo<br />dia; eles não comeram do fruto da terra, nem beberam da água.<br />2 E quando alvoreceu no oitavo dia, Adão disse a Eva: "O Eva, nós<br />oramos para Deus nos dar alguma coisa do jardim, e Ele enviou Seus anjos<br />que nos trouxeram o que tínhamos desejado.<br />3 "Mas agora, levanta-te, vamos até o mar de água que vimos antes, e<br />vamos permanecer em pé nele, pedindo que Deus seja de novo benevolente<br />conosco e nos leve de volta ao jardim: ou nos dê algo; ou que Ele nos dê<br />consolo em alguma outra terra que não essa onde estamos."<br />4 Em seguida Adão e Eva saíram da caverna, foram e ficaram em pé na<br />beira do mar no qual eles se tinham lançado antes, e Adão disse a Eva:<br />5 "Vem, entra neste lugar e não saias daqui antes de terminarem trinta<br />dias, quando eu virei a ti. E ora a Deus com o coração ardente e com voz<br />doce para que nos perdoe."<br />6 "E eu irei a um outro lugar, e entrarei nele, e farei com tu."<br />7 Em seguida Eva entrou na água, como Adão lhe ordenara. Adão<br />também entrou na água; e eles ficaram em pé orando; e suplicaram a Deus<br />que lhes perdoasse sua ofensa, e que os restituísse ao estado anterior.<br />8 E assim eles permaneceram em pé, orando, até o final de trinta e cinco<br />dias.<br />Capítulo 33<br />1 Mas Satã, aquele que odeia tudo o que é bom, procurou por eles na<br />caverna, mas. não os encontrou. apesar de buscá-los diligentemente.<br />2 Mas encontrou-os em pé na água, orando, e pensou consigo mesmo:<br />"Adão e Eva estão assim em pé naquela água suplicando a Deus que lhes<br />32<br />perdoe a desobediência e os restitua a seu estado primeiro, e para que Ele<br />os livre de minhas mãos.<br />3 "Mas eu os enganarei e para que saiam da água e não cumpram o seu<br />voto."<br />4 Em seguida, aquele que odeia tudo o que é bom não se dirigiu a Adão,<br />mas a Eva, e tomou a forma de um anjo de Deus, louvando e rejubilando, e<br />disse-lhe:<br />5 "A paz esteja contigo! Alegra-te e rejubila-te Deus é benevolente<br />conosco, e Ele me enviou a Adão. Eu lhe trouxe as boas novas da salvação<br />e de seu preenchimento com a luz fulgurante de antes."<br />6 "E Adão, alegre com sua restauração, enviou-me a ti para que tu venhas<br />a mim, para que eu te coroe de luz assim como a ele.<br />7 "E ele me disse: Fala com Eva; se ela não vier contigo, lembra-a do<br />sinal de quando estávamos no cume da montanha; como Deus enviou Seus<br />anjos que nos pegaram e nos levaram para a Caverna dos Tesouros, e<br />colocaram o ouro no lado sul; o incenso no lado leste; e a mirra no lado<br />oeste'. Vem até ele agora."<br />8 Ao ouvir estas palavras, Eva rejubilou-se muito. E, pensando que a<br />visão de Satã fosse real, saiu do mar.<br />9 Ele foi na frente, e ela o seguiu até que chegaram a Adão. Então Satã<br />escondeu-se dela, e ela não mais o viu.<br />10 Ela então foi e parou diante de Adão que estava em pé na água,<br />rejubilando-se no perdão de Deus.<br />11 E quando ela o chamou, ele voltou-se, viu-a ali e chorou e golpeou<br />seu peito; e, amargurado de tristeza, afundou na água.<br />12 Mas Deus olhou para ele e para sua miséria e para a iminência de ele<br />dar seu último suspiro. E a Palavra de Deus veio do céu e disse-lhe: "Sobe<br />pela margem alta até Eva. E, ao chegar junto dela, dize-lhe: 'Quem te disse<br />vem aqui'?"<br />13 Então ela relatou-lhe as palavras do anjo que lhe aparecera e lhe dera<br />um sinal.<br />14 Mas Adão entristeceu-se e fê-la saber que aquele era Satã. Ele então a<br />tomou pelas mãos, e ambos voltaram à caverna.<br />15 Estas coisas aconteceram-lhes na segunda vez em que desceram até a<br />água, sete dias depois de saírem do jardim.<br />33<br />16 Eles jejuaram dentro da água por trinta e cinco dias; ao todo eram<br />quarenta e dois dias desde que havia deixado o jardim.<br />Capítulo 34<br />1 E na manhã do quadragésimo terceiro dia, eles saíram da caverna,<br />tristes e chorosos. Seus corpos estavam enfraquecidos e ressequidos de<br />fome e sede, de jejuar e orar, e de sua pesada tristeza por causa de sua<br />desobediência.<br />2 E depois de saírem da caverna, subiram a montanha a oeste do jardim.<br />3 Ali pararam e oraram e suplicaram a Deus que lhes concedesse o<br />perdão de seus pecados"<br />4 E, após suas orações, Adão se pôs a rogar a Deus dizendo: "O meu<br />Senhor, meu Deus e meu Criador, Vós mandastes que se juntassem os<br />quatro elementos, e eles foram reunidos por Vossa ordem.<br />5 "Em seguida abristes Vossa mão e me criastes a partir de um elemento,<br />o pó da terra; e me trouxestes para o jardim à terceira hora, numa sextafeira,<br />e me informastes disso na caverna."<br />6 "Naquele tempo, no início, eu não conhecia nem a noite nem o dia, pois<br />eu tinha uma natureza luminosa, e a luz na qual eu vivia nunca me deixou<br />para que eu conhecesse a noite ou o dia."<br />7 "Naquele tempo, novamente, ó Senhor, naquela terceira hora quando<br />me criastes, trouxestes a mim todas as feras, e os leões, e os avestruzes, as<br />aves do ar, e todas as coisas que se movem na terra, que criastes na<br />primeira hora antes de mim na sexta-feira."<br />8 "E foi de Vossa vontade que Eu nomeasse a todos, um por um, com um<br />nome apropriado. Mas Vós me deste entendimento e sabedoria, e um<br />coração puro e um discernimento justo vindo de Vós, para que eu os<br />nomeasse segundo Vosso próprio discernimento considerando a nomeação<br />deles."<br />9 "ah Deus, Vós os fiz estes obedientes a mim e ordenastes que nenhum<br />deles se desgarrasse de meu controle, de acordo com Vosso mandamento, e<br />com o domínio que me destes sobre eles. Mas agora eles estão afastados de<br />mim."<br />10 "Então aconteceu aquela terceira hora da sexta-feira, na qual me<br />criastes, e me destes o mandamento referente árvore, da qual eu não me<br />deveria aproximar, nem comer de seus frutos, pois Vós me dissestes no<br />34<br />jardim: Quando comeres da árvore, da morte morrerás'.<br />11 "E se tivésseis me punido com a morte como o dissestes, eu deveria<br />ter morrido naquele mesmo instante."<br />12 "Além do mais, quando me destes a ordem relativa à árvore, que eu<br />não deveria nem me aproximar dela nem dela comer, Eva não estava<br />comigo: ainda não a tínheis criado nem a tirado ainda do meu lado; mais,<br />nem ouvira esta ordem de Vós."<br />13 "Em seguida, ao fim da terceira hora naquela sexta-feira, ó Senhor,<br />provocastes uma sonolência e um sono caiu sobre mim e eu dormi, e fique<br />dominado pelo sono."<br />14 "Depois, tirastes um costela do meu lado e a criaste segundo Vossa<br />própria imagem e semelhança. Então eu acordei; e quando a vi e soube<br />quem era ela, eu disse: Isso é osso do meus ossos, e carne de minha carne;<br />daqui por diante ela ser chamada mulher'."<br />15 "Foi de Vossa boa vontade, ó Deus, que veio a sonolência e o sono<br />que recaíram sobre mim; e imediatamente tiraste Eva do meu lado, até que<br />ela estava fora, assim que eu não vi como ela foi feita; nem puc<br />testemunhar, ó meu Senhor são sublimes e grandiosas são Vossa bondade e<br />glória."<br />16 "E por Vossa boa vontade, ó Senhor, nos destes a ambos corpos de<br />uma natureza luminosa, e nos fizestes os dois, um; e nos destes Vossa graça<br />e nos cumulastes de louvores do Espírito Santo; e não deveríamos estar<br />nem famintos nem sedentos, nem conhecer o que é a tristeza, nem ainda a<br />fraqueza de coração; nem o sofrimento, o jejum, ou a exaustão."<br />17 "Mas agora, ó Deus, desde que desobedecemos Vosso mandamento e<br />quebramos Vossa lei, Vós nos levastes para uma terra estranha e<br />permitistes que o sofrimento e a fraqueza, a fome e a sede nos<br />acometessem."<br />18 "Agora, portanto, ó Deus, suplicamos a Vós, dai-nos algo de comer do<br />jardim, para satisfazer nossa fome, e algo para matar nossa sede."<br />19 "Pois, vede, por muitos dias, ó Deus, não provamos nada nem<br />bebemos nada, e nossa carne está ressecada, e nossa força está esgotada e o<br />sono abandonou nossos olhos por causa da fraqueza e do choro."<br />20 "Então, ó Deus, não ousamos colher nenhum dos frutos das árvores,<br />por temer-vos. Pois quando O desobedecemos antes, nos poupastes e não<br />35<br />nos fizestes morrer."<br />21 "Mas agora, pensamos em nosso coração, se comermos dos frutos das<br />árvores sem a ordem de Deus, Ele nos destruirá dessa vez e nos eliminará<br />da face da terra."<br />22 "E se bebermos dessa água, sem a ordem de Deus, Ele nos porá um<br />fim e nos erradicará imediatamente."<br />23 "Portanto, ó Deus, agora que eu venho a este lugar com Eva,<br />suplicamos que nos deis do fruto do jardim, para que possamos saciar-nos<br />com ele."<br />24 "Pois desejamos o fruto que está na terra e tudo o mais que nos falta."<br />Capítulo 35<br />1 Então Deus olhou novamente para Adão e para seu pranto e seus<br />gemidos, e a Palavra de Deus veio-lhe e lhe disse:<br />2 "O Adão, quando estavas no meu jardim não conhecias nem o comer<br />nem o beber; nem a fraqueza nem o sofrimento, nem a magreza da carne,<br />nem a mudança; nem o sono abandonava teus olhos. Mas desde que<br />desobedeceste e vieste para esta terra estranha, todas estas provações têm<br />acontecido a ti."<br />Capítulo 36<br />1 Então Deus ordenou ao querubim, que guardava o portão do jardim<br />com uma espada de fogo na mão, que buscasse alguns frutos da figueira e<br />os desse a Adão.<br />2 O querubim obedeceu à ordem do Senhor Deus e foi ao jardim e trouxe<br />dois figos e dois galhos, cada figo com sua folha; estes provinham de duas<br />das árvores entre as quais Adão e Eva se haviam escondido quando Deus<br />fora andar no jardim,e a Palavra de Deus viera a Adão e Eva dizendo-lhes:<br />"Adão, Adão, onde estás"?<br />3 E Adão respondera: "ó Deus, aqui estou. Quando eu ouvi Vosso som e<br />Vossa voz, eu me escondi, pois estou nu".<br />4 Então o querubim tomou dois figos e trouxe-os a Adão e Eva. Mas<br />lançou-os para eles de longe; pois eles não podiam aproximar-se do<br />querubim por causa de sua carne, que não podia aproximar-se do fogo.<br />5 Antes, os anjos tremiam na presença de Adão e temiam-no. Mas agora<br />Adão tremia perante os anjos e temia-os.<br />6 Então Adão aproximou-se e pegou um figo, e Eva também veio por sua<br />36<br />vez e pegou o outro.<br />7 E, ao tomá-lo em suas mãos, olharam e reconheceram que provinham<br />das árvores entre as quais eles se haviam escondido.<br />Capítulo 37<br />1 Em seguida Adão disse a Eva: "Vês estes figos e suas folhas, com as<br />quais nos cobrimos quando fomos despidos de nossa natureza luminosa?<br />Agora, não sabemos que miséria e sofrimento podem nos acometer se os<br />comermos.<br />2 "Agora, portanto, ó Eva, vamos nos conter e não comer deles, tu e eu, e<br />vamos pedir a Deus que nos dê do fruto da Árvore da Vida."<br />3 Assim Adão e Eva contiveram-se e não comeram desses figos.<br />4 Mas Adão começou a orar a Deus e a suplicar-Lhe que desse do fruto<br />da Árvore da Vida, dizendo assim: "ó Deus quando desobedecemos ao<br />vosso mandamento na sexta hora da sexta-feira, fomos despojados da<br />natureza luminosa que tínhamos e continuamos no jardim depois de nossa<br />desobediência, por não mais que três horas.<br />5 "Mas ao anoitecer, Vós nos fizestes sair de lá. O Deus nós Vos<br />desobedecemos por uma hora, e todas essas provações e tristezas<br />acontecem-nos até hoje."<br />6 "E aqueles dias, junto com este quadragésimo terceiro dia, não<br />redimem aquela uma hora durante a qual desobedecemos!"<br />7 "O Deus, olhai para nós com um olhar de piedade e não nos castigueis<br />de acordo com nossa desobediência ao Vosso mandamento, em Vossa<br />presença."<br />8 "O Deus, dai-nos do fruto da Árvore da Vida para que possamos dele<br />comer e viver não tomar a passar por sofrimentos e outros aborrecimentos<br />nesta terra; pois Vós sois Deus."<br />9 "Quando desobedecemos ao Vosso mandamento, Vós nos fizestes sair<br />do jardim e enviastes um querubim para guardar a Árvore da Vida para<br />evitar que dela comêssemos e vivêsseis e não conhecêssemos fraquezas<br />depois da desobediência."<br />10 "Mas agora, ó Senhor, vede, agüentamos todos estes dias, e<br />suportamos todos os sofrimentos. Fazei estes quarenta e três dias<br />equivalerem à uma hora durante a qual desobedecemos."<br />Capítulo 38<br />37<br />1 Depois dessas coisas a Palavra de Deus veio a Adão e disse-lhe:<br />2 "O Adão, quanto ao fruto da Árvore da Vida, o qual pediste, não o<br />darei a ti agora, mas sim quando os cinco mil e quinhentos anos se<br />cumprirem, Então Eu te darei o fruto da Árvore da Vida, e tu a comerás e<br />viverás para sempre, tu e Eva, e tua descendência justa."<br />3 "Mas estes quarenta e três dias não podem compensar a hora durante a<br />qual tu desobedeceste ao Meu mandamento."<br />4 "é Adão, Eu te dei de comer da figueira na qual tu te escondestes, Vai e<br />come dela, tu e Eva."<br />5 "Eu não negarei teu pedido nem tirarei tua esperança; portanto, suporta,<br />até o cumprimento da Aliança que Eu contigo fiz."<br />6 E Deus retirou Sua Palavra de Adão.<br />Capítulo 39<br />1 Em seguida Adão voltou a Eva e disse-lhe: "Levanta-te e pega um figo<br />para ti, e eu pega-rei o outro; e vamos para a nossa caverna,<br />2 Então Adão e Eva pegaram um figo cada e foram em direção da<br />caverna; era quase a hora do pôr-do-sol; e seus pensamentos fizeram-nos<br />desejosos de comer do fruto.<br />3 Mas Adão disse a Eva: "Eu tenho medo de comer deste figo, Não sei o<br />que poderá advir disso".<br />4 Assim Adão chorou e pos-se a orar diante de Deus, dizendo: "Satisfazei<br />minha fome, sem que eu tenha de comer este figo; pois, após comê-lo, de<br />que me valerá ele? E o que desejarei e pedirei a Vós, ó Deus, depois que ele<br />se acabar'?<br />5 E ele disse novamente: "Tenho medo de comer dele; pois não sei o que.<br />me acontecerá por isto".<br />Capítulo 40<br />1 Então a Palavra de Deus veio a Adão e disse-lhe: "O Adão, por que não<br />tiveste antes este temor, nem suportaste este jejum, nem tiveste tanto<br />cuidado assim? E por que não tiveste este medo antes de desobedecer?<br />2 "Mas depois de vires morar nesta terra estranha, teu corpo animal não<br />poderia existir sobre a terra sem alimento terreno, para fortalecê-lo e para<br />restaurar sua energia."<br />3 E Deus retirou Sua Palavra de Adão.<br />Capítulo 41<br />38<br />1 Então Adão tomou o figo e colocou-o sobre os bastões de ouro. Eva<br />também pegou seu figo e colocou-o sobre o Incenso.<br />2 E o peso de cada figo era o de uma melancia; pois os frutos do jardim<br />eram maiores que os frutos da terra.<br />3 Mas Adão e Eva permaneceram em pé e jejuaram durante aquela noite<br />inteira, até o alvorecer.<br />4 Quando o sol se levantou encontrou-os em suas preces, e Adão disse a<br />Eva depois que terminaram de orar:<br />5 "ó Eva, vem, vamos até a beira do jardim do lado sul; ao lugar onde o<br />rio nasce e se separa em quatro correntes. Ali oraremos a Deus e lhe<br />pediremos que nos dê de beber da Água da Vida."<br />ó. "Pois Deus não nos alimentou com a Árvore da Vida, para que não<br />vivêssemos. Portanto, pedir-lhe-emos que nos dê da Água da Vida, para<br />com ela aplacar nossa sede, em vez de beber da água desta terra."<br />7 Ao ouvir estas palavras de Adão, Eva concordou; e ambos levantaramse<br />e foram à fronteira sul do jardim.<br />8 E eles permaneceram em pé e oraram ante o Senhor e pediram-Lhe que<br />olhasse para eles dessa vez, que os perdoas-se e que lhes concedesse seu<br />pedido.<br />9 Depois dessa prece de ambos, Adão se pôs a orar em voz alta perante<br />Deus, e disse:<br />10 "ó Senhor, quando eu estava no jardim e via a água que corria sob a<br />Árvore da Vida, meu coração não desejava, nem meu corpo precisava beber<br />dela; nem eu conhecia a sede, pois estava vivo; e em condição superior à de<br />agora."<br />11 "De maneira que para viver eu não necessitava de nenhum Alimento<br />da Vida, nem bebia da Água da Vida."<br />12 "Mas agora, ó Deus, eu estou morto; minha carne esta ressequida pela<br />sede. Dai-me Água da Vida para que possa dela beber e viver."<br />13 "Por Vossa misericórdia ó Deus, salvai-me desses flagelos e<br />provações, e levai-me para outra terra diferente desta, que não me permitis<br />habitar no Vosso jardim."<br />Capítulo 42<br />1 Então veio a Palavra Deus a Adão e disse-lhe:<br />2 "ó Adão, quanto ao que tu dizes: Levai-me para uma terra onde haja<br />39<br />descanso, não é outra terra diferente desta mas é o reino do céu, o único<br />lugar onde há descanso."<br />3 "Mas tu não podes nele entrar no momento presente mas apenas depois<br />do teu julgamento feito e cumprido."<br />4 "Então far-te-ei subir ao reino do céu, a ti e à tua descendência justa; e<br />dar-te-ei ti e a eles o descanso que pedes presentemente."<br />5 "E se dizes: Dai-me Água da Vida para que eu dela possa beber e viver,<br />isto não pode ser hoje, mas no dia que eu descer ao inferno, quebrar os<br />portões de bronze esmagar os reinos de ferro."<br />6 "Então, por misericórdia salvarei tua alma e a alma justos para dar-lhes<br />descanso em Meu jardim. E isto será quando o mundo chegar ao fim.<br />7 "E, novamente, conquanto a Água da Vida que buscas não te seja<br />concedida hoje, te será dada no dia em que Eu derramar Meu sangue sobre<br />tua cabeça na terra do Gólgota."<br />8 "Pois Meu sangue será para ti a Água da Vida, e não somente para ti,<br />mas para todos da tua descendência que acreditarem em Mim; para que seja<br />para eles o descanso eterno."<br />9 O Senhor disse novamente a Adão: "ah Adão, quando estavas no<br />jardim, estas provações não te aconteceram."<br />10 "Mas, desde que desobedeceste ao Meu mandamento, acarretaste<br />todos estes sofrimentos."<br />11 "Agora, também, tua carne necessita de alimento e bebida; bebe, pois,<br />daquela água que corre junto a ti na face da terra."<br />12 Então Deus retirou Sua Palavra de Adão.<br />13 E Adão e Eva adoraram ao Senhor e voltaram do rio à caverna. Era<br />meio-dia; e quando se aproximaram da caverna, viram ali um grande fogo.<br />Capítulo 43<br />1 Então Adão e Eva ficaram amedrontados e detiveram-se. E Adão disse<br />a Eva: "Que fogo é esse ao largo de nossa caverna? Não fizemos nada para<br />provocar este fogo.<br />2 "Não temos nem pão para assar lá dentro, nem caldo para cozinhar lá.<br />Quanto a este fogo, não o conhecemos, nem sabemos como chamá-lo."<br />3 "Mas desde que Deus mandou o querubim com uma espada de fogo<br />que reluzia e relampejava em sua mão e que de medo caímos e ficamos<br />como cadáveres, nunca mais vimos nada igual."<br />40<br />4 "Mas agora, ó Eva, vê, este é o mesmo fogo que estava na mão do<br />querubim, a quem Deus enviou para guardar a caverna onde moramos."<br />5 "é Eva, é porque Deus esta zangado conosco e nos quer expulsar dali."<br />6 "E Eva, desobedecemos novamente ao Seu mandamento naquela<br />caverna, assim Ele enviou este fogo para queimar à sua volta, e assim<br />impedir-nos de entrar."<br />7 "Se isto for realmente assim, ó Eva, onde moraremos?<br />E para onde escaparemos da face do Senhor? Pois quanto ao jardim, Ele<br />não nos permitirá habitar nele, e Ele nos privou das. boas coisas de lá; mas<br />Ele nos colocou nesta caverna, onde temos suportado a escuridão, as<br />provações e dificuldades, até que finalmente encontramos consolo ali."<br />8 "Mas agora, se Ele nos levasse para uma outra terra, quem sabe o que<br />poderia acontecer lá? E, quem sabe, a escuridão daquela terra poderia ser<br />bem maior que a escuridão desta terra?"<br />9 "Quem sabe o que pode-ria acontecer naquela terra de dia ou de noite?<br />E quem sabe, ó Eva se seria distante ou próximo do jardim o lugar onde a<br />Deus agradaria colocar-nos; ou onde Deus nos impediria de vê-Lo, porque<br />desobedecemos ao Seu mandamento, e por Lhe fazermos pedidos em todas<br />as ocasiões?"<br />10 "O Eva, se Deus nos mandar para urna outra terra estranha que não<br />esta, onde achamos consolo, deve ser para matar nossa alma e apagar nosso<br />nome da face da terra.<br />11 "Ó Eva, se formos afastados ainda mais do jardim e de Deus, onde O<br />acharemos novamente para pedir-Lhe que nos dê ouro, incenso, mirra e<br />alguns frutos da figueira?"<br />12 "Onde O acharemos para confortar-nos uma segunda vez? Onde O<br />acharemos, para que ele possa pensar em nós com relação à Aliança que<br />Ele fez a nosso favor?"<br />13 Em seguida Adão calou-se e não disse mais nada. E eles continuaram<br />a olhar, ele e Eva, em direção da caverna, e para o fogo que se erguia à sua<br />volta.<br />14 Mas aquele fogo provinha de Satã. Pois ele juntara árvores e capim<br />seco, os carregara e trouxera para a caverna, e tinha ateado fogo neles, a<br />fim de consumir a caverna e o que estava dentro dela.<br />15 Assim Adão e Eva seriam abandonados na tristeza, e ele acabaria com<br />41<br />sua confiança em Deus, e faria com que eles O negassem.<br />16 Mas, por misericórdia de Deus, ele não podia queimar a caverna, pois<br />Deus enviara Seu anjo até a caverna para preservá-la desse fogo, até que<br />este se extinguisse.<br />17 E este fogo durou do meio-dia até o raiar do dia seguinte. Este foi o<br />quadragésimo quinto dia.<br />Capítulo 44<br />1 Ainda Adão e Eva estavam parados, olhando para fogo, e incapazes de<br />se aproximarem da caverna por causa de seu pavor.<br />2 E Satã continuou trazendo árvores e lançando-as a fogo, até que a sua<br />chama elevou-se bem alto e cobriu a caverna inteira, pensando ele como<br />pensava consigo mesma em consumir a caverna com muito fogo. Mas o<br />anjo do Senhor a estava protegendo.<br />3 E mesmo assim ele não podia amaldiçoar Satã, não podia feri-lo pela<br />palavra, porque não tinha autoridade sobre ele, nem era do seu feitio fazê-lo<br />com palavras de sua boca.<br />4 Por isto o anjo lidou com ele sem proferir nenhuma palavra ruim, até<br />que a Palavra de Deus veio, dizendo a Satã: "Vai embora daí; uma vez já<br />enganaste Meus servos, e desta vez tu procuras destruí-los.<br />5 "Não fosse por Minha misericórdia, Eu teria eliminado da terra a ti e a<br />tuas hoste. Mas Eu tenho sido paciente contigo, e o serei até o fim mundo."<br />6 Então Satã fugiu da presença do Senhor. Mas o fogo continuou<br />queimando em torno da caverna como um carvão e brasa durante o dia<br />inteiro; qual era o quadragésimo sexto dia que Adão e Eva passava desde<br />que haviam saído do jardim.<br />7 E quando Adão e Eva viram que o calor do fogo baixou um pouco,<br />puseram-se a andar em direção à caverna para entrar nela como<br />precisavam; mas eles ainda não podiam, por causa do calor do fogo.<br />8 Então ambos puseram-se a chorar por causa do fogo que os separava da<br />caverna, e que se dirigia para eles, queimando. E Eva estava amedrontada.<br />9 Então Adão disse a Eva: "Vê este fogo do qual temos uma parte em<br />nós: antes nos obedecia, mas não mais o faz, agora que transgredimos o<br />limite da criação e mudamos nossa condição, e nossa natureza está alterada.<br />Mas o fogo não mudou em sua natureza, nem foi alterado do estado em que<br />foi criado. Portanto, ele tem agora poder sobre nós, e quando nos<br />42<br />aproximamos dele ele chamusca nossa carne".<br />Capítulo 45<br />1 Então Adão ergueu-se e orou a Deus, dizendo: "Vede, este fogo fez<br />uma separação entre nós e a caverna na qual Vós nos ordenastes habitar;<br />mas agora, vede, não podemos entrar nela".<br />2 Então Deus ouviu Adão e enviou-lhe Sua Palavra, que dizia:<br />3 "ah Adão, vê este fogo! quão diferentes são a sua chama e o seu calor<br />do jardim de delícias e das boas coisas que há nele!"<br />4 "Quando tu estavas sob Meu controle, todas as criaturas abandonavamse<br />a ti, mas depois que tu desobedeceste ao Meu mandamento, elas todas se<br />levantam contra ti."<br />5 Novamente Deus lhe disse: "Vê, ó Adão, como Satã te tem exaltado!<br />Ele te privou da Divindade e de um estado sublime em Mim, e não manteve<br />sua palavra a ti mas, depois de tudo, tornou-se teu inimigo. Foi ele quem<br />fez este fogo no qual pretendia queimar-te e a Eva."<br />6 "Por que, ó Adão, ele não manteve seu acordo contigo nem por um dia<br />sequer, mas te privou da glória que estava contigo, quando tu cedeste a seu<br />comando?"<br />7 "Tu pensas, Adão, que ele te amou quando fez este acordo contigo? Ou<br />que te amou e desejou elevar-te para o alto?"<br />8 "Mas não, Adão, ele não fez isto tudo por amor a ti; mas desejava<br />fazer-te sair da luz para a escuridão; e de um estado sublime para a<br />degradação; da glória para a humilhação; da alegria para a tristeza; e do<br />descanso para a fome e a fraqueza."<br />9 Deus disse também a Adão: "Vê este fogo atiçado por Satã em volta de<br />tua caverna; vê esta maravilha que te circunda; e saibas que isto te<br />envolverá, tanto a ti quanto a tua descendência, se atenderdes a seu<br />comando; que ele vos castigará com fogo; e que descereis para o inferno<br />depois de mortos."<br />10 "Então vereis o queimar de seu fogo, que assim estará queimando em<br />volta de vós e de vossa descendência. Não haverá libertação para vós, a não<br />ser por ocasião da Minha vinda: da mesma maneira como tu não podes<br />entrar na tua caverna, por causa do grande fogo à sua volta; não até que<br />Minha Palavra venha e abra um caminho para ti no dia em que Minha<br />Aliança for cumprida."<br />43<br />11 "Não há nenhuma maneira, no presente momento, de saíres daí para<br />descansar, não até que Minha Palavra venha, aquele que é Minha Palavra.<br />Então Ele abrirá uma passagem para ti, e tu terás descanso." Em seguida<br />Deus falou com Sua Palavra àquele fogo que queimava em volta da<br />caverna, que se afastasse até Adão ter passado por ele. Então o fogo<br />afastou-se pela ordem de Deus, e uma passagem foi aberta para Adão."<br />12 E Deus retirou Sua Palavra de Adão.<br />Capítulo 46<br />1 Então Adão e Eva puseram-se novamente a caminhar em direção da<br />caverna. E quando chegaram no caminho aberto entre o fogo, Satã soprou<br />para dentro do fogo como um redemoinho, e lançou sobre Adão e Eva um<br />fogo em brasa ardente; de maneira que seus corpos foram chamuscados, e o<br />fogo em brasa queimou-os de leve.<br />2 E por causa da queimadura do fogo Adão e Eva gritaram e disseram: "ó<br />Senhor, salvai-nos! Não deixeis que sejamos flagelados e consumidos por<br />este fogo ardente, nem nos exijais isso por termos desobedecido Vosso<br />mandamento".<br />3 Então Deus olhou para seus corpos, onde Satã fez fogo queimar, e<br />enviou seu anjo, que apagou o fogo. Mas as feridas permaneceram em seus<br />corpos.<br />4 E Deus disse a Adão: " Vê o amor que tem Satã, que fingiu dar-te a<br />Divindade e a grandeza; e, vê, ele te queima como fogo e procura eliminarte<br />face da terra."<br />5 "E agora olha para Mim ó Adão; Eu te criei, e quantas vezes te libertei<br />de sua mão? Não fosse assim, não teria ele te destruído?"<br />6 Deus disse novamente a Eva: "Que te prometeu ele no jardim, dizendo:<br />Ao comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e vós sereis como deuses<br />conhecendo o bem e o mal. Mas vê, ele queimou vossos corpos com fogo e<br />obrigou-vos a provar-lhe o gosto, em lugar gosto do jardim; e obrigou-nos a<br />ver o queimar do fogo e o no mal que disto vem; vede o poder que ele<br />exerce sobre vós."<br />7 "Vossos olhos virara bem que ele tomou de vós, e verdade ele abriu<br />vossos olhos e vistes o jardim no qual estáveis Comigo, e vós também<br />vistes o mal que adveio de Satã sobre nós. Mas quanto à Divindade, ele não<br />vos pode dar, nem cumprir a promessa feita a vós. Não, ele está<br />44<br />amargurado convosco e com vossa descendência que virá depois de vós."<br />8 E Deus retirou Sua Palavra deles.<br />Capítulo 47<br />1 Então Adão e Eva entraram na caverna, ainda tremendo por causa do<br />fogo que chamuscara seus corpos. Então Adão disse a Eva:<br />2 "Vê, o fogo queimou nossa carne neste mundo; mas como será quando<br />morrermos e Satã punir nossa alma? Não que nossa libertação esteja muito<br />distante, a não ser que Deus venha, e por misericórdia de nós, cumpra Sua<br />promessa."<br />3 Em seguida Adão e Eva entraram na caverna, dando graças por<br />entrarem nela uma vez mais, pois pensavam que nunca mais conseguiriam<br />ao ver o fogo ao seu redor.<br />4 Mas quando o sol se estava pondo, o fogo ainda ardia e aproximava-se<br />de Adão e Eva na caverna, de maneira que eles não podiam dormir ali.<br />Depois que o sol se pôs, eles saíram. Este foi o quadragésimo sétimo dia<br />depois de terem saído do jardim.<br />5 Adão e Eva então chegaram ao pé da colina ao lado do jardim para<br />dormir, como necessitavam.<br />6 E eles puseram-se de pé e oraram a Deus que lhes perdoasse seus<br />pecados, e em seguida adormeceram no sopé da montanha.<br />7 Mas Satã, aquele que odeia tudo o que é bom, pensou consigo mesmo:<br />"Conquanto Deus tenha prometido a Adão, por meio da Aliança, que o<br />salvaria de toda miséria, a mim nada me prometeu, através da Aliança, e<br />não me libertará de minhas misérias; e se Ele prometeu-lhe que fará com<br />que ele e sua descendência habitem o reino onde eu estive antes, matarei<br />Adão.<br />8 "A terra estará livre dele; e ficará só para mim; de maneira que, ao<br />morrer, ele não terá nenhum descendente para herdar o reino que<br />permanecerá meu próprio domínio; então Deus precisará de mim e há de<br />me recolocar com minhas hostes."<br />Capítulo 48<br />1 Após o que Satã chamou suas hostes, que vieram todas a ele, e<br />disseram-lhe:<br />2 "O Senhor nosso, que queres tu fazer?"<br />3 Ele, pois, lhes disse: "Sabeis que este Adão, a quem Deus criou do pó,<br />45<br />é que nos tomou nosso reino. Vamos, reunamo-nos para matá-lo;<br />arremessaremos uma rocha sobre ele e Eva, e os esmagaremos com ela".<br />4 Depois de ouvirem de Satã estas palavras, as hostes foram até a parte<br />da montanha onde Adão e Eva estavam adormecidos.<br />5 Então Satã e suas hostes agarraram uma enorme rocha, larga e lisa e<br />sem mácula, porque pensaram consigo mesmos: "Se houver um buraco na<br />rocha, ao cair sobre eles, o buraco na rocha poderia encaixar-se sobre eles,<br />e assim eles escapariam e não morreriam".<br />6 Ele então disse às suas hostes: "Erguei esta rocha e arremessai-a bem<br />em cima deles, de maneira que ela não role para algum outro lugar. E<br />depois de arremessá-la, fugi sem demora".<br />7 E eles assim o fizeram conforme ele ordenara. Mas quando a rocha caiu<br />da montanha sobre Adão e Eva, Deus ordenou-lhe que se tornasse um tipo<br />de cobertura sobre eles, sem lhes causar mal algum. E assim se fez por<br />ordem de Deus.<br />8 Mas quando a rocha caiu, a terra inteira tremeu com isso, e foi sacudida<br />por causa do tamanho da rocha.<br />9 E como a terra tremia e sacudia, Adão e Eva despertaram de seu sono e<br />acharam-se sob uma rocha que pairava como uma cobertura. Mas eles não<br />sabiam como isso tinha acontecido; pois, quando adormeceram, estavam<br />sob o céu e não sob um abrigo; e ao ver isso, ficaram amedrontados.<br />10 Então Adão disse a Eva: "Por que a montanha curvou-se e a terra<br />tremeu e sacudiu-se por nossa causa? E por que esta rocha estendeu-se<br />sobre nós como uma tenda?"<br />11 "Acaso Deus tenciona castigar-nos e encerrar-nos nesta prisão? Ou<br />Ele quer fechar a terra sobre nós?"<br />12 "Ele está zangado conosco por termos saído da caverna sem ordem<br />Sua; e por termos assim procedido por nossa própria conta, sem consultálo,<br />abandonando a caverna e vindo a este lugar."<br />13 Então Eva disse: "Se, em verdade, a terra tremeu por nossa causa, e<br />esta rocha forma uma tenda sobre nós por causa de nossa desobediência<br />então ai de nós, ó Adão, pois nosso castigo será longo."<br />14 "Mas levanta-te e ora Deus e pede-Lhe que nos permita saber a<br />respeito disso, e que é esta rocha que se estende sobre nós como uma tenda<br />15 Então Adão pos-se de pé orou diante de Deus para que lhe permitisse<br />46<br />entender esse mistério. E Adão permanece assim orando até o amanhece<br />Capítulo 49<br />1 Então a Palavra de Deu veio e disse:<br />2 "O Adão, quem te aconselhou, quando saíste da caverna, para vir a este<br />lugar?"<br />3 E Adão disse a Deus: " ó Senhor, nós viemos a este lugar por causa do<br />calor do fogo que nos assolava dentro da caverna".<br />4 Então o Senhor Deus disse a Adão: "O Adão, tu te apavoraste com o<br />calor do fogo por uma noite, mas como ser quando habitares no inferno.<br />5 "No entanto, ó Adão, não tenhas medo, nem digas em teu coração que<br />estendi esta rocha como uma cobertura sobre ti para castigar-te."<br />6 "Isto veio de Satã, que te prometera a Divindade e a majestade. Foi ele<br />quem lançou esta rocha sobre ti para te matar, e Eva contigo, e assim<br />impedir-vos de viver sobre terra."<br />7 "Mas, por misericórdia de vós, no momento em que esta rocha estava<br />caindo sobre vós, ordenei-lhe que formasse um abrigo sobre vós; e que a<br />rocha debaixo de vós baixasse."<br />8 "E este sinal, ó Adão, acontecer-me-á durante a Minha vinda à terra:<br />Satã incitará o povo judeu a que Me mate; e deitar-me-ão numa rocha e<br />selarão uma grande pedra sobre Mim, e Eu permanecerei dentro dessa<br />rocha por três dias e três noites."<br />9 "Mas ao terceiro dia Eu ressurgirei novamente, e será a tua salvação, ó<br />Adão, e a de tua descendência, acreditar em Mim. Mas, ó Adão, não te<br />retirarei de sob essa rocha antes de se passarem três dias e três noites."<br />10 E Deus retirou Sua Palavra de Adão.<br />11 E Adão e Eva permaneceram sob a rocha três dias e três noites, como<br />Deus lhes ordenara.<br />12 E Deus assim procedeu com eles porque eles deixaram sua caverna e<br />vieram ter neste lugar sem Sua ordem.<br />13 Mas, após três dias e três noites, Deus abriu a rocha e retirou-os de lá.<br />Tinham a carne ressequida e os olhos e os corações perturbados de tanto<br />chorar.<br />Capítulo 50<br />1 Então Adão e Eva saíram de lá e chegaram à Caverna dos Tesouros, e<br />ali permaneceram orando aquele dia inteiro, até o anoitecer.<br />47<br />2 E isto aconteceu no final dos cinqüenta dias depois de terem deixado o<br />jardim.<br />3 Mas Adão e Eva levantaram-se novamente e oraram a Deus na caverna<br />durante aquela noite inteira e pediram-Lhe misericórdia.<br />4 E quando o dia amanheceu, Adão disse a Eva. "Vem! vamos e façamos<br />alguma coisa para nossos corpos".<br />5 Assim eles saíram da caverna e chegaram à fronteira norte do jardim, e<br />procuraram algo para cobrir seus corpos. Mas não encontraram nada, e não<br />sabiam como executar o trabalho. No entanto seus corpos estavam<br />manchados, e eles estavam emudecidos de frio e de calor.<br />6 Então Adão se pôs de pé e pediu a Deus que lhe indicas-se algo para<br />cobrir seus corpos.<br />7 Então veio a Palavra de Deus e disse-lhe: "O Adão, toma Eva e vem à<br />beira do mar, onde ambos jejuastes antes. Ali encontrareis peles de carneiro<br />cuja carne foi devorada por leões, e cujas peles sobraram. Pegai-as e fazei<br />vestimentas para vós, e vesti-vos com isto".<br />Capítulo 51<br />1 Após ouvir estas palavras de Deus, Adão tomou Eva e partiu do<br />extremo norte do jardim para o sul, para o rio de água onde eles haviam<br />jejuado.<br />2 Mas, ao caminharem, e antes de alcançarem aquele lugar, Satã, o<br />malvado, ouviu a Palavra de Deus conversando com Adão a respeito de<br />suas vestimentas.<br />3 Isto o ofendeu, e ele apressou-se a ir ao lugar onde estavam as peles de<br />carneiro, com a intenção de pegá-las e jogá-las ao mar, ou atirá-las ao fogo,<br />para que Adão e Eva não as encontrassem.<br />4 Mas, quando estava prestes a pegá-las, a Palavra de Deus veio do céu e<br />prendeu-o ao lado daquelas peles até Adão e Eva aproximaram-se dele.<br />Mas ao achegarem-se, sentiram medo dele e de sua aterradora aparência.<br />5 Então veio a Palavra de Deus a Adão e Eva e disse-lhes: "Este é o que<br />estava escondido na serpente, e que vos enganou e despojou-vos da veste<br />de luz e glória na qual estáveis.<br />6 "Este é quem vos prometeu majestade e Divindade. Onde, então, está a<br />beleza que estava nele? Onde está sua Divindade? Onde está sua luz? Onde<br />está a glória que repousava nele?<br />48<br />7 "Agora sua figura é horrenda; ele se tomou abominável entre os anjos;<br />e passou a ser chamado Satã.<br />8 "ó Adão, ele desejava tomar de vós esta veste terrena de peles de<br />carneiro e destruí-la, e não permitir que vos cobrisses com elas.<br />9 "Será sua beleza, então, tão grande que vos fez segui-lo? E que<br />ganhastes ouvindo-o? Vede suas obras más e então olhai para Mim; para<br />Mim, vosso Criador, e para as boas obras que Eu vos faço.<br />10 "Vede, Eu o aprisionei ate que chegásseis e o vísseis e percebêsseis<br />sua fraqueza, e que nenhum poder lhe restou."<br />11 E Deus o libertou de sua prisão.<br />Capítulo 52<br />1 Depois disso Adão e Eva não disseram mais nada, mas choraram<br />perante Deus por terem sido criados e porque seus corpos necessitavam de<br />um cobertura terrena.<br />2 Então Adão disse a Eva. "ó Eva, estas são as peles de animais com as<br />quais no cobriremos. Mas, ao vestirmos isto, vê, uma marca de morte quer<br />recai sobre nós, da mesma maneira que recai sobre os donos destas peles,<br />que morreram e desapareceram. Assim também nós morreremos e<br />passaremos.<br />3 Então Adão e Eva tomaram as peles e voltaram à Caverna dos Tesouros<br />e, uma vez ali, puseram-se de pé e oraram pois necessitavam.<br />4 E pensaram como poderiam fazer vestimentas dessa peles; pois não<br />tinham habilidade para isso.<br />5 Então Deus lhes enviou Seu anjo para mostrar-lhe como trabalhá-las. E<br />o anjo disse a Adão: "Vai e traz alguns espinhos de palmeira". Então Adão<br />saiu e trouxe alguns como o anjo lhe ordenara.<br />6 Em seguida o anjo pôs a trabalhar as peles diante dele à maneira de<br />quem prepara uma túnica. E pegou os espinhos e enfiou-os nas peles<br />mostrando-lhes como fazê-lo.<br />7 Em seguida o anjo pos-se de pé e pediu a Deus que os espinhos<br />naquelas peles ficassem escondidos, como se fossem cosidos com um<br />único fio.<br />8 E assim foi, por ordem de Deus; estas se tomaram vestimentas para<br />Adão e Eva, e Ele com elas os vestiu.<br />9 A partir de então a nudez de seus corpos ficou encoberta da vista um do<br />49<br />outro.<br />10 E isto aconteceu no final do qüinquagésimo primeiro dia.<br />11 Então, com os corpos cobertos, Adão e Eva puseram-se de pé e<br />oraram e buscaram a misericórdia e perdão do Senhor, e agradeceram-Lhe<br />por Ele ter sido misericordioso, e por haver coberto sua nudez. E eles não<br />interromperam a oração durante aquela noite inteira.<br />12 E quando amanheceu, com o nascer do sol, disseram suas preces<br />conforme seu hábito; e saíram da caverna.<br />13 E Adão disse a Eva: "Já que não sabemos o que existe a oeste desta<br />caverna, vamos pôr-nos a caminho e ver isto hoje". Então eles partiram e<br />caminharam em direção da fronteira oeste.<br />Capítulo 53<br />1 Eles ainda não se encontravam muito distante da caverna quando Satã<br />veio em sua direção e escondeu-se entre eles e a caverna, sob a forma de<br />dois leões enfurecidos após três dias sem alimento, que se arremessaram<br />contra Adão e Eva, como se fossem despedaçá-los e devorá-los.<br />2 Então Adão e Eva choraram e suplicaram a Deus que os libertassem de<br />suas garras.<br />3 Então a Palavra de Deus veio-lhes e expulsou os leões para longe.<br />4 E Deus disse a Adão: "é Adão, que procuras tu na fronteira oeste? E<br />por que abandonaste por tua própria conta a fronteira leste, onde é a tua<br />moradia?<br />5 "Agora, então, volta para tua caverna e permanece lá para que Satã não<br />te engane, nem execute seu propósito contra ti.<br />6 "Pois nesta fronteira oeste, ó Adão, de ti virá uma descendência que a<br />povoará; e que se irá degradar com seus pecados e com sua submissão ao<br />comando de Satã, e também por imitar suas obras.<br />7 "Por causa disso trarei sobre eles as águas de um dilúvio e destrui-losei<br />a todos. Mas libertarei os que se mantiverem justos dentre eles; e tra-losei<br />a uma terra distante, e a terra onde agora habitas ficará desolada e sem<br />nenhum morador."<br />8 Depois que Deus assim discursou para eles, voltaram à Caverna dos<br />Tesouros. Mas sua carne estava ressequida e sua força falhava-lhes à força<br />de jejuar e orar, e por causa da tristeza que sentiam por ter desobedecido a<br />Deus.<br />50<br />Capítulo 54<br />1 Então Adão e Eva puseram-se de pé na caverna e oraram durante<br />aquela noite toda até que amanheceu. E após o nascer do sol, ambos saíram<br />da caverna com o pensamento vagueando sob o peso da tristeza, e sem<br />saber para onde caminhar.<br />2 E caminharam assim até a fronteira sul do jardim. E começaram a subir<br />ao longo daquela fronteira até chegarem à fronteira leste, além da qual não<br />havia mais espaço.<br />3 E o querubim que guardava o jardim estava no portão oeste,<br />protegendo-o de Adão e Eva; para que eles não entrassem subitamente no<br />jardim. E o querubim voltou-se, como se fosse matá-los; de acordo com o<br />mandamento que Deus lhe dera.<br />4 Quando Adão e Eva chegaram à fronteira oeste do jardim — pensando<br />consigo mesmos que o querubim não estava olhando — enquanto estavam<br />parados diante do portão como se desejassem entrar, repentinamente veio o<br />querubim com uma espada de fogo flamejante na mão; e ao vê-los,<br />adiantou-se para matá-los. Pois temia que Deus o destruísse se eles<br />entrassem no jardim sem Sua ordem.<br />5 E a espada do querubim pareciam flamejar de longe. Mas quando ele a<br />ergueu sobre Adão e Eva, sua chama não faiscou.<br />6 Por esta razão o querubim pensou que Deus estava favorável a eles, e<br />trazia-os de volta ao jardim. E o querubim parou intrigado.<br />7 Ele não podia subir até o Céu para certificar-se da ordem de Deus<br />concernente à entrada deles no jardim; portanto, postou-se na frente deles,<br />já que estava incapacitado de sair junto deles; pois receava que eles<br />entrassem no jardim se licença de Deus, que então destruiria.<br />8 Quando Adão e Eva viram o querubim vindo em sua direção com uma<br />espada de fogo flamejante na mão, eles prostraram-se de medo, e pareciam<br />mortos.<br />9 Neste momento os céus e a terra tremeram, e outros querubins<br />desceram do céu até o querubim que guardava o jardim, e viram-no<br />perplexo e silencioso.<br />10 Então, novamente, os outros anjos desceram até o lugar onde Adão e<br />Eva estavam. Eles estavam divididos entre a alegria e a tristeza.<br />11 Estavam contentes, porque pensavam que Deus estava sendo<br />51<br />favorável a Adão, e desejava que ele retomasse jardim; e desejava restituílo<br />a felicidade que uma vez desfrutara.<br />12 Mas entristeciam-se por Adão, pois ele estava caído como um morto,<br />ele e Eva; e disseram em seus pensamentos: "Adão não morreu neste lugar;<br />mas Deus o matará por ter vindo a ele e ter desejado entrar no jardim sem<br />sua permissão.<br />Capítulo 55<br />1 Então veio a Palavra de Deus a Adão e Eva, e os fez ressurgir de seu<br />estado de mortos dizendo-lhes: "Por que viestes até aqui? E vossa intenção<br />entrar no jardim, do qual Eu vos tirei? Isto não pode ser hoje, mas somente<br />quando a Aliança que Eu fiz convosco for consumada".<br />2 Então Adão, ao ouvir a Palavra de Deus e o esvoaçar dos anjos, aos<br />quais não via, mas apenas ouvia com seus ouvidos o seu som, ele e Eva<br />choraram e disseram aos anjos:<br />3 "ah Espíritos que servem a Deus, olhai para mim, e para a minha<br />incapacidade, então eu vos via. Eu entoava louvores como vós o fazeis; e<br />meu coração estava bem acima de vós.<br />4 "Mas agora, que eu desobedeci, aquela natureza luminosa abandonoume,<br />e eu cheguei a este miserável estado. E agora, neste estado, não posso<br />ver-vos e vós não me servis como costumáveis. Pois eu me tomei carne<br />animal.<br />5 "Ainda assim, ó anjos de Deus, pedi agora comigo a Deus, que me<br />restitua ao que eu era antes; que me resgate desta miséria e retire de mim a<br />sentença de morte que Ele proferiu contra mim, por tê-lo desobedecido."<br />6 Então, ao ouvirem estas palavras, todos os anjos entristeceram-se por<br />ele; e amaldiçoaram Satã que enganara Adão, até que ele saiu do jardim<br />para a miséria; da vida para a morte; da paz para a aflição; e da alegria para<br />uma terra estranha.<br />7 Então os anjos disseram a Adão: "Tu ouviste Satã e abandonaste a<br />Palavra de Deus,que te criou; e acreditaste que Satã cumpriria tudo o que te<br />prometera.<br />8 "Mas agora, ó Adão, nós te faremos saber o que nos ocorreu através<br />dele, antes de sua queda do céu.<br />9 "Ele reuniu suas hostes e enganou-os prometendo dar-lhes um grande<br />reino, uma natureza divina; e outras promessas ele lhes fez.<br />52<br />10 "Suas hostes acreditaram na veracidade de sua palavra, de maneira<br />que confiaram nele e renunciaram à glória de Deus.<br />11 "Ele então mandou chamar-nos conforme as hierarquias nas quais<br />estávamos - para colocarmo-nos sob seu comando e ouvir sua vã promessa.<br />Mas nós não quisemos e não seguimos seu conselho.<br />12 "Então, depois de lutar com Deus e ter-se conduzido com arrogância<br />para com Ele, reuniu suas hostes e fez guerra contra nós. E se não fosse<br />pelo poder de Deus, que estava conosco, não poderíamos ter prevalecido<br />contra ele para lançá-lo do céu.<br />13 "E quando ele caiu para fora do nosso meio, houve um grande júbilo<br />no céu, por ele ter descido para longe de nós. Pois se ele tivesse<br />continuando no céu, nada, nem mesmo um único anjo permaneceria nele.<br />14 "Mas Deus, em Sua misericórdia, expulsou-o do nosso meio para esta<br />terra escura; pois ele se havia tornado a própria escuridão e um fazedor de<br />injustiça.<br />15 "E ele continuou, ó Adão, a fazer guerra contra ti, até que te enganou<br />e te fez sair do jardim para esta terra estranha, onde todas estas provações<br />aconteceram a ti. E a morte, que Deus trouxe sobre ele, ele também a<br />trouxe a ti, ó Adão, pois tu lhe obedeceste, e desobedeceste a Deus."<br />16 Em seguida, todos os anjos rejubilaram e louvaram a Deus, e pediram-<br />Lhe que não destruísse Adão desta vez, por sua tentativa de entrar no<br />jardim; mas que o tolerasse até o cumprimento da promessa; e o ajudasse<br />neste mundo até que ele se libertasse das mãos de Satã.<br />Capítulo 56<br />1 Então veio a Palavra de Deus a Adão e disse-lhe:<br />2 "Adão, olha para aquele jardim de alegria e para esta terra de labuta, e<br />vê os anjos que estão no jardim, que está repleto deles, e vê a ti sozinho<br />sobre esta terra com Satã, a quem obedeceste.<br />3 "No entanto, se tu te houvesses submetido e sido obediente a Mim, e<br />tivesses mantido Minha Palavra, estarias com Meus anjos no Meu jardim.<br />4 "Mas, quando desobedeceste e ouviste Satã, tu te tornaste seu hóspede<br />entre seus anjos, que são cheios de maldade; e vieste a esta terra, que te<br />apresenta espinhos e cardos.<br />5 "ó Adão, pede àquele que te enganou que te dê a natureza divina que te<br />prometeu, ou que faça um jardim para ti como Eu o fiz; ou que te preencha<br />53<br />com a mesma natureza luminosa com a qual Eu te preenchi.<br />6 "Pede-lhe que te faça um corpo igual ao que Eu fiz para ti, ou que te dê<br />um dia de descanso como Eu te dei; ou que crie dentro de uma alma<br />racional, como Eu criei para ti; ou que te remova daqui para uma outra terra<br />diferente desta que Eu te dei. Mas, ó Adão, ele não cumprirá uma única<br />coisa sequer das que ele te prometeu.<br />7 "Reconhece, pois, Minha benevolência para contigo, e Minha<br />misericórdia por ti, Minha criatura; que Eu não te repudiei por tua<br />desobediência Mim, mas em Minha piedade por ti Eu te prometi que no fim<br />dos grandes cinco dias e meio. Eu virei e te salvarei."<br />8 Então disse Deus novamente a Adão e Eva: "Erguei-vos e descei daqui<br />para que o querubim, com a espada de fogo fulgurante na mão, não vos<br />destrua".<br />9 Mas o coração de Adão foi consolado pelas palavras de Deus a ele<br />dirigidas, e adorou O.<br />10 E Deus ordenou a Seus, anjos escoltarem Adão e Eva a caverna em<br />júbilo por causa do medo que os acometera.<br />11 Então os anjos ergueram Adão e Eva e os levaram montanha abaixo,<br />com canções e salmos, até que chegaram a caverna. Ali os anjos puseramse<br />a consolá-los e a fortalecê-los; e então partiram em direção ao céu, para<br />o seu Criador que os havia enviado.<br />12 Mas depois que os anjos deixaram Adão e Eva, veio Satã, acanhado, e<br />parou na entrada da caverna na qual estavam Adão e Eva. Ele então<br />chamou Adão, e disse: "O Adão, vem, deixa-me falar contigo".<br />13 Então Adão saiu da caverna, pensando ser este um dos anjos de Deus<br />que viera para dar-lhe um bom conselho.<br />Capítulo 57<br />1 Mas quando Adão saiu e viu sua figura horrenda, teve medo dele, e<br />disse-lhe: "Quem és tu"?<br />2 Então Satã respondeu e disse-lhe: "Sou aquele que se escondeu na<br />serpente e falou a Eva e a enganou até que ela obedecesse sua ordem. Sou<br />aquele que a enviou, através das artimanhas de minha fala, para enganar-te,<br />até que tu e ela comestes do fruto da árvore; e saístes de sob o comando de<br />Deus".<br />3 Mas, ao ouvir estas suas palavras, Adão lhe disse: "Acaso tu podes<br />54<br />fazer-me um jardim como o que Deus fez para mim? Ou acaso tu podes<br />vestir-me com a mesma natureza luminosa com a qual Deus me vestiu?<br />4 "Onde está a natureza divina que prometeste dar-me? Onde está aquela<br />bela conversa que mantiveste conosco antes, quando estávamos no jardim?"<br />5 Então Satã disse a Adão: "Tu pensas que se eu prometesse qualquer<br />coisa a alguém,eu lha traria algum dia ou cumpriria minha palavra? Não é<br />assim. Pois eu mesmo nunca pensei em obter o que pedia.<br />6 "Por isso eu caí, e te fiz cair pelo que eu mesmo caí; e assim é conosco<br />também; quem aceitar meu conselho, cairá por isto.<br />7 "Mas agora, ó Adão, em razão de tua queda tu estás sob meu governo, e<br />eu sou teu soberano; porque tu me ouviste e desobedeceste teu Deus. Nem<br />haverá libertação alguma de minhas mãos até o dia prometido a ti por teu<br />Deus."<br />8 Novamente ele disse: "Já que não sabemos o dia combinado contigo<br />por teu Deus, nem a hora que serás libertado, por esta razão nós<br />multiplicaremos a guerra e o assassínio contra ti e teus descendentes depois<br />de ti.<br />9 "É de nossa vontade e por nosso bel-prazer que não deixaremos<br />nenhum dos filhos dos homens para herdar nossas hierarquias no céu.<br />10 "Quanto à nossa moradia, ó Adão, é no fogo ardente; e não<br />cessaremos nossas obras más, não, nem por um dia nem por uma hora<br />sequer. E eu, ó Adão, atiçarei o fogo sobre ti quando vieres à caverna para<br />nela habitar."<br />11 Depois de ouvir estas palavras, Adão chorou e lamentou-se e disse a<br />Eva: "Ouve o que ele disse: que não cumprirá nada do que te prometeu no<br />jardim. Será verdade, então, que ele se tomou nosso soberano?<br />12 "Mas pediremos a Deus, que nos criou, que nos liberte de suas mãos."<br />Capítulo 58<br />1 Então Adão e Eva estenderam suas mãos para Deus, orando e pedindo-<br />Lhe que expulsasse Satã para longe deles; para que ele não lhes causasse<br />nenhuma violência, e não os forçasse a negar Deus.<br />2 Então Deus imediatamente lhes enviou Seu anjo, que expulsou Satã<br />para longe deles. Isto aconteceu por volta do pôr-do-sol, ao qüinquagésimo<br />terceiro dia depois de sua saída do jardim.<br />3 Então Adão e Eva entraram na caverna e prostraram-se com suas faces<br />55<br />voltadas para a terra, para orar a Deus.<br />4 Mas enquanto oravam, Adão disse a Eva: "Tu viste que tentações<br />sucederam-nos nesta terra. Vem, levantemo-nos e peçamos a Deus que nos<br />perdoe os pecados que cometemos; e não sairemos antes do final do dia<br />após o quadragésimo. E se morrermos aqui, Ele nos salvará".<br />5 Então Adão e Eva ergueram-se e uniram-se na súplica a Deus.<br />6 Eles permaneceram assim orando na caverna; não saiam nem de noite<br />nem de dia, até que suas preces elevaram-se de sua boca como uma chama<br />de fogo.<br />Capítulo 59<br />1 Mas Satã, aquele que odeia tudo o que é bom, não lhes permitiu<br />terminarem suas preces. Pois convocou suas hostes e todas vieram. Ele<br />então lhes disse: "Desde que Adão e Eva, a quem enganamos, concordaram<br />entre si em orar a Deus noite e dia, e pedir-Lhe que os liberte, e desde que<br />eles não querem sair da caverna até o final do quadragésimo dia.<br />2 "E desde que eles continuarão suas preces como ambos concordaram<br />em fazer, para que Ele os liberte de nossas mãos e os restitua a seu estado<br />anterior, vejam o que faremos com eles." E suas hostes disseram-lhe: "O<br />poder é teu, ó Senhor nosso, para fazer o que te agradar".<br />3 Então Satã, grande em maldade, levou suas hostes e entrou na caverna,<br />na trigésima noite dos quarenta dias; e golpeou Adão e Eva, até deixá-los<br />mortos.<br />4 Então veio a Adão e Eva a Palavra de Deus, a qual os ergueu de seu<br />sofrimento, e Deus disse a Adão: "Sê forte não tenhas medo daquele que<br />acabou de vir a ti".<br />5 Mas Adão chorou e disse: "Onde estáveis Vós, ó meu Deus, quando<br />eles nos golpearam e este sofrimento nos acometeu, a mim e a Eva, Vossa<br />serva"?<br />6 Então Deus lhe disse "Adão, vê, ele é senhor e mestre de tudo que tu<br />tens, aquele que disse que te daria a Divindade. Onde está este amor por ti?<br />E onde está o presente que ele prometeu?<br />7 "Ao menos uma vez agradou-lhe, ó Adão, vir a ti, consolar-te e<br />fortalecer-te, e rejubilar-se contigo, e enviar suas hostes para te proteger,<br />porque tu o ouviste e seguiste o seu conselho e desobedeceste meu<br />mandamento e seguiste seu comando?"<br />56<br />8 Então Adão chorou perante o Senhor, e disse: "ó Senhor, porque eu<br />desobedeci um pouco, Vós me castigastes dolorosamente por isso, mas eu<br />Vos peço, libertai-me de suas mãos; ou então tende piedade de mim e<br />retirai minha alma de meu corpo que está agora nesta terra estranha".<br />9 Então Deus disse a Adão: "Se ao menos tivesse havido este suspirar e<br />orar antes, antes que tu desobedecesses! Então tu terias repouso da aflição<br />em que estás agora".<br />10 Mas Deus teve paciência com Adão e permitiu-lhe e a Eva<br />permanecerem na caverna até que se cumprissem os quarenta dias.<br />11 Mas quanto a Adão e Eva, sua força e carne definharam pelo jejum e<br />pela oração, de fome e sede; pois eles não tinham provado nem alimento<br />nem bebida desde que deixaram o jardim; nem as funções de seus corpos<br />ainda estavam estabelecidas; e eles não tinham mais força para continuar<br />em oração por causa da fome, até o fim do dia posterior ao quadragésimo.<br />Eles estavam caídos na caverna; ainda assim a fala que escapasse de suas<br />bocas, era somente de louvores.<br />Capítulo 60<br />1 Então, no trigésimo nono dia, Satã veio à caverna vestindo um traje de<br />luz e com um cinto reluzente amarrado à cintura.<br />2 Em suas mãos segurava um bastão de luz, e sua aparência era muito<br />assustadora, mas sua face era agradável e sua fala doce.<br />3 Transformara-se assim com o propósito de enganar Adão e Eva, e fazêlos<br />sair da caverna, antes de cumprirem os quarenta dias.<br />4 Pois ele disse consigo mesmo: "Agora, se eles cumprirem os quarenta<br />dias de jejum e oração, Deus os restituirá a seu estado anterior; e se Ele não<br />o fizer, ainda assim será benevolente para com eles; e mesmo se Ele não<br />tiver misericórdia deles, ainda lhes dará algo do jardim para consolá-los;<br />como já o fez por duas vezes."<br />5 Então Satã aproximou-se da caverna com esta agradável aparência e<br />disse:<br />6 "ah Adão, erguei-vos, ponde-vos de pé, tu e Eva, e acompanhai-me a<br />uma terra boa; e não tenhais medo. Eu sou de carne e osso como vós; e fui<br />a primeira criatura criada por Deus.<br />7 "E assim foi que, depois de criar-me, Ele me colocou num jardim ao<br />norte, nos limites do mundo.<br />57<br />8 "E Ele me disse: 'Permanece aqui!' E eu permaneci ali de acordo com<br />Sua Palavra, e não desobedeci Seu mandamento.<br />9 "Então Ele fez um torpor vir sobre mim, e Ele te tirou, ó Adão, do meu<br />lado, mas não te fez habitar junto a mim.<br />10 "Mas Deus tomou-te em Sua mão divina e colocou-te num jardim no<br />leste.<br />11 "Então eu me entristeci por tua causa, pois enquanto que Deus te tirara<br />de meu lado, Ele não te permitiu permanecer comigo.<br />12 "Mas Deus me disse: `Não te entristeças por causa de Adão a quem eu<br />tirei de teu lado, nenhum mal lhe acontecerá.<br />13 "`Pois agora Eu tirei de seu lado uma companheira para ele; e dei-lhe<br />alegria assim procedendo:"<br />14 Em seguida Satã disse novamente: "Eu não sabia como aconteceu que<br />viésseis para esta caverna, nem nada sobre esta provação que vos acometeu,<br />até que Deus me disse: `Vê, Adão desobedeceu, aquele que tirei do teu<br />lado, e Eva também, a quem tirei do lado dele; e expulsei-os do jardim; eu<br />os fiz habitar num país de tristeza e miséria, porque eles Me desobedeceram<br />e deram ouvidos a Satã. E eis que estão sofrendo até este dia, o<br />octogésimo'!<br />15 "Então Deus me disse: `Levanta-te, vai a eles, e faze-os virem para a<br />tua casa, e não permitas que Satã aproxime-se deles e os perturbe. Pois eles<br />estão agora em grande miséria; e estão caídos, definhado de fome'.<br />16 "Ele continuou dizendo-me: Quando tu os levares para tua casa, dálhes<br />de comer de fruto da Árvore da Vida, e dá-lhes de beber da água da<br />paz; e veste-os com uma vestimenta de luz, e restitui-os a seu anterior<br />estado de graça, e não os deixeis em miséria, pois eles: vieram de ti. Mas<br />não te entristeças por eles nem te arrependas daquilo que lhes sucedeu'.<br />17 "Mas quando eu ouvi isto, fiquei entristecido; e meu coração não pôde<br />suportá-lo pacientemente por tua causa. O meu filho.<br />18 "Mas, O Adão, ao ouvir isto o nome de Satã, fiquei amedrontado, e<br />disse comigo mesmo: Não sairei, a fim de que ele não me apanhe numa<br />armadilha como o fez a meus filhos Adão e Eva.<br />19 "E eu disse: ó Deus quando eu for a meus filhos Satã me encontrará<br />no caminho e fará guerra contra mim, como o fez contra eles.<br />20 "Então Deus me disse. Não tenhas medo; ao encontrá-lo, golpeia-o<br />58<br />com o bastão que seguras em tua mão, e não tenhas medo dele, pois tu<br />pertences à antiga ordem e ele não prevalecerá contra ti'.<br />21 "Então eu disse: ó meu Senhor, eu estou velho, e não posso ir. Enviai<br />Vossos anjo para que me tragam'.<br />22 "Mas Deus me disse: 'Os anjos, na verdade, não são como eles, e não<br />concordarão em acompanhá-los. Mas Eu te escolhi porque eles são teus<br />rebentos, e semelhantes a ti, ouvirão o que dizes'.<br />23 "Deus me disse mais: Se tu não tens forças para caminhar, enviarei<br />uma nuvem para te carregar e deixar-te à entrada da caverna; então a<br />nuvem retomará deixando-te lá.<br />24 "E se eles vierem contigo, enviarei uma nuvem para carregar-te a ti e<br />a eles.'<br />25 "Então Ele ordenou que viesse uma nuvem, e esta carregou-me e<br />trouxe-me a vós; e em seguida retomou.<br />26 "E agora, ó meus filhos, Adão e Eva, olhai para meus cabelos brancos<br />e para meu estado de debilidade e para minha vinda daquele lugar distante.<br />Vinde, vinde comigo para um lugar de repouso."<br />27 Então ele começou a chorar e a soluçar diante de Adão e Eva, e suas<br />lágrimas jorravam sobre a terra como água.<br />28 E quando Adão e Eva ergueram seus olhos e viram sua barba, e<br />ouviram sua doce fala, seus corações comoveram-se com ele; ouviram-no,<br />pois acreditaram que ele era verdadeiro.<br />29 E parecia-lhes que real-mente eram seus filhos, quando viram que sua<br />face era igual à deles próprios; e confiaram nele.<br />Capítulo 61<br />1 Então ele tomou Adão e Eva pela mão, e começou a conduzi-los para<br />fora da caverna.<br />2 Mas quando estavam a pouca distância dela, sabendo Deus que Satã os<br />havia dominado e os estava tirando de lá antes que se cumprissem os<br />quarenta dias, para levá-los a algum lugar distante e depois destruí-los,<br />então a Palavra do Senhor Deus novamente veio e amaldiçoou Satã e<br />afastou-o deles.<br />3 E Deus começou a falar a Adão e Eva, dizendo-lhes: "Que foi que vos<br />fez sair da caverna para este lugar"?<br />4 Então Adão disse a Deus: "Acaso criastes um homem antes de nós?<br />59<br />Pois quando estávamos na caverna subitamente veio a nós um bom velho<br />que nos disse que era um mensageiro de Deus a nós, para levar-nos de volta<br />a algum lugar de repouso.<br />5 "E acreditamos, ó Deus, que ele era o Vosso mensageiro, e saímos com<br />ele; e não sabíamos se devíamos ou não ir com ele."<br />6 Então Deus disse a Adão: "Vê, foi o pai das artes malignas que te<br />conduziu e a Eva para fora do jardim das Delícias. E agora, certamente, ao<br />ver que tu e Eva vos unistes para jejuar e orar, e que vós não sairíeis da<br />caverna antes do término dos quarenta dias, ele desejou tomar vão vosso<br />propósito, quebrar vosso laço mútuo; tirar toda vossa esperança e conduzirvos<br />para algum lugar onde pudesse destruir-vos.<br />7 "Porque ele seria incapaz de fazer-vos qualquer coisa, a não ser que se<br />mostrasse semelhante a vós.<br />8 "Portanto, ele veio a vós com uma face igual à vossa e começou a<br />fazer-vos ofertas como se elas fossem todas verdadeiras.<br />9 "Mas Eu, por misericórdia e pela benevolência que tive por vós, não<br />lhe permiti que vos destruísse, mas afastei-o de vós.<br />10 "Agora, portanto, ó Adão, toma Eva e volta para vossa caverna, e<br />permanece lá até o raiar do quadragésimo dia. E quando sairdes, ide em<br />direção ao portão leste do jardim."<br />11 Então Adão e Eva adoraram a Deus, e louvaram e agradeceram-no<br />pela salvação que lhes viera dEle. E retornaram para caverna. Isto<br />aconteceu ao anoitecer do trigésimo nono dia.<br />12 Então Adão e Eva puseram-se de pé e, com grande zelo, oraram a<br />Deus, para que sua necessidade de força fosse satisfeita; pois sua força os<br />havia abandonado, por fome e sede e oração. Mas eles permaneceram em<br />vigília aquela noite inteira orando, até a manhã.<br />13 Então Adão disse a Eva: "Levanta-te, vamos em direção ao portão<br />leste do jardim como Deus nos disse".<br />14 E eles disseram suas preces como era de hábito diário; e saíram da<br />caverna, para aproximarem-se do portão leste do jardim.<br />15 Então Adão e Eva puseram-se em pé e oraram e suplicaram a Deus<br />que os fortaleces-se e que lhes enviasse algo com que satisfazer sua fome.<br />16 Mas quando terminaram suas preces, permaneceram onde estavam<br />pois lhes faltava forças.<br />60<br />17 Então veio a Palavra de Deus novamente e disse-lhes "ah Adão,<br />levanta-te, vai e traz para cá dois figos".<br />18 Então Adão e Eva levantaram-se, e caminharam até se aproximarem<br />da caverna.<br />Capítulo 62<br />1 Mas Satã o perverso estava com inveja pelo consolo que Deus lhes<br />dera.<br />2 Assim, ele os precedeu e entrou na caverna e pegou o dois figos e<br />enterrou-os do lado de fora da caverna, de maneira que Adão e Eva não os<br />encontrassem. Ele também tinha em seus pensamentos destruí-los.<br />3 Mas, por misericórdia de Deus, logo que aqueles dois figos; estavam<br />dentro da terra, Deus anulou o desígnio de Satã em relação a eles e<br />transformou-o em duas árvores frutíferas que sombreavam a caverna.<br />4 Então, quando as duas árvores cresceram e cobriram se de frutos, Satã<br />afligiu-se lamentou-se, e disse: "Teria sido melhor deixar aqueles figos<br />como estavam; pois agora vê, eles se transformaram em duas árvores<br />frutíferas, da quais Adão comerá todos o dias de sua vida. Enquanto que o<br />que eu tinha em pensamento, quando os enterrei, em destruí-los<br />inteiramente, escondê-los para sempre.<br />5 "Mas Deus anulou meu desígnio, e não quis que esta fruta sagrada<br />perecesse; e Ele desmascarou minha intenção e anulou o plano que eu<br />armara contra Seus servos."<br />6 Então Satã partiu envergonhado, por não ter alcançado seu desígnio.<br />Capítulo 63<br />1 Mas Adão e Eva, ao se aproximarem da caverna, viram duas figueiras<br />cobertas de frutos e sombreando a caverna.<br />2 Então Adão disse a Eva: "Parece-me que nos perdemos. Quando é que<br />estas duas árvores cresceram aqui? Parece-me que o inimigo deseja nos<br />desviar. Acaso tu dirias que há na terra uma outra caverna que não esta?<br />3 "Ainda assim, ó Eva, entremos na caverna e achemos nela os dois<br />figos; pois esta é a nossa caverna, na qual estávamos. Mas se não acharmos<br />os dois figos nela, então não pode ser a nossa caverna.<br />4 Então entraram na caverna e procuraram por seus quatro cantos, mas<br />não encontraram os dois figos.<br />5 E Adão chorou e disse a Eva: "Viemos então a uma caverna errada, ó<br />61<br />Eva? Parece-me que estas duas figueiras são os dois figos que estavam na<br />caverna." E Eva disse: "Eu, de minha parte, não sei."<br />6 Então Adão pos-se de pé e orou e disse: "ó Deus, Vós nos ordenastes<br />voltar à caverna, pegar os dois figos e então reto-mar a Vós.<br />7 "Mas agora não os encontramos. O Deus, ou Vós os pegastes, e<br />plantastes estas duas árvores, ou perdemos nosso caminho; ou o inimigo<br />nos enganou? Se isto for assim, então, ó Deus, revelai-nos o segredo destas<br />árvores e dos dois figos."<br />8 Então veio a Palavra de Deus a Adão, e disse-lhe: "ó Adão, quando Eu<br />te enviei para buscar os figos, Satã foi na tua frente à caverna, pegou os<br />figos e enterrou-os do lado de fora, a leste da caverna, pensando em destruílos;<br />e não plantando-os com boa intenção.<br />9 "Não é por sua bondade, então, que estas árvores cresceram<br />instantaneamente; mas Eu tive misericórdia de ti e ordenei-lhes que<br />crescessem. E elas cresceram até se tomarem duas grandes árvores, para<br />que tenhais sombra sob seus galhos, e encontreis repouso, e que Eu vos<br />faça ver Meu poder e Minhas obras maravilhosas.<br />10 "E também para mostrar-vos a maldade de Satã e suas obras más, pois<br />desde que saístes do jardim, ele não cessou, não, nem por um único dia<br />sequer, de fazer-vos algum mal. Mas Eu não lhe dei poder sobre vós."<br />11 E Deus disse: "Daqui por diante, ó Adão, regozijai-vos com as<br />árvores, tu e Eva; e repousai debaixo delas quando vos sentirdes cansados.<br />Mas não comais de seus frutos, nem vos aproximeis deles".<br />12 Então Adão chorou, e disse: "ó Deus, Vós nos mata-reis novamente<br />ou nos expulsareis de Vossa presença e eliminareis nossa vida da face da<br />terra?<br />13 "ó Deus, eu Vos imploro, se sabeis que nestas árvores há morte ou<br />algum mal,como da primeira vez, arrancai-as de perto de nossa caverna, ou<br />secai-as; e deixai-nos morrer de calor, de fome, e de sede.<br />14 "Pois nós conhecemos Vossas obras maravilhosas, ó Deus, sabemos<br />que são grandiosas e que pelo Vosso poder podeis fazer sair uma coisa da<br />outra, independentemente de alguém o desejar. Pois Vosso poder pode<br />transformar rochas em árvores, e árvores em rochas."<br />Capítulo 64<br />1 Então Deus olhou para Adão e para sua força de pensamento, para sua<br />62<br />resistência à fome e à sede e ao calor. E Ele transformou as duas figueiras<br />em dois figos como eram antes e então disse a Adão e Eva: "Cada um de<br />vós pode pegar um figo". E eles os pegaram, como o Senhor lhes ordenara.<br />2 E Ele lhes disse: "Entrai na caverna e comei os figos e satisfazei vossa<br />fome, a fim de que não morrais".<br />3 Assim, como Deus lhes ordenara, eles entraram na caverna por volta do<br />pôr-do-sol. E Adão e Eva se puseram de pé e oraram à hora do pôr-do-sol.<br />4 Então sentaram-se para comer os figos; mas não sabiam como comêlos;<br />pois não estavam acostumados a comer alimento terreno. Eles<br />receavam também que, se comessem, seus estômagos ficariam<br />sobrecarregados e sua carne mais densa e seus corações passariam a gostar<br />de alimento terreno.<br />5 Mas, enquanto estavam assim sentados, Deus, por piedade deles,<br />enviou-lhes Seu anjo, a fim de que não perecessem de fome e sede.<br />6 E o anjo disse a Adão e Eva: "Deus vos manda dizer que não tendes<br />força para jejuar ate a morte; comei, portanto, e fortalecei vosso corpo; pois<br />agora sois carne animal, que não pode subsistir sem alimento e água".<br />7 Então Adão e Eva pegaram os figos e puseram-se comê-los. Mas Deus<br />introduzira neles uma mistura como a de pão saboroso e sangue.<br />8 Então o anjo deixou Adão e Eva, que comeram dos figo; até saciarem<br />sua fome. Em se seguida guardaram o que restou mas pelo poder de Deus,<br />os figos ficaram cheios como antes porque Deus os abençoara.<br />9 Depois disso, Adão e Eva ergueram-se e oraram com coração alegre e a<br />força renovada, e louvaram e rejubilaram se sem cessar durante a noite<br />inteira. E este foi o fim do octogésimo terceiro dia.<br />Capítulo 65<br />1 E quando o dia raiou, levantaram-se e oraram, segundo do seu hábito, e<br />em seguida, saíram da caverna.<br />2 Mas como sentiam-se muito perturbados por causa do alimento que<br />ingeriram, e a qual não estavam acostumados, andavam a esmo pela<br />caverna dizendo um ao outro:<br />3 "Que foi que nos aconteceu ao comermos, para que esta dor nos<br />acometesse? Ai de nós, morreremos! Teria sido melhor morrer que ter<br />comido; e ter mantido puro nosso corpo que tê-lo poluído com alimento."<br />4 Então Adão disse a Eva: "Esta dor não nos acometeu no jardim, nem<br />63<br />comíamos lá alimento ruim assim. Tu pensas, ó Eva, que Deus nos<br />castigará através do alimento que está dentro de nós, ou que nossas<br />entranhas sairão? Ou que Deus pretende matar-nos com esta dor antes que<br />Ele cumpra Sua promessa a nós"?.<br />5 Então Adão implorou ao Senhor e disse: "O Senhor, não nos deixeis<br />perecer através do alimento que ingerimos. O Senhor, não nos abatais; mas<br />lidai conosco de acordo com Vossa grande misericórdia, e não nos<br />abandoneis até o dia da promessa que nos fizestes".<br />6 Então Deus olhou para eles e imediatamente tornou-os aptos para<br />comer alimento; como até hoje; a fim de que não perecessem.<br />7 Então Adão e Eva voltaram à caverna tristes e chorando por causa da<br />alteração em sua natureza. E ambos sabiam desde então que eram seres<br />alterados; que sua pretensão de voltar ao jardim agora estava rompida; e<br />que não poderiam mais penetrar nele.<br />8 Pois agora seus corpos tinham funções estranhas; e toda a carne que<br />necessita de alimento e água para sua existência não pode estar no jardim.<br />9 Então Adão disse a Eva: "Vê, nossa esperança rompeu-se: e também a<br />de entrarmos no jardim. Não fazemos mais parte dos habitantes do jardim;<br />mas daqui por diante somos terrenos e pertencemos ao pó, somos<br />habitantes da terra. Não retomaremos ao jardim até o dia que Deus<br />prometeu salvar-nos e levar-nos novamente ao jardim, como Ele nos<br />prometeu".<br />10 Então eles oraram a Deus para que tivesse misericórdia deles; depois<br />do que acalmaram-se, mas o coração deles continuava dilacerado e sua<br />saudade esfriara; e eram como estrangeiros na terra. Aquela noite Adão e<br />Eva passaram na caverna, onde dormiram pesadamente por causa do<br />alimento que haviam ingerido.<br />Capítulo 66<br />1 Quando amanheceu, no dia seguinte, depois de terem comido o<br />alimento, Adão e Eva oraram na caverna, e Adão disse a Eva: "Vê, pedimos<br />a Deus alimento e Ele no-lo deu. Mas agora vamos pedir-Lhe que nos dê<br />água para beber".<br />2 Então eles se levantaram e foram até a beira do rio de água que estava<br />na fronteira sul do jardim, no qual eles se haviam lançado antes. E pararam<br />à margem e oraram a Deus para que Ele lhes ordenasse beber da água.<br />64<br />3 Então a Palavra de Deus veio a Adão e disse-lhe: "Ó Adão, seu corpo<br />agora tornou-se grosseiro e necessita de água. Tomai e bebei, tu e Eva; dai<br />graças e louvai".<br />4 Adão e Eva então se aproximaram e beberam dela, até que seus corpos<br />sentiram-se refrescados. Após beberem, eles louvaram a Deus, e em<br />seguida voltaram à caverna, segundo seu hábito anterior. Isto aconteceu no<br />final de oitenta e cinco dias.<br />5 Então, no octogésimo sexto dia, eles tomaram de dois figos e os<br />penduraram na caverna, junto com suas folhas, para que fossem uma marca<br />e uma bênção de Deus. E colocaram-nos lá até que lhes surgisse uma<br />posteridade, que veria as coisas maravilhosas que Deus lhes fizera.<br />6 Então Adão e Eva nova-mente puseram-se de pé fora da caverna e<br />imploraram a Deus que lhes mostrasse algum ali-mento com o qual nutrir<br />seus corpos.<br />7 Então a Palavra de Deus veio e disse: "O Adão, desce para o lado oeste<br />da caverna, até a terra de solo escuro, que lá acharás alimento".<br />8 E Adão obedeceu à Palavra de Deus, tomou Eva e desceu à terra do<br />solo escuro, e lá encontrou trigo crescendo, espigado e maduro, e figos para<br />comer; e Adão rejubilou-se com isto.<br />9 Então a Palavra de Deus veio novamente a Adão e disse-lhe: "Toma<br />desse trigo e dele faze pão para ti, para nutrir teu corpo com ele". E Deus<br />deu ao coração de Adão sabedoria para trabalhar o cereal até este<br />transformar-se em pão.<br />10 Adão executou tudo isso, até ficar enfraquecido e cansado. Então<br />voltou à caverna: rejubilando-se com o que havia aprendido a fazer com o<br />trigo, até transformá-lo em pão para consumo próprio.<br />Capítulo 67<br />1 Mas quando Adão e Eva desceram à terra da lama negra, e se<br />aproximaram do trigo que Deus lhes mostrara e viram-no maduro e pronto<br />para ceifar, como não havia foice para ceifá-lo, cingiram-se e puseram-se a<br />arrancar o trigo até tudo terminar.<br />2 Então juntaram-no num monte; e, debilitados pelo calor e pela sede,<br />abrigaram-se à sombra de uma árvore, onde a brisa acalentou-os até<br />dormirem.<br />3 Mas Satã viu o que Adão e Eva tinham feito. E chamou suas hostes e<br />65<br />disse-lhes: "Já que Deus mostrou a Adão e Eva tudo sobre seu trigo para<br />fortalecer seus corpos — e, eis que eles vieram e fizeram um monte dele, e<br />agora debilitados pela labuta estão agora adormecidos —, vinde, vamos<br />tocar fogo neste monte de cereal e queimá-lo e tomemos esta bilha de água<br />que está a seu lado e esvaziem- la a fim de que eles não encontrem nada<br />para beber, e assim os mataremos de fome e sede.<br />4 "Então, quando eles acordaram de seu sono, e procurarem voltar à<br />caverna, nós iremos até eles no caminho e os desviaremos; para que ele:<br />morram de fome e sede; então talvez eles possam negar Deus e Ele os<br />destruirá. Assim nos livraremos deles,"<br />5 Então Satã e suas hostes lançaram fogo sobre o trigo e o consumiram.<br />6 Mas, por causa do calor das chamas, Adão e Eva despertaram de seu<br />sono e viram o trigo queimado e a bilha de água a seu lado, derramada.<br />7 Então eles choraram e voltaram à caverna.<br />8 Mas ao subirem do sopé da montanha onde estavam, Satã e suas hostes<br />vieram ao seu encontro na forma de anjos, louvando Deus.<br />9 Então Satã disse a Adão: "Ó Adão, por que sofres tanto de fome e<br />sede? Parece-me que Satã queimou o trigo". E Adão lhe disse: "Sim".<br />10 Novamente Satã disse a Adão: "Volta conosco; somos anjos de Deus.<br />Deus nos enviou a ti para mostrar-te um outro campo de cereal melhor que<br />esse; e além dele há uma fonte de água boa e muitas árvores, próximo de<br />onde tu morarás e lavrarás o campo de trigo para um propósito melhor do<br />que este que Satã consumiu".<br />11 Adão pensou ser verdade, e que eram anjos esses que lhe falavam; e<br />voltou com eles.<br />12 Então Satã se pôs a desencaminhar Adão e Eva durante oito dias, até<br />que ambos caíram como mortos de fome e sede e exaustão. Então ele fugiu<br />com suas hostes e abandonou-os.<br />Capítulo 68<br />1 Então Deus olhou para Adão e Eva e para o que lhes acontecera por<br />causa de Satã, e como ele os fizera perecer.<br />2 Deus, então, enviou Sua Palavra e ergueu Adão e Eva de seu estado de<br />morte.<br />3 Em seguida, Adão, depois de ressurgido, disse: "ó Deus, queimastes e<br />nos tomastes o grão que nos destes e esvaziastes a bilha de água. E<br />66<br />enviastes Vossos anjos, que nos desviaram do campo de trigo. Quereis<br />fazer-nos perecer? Se isto vem de Vós, ó Deus, então tirai nossa alma; mas<br />não nos castigueis".<br />4 Então Deus disse a Adão: "Eu não queimei o trigo e não derramei a<br />água da bilha e não enviei Meus anjos para desencaminhar-te.<br />5 "Mas Satã, teu senhor, é que o fez; ele, a quem tu te sujeitaste,<br />rejeitando assim Meu mandamento. Ele foi quem queimou o trigo e<br />derramou a água e desencaminhou-te; e todas as promessas que ele te tem<br />feito em verdade são apenas uma ilusão, um engodo e uma mentira.<br />6 "Mas agora, ó Adão, deves reconhecer Minhas boas obras feitas a ti."<br />7 E Deus ordenou a Seus anjos que pegassem Adão e Eva e levassem-nos<br />ao campo de trigo, o qual encontraram como antes, com a bilha cheia de<br />água.<br />8 Lá eles viram uma árvore e nela encontraram maná sólido; e os anjos<br />ordenaram-lhes comer do maná quando estivessem famintos.<br />9 E Deus conjurou Satã com uma maldição, para que não mais viesse e<br />destruísse o campo de trigo.<br />10 Em seguida, Adão e Eva tomaram o trigo e fizeram dele uma<br />oferenda, pegaram-na e ofereceram-na na montanha, o lugar onde tinham<br />feito sua primeira oferenda de sangue.<br />11 E ofereceram esta oblação novamente sobre o altar que haviam<br />erguido antes. E permaneceram em pé e oraram, e suplicaram ao Senhor<br />dizendo: O Deus, quando estávamos no jardim, nossos louvores elevavamse<br />a Vós assim como esta oferenda e nossa inocência elevava-se a Vós<br />como esse incenso. Mas agora, ó Deus, aceitai de nós esta oferenda, e não<br />nos abandoneis, privados de Vossa misericórdia".<br />12 Então Deus disse a Adão e Eva: "já que fizestes esta oblação e a<br />oferecestes a Mim, Eu a farei Minha carne quando descer à terra para vos<br />salvar; e farei com que seja oferecida continuamente no altar, por perdão e<br />por misericórdia, para aqueles que dela participarem devidamente".<br />13 E Deus enviou um fogo reluzente sobre a oferenda de Adão e Eva e<br />encheu-a de esplendor, graça e luz; e o Espírito Santo desceu sobre esta<br />oblação.<br />14 Então Deus ordenou a um anjo que apanhasse línguas de fogo e com<br />elas fizesse uma oferenda e a levasse para Adão e Eva. E o anjo assim o<br />67<br />fez, como Deus lhe ordenara, e ofereceu-lhes.<br />15 E as almas de Adão e Eva ficaram radiantes, seus corações se<br />encheram de alegria e contentamento e com louvores a Deus.<br />16 E Deus disse a Adão: "Este será um costume entre vós; fareis assim<br />quando a aflição e a tristeza vos acometerem. Mas vossa libertação e vossa<br />entrada no jardim não se dará até que os dias se cumpram, como o<br />combinado entre Eu e vós; assim não fosse, Eu, por Minha misericórdia e<br />piedade por vós, trar-vos-ia de volta ao Meu jardim, e à Minha proteção,<br />por causa da oferenda que acabastes de fazer ao Meu nome".<br />17 Adão rejubilou-se com estas palavras que ouviu de Deus; e ele e Eva<br />O adoraram perante o altar, no qual fizeram reverências, e em seguida<br />voltaram à Caverna dos Tesouros.<br />18 E isto aconteceu no fim do décimo segundo dia após o octogésimo<br />dia, desde que Adão e Eva saíram do jardim.<br />19 E eles permaneceram em pé durante a noite inteira orando até o<br />amanhecer; e então saíram da caverna.<br />20 Com alegria no coração, por causa da oferenda que tinham feito a<br />Deus, e que havia sido aceita por Ele Adão disse a Eva: "Façamos isto três<br />vezes por semana, no quarto dia, quarta-feira, no dia da preparação, sextafeira,<br />e no Domingo Sabático, durante todos os dias de nossa vida".<br />21 E como concordassem com estas palavras entre eles, seus<br />pensamentos agradaram Deus, assim como a resolução que tomaram juntos.<br />22 Após isso, veio a Palavra de Deus a Adão e disse: "O Adão, tu<br />determinaste com antecedência os dias nos quais virão sofrimentos sobre<br />Mim, quando Me tornar carne; pois são o quarto dia, quarta-feira, e o dia da<br />preparação, sexta-feira.<br />23 "Mas, quanto ao primeiro dia, Eu criei então todas as coisas e ergui os<br />céus. E, nova-mente, através da Minha Ressurreição neste dia, de novo<br />criarei alegria e elevarei às alturas aqueles que acreditarem em Mim; ó<br />Adão, oferece esta oblação todos os dias de tua vida."<br />24 Então Deus retirou Sua Palavra de Adão.<br />25 Mas Adão continuou oferecendo esta oblação assim.<br />Todas as semanas, três vezes, até o final de sete semanas. E no primeiro<br />dia, que é o qüinquagésimo, Adão fez uma oferenda como costumava, e ele<br />e Eva pegaram-na e foram ter ao altar perante Deus, como Ele lhes<br />68<br />ensinara.<br />Capítulo 69<br />1 Então Satã, aquele que odeia tudo o que é bom, invejoso de Adão e de<br />sua oferenda através da qual ele obtivera a graça de Deus, apressou-se e<br />pegou uma pedra afiada dentre as pedras-ferro afiadas; apareceu na forma<br />de um homem, foi e postou-se ao lado de Adão e Eva.<br />2 Adão estava com suas oferendas no altar e havia começado a orar, com<br />suas mãos estendidas a Deus.<br />3 Então Satã avançou com uma pedra-ferro afiada que tinha consigo e<br />com ela trespassou Adão do lado direito, fazendo verter sangue e água,<br />então Adão caiu sobre o altar como um cadáver. E Satã fugiu.<br />4 Então Eva acorreu e pegou Adão e colocou-o debaixo do altar. E lá<br />permaneceu, pranteando-o; enquanto um jorro de sangue escorria do lado<br />de Adão sobre sua oferenda.<br />5 Mas Deus olhou para a morte de Adão. Então enviou Sua Palavra e<br />ergueu-o e disse-lhe: "Executa tua oferenda, pois em verdade, Adão, ela é<br />de grande valor, e nela não há erro".<br />6 Deus disse mais a Adão: "Assim também acontecerá a Mim, na terra,<br />quando Eu for trespassado, e sangue e água escorrerão do Meu lado e<br />escorrerão sobre Meu corpo, que é a verdadeira oferenda; e que será<br />oferecido no altar como uma oferenda perfeita".<br />7 Então Deus ordenou que Adão terminasse sua oferenda, e quando ele<br />acabou, adorou a Deus e louvou-O pelos sinais que lhe mostrara.<br />8 E Deus curou Adão em um dia, que é o final das sete semanas; e que é<br />o qüinquagésimo dia.<br />9 Então Adão e Eva voltaram da montanha e entraram na Caverna dos<br />Tesouros, como costumavam. Com isto completaram-se para Adão e Eva,<br />cento e quarenta dias desde sua saída do jardim.<br />10 Em seguida ambos permaneceram em pé aquela noite e oraram a<br />Deus. E, quando amanheceu, saíram e desceram-na direção oeste da<br />caverna, ao lugar onde estava seu trigo, e aí repousaram à sombra de uma<br />árvore, pois o necessitavam.<br />11 Mas, uma vez ali, um bando de animais selvagens cercou-os. Era obra<br />de Satã, em sua maldade; para fazer guerra contra Adão através do<br />casamento.<br />69<br />Capítulo 70<br />1 Após isto, Satã, aquele que odeia tudo o que é bom, tomou a forma de<br />um anjo, e com ele dois outros, de maneira que pareciam os três anjos que<br />trouxeram a Adão o ouro, o incenso e a mirra.<br />2 Passaram diante de Adão e Eva, enquanto eles estavam sob a árvore, e<br />cumprimentaram Adão e Eva com belas palavras cheias de engodo.<br />3 Mas, quando Adão e Eva viram seu porte agradável e ouviram sua doce<br />fala, Adão ergueu-se e recebeu-os e trouxe-os até Eva, e eles permaneceram<br />todos juntos; o coração de Adão estava alegre enquanto isso porque<br />pensava serem os mesmos anjos que lhe haviam trazido o ouro, o incenso e<br />a mirra.<br />4 Porque, quando estes vieram a Adão da primeira vez, deles veio-lhe<br />paz e alegria, por lhe haverem trazido bons presentes; assim Adão pensou<br />que estavam ali uma segunda vez para lhe dar outros presente com que se<br />alegrar. Pois não sabia que era Satã, portanto o recebeu com alegria e fezlhe<br />companhia.<br />5 Então Satã, o mais alto dentre eles, disse: "Rejubila-te ó Adão, e<br />contenta-te. Vê, Deus nos mandou a ti para te dizer mos algo".<br />6 E Adão disse: "Que é" Então Satã respondeu: "É ume coisa leve, ainda<br />que seja uma palavra de Deus, ouvi-la-ás de nós e fa-la-ás. Mas, se não ou<br />vires, voltaremos a Deus e lhe diremos que tu não quiseste receber Sua<br />palavra".<br />7 E Satã disse novamente a Adão: "Não te amedrontes nem te permitas<br />que o tremor cai sobre ti; não nos conheces"?<br />8 Mas Adão disse: "Eu não vos conheço".<br />9 Então Satã disse-lhe: "Eu sou o anjo que te trouxe o ouro e te levou à<br />caverna; este outro é quem te trouxe o incenso; aquele terceiro é quem te<br />trouxe a mirra quando tu estava no topo da montanha, e quem te carregou à<br />caverna.<br />10 "Mas, quanto aos outros anjos, nossos companheiros que vos<br />transportaram para caverna, Deus não os enviou conosco desta vez; pois<br />Ele me disse: Vós sois suficiente.<br />11 Assim, quando Adão ouviu essas palavras, acreditou neles, e disse a<br />esses anjo: "Falai a palavra de Deus, para que eu possa recebê-la".<br />12 E Satã lhe disse: "Jura e promete-me que tu a receberás".<br />70<br />13 Adão então disse: "Eu não sei como jurar e prometer".<br />14 E Satã lhe disse: "Estende tua mão e coloca-a entre as minhas."<br />15 Então Adão estendeu sua mão e colocou-a entre as mãos de Satã;<br />quando Satã lhe disse: "Diz e, agora: Tão verdade como Deus é vivo,<br />racional e fala, e ergueu os céus no espaço, e firmou a terra sobre as águas,<br />e criou-me dos quatro elementos e do pó da terra, eu não quebrarei minha<br />promessa nem renunciarei à minha palavra"'.<br />16 E Adão assim jurou.<br />17 Em seguida Satã lhe disse: "Vê, já é passado agora algum tempo<br />desde que tu saíste do jardim, e tu não conhecias nem a maldade nem o<br />mal. Mas agora Deus te diz que tomes Eva, que saiu de teu lado, e te unas a<br />ela em matrimônio, para que ela te dê filhos para te consolar e afastar de ti<br />o sofrimento e a tristeza; agora isto não é difícil nem há nisto nenhuma<br />vergonha para ti".<br />Capítulo 71<br />1 Mas, ao ouvir essas palavras de Satã, Adão muito se entristeceu por<br />causa de seu juramento e sua promessa e disse: "Hei de cometer adultério<br />com minha carne e meus ossos e pecar contra mim mesmo, para que Deus<br />me destrua e me elimine da face da terra?<br />2 "Considerando que antes, quando eu comi da árvore, Ele me expulsou<br />do jardim para esta terra estranha e privou-mede minha natureza luminosa e<br />trouxe a morte sobre mim. Se, então, eu fizer isto, Ele arrebatará minha<br />vida da terra e lançar-me-á ao inferno, e castigar-me-á ali por longo tempo.<br />3 "Mas Deus nunca pronunciou as palavras que tu me disseste; e vós não<br />sois anjos de Deus, nem ainda enviados dEle. Mas sois demônios, vindos a<br />mim sob a falsa aparência de anjos. Afastai-vos de mim; vós, amaldiçoados<br />por Deus!"<br />4 Então aqueles demônios fugiram da presença de Adão. E ele e Eva<br />ergueram-se e retomaram à Caverna dos Tesouros, e nela entraram.<br />5 Em seguida Adão disse a Eva: "Se tu viste o que eu vi, não o dize; pois<br />eu pequei contra Deus jurando pelo Seu grandioso nome, e coloquei minha<br />mão mais uma vez lia de Satã." Eva, então, conteve-se como Adão lhe<br />havia dito.<br />6 Então Adão ergueu-se e estendeu suas mãos a Deus, implorando e<br />pedindo-Lhe, em lágrimas, que lhe perdoasse o que houvera feito. E Adão<br />71<br />permaneceu assim em pé e orando por quarenta dias e quarenta noites. Nem<br />comeu nem bebeu até cair sobre o solo de fome e sede.<br />7 Então Deus enviou Sua Palavra a Adão, ergueu-o de onde jazia e disselhe:<br />“O Adão, por que juraste em Meu nome, e por que fizeste um acordo<br />com Satã mais uma vez?”.<br />8 Mas Adão chorou e disse: "ó Deus, perdoai-me, pois eu o fiz sem<br />saber; acreditando que fossem anjos de Deus".<br />9 E Deus perdoou Adão dizendo-lhe: "Cuidado com Satã".<br />10 E Ele retirou Sua Palavra de Adão.<br />11 Então o coração de Adão consolou-se; e tomou Eva e saíram da<br />caverna para preparar o alimento para seus corpos.<br />12 Mas a partir daquele dia Adão lutou em seus pensamentos sobre seu<br />casamento com Eva; temeroso de fazê-lo, com receio de que Deus ficasse<br />irado com ele.<br />13 Então Adão e Eva foram até o rio de água e sentaram-se à sua<br />margem, como pessoas costumam fazer quando se divertem.<br />14 Mas Satã invejava-os; e queria destruí-los.<br />Capítulo 72<br />1 Então Satã, e dez dentre os de suas hostes, transformaram-se em<br />donzelas, incomparáveis em graça a quaisquer outras no mundo inteiro.<br />2 Surgiram do rio na presença de Adão e Eva e disseram entre si: "Vinde,<br />olharemos para os semblantes de Adão e Eva, que pertencem aos homens<br />da terra. Quão belos são eles, e quão diferentes da nossa é a sua aparência".<br />Em seguida vieram a Adão e Eva e saudaram-nos; e ficaram parados a<br />admirá-los.<br />3 Adão e Eva olharam para eles também e admiraram-se de sua beleza, e<br />disseram: "Há então, abaixo de nós, um outro mundo com tão belas criatura<br />como estas"?<br />4 E aquelas donzelas disseram a Adão e Eva: "Sim, certamente, somos<br />uma criação numerosa".<br />5 Então Adão lhes disse: "Mas como vós vos multiplicais?<br />6 E elas lhe responderam: "Nós temos maridos que se uniram a nós em<br />casamento, e nos lhes parimos filhos, que crescem, e que por sua vez<br />casam-se e são dados em casamento e também geram filhos; e assim<br />aumentamos em número. E se tu, ó Adão, não quiseres acreditar em nós,<br />72<br />mostrar-te-emos nossos maridos e nossos filhos.<br />7 Então elas gritaram por cima do rio como se estivesse chamando seus<br />maridos e seus filhos, que saíram do rio, homens e crianças; e cada um veio<br />até sua esposa, seus filhos com ele.<br />8 Mas quando Adão e Eva os viram, ficaram estarrecido e admiraramnos.<br />9 Então eles disseram Adão e Eva: "Vede nossos maridos e nossos filhos;<br />uni-vos e casamento, como nós nos unimos a nossas esposas, e tereis filhos<br />como nós", Isto era um ardil de Satã para enganar Adão.<br />10 Satã também pensou consigo mesmo: "Deus primeiro deu um<br />mandamento a Adão concernente ao fruto árvore, dizendo-lhe: Não comas<br />dele; senão de morte morrerás, Mas Adão comeu e ainda assim Deus não o<br />matou: Ele apenas decretou morte, castigos e provações, até o dia em que<br />abandonar seu corpo.<br />11 "Agora, então, se eu o enganar levando-o a fazer isto, e unir-se a Eva<br />em casamento sem a ordem de Deus, Deus então o matará."<br />12 Foi por isso que Satã operou esta aparição perante Adão e Eva; porque<br />procurava matá-lo e fazê-lo desaparecer da face da terra.<br />13 Entrementes, o fogo do pecado apossou-se de Adão e ele pensou em<br />cometer pecado. Mas conteve-se, receando que, se seguisse este conselho<br />de Satã, Deus o mataria.<br />14 Então Adão e Eva ergueram-se e oraram a Deus, enquanto Satã e suas<br />hostes desceram para dentro do rio, na presença de Adão e Eva; para que<br />eles vissem que estavam voltando para suas próprias regiões.<br />15 Então Adão e Eva voltaram para a Caverna dos Tesouros, como<br />necessitavam; por volta do anoitecer.<br />16 E ambos ergueram-se e oraram a Deus aquela noite. Adão<br />permaneceu em pé, orando, ainda que não sabendo como orar, por .causa<br />dos pensamentos de seu coração em relação ao seu casamento com Eva; e<br />assim continuou até a manhã.<br />17 E quando a luz surgiu, Adão disse a Eva: "Ergue-te, vamos até o sopé<br />da montanha, onde eles nos trouxeram o ouro, e perguntemos ao Senhor a<br />respeito desse assunto".<br />18 Então Eva disse: "Qual é esse assunto, O Adão?"<br />19 E ele lhe respondeu: "Que eu possa pedir ao Senhor que me informe<br />73<br />sobre eu me unir a ti em casamento; pois não farei sem Sua ordem, com<br />receio de que Ele nos faça perecer, a ti e a mim. Pois aqueles demônios<br />fizeram meu coração arder com pensamentos do que eles nos mostraram,<br />em suas visões pecaminosas".<br />20 Então Eva disse a Adão: "Por que precisamos ir até o sopé da<br />montanha? E melhor erguermo-nos e orarmos a Deus na nossa caverna,<br />para que saibamos se este conselho é bom ou não.<br />21 Então Adão ergueu-se em oração e disse: "ah Deus, sabeis que Vos<br />desobedecemos, e a partir do momento em que desobedecemos, fomos<br />destituídos de nossa natureza luminosa; e nosso corpo tornou-se grosseiro,<br />necessitando de alimento e água; e com desejos animalescos.<br />22 "Ordenai-nos, ó Deus, para que não lhes cedamos sem Vossa ordem,<br />para que Vós não nos extingais. Pois se Vós não nos derdes a ordem,<br />seremos dominados e seguiremos o conselho de Satã, e Vós novamente nos<br />farei perecer.<br />23 "Caso contrário, então tomai nossas almas, a minha e a de Eva;<br />deixai-nos livres desta luxúria animal. E se Vós não nos derdes ordem<br />nenhuma a respeito disto, então separai Eva de mim e a mim dela; e<br />colocai-nos longe um do outro.<br />24 "Ainda mais, ó Deus, quando nos afastardes um do outro, os<br />demônios nos enganarão com suas visões e destruirão nosso coração e<br />deturparão nossos pensamentos de um em relação ao outro. Ainda se não<br />for cada uma de nós em relação ao outro, em todo caso, acontecerá através<br />de sua aparência quando eles se nos aparecerem." Aqui Adão terminou sua<br />oração.<br />Capítulo 73<br />1 Então Deus atentou para as palavras de Adão e viu que eram<br />verdadeiras, e que ele podia aguardar por longo tempo Sua ordem, a<br />respeito do conselho de Satã.<br />2 E Deus aprovou Adão nas suas considerações e na oração que ele<br />oferecera em Sua presença; e a Palavra de Deus veio a Adão e disse-lhe: "O<br />Adão, se ao menos tu tivesses tido este cuidado antes de sair do jardim para<br />esta terra"!<br />3 Após isto, Deus enviou Seu anjo que havia trazido incenso e o anjo que<br />tinha trazido mirra a Adão, para que o informassem a respeito de sua união<br />74<br />com Eva.<br />4 Então aqueles anjos disseram a Adão: "Pega o ouro e dá-o a Eva como<br />um presente de casamento e contrata o casamento com ela, então dá-lhe um<br />pouco de incenso e mirra de presente; e então sede vós, tu e ela, uma só<br />carne".<br />5 Adão obedeceu aos anjos e pegou o ouro e colocou-o no peito de Eva,<br />em sua vestimenta; e pediu-lhe sua mão.<br />6 Então os anjos ordenaram a Adão e Eva que se erguessem e orassem<br />por quarenta dias e quarenta noites; e, após isso, que Adão viesse ter com<br />sua esposa; pois então isto seria um ato puro e não deturpado; e eles teriam<br />filhos que se multiplicariam e povoariam a face da terra.<br />7 Então ambos, Adão e Eva receberam as palavras dos anjos, e os anjos<br />retiraram-se.<br />8 Então Adão e Eva começaram a jejuar e orar, até o findar dos quarenta<br />dias; e então uniram-se, como os anjos lhes haviam dito. E desde o tempo<br />em que Adão deixara o jardim até o seu casamento com Eva se haviam<br />passado duzentos e vinte e três dias, que são sete meses e treze dias.<br />9 Assim Satã em sua guerra contra Adão foi vencido.<br />Capítulo 74<br />1 E eles moraram na terra trabalhando para manter bem-estar de seus<br />corpos; assim estiveram até terminarem os nove meses da gravidez de Eva,<br />e aproximara-se o tempo em que ela deveria dar à luz.<br />2 Então ela disse a Adão "Esta caverna é um lugar sagrado por causa das<br />marcas nela depositadas desde que deixamos o jardim; e novamente<br />oraremos aqui. Não convém, portanto, que eu dê à luz aqui; é melhor<br />recorrermos ao abrigo da rocha que, Satã arremessou sobre nós quando nos<br />quis matar com isto mas que foi sustentada e estendida como uma tenda<br />sobre nós por ordem de Deus, formando uma caverna".<br />3 Então Adão removeu Eva para aquela caverna; e quando chegou a hora<br />em que ela daria à luz, ela labutou muito. Assim Adão penalizou-se, e seu<br />coração sofreu por sua causa; pois ela estava próxima da morte; para que<br />palavra de Deus a ela fosse cumprida: "Em sofrimento tu darás à luz teu<br />filho".<br />4 Mas quando Adão viu a aflição na qual Eva estava, ergueu-se e orou a<br />Deus, e disse: "ah Senhor, olhai para mim com ó olho de Vossa<br />75<br />misericórdia, e tirai-a de sua aflição".<br />5 E Deus olhou para Sua serva Eva e libertou-a, e ela deu à luz seu<br />primogênito e com ele uma filha.<br />6 Então Adão alegrou-se com o parto de Eva e também com os filhos que<br />ela lhe tinha dado. E Adão cuidou de Eva na caverna, até o fim de oito dias,<br />quando eles chamaram ao filho Caim e à filha Luluva.<br />7 O significado de Caim é "aquele que odeia", porque ele odiou sua irmã<br />no ventre de sua mãe; antes de eles saírem deste. Por isso Adão o chamou<br />Caim.<br />8 Mas Luluva significa bela, porque era mais bela que sua mãe.<br />9 Então Adão e Eva esperaram até que Caim e sua irmã tivessem<br />quarenta dias de vida, quando Adão disse a Eva: "Faremos uma oferenda e<br />a oferecemos pelas crianças".<br />10 E Eva disse: "Faremos uma oferenda pelo primogênito; e depois<br />faremos uma pela filha".<br />Capítulo 75<br />1 Então Adão preparou uma oferenda, e ele e Eva ofereceram-na por seus<br />filhos e trouxeram-na ao altar que haviam construído antes.<br />2 E Adão fez o oferecimento e suplicou a Deus que aceitasse sua<br />oferenda.<br />3 Então Deus aceitou a oferenda de Adão e enviou uma luz do céu que<br />brilhou sobre a oferenda. E Adão e o filho aproximaram-se da oferenda,<br />mas Eva e a filha mantiveram-se afastadas.<br />4 Então Adão desceu do altar e eles se alegraram; e Adão e Eva<br />esperaram até que a filha estivesse com oitenta dias de idade; então Adão<br />preparou uma oferenda e a levou a Eva e às crianças; e eles foram ao altar,<br />onde Adão a ofereceu, como precisava, pedindo ao Senhor que aceitasse<br />sua oferenda.<br />5 E o Senhor aceitou a oferenda de Adão e Eva. Em seguida Adão, Eva e<br />as crianças reuniram-se e desceram da montanha, rejubilando-se.<br />6 Mas eles não voltaram à caverna na qual nasceram; e sim foram à<br />Caverna dos Tesouros, para que as crianças andassem por ela e fossem<br />abençoadas pelas lembranças trazidas do jardim.<br />7 Mas após terem sido abençoadas com estas lembranças, elas voltaram à<br />caverna na qual nasceram.<br />76<br />8 Entretanto, antes que Eva oferecesse a oferenda, Adão a levara e fora<br />com ela ao rio de água no qual eles tinham se lançado antes; e ali eles se<br />lavaram. Adão lavou seu corpo e Eva o seu, até se limparem, depois do<br />sofrimento e aflição que haviam passado.<br />9 Mas Adão e Eva, depois de se lavarem no rio de água, retomavam<br />todas as noites à Caverna dos Tesouros, onde oravam e eram abençoados; e<br />então voltaram à sua caverna, onde os filhos nasceram.<br />10 Assim fizeram Adão e Eva até os filhos desmamarem. Então, quando<br />eles estavam desmamados, Adão fez uma oferenda pelas almas dos filhos;<br />além das três vezes, ele fazia uma oferenda por eles todas as semanas.<br />11 Quando os dias de amamentação dos filhos terminaram, Eva<br />novamente concebeu, e ao completar seus dias ela deu à luz mais um filho e<br />filha; e eles chamaram ao filho Abel e à filha, Aclia.<br />12 Então, ao final de quarenta dias, Adão fez uma oferenda pelo filho, e<br />no final de oitenta dias ele fez mais uma oferenda pela filha e fez por eles<br />como tinha feito antes por Caim e Luluva.<br />13 Ele os trouxe à Caverna dos Tesouros onde receberam uma bênção, e<br />então voltaram a caverna onde nasceram. Depois do nascimento destes, Eva<br />parou de engravidar.<br />Capítulo 76<br />1 E as crianças começaram a robustecer e a crescer em altura; mas Caim<br />tinha o coração duro e mandava em seu irmão mais novo.<br />2 E muitas vezes quando seu pai fazia uma oferenda, ele ficava para trás<br />e não se juntava para oferecer.<br />3 Mas, quanto a Abel, este tinha um coração manso, e era obediente a seu<br />pai e sua mãe aos quais freqüentemente induzia a fazer uma oferenda, por<br />que gostava disso; e orava e jejuava bastante.<br />4 Então veio este sinal a Abel. Ao chegar à Caverna de Tesouros, e ver os<br />bastões de ouro, o incenso e a mirra, ele perguntou a seus pais Adão e Eva<br />a respeito deles, e disse-lhe "Como é que vós os recebestes.<br />5 Então Adão contou-lhe tudo o que lhes havia acontecido. E Abel<br />sensibilizou-se com o que seu pai lhe contara.<br />6 Mais tarde seu pai, Adão contou-lhe das obras de Deus e do jardim; e<br />depois disso ele permaneceu atrás de seu pai naquela noite inteira na<br />Caverna dos Tesouros.<br />77<br />7 E naquela noite, enquanto estava orando, Satã apareceu-lhe na figura de<br />um homem, que lhe disse: "Tu muita vezes induziste teu pai para que<br />fizesse uma oferenda, que jejuasse e orasse, por isso eu matarei e te farei<br />desaparecer deste mundo".<br />8 Mas, quanto a Abel, ele orou a Deus e expulsou Satã de perto de si; e<br />não acreditou nas palavras do demônio. Então, quando raiou o dia, um anjo<br />de Deus apareceu-lhe e lhe disse: "Não diminuas nem o jejum, nem a<br />oração, nem os oferecimentos de oblações a teu Deus. Pois, vê, o Senhor<br />aceitou tua oração. Não tenhas medo da figura que apareceu a ti à noite e te<br />ameaçou de morte." E o anjo o deixou.<br />9 Então, quando era dia, Abel foi ter com Adão e Eva e contou-lhes a<br />visão que tivera. Mas, ao ouvirem-no, lamentaram-se muito com isto, ainda<br />assim não lhe disseram nada sobre isto; apenas o consolaram.<br />10 Mas, quanto ao cruel Caim, Satã veio-lhe à noite, mostrou-se e disselhe:<br />"Já que Adão e Eva amam teu irmão Abel muito mais que amam a ti, e<br />desejam uni-lo em matrimônio com tua bela irmã, porque eles o amam; mas<br />desejam unir-te em matrimônio com tua desfavorecida irmã, porque eles te<br />odeiam.<br />11 "Agora, portanto, eu te aconselho, quando eles o fizerem, que mates<br />teu irmão; então tua irmã sobrará para ti; e a irmã dele será posta de lado."<br />12 E Satã deixou-o. Mas o malvado permaneceu no coração de Caim,<br />que procurou mais de uma vez matar seu irmão.<br />Capítulo 77<br />1 Mas quando Adão viu que o irmão mais velho odiava o mais novo,<br />procurou abrandar seu coração e disse a Caim:<br />"Toma, ó meu filho, dos frutos de tua plantação, e faze uma oferenda a<br />Deus para que Ele possa te perdoar tua maldade e teu pecado".<br />2 Ele também disse a Abel: "Toma tu da tua plantação e faze uma<br />oferenda e traze-a a Deus, para que Ele te possa perdoar tua maldade e teu<br />pecado".<br />3 Então Abel obedeceu à voz de seu pai e tomou de sua plantação, fez<br />uma boa oferenda e disse a seu pai Adão: "Vem comigo para mostrar-me<br />como oferecer".<br />4 E eles foram, Adão e Eva com ele, e mostraram-lhe como oferecer seu<br />presente no altar. Então, após isso, permaneceram em pé e oraram para que<br />78<br />Deus aceitasse a oferenda de Abel.<br />5 Então Deus olhou para Abel e aceitou sua oferenda. E a Deus agradou<br />mais Abel que sua oferenda, por causa de seu bom coração e corpo puro.<br />Não havia vestígio de falsidade nele.<br />6 Em seguida eles desceram do altar e foram para a caverna onde<br />moravam. Mas Abel, por causa de sua alegria por ter feito sua oferenda,<br />repetia-a três vezes por semana, seguindo o exemplo de seu pai Adão.<br />7 Mas, quanto a Caim, ele não sentiu prazer no fazer oferendas; mas<br />depois de muito empenho de seu pai, ofereceu seu presente uma vez; e<br />quando ofereceu, seu olhar estava na oferenda que fez, e pegou a menor de<br />suas ovelhas para ofertá-la, e seu olhar estava novamente sobre ela.<br />8 Por isso Deus não aceitou sua oferenda, porque seu coração estava<br />cheio de pensa-mentos assassinos.<br />9 E assim todos viveram juntos na caverna onde Eva tinha dado à luz, até<br />Caim completar quinze anos e Abel, doze.<br />Capítulo 78<br />1 Então Adão disse a Eva: "Vê, os filhos estão adultos; devemos pensar<br />em achar esposas para eles".<br />2 Então Eva respondeu: "Como poderemos fazê-lo"?<br />3 Então Adão disse-lhe: "Uniremos em matrimônio a irmã de Abel com<br />Caim e a irmã de Caim com Abel".<br />4 Então disse Eva a Adão: "Eu não gosto de Caim porque ele é cruel, mas<br />deixa-os estar até que ofereçamos ao Senhor por eles".<br />5 E Adão não disse mais nada.<br />6 Entrementes, Satã veio a Caim na figura de um homem do campo e<br />disse-lhe: "Vê, Adão e Eva aconselharam-se sobre o casamento de vós dois;<br />e eles concordaram em casar a irmã de Abel contigo e tua irmã com ele.<br />7 "Mas se não fosse por meu amor a ti, eu não te contaria isto. Ainda<br />assim se tu seguires meu conselho, e me obedeceres, eu te trarei no dia de<br />teu casamento belas vestes, ouro e prata em profusão, e meus parentes te<br />servirão,"<br />8 Então Caim disse com alegria: "Onde estão teus parentes"?<br />9 E Satã respondeu: "Meu parentes estão num jardim ao norte, para onde<br />eu pretendia levar teu pai Adão; mas ele não quis aceitar minha oferta.<br />10 "Mas tu, se aceitares minhas palavras e se vieres a mim após teu<br />79<br />casamento, repousarás da miséria na qual estás; e repousarás e estarás em<br />melhores condições que teu pai Adão."<br />11 Com estas palavras de Satã Caim abriu seus ouvidos e inclinou-se<br />para sua fala.<br />12 E ele não permaneceu no campo, mas foi a Eva, sua mãe, e bateu nela<br />e amaldiçoou-a e disse-lhe: "Por que, pretendeis tomar minha irmã uni-la<br />em matrimônio com meu irmão? Acaso estarei morto'?<br />13 Sua mãe, entretanto acalmou-o, e enviou-o ao campo onde estivera.<br />14 Então, quando Adão chegou, ela contou-lhe o que Caim fizera.<br />15 Mas Adão lamentou-se conteve-se e não disse palavra.<br />16 Então, pela manhã Adão disse a Caim seu filho "Escolhe de teu<br />rebanho os jovens e bons e oferece-os a teu Deus; e eu falarei a teu irmã<br />para que faça a seu Deus um oferenda de grãos".<br />17 Ambos obedeceram seu pai Adão e pegaram sus oferendas e<br />ofereceram-nas na montanha do altar.<br />18 Mas Caim comportou arrogantemente com seu irmão e empurrou-o do<br />altar e não queria permitir-lhe que oferecesse seu presente no altar, mas<br />oferecer o seu, com um coração orgulhoso, cheio de falsidade e fraude.<br />19 Mas, quanto a Abel, este juntou pedras que estavam à mão e sobre<br />elas ofereceu seu presente com um coração humilde e livre de falsidade.<br />20 Caim estava então em pé ao lado do altar no qual oferecera seu<br />presente; e clamou a Deus que aceitasse sua oferenda; mas Deus não a<br />aceitou dele; nem desceu um fogo divino para consumir sua oferenda.<br />21 Mas ele permaneceu em pé reclinado sobre o altar, olhando com<br />menosprezo e riso em direção de seu irmão Abel, para ver se Deus aceitaria<br />sua oferenda ou não.<br />22 E Abel orou a Deus para que aceitasse sua oferenda. Então um fogo<br />divino desceu e consumiu sua oferenda. E Deus sentiu o doce aroma de sua<br />oferenda, porque Abel O amava e rejubilava-se nEle.<br />23 E porque Deus estava bem contente com ele, enviou seu anjo de luz<br />na figura de homem que tinha participado de sua oferenda, porque Ele<br />sentira o doce aroma de sua oferenda, e consolou Abel e fortaleceu seu<br />coração.<br />24 Mas Caim, vendo tudo isto que aconteceu com a oferenda de seu<br />irmão, encolerizou-se por causa disso.<br />80<br />25 Então abriu sua boca e blasfemou contra Deus, porque Ele não<br />aceitara sua oferenda.<br />26 Mas Deus disse a Caim: "Por que estás de aparência triste? Se justo<br />para que Eu possa aceitar tua oferenda. Não é contra Mim que murmuras,<br />mas contra ti mesmo".<br />27 E Deus disse isto a Caim em resposta, e porque Ele o abominou e à<br />sua oferenda.<br />28 E Cairo desceu do altar com cor mudada e o semblante angustiado, e<br />foi ter com seu pai e sua mãe e contou-lhes tudo o que lhe havia sucedido.<br />E Adão lamentou-se muito que Deus não aceitara a oferenda de Caim.<br />29 Mas Abel desceu rejubilaste e com o coração cheio de alegria, contou<br />a seu pai e sua mãe como Deus havia aceitado sua oferenda. E eles<br />alegraram-se com isto e beijaram sua face.<br />30 E Abel disse a seu pai: "Porque Caim empurrou-me do altar e não quis<br />deixar-me oferecer meu presente sobre ele, eu fiz uma altar para mim e<br />ofereci meu presente sobre ele".<br />31 Mas, ao ouvir isto, Adão ficou muito penalizado, porque era o altar<br />que ele construíra primeiro, e no qual havia oferecido seus próprios<br />presentes.<br />32 Quanto a Caim, ele estava tão mal-humorado e tão irado que foi ao<br />campo; ali, Satã veio até ele e disse-lhe: "Uma vez que teu irmão Abel<br />refugiou-se junto a teu pai Adão, porque tu o empurraste do altar, eles<br />beijaram sua face e alegraram-se com ele, muito mais do que contigo".<br />33 Quando Caim ouviu estas palavras de Satã, encheu-se de fúria; não<br />permitiu que ninguém o soubesse. Mas estava na espreita para matar seu<br />irmão, até que o trouxe à caverna, e então lhe disse:<br />34 "O irmão, o campo está tão belo, e há nele tão belas e agradáveis<br />árvores e fascinantes de se olhar! Mas irmão, tu nunca estiveste um dia<br />sequer no campo para te divertires lá.<br />35 "Hoje, ó meu irmão, desejo muito que venhas comigo para o campo,<br />para te divertires e para abençoares nossos campos e nossos rebanhos, pois<br />tu és justo, e eu te amo muito, ó meu irmão! Mas tu te afastaste de mim."<br />36 Então Abel consentiu em ir ao campo com seu irmão Caim.<br />37 Mas, antes de ir, Caim disse a Abel: "Espera por mim, até que eu<br />busque uma vara, por causa dos animais selvagens".<br />81<br />38 Então Abel parou à espera, em sua inocência. Mas Caim, o zeloso,<br />buscou uma vara e saiu.<br />39 E eles puseram-se, Caim e seu irmão Abel, a andar pelo caminho;<br />Caim falando com ele e confortando-o, para fazê-lo esquecer tudo.<br />Capítulo 79<br />1 E assim eles continuaram até chegarem a um lugar ermo, onde não<br />havia ovelhas; então Abel disse a Caim: "Vê, meu irmão, estamos exaustos<br />de andar, pois não vemos nenhuma árvore, nem fruta, nem vegetação, nem<br />ovelhas, nenhuma das coisas sobre as quais me contaste. Onde estão<br />aquelas tuas ovelhas que disseste para abençoar"?<br />2 Então Caim disse-lhe: "Continua, e logo verás muitas coisas belas, mas<br />vai na minha frente, até que eu te alcance".<br />3 Então Abel foi adiante mas Caim permaneceu para trás.<br />4 Abel caminhava em sus inocência, sem falsidade; não acreditando que<br />seu irmão mataria.<br />5 Então Caim, quando alcançou, consolou-o com sua conversa, andando<br />um pouco atrás dele; então apressou passo e golpeou-o com a vara golpe<br />após golpe, até ele fica sem sentidos.<br />6 Mas, quando Abel caiu a chão, vendo que seu irmão pretendia matá-lo,<br />disse a Caim. "O meu irmão, tem piedade de mim. Pelos seios que<br />sugamos, não me golpeies! Pelo ventre que nos carregou e nos trouxe a<br />mundo, não me golpeies até morte com esta vara! Se queres me matar, pega<br />uma dessa pedras grandes, e mata-me de vez".<br />7 Então Caim, o cruel, assassino sem coração, pegou uma grande pedra e<br />golpeou com ela a cabeça de seu irmão até que seus miolos esvaziaram se<br />para fora e ele encharcou-se em seu sangue, diante dele.<br />8 E Caim não se arrependeu do que fizera.<br />9 Mas a terra, quando sangue do justo Abel caiu sobre ela, tremeu, ao<br />beber se sangue, e queria eliminar Caim por isso.<br />10 E o sangue de Abel clamou misteriosamente a Deus, para que o<br />vingasse de seu assassino.<br />11 Então Caim começou imediatamente a cavar a terra onde jazia seu<br />irmão; pois estava tremendo por causa do medo que o acometeu, quando<br />viu a terra tremer por sua causa.<br />12 Então lançou seu irmão na cova que fizera e cobriu-o com pó. Mas a<br />82<br />terra recusava-se a recebê-lo; e expeliu-o imediatamente.<br />13 Novamente Caim cavou a terra e escondeu nela seu irmão; mas<br />novamente a terra o lançou fora; por três vezes a terra assim lançou fora o<br />corpo de Abel.<br />14 A terra lamacenta lançou-o fora da primeira vez porque ele não era a<br />primeira criação; e lançou-o fora da segunda vez e não queria recebê-lo<br />porque ele era justo e bom, e foi morto sem uma causa; e a terra lançou-o<br />fora da terceira vez e não queria recebê-lo para que permanecesse perante<br />seu irmão em testemunho contra ele.<br />15 E assim a terra zombou de Caim, até que a Palavra de Deus veio-lhe<br />acerca de seu ir-mão.<br />16 Então Deus ficou irado e muito desgostoso com a morte de Abel; e<br />Ele trovejou do céu e lançou relâmpagos diante de Si, e a Palavra do<br />Senhor Deus veio do céu a Caim, e disse-lhe: "Onde está Abel teu irmão"?<br />17 Então Caim respondeu com o coração orgulhoso e a voz áspera:<br />"Como, ó Deus? Acaso sou o guardião de meu irmão"?<br />18 Então Deus disse a Caim: "Amaldiçoada a terra que bebeu o sangue<br />de Abel teu irmão; e tu, tu permaneces tremendo e sacudindo-te; isto será<br />um sinal sobre ti, para seres morto por quem te encontrar".<br />19 Mas Caim chorou porque Deus lhe dissera aquelas palavras; e Caim<br />Lhe disse: "O Deus, quem me encontrar, matar-me-á; e serei eliminado da<br />face da terra".<br />20 Então Deus disse a Caim: "Quem te encontrar não te matará". Porque,<br />antes disso, Deus havia dito a Caim: "Eu determinarei sete castigos para<br />aquele que matar Caim". Pois quanto à palavra de Deus a Caim: "Onde está<br />teu irmão"? Deus o disse de misericórdia por ele, tentando fazê-lo<br />arrepender-se.<br />21 Pois se Caim se tivesse arrependido naquela ocasião, e tivesse dito: "ó<br />Deus, perdoai-me meu pecado, e o assassínio de meu irmão", Deus então<br />lhe teria perdoado seu pecado.<br />22 E quanto a Deus dizendo a Caim: "Amaldiçoado seja o solo que bebeu<br />o sangue de teu irmão", isto também era a misericórdia de Deus para com<br />Caim. Pois Deus não o amaldiçoara, mas amaldiçoou o solo; embora não<br />fosse o solo que matara Abel e cometera iniqüidade.<br />23 Pois convinha que a maldição caísse sobre o assassino; ainda assim,<br />83<br />por misericórdia, Deus ordenou Seus pensamentos de maneira que ninguém<br />o soubesse, e rejeitasse Caim.<br />24 E Ele lhe disse: "Onde está teu irmão"? Para o que ele respondeu e<br />disse: "Eu não sei". Então o Criador lhe disse: "Fica tremendo e sacudindote".<br />25 Então Caim tremeu e ficou aterrorizado; e por este sinal Deus fez dele<br />exemplo perante toda a criação, como o assassino de seu irmão. Também<br />Deus trouxe tremor e terror sobre ele, para que ele pudesse ver a paz na<br />qual estava antes, e ver também o tremor e o terror que suportava depois; a<br />fim de que pudesse humilhar-se perante Deus, e arrepender-se de seu<br />pecado e buscar a paz que desfrutara antes.<br />26 E na Palavra de Deu que dizia: "Eu determinarei sete castigos para<br />quem matar Caim", Deus não estava procurando matar Caim pela espada<br />mas Ele procurava, por ordem severa, fazê-lo morrer de jejum e oração e<br />lamento, até a hora em que fosse libertado de se pecado.<br />27 E os sete castigos são as sete gerações que Deus deixou reservadas<br />para Caim pelo assassínio de seu irmão.<br />28 Mas, quanto a Caim desde que matara seu irmão não conseguia achar<br />nenhum repouso em lugar algum; mais voltou a Adão e Eva, tremendo<br />aterrorizado e manchado pelo sangue...VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-25046996675424092102013-08-27T07:56:00.003-07:002015-11-15T11:32:07.657-08:00LIVRE ARBÍTRIO E O LIVRO PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESISLIVRE ARBÍTRIO E O LIVRO PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESIS<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Recomendo a todos a leitura do fantástico livro PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESIS, este livro NÃO É UM PSEUDO-PEIGRAFO, mas uma obra de Romance de Diógenes Lopes de Oliveira, nesta obra se conta com detalhes a queda de Lúcifer e de Adão e Eva. Enumerei e recitei todas as passagens que deixa claro que tanto os anjos como os homens tem livre arbítrio para escolher o seu destino, rechaçando as idéias de predestinação do calvinismo e do islamismo. (Comentário do Escriba Valdemir Mota de Menezes)</div>
<br />
<br />
<br />
<iframe frameborder="0" height="270" src="http://www.dailymotion.com/embed/video/x13qz2c" width="480"></iframe><br />
<a href="http://www.dailymotion.com/video/x13qz2c_livre-arbitrio-e-o-livro-pseudo-epigrafo-de-genesis_school" target="_blank">LIVRE ARBÍTRIO E O LIVRO PSEUDO-EPÍGRAFO DE...</a> <i>por <a href="http://www.dailymotion.com/Escribavaldemirportugues" target="_blank">Escribavaldemirportugues</a></i>VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-37909137836483018522013-08-22T06:02:00.001-07:002013-08-22T06:02:14.156-07:00SEGUNDO LIBRO DE ADAN Y EVA<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #1c1c1c; margin: 0px; position: relative;">
<span style="color: #cccccc; font-family: Georgia, Utopia, Palatino Linotype, Palatino, serif; font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></h3>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #1c1c1c; margin: 0px; position: relative;">
<span style="color: #cccccc; font-family: Georgia, Utopia, Palatino Linotype, Palatino, serif; font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;">Yo recomendo a todas las personas que lean este libro, creo que se trata de información reales y verdaderas sobre los antiguos dias, en el primordio de la humanidad. Acá entendemos como Adán e su hijo Seth era hombres santos. (Escriba Valdemir Mota de Menezes)</span></span></h3>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #1c1c1c; color: #cccccc; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 18px; font-weight: normal; margin: 0px; position: relative;">
<br /></h3>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #1c1c1c; color: #cccccc; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 18px; font-weight: normal; margin: 0px; position: relative;">
<br /></h3>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #1c1c1c; color: #cccccc; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 18px; font-weight: normal; margin: 0px; position: relative;">
EL SEGUNDO LIBRO DE ADAN Y EVA - (apócrifo)</h3>
<div class="post-header" style="background-color: #1c1c1c; color: #999999; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-3207342147229897654" itemprop="description articleBody" style="background-color: #1c1c1c; color: #cccccc; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.4; position: relative; width: 548px;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 19px;"><span style="font-weight: bold;">El Segundo Libro de ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva)</span><br /><span style="font-weight: bold;">אָדָם וְחַוָּה ב</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;">(apócrifo)</span></div>
<span style="font-weight: bold;"><br />Capítulo 1</span><br /><span style="font-weight: bold;">La familia lamenta: Qáyin (Caín) toma a Luluwa y se mudan.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Cuando Luluwa oyó las palabras de Qáyin (Caín), ella lloró y se fue a llamar a su padre y madre, y les contó cómo fue que Qáyin(Caín) había matado a su hermano Jével (Abel).<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Entonces ellos todos lamentaron y levantaron sus voces, y pegaban sus caras, y tiraron polvo sobre sus cabezas, y rasgaban sus ropas, y salieron y vinieron al lugar adonde Jével (Abel) fue asesinado.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Y ellos le encontraron acostado sobre la tierra, muerto, y bestias alrededor de él, mientras ellos lloraron y clamaron por este justo. Desde su cuerpo, por motivo de su pureza, salía el olor de especies dulces.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Y ’Âthâ´m (Adán) le llevó, sus lágrimas corriendo por su cara; y se fue a la Cueva de Tesoros, donde él le acostó, y le arropó con especies dulces y mirra.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Y ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva) continuaron al lado de su entierro en gran luto ciento cuarenta días. Jével (Abel) tenía quince años y medio de edad, y Qáyin (Caín) diecisiete años y medio.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Acerca de Qáyin (Caín), cuando el luto por su hermano se había acabado, él tomó su hermana Luluwa y vino a ella, sin permiso de su padre y madre; porque ellos no podían protegerle a ella de él, por motivo de su corazón pesado.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Él entonces bajó a la base de la montaña, lejos del jardín, cerca al lugar adonde él había matado a su hermano.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Y en ese lugar había muchos árboles de frutas y árboles de bosque. Su hermana le parió hijos, quienes en su turno comenzaron multiplicarse por grados hasta que ellos llenaron ese lugar.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Pero acerca de ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva), ellos no se vinieron juntos luego del funeral de Jével (Abel), por siete años. Pero luego de esto, Xauwâ´h (Eva) concibió; y cuando ella estaba embarazada, ’Âthâ´m (Adán) le dijo a ella,<br />“Ven, tomemos una ofrenda y ofrezcámoslo a Iâjuéh (Yahvé), y pidámosle a Él que nos dé un niño lindo, en quién nosotros pudiésemos hallar conforte, y quien pudiésemos unir en matrimonio a la hermana de Jével (Abel).”<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces ellos prepararon una ofrenda y lo trajeron al altar, y la ofrecieron ante Iâjuéh (Yahvé), y comenzaron a rogarle a Él que acepte su ofrenda, y que les dé una buena descendencia.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Y Iâjuéh oyó ’Âthâ´m (Adán) y aceptó su ofrenda. Entonces ellos adoraron, ’Âthâ´m (Adán), Xauwâ´h (Eva), y su hija, y bajaron a la Cueva de Tesoros y pusieron una lámpara en ella, que queme de noche y de día, ante el cuerpo de Jével (Abel).<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Entonces ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva) siguieron ayunando y orando hasta que vino el momento de Xauwâ´h (Eva) que ella debiese dar luz, cuando ella dijo a ’Âthâ´m (Adán),<br />“Yo deseo ir a la cueva en la roca, para parir en ella.”<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Y él dijo,<br />“Anda, y toma contigo tu hija que te atienda; pero yo me quedaré en esta Cueva de Tesoros ante el cuerpo de mi hijo Jével (Abel).”<br />14. Entonces Xauwâ´h (Eva) hizo caso a ’Âthâ´m (Adán), y se fue, ella y su hija. Pero ’Âthâ´m (Adán) se quedó solo en la Cueva de Tesoros.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 2</span><br /><span style="font-weight: bold;">Un tercer hijo nace a ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva).</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Y Xauwâ´h (Eva) produjo un hijo que era perfectamente hermoso en figura y de cara. Su belleza era como la de su padre ’Âthâ´m (Adán), pero aún más lindo.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Entonces Xauwâ´h (Eva) fue confortada cuando ella le vio, y quedó ocho días en la cueva, entonces ella envió su hija a ’Âthâ´m (Adán) para decirle que venga y vea al niño y que le nombre a él. Pero la hija quedó en su lugar al lado del cuerpo de su hermano, hasta que regresó ’Âthâ´m (Adan). Así hizo ella.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Pero cuando vino ’Âthâ´m (Adán) y vio la apariencia linda del niño, su hermosura, su figura perfecta, él se regocijó por él, y fue confortado por Jével (Abel). Entonces él nombró el niño Shëth (Set), lo cual significa, “Que el Poderoso ha oído mi oración, y me ha liberado de mi aflicción.” Pero también significa “poder y fuerza.”<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Entonces luego que ’Âthâ´m (Adán) había nombrado al niño, él regresó a la Cueva de Tesoros; y su hija regresó devuelta a su madre.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Pero Xauwâ´h (Eva) continuó en la cueva, hasta que se cumplieron cuarenta días, cuando ella vino a ’Âthâ´m (Adán), y ella trajo con ella al niño y su hija.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Y ellos vinieron al río de agua, adonde ’Âthâ´m (Adán) y su hija se lavaron, debido a su tristeza por Jével (Abel); pero Xauwâ´h (Eva) y el bebé se lavaron para purificación.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Entonces ellos regresaron, y tomaron una ofrenda, y subieron a la montaña y la ofrecieron, por el bebé, y Iâjuéh (Yahvé) aceptó su ofrenda, y envió Su bendición sobre ellos, y sobre su hijo Shëth (Set); y ellos regresaron a la Cueva de Tesoros.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Acerca de ’Âthâ´m (Adán), él no conoció otra vez a su mujer Xauwâ´h (Eva), todos los días de su vida, ni tampoco nació de ellos ninguno más, sino solo esos cinco, Qáyin (Caín), Luluwa, Jével (Abel), Aklia, y Shëth (Set) solamente.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Y Shëth (Set) creció en estatura y en fuerza, y comenzó a ayunar y orar, fervientemente.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 3</span><br /><span style="font-weight: bold;">Sâţâ´n (Satanás) aparece como una mujer hermosa tentándole a ’Âthâ´m (Adán), diciéndole que él es todavía un joven. “Pasa tu juventud en alegría y placer.” (12) Las formas distintas que toma Sâţâ´n (Satanás) (15).</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Acerca de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), al final de siete años del día que él se había separado de su mujer Xauwâ´h (Eva), Sâţâ´n (Satanás) le envidió, cuando él le vio así separado de ella; y peleó para hacerle vivir con ella otra vez.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Entonces se levantó ’Âthâ´m (Adán) y subió arriba de la Cueva de Tesoros; y continuó durmiendo ahí noche tras noche. Pero tan pronto que era luz cada día, él bajaba a la cueva, para orar ahí y para recibir una bendición de ella.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Pero cuando era anochecer él subía al techo de la cueva, adonde él dormía solo, por temor que le venciese Sâţâ´n (Satanás). Y él siguió así aparte treinta y nueve días.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Entonces Sâţâ´n (Satanás), el que odia todo el bien, cuando él vio a ’Âthâ´m (Adán) así solo, ayunando y orando, le apareció a él en la forma de una mujer hermosa, quien vino y se paró ante él en la noche del día cuarenta, y le dijo a él:<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span> “O ’Âthâ´m (Adán), desde el momento que ustedes han habitado en esta cueva, nosotros hemos experimentado gran paz de ti, y tus oraciones nos ha llegado, y hemos sido confortados acerca de ti.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>“Pero ahora, O ’Âthâ´m (Adán), que tú te has trepado sobre el techo de la cueva para dormir, nosotros hemos tenido nuestras dudas acerca de ti, y gran tristeza nos ha venido encima de nosotros por causa de tu separación de Xauwâ´h (Eva). Entonces otra vez, cuando tú estás sobre el techo de esta cueva, tu oración se derrama, pero tu corazón vacila de lado a lado.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Pero cuando tú estabas en la cueva tu oración era como fuego concentrado; bajaba a nosotros, y tú encontraste descanso.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Entonces yo también me afligí por tus hijos que están separados de ti; y mi tristeza es grande acerca del asesinato de tu hijo Jével (Abel), porque él fue justo, y por un hombre justo todos se afligirán.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Y yo me regocijé sobre el nacimiento de tu hijo Shëth (Set); pero luego de un ratito yo me entristecí grandemente sobre Xauwâ´h (Eva), porque ella es mi hermana. Porque cuando ’Elohíym envió un profundo sueño sobre ti, y la sacó fuera de tu lado, Él también me sacó a mí afuera con ella. Pero Él la exaltó a ella poniéndola a ella contigo, mientras Él me rebajó a mí.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Yo me regocijé sobre mi hermana por ella estar contigo, pero ’Elohíym me había hecho una promesa anteriormente, y me dijo, ‘No te aflijas; cuando ’Âthâ´m (Adán) haya subido sobre el techo de la Cueva de Tesoros, y sea separado de Xauwâ´h (Eva) su mujer, Yo te enviaré a ti a él, tú te unirás a ti misma a él en matrimonio, y le tendrás a él cinco hijos, como Xauwâ´h (Eva) le tuvo cinco.’<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>¡Y ahora mira! La promesa de ’Elohíym para mí se ha cumplido; porque es Él Quien me ha enviado a ti para las bodas, porque si tú me tomas, yo te tendré niños más finos y mejores que esos de Xauwâ´h (Eva).<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Entonces otra vez, tú eres todavía aún un joven, no acabes tu juventud en este mundo en tristeza, sino pasa tus días de tu juventud en alegría y placer. Porque tus días son pocos y tus pruebas son muchos. Sé fuerte, termina tus días en este mundo en regocijo. Yo tomaré placer en ti, y tú te regocijarás conmigo en este asunto, y sin temor.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Levántate, ahora, y cumple la orden de tu ’Elohíym,”<br />Ella entonces se acercó a ’Âthâ´m (Adán), y le abrazó.<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Pero cuando vio ’Âthâ´m (Adán) que ella le debiese vencer, él oró a Iâjuéh (Yahvé) con un corazón ferviente que le libere de ella.<br /><span style="font-weight: bold;">15.</span>Entonces Iâjuéh (Yahvé) envió Su Palabra a ’Âthâ´m (Adam), diciendo,<br /><span style="color: red;">“Oh ’Âthâ´m (Adán), esa figura es la que te prometió la Persona del Poderoso, y majestad; Él no está dispuesto favorablemente hacia ti, sino que se muestra si mismo a ti en un momento en la forma de una mujer, en otro momento en la semejanza de un enviado, en otras ocasiones en la similitud de una serpiente, y en otra ocasión, en la similitud de un ’elohíym; Pero él hace todo eso solamente para destruir tu alma.</span><br /><span style="font-weight: bold;">16.</span><span style="color: red;">Ahora, por lo tanto, O ’Âthâ´m (Adán), entendiendo tu corazón, Yo te he liberado muchas veces de sus manos; para demostrarte que Yo soy un ’Elohíym misericordioso, y que Yo deseo tu bien, y que Yo no deseo tu ruina.”</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 4</span><br /><span style="font-weight: bold;">’Âthâ´m (Adán) ve al Adversario en sus colores verdaderos.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Entonces Iâjuéh (Yahvé) ordenó a Sâţâ´n (Satanás) que se muestre si mismo a ’Âthâ´m (Adán) claramente, en su propia forma horrenda.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Pero cuando ’Âthâ´m (Adán) le vio, él temió, y tembló al verle a él.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Y Iâjuéh (Yahvé) le dijo a ’Âthâ´m (Adán),<br /><span style="color: red;">“Mira a este shëd, y a su vista horrenda, y sepas que él es quién te hizo caer de la iluminación a la oscuridad, de la paz y descanso a trabajo y miseria.</span><br /><span style="font-weight: bold;">4.</span><span style="color: red;">¡Y mírale, Oh ’Âthâ´m (Adán), a él, quien dijo de si mismo que él es ’Elohíym! ¿Puede Iâjuéh (Yahvé) ser negro? ¿Tomaría Iâjuéh (Yahvé) la forma de una mujer? ¿Existe alguno más fuerte que Iâjuéh (Yahvé)? ¿Y puede Él ser vencido?</span><br /><span style="font-weight: bold;">5.</span><span style="color: red;">¡Ve, entonces, Oh ’Âthâ´m (Adán), y mírale atado en tu presencia, en el aire, incapaz de huirse! Por eso, Yo te digo a ti, no le tengas miedo; desde ahora en adelante ten cuidado, y vélate de él, en cualquier cosa que él te haría.”</span><br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Entonces Iâjuéh (Yahvé) le echó a Sâţâ´n (Satanás) de delante de ’Âthâ´m (Adán), a quien Él fortaleció, y cuyo corazón Él confortó, diciéndole a él,<br /><span style="color: red;">“Vete abajo a la Cueva de Tesoros, y no te separes a ti mismo de Xauwâ´h (Eva); Yo apagaré todo el deseo animal en ti.”</span><br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Desde esa hora les dijo a ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva), y ellos disfrutaron descanso por el mandamiento de ’Elohíym. Pero Iâjuéh (Yahvé) no hizo algo semejante a ninguno de la semilla de ’Âthâ´m (Adán), sino solo a ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva).<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Entonces ’Âthâ´m (Adán) adoró ante Iâjuéh (Yahvé), por haberle liberado, y por haberle detenido sus pasiones. Y él vino abajó de encima de la cueva, y habitó con Xauwâ´h (Eva) como anteriormente.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Esto terminó los cuatro días de su separación de Xauwâ´h (Eva).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 5</span><br /><span style="font-weight: bold;">Sâţâ´n (Satanás) pinta un cuadro brillante para que Shëth (Set) lo considere.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Acerca de Shëth (Set), cuando él tenía siete años, él reconocía el bien y el mal, y era consistente ayunando y orando, y pasó todas sus noches rogándole a Iâjuéh (Yahvé) por misericordia y perdón.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Él también ayunó cuando traía su ofrenda cada día, más que lo que hizo su padre, porque él era de una mirada linda, parecido a un enviado de Iâjuéh (Yahvé). Él también tenía un buen corazón, preservaba las cualidades mejores de si mismo, y por esta razón él traía su ofrenda cada día.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Y Iâjuéh (Yahvé) estaba agradado con su ofrenda, pero Él estaba también agradado con su pureza. Y él continuaba así haciendo la voluntad de Iâjuéh (Yahvé), y de su padre y madre, hasta que él tenía siete años.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Después de eso, mientras él bajaba desde el altar, cuando había terminado su ofrenda, Sâţâ´n (Satanás) le apareció a él en la forma de un enviado hermoso, brillante con luz, con una vara de luz en su mano, habiéndose ceñido con un cinto de luz.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Él le saludó a Shëth (Set) con una sonrisa hermosa, y comenzó a engañarle con palabras bonitas, diciéndole a él,<br />“Oh Shëth (Set), ¿Porqué te quedas en esta montaña? Porque es difícil, lleno de rocas y de arena, y de árboles sin ninguna buena fruta, una desolación sin casas y sin pueblos, ningún buen lugar para habitar. Y todo es calor, cansancio, y problemas.”<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Él dijo además,<br />“Pero nosotros habitamos en lugares hermosos, en otro mundo que esta tierra. Nuestro mundo es uno de luz y nuestra condición es de lo mejor; nuestras mujeres son más deseables que cualquiera de las otras, y yo deseo que tú, Oh Shëth (Set), te tomes para ti una de ellas, porque yo veo que tú eres lindo para la vista, y en esta tierra no existe ni una mujer suficientemente buena para ti. Además, todos los que viven en este mundo son solamente cinco almas.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Pero en nuestro mundo, existe muchísimos hombres y muchas muchachas, cada uno más linda que la otra. Yo desearía, por eso, quitarte de aquí, para que tú puedas ver mis familiares y ser casado con la cual te guste.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Tú entonces habitarás al lado mío y estarás en paz; tú serás llenado con esplendor y luz, como nosotros estamos.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Tú te quedarás en nuestro mundo, y descansarás de este mundo y su miseria, tú nunca más te sentirás debilitado y cansado, tú nunca mas traerás una ofrenda, ni peticionar misericordia, porque tú no cometerás más pecados ni serás desviado por pasiones.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Y si tú me hicieses caso a lo que yo te digo, tú tomarás para ti una de mis hijas, porque con nosotros no es pecado hacer eso, ni se considera lujuria de animal.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Porque en nuestro mundo nosotros no tenemos ningún ’Elohíym, sino que nosotros todos somos ’elohíym; Nosotros todos somos de la luz, celestiales, poderosos, fuertes, y honorables.”<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 6</span><br /><span style="font-weight: bold;">La conciencia de Shëth (Set) le ayuda. Él regresa a ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva).</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Cuando Shëth (Set) oyó estas palabras él estaba asombrado, y inclinó su corazón a los dichos traicioneros de Sâţâ´n (Satanás), y le dijo a él,<br />“¿Dijiste que hay otro mundo creado además de este, y otras criaturas más hermosas que las criaturas que están en este mundo?”<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Y Sâţâ´n (Satanás) dijo,<br />“Sí; mira, tú me has oído; pero yo aún les honraré a ellos y sus caminos en tu audiencia.”<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Pero Shëth (Set) le dijo a él,<br />“Tus palabras me han asombrado, y tu descripción bonita de todo eso.”<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Pero yo no puedo ir contigo hoy día, no hasta que yo me haya ido a mi padre ’Âthâ´m (Adán) y a mi madre Xauwâ´h (Eva), y haya contado a ellos todo lo que tú me has dicho a mí. Entonces si ellos me dan permiso de ir contigo, yo iría.”<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Otra vez Shëth (Set) dijo,<br />“Yo tengo miedo de hacer cualquier cosa sin el permiso de mi padre y madre, por si yo pereciera como mi hermano Qáyin (Caín) (Nota de NA: no debería decir Abel?), y como mi padre ’Âthâ´m (Adán), quien trasgredió el mandamiento de Iâjuéh (Yahvé). Pero, mira, tú conoces este lugar; ven, y encuéntrame aquí mañana.”<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Cuando Sâţâ´n (Satanás) oyó esto, él le dijo a Shëth (Set),<br />“Si tú le cuentas a tu padre ’Âthâ´m (Adán) lo que yo te he contado, él no te permitirá venir conmigo.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Pero hazme caso; no le cuentes a tu padre y madre lo que yo te he dicho, sino ven conmigo hoy día, a nuestro mundo, donde tú verás cosas hermosas y te divertirás ahí, y juega este día entre mis niños, mirándoles y llenándote de alegría, y regocíjate para siempre. Entonces yo te traeré a ti devuelta a este lugar mañana; pero si tú prefirieses vivir conmigo, así sería.”<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Entonces Shëth (Set) contestó,<br />“El espíritu de mi padre y de mi madre, depende de mí; y si yo me escondiese de ellos un solo día, ellos se morirán, y ’Elohíym me sostendrá culpable de pecar en contra de ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Y excepto que ellos saben que yo he venido a este lugar para traer a ello mi ofrenda, ellos no se separarían de mí por una sola hora; ni debería yo ir a cualquier otro lugar, amenos que ellos me dejen. Pero ellos me tratan a mí lo más amablemente, porque yo regreso devuelta a ellos rápidamente.”<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces Sâţâ´n (Satanás) le dijo a él,<br />“¿Qué te sucedería a ti si tú te escondieras de ellos una noche, y regresarías a ellos al amanecer?”<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Pero Shëth (Set), cuando él vio cómo él seguía hablando, y que él no le quería dejar, corrió, y subió al altar, y extendió sus manos hacia Iâjuéh (Yahvé), y buscó liberación de Él.<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Entonces Iâjuéh (Yahvé) envió Su Palabra, y maldijo a Sâţâ´n (Satanás), quien huyó de Él.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Pero acerca de Shëth (Set), él había subido al altar, diciéndose así en su corazón.<br />“El altar es el lugar de ofrenda, y Iâjuéh (Yahvé) está ahí; un fuego supernatural lo consumirá, así Sâţâ´n (Satanás) será incapaz de herirme, y no me quitará para allá.”<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Entonces Shëth (Set) bajó del altar y se fue a su padre y madre, quienes él encontró en el camino, anhelando oír su voz, porque él había tardado un rato.<br /><span style="font-weight: bold;">15.</span>Él entonces comenzó a contarles lo que le había acontecido por Sâţâ´n (Satanás), bajo la forma de un enviado.<br /><span style="font-weight: bold;">16.</span>Pero cuando ’Âthâ´m (Adán) oyó su historia, él besó su cara, y le advirtió en contra de ese enviado, diciéndole que fue Sâţâ´n (Satanás) quien apareció así a él. Entonces ’Âthâ´m (Adán) tomó a Shëth (Set), y ellos se fueron a la Cueva de Tesoros, y se regocijaron ahí dentro.<br /><span style="font-weight: bold;">17.</span>Pero desde ese día en adelante ’Âthâ´m (Adán) y Xauwâ´h (Eva) nunca se separaban de él, a cualquier lugar que él fuese, ni por su ofrenda o por algún otro motivo.<br /><span style="font-weight: bold;">18.</span>Esta señal le sucedió a Shëth (Set), cuando él tenía nueve años de edad.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 7</span><br /><span style="font-weight: bold;">Shëth (Set) se casa con Aklia. ’Âthâ´m (Adán) vive a ver nietos y bisnietos.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Cuando nuestro padre ’Âthâ´m (Adán) vio que Shëth (Set) era de un corazón maduro, él deseó que él se case, por si apareciese el enemigo a él otra vez, y le venza.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Así que ’Âthâ´m (Adán) dijo a su hijo Shëth (Set),<br />“Yo deseo, Oh mi hijo, que tú tomes a tu hermana Aklia, la hermana de Jével (Abel), para que ella te tenga hijos, quienes repletarán la tierra, según la promesa de Iâjuéh (Yahvé) a nosotros.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>No temas, Oh mi hijo; no hay disfavor en ello. Yo deseo que tú te cases, por temor que el enemigo te venza.”<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Sin embargo Shëth (Set) no deseaba casarse, pero en obediencia a su padre y madre, él no dijo ninguna palabra.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Así que ’Âthâ´m (Adán) le casó a Aklia. Y él tenía quince años.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Pero cuando él tenía veinte años, él procreó un hijo, a quién él llamó ’Enówsh (Enós); y entonces procreó otros niños que él,<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Entonces ’Enówsh (Enós) se creció, se casó, y procreó a Qëynâ´n (Cainán).<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Qëynâ´n (Cainán) también se creció, se casó, y procreó a Majalal’Ë´l (Mahalaleel).<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Esos padres nacieron durante la vida de ’Âthâ´m (Adán), y habitaron por la Cueva de Tesoros.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces fueron los días de ’Âthâ´m (Adán) novecientos treinta años, y los de Majalal’Ë´l (Mahalaleel) cien [tenía 535 años cuando murió ’Âthâ´m (Adán)]. Pero Majalal’Ë´l (Mahalaleel), cuando él había crecido, amaba ayunar, orar, y laboraba duro, hasta que se acercaba el final de los días de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 8</span><br /><span style="font-weight: bold;">Las palabras asombrosas últimas de ’Âthâ´m (Adán): Él predice el Diluvio. Él exhorta su descendencia al bien, él revela ciertos misterios de la vida.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Cuando nuestro padre ’Âthâ´m (Adán) vio que su fin estaba cerca, él llamó a su hijo Shëth (Set), quien vino a él en la Cueva de Tesoros, y él le dijo a él:<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>“Oh Shëth (Set), mi hijo, tráeme tus hijos y tus nietos, para que yo derrame mi bendición sobre ellos antes de que yo muera.”<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Cuando Shëth (Set) oyó estas palabras de su padre ’Âthâ´m (Adán), él se fue de él, derramó un chorro de lagrimas sobre su cara, y juntó sus hijos y los hijos de sus hijos, y les trajo a su padre ’Âthâ´m (Adán).<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Pero cuando nuestro padre ’Âthâ´m (Adán) les vio a ellos alrededor de él, él lloró al tener que ser separado de ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Y cuando ellos le vieron a él llorando, ellos todos lloraron juntos, y cayeron sobre su cara diciendo,<br />“¿Cómo serás tú removido de nosotros, Oh nuestro padre? ¿Y cómo te recibirá la tierra y te esconderá de nuestros ojos?”<br />Así lamentaron ellos mucho, y en palabras parecidas.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Entonces nuestro padre ’Âthâ´m (Adán) les bendijo a todos ellos, y le dijo a Shëth (Set), luego de que él les había bendecido:<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>“Oh Shëth (Set), mi hijo, tú conoces este mundo – que está lleno de tristeza, y de cansancio, y tú conoces todo lo que nos ha acontecido, por nuestras pruebas en ello, yo por eso te ordeno en estas palabras: que guarden la inocencia, que sean puro y justo, y confiando en Iâjuéh (Yahvé); Y que no se inclinen hacia los discursos de Sâţâ´n (Satanás), ni a las apariciones en cual él se mostrará a si mismo a ustedes.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Pero guarda los mandamientos que yo te doy a ti este día; entonces dáselos los mismos a tu hijo ’Enówsh (Enós); Y que ’Enówsh (Enós) se los dé a su hijo Qëynâ´n (Cainán); y Qëynâ´n (Cainán) a su hijo Majalal’Ë´l (Mahalaleel), para que este mandamiento se quede firme entre todos tus hijos.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Oh Shëth (Set), mi hijo, el momento que esté muerto, lleven mi cuerpo y embobínalo con mirra, aloe, y casia, y déjenme aquí en esta Cueva de Tesoros en cual están todos estos símbolos cuales Iâjuéh (Yahvé) nos dio del Jardín.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Oh mi hijo, luego de esto vendrá un diluvio e inundar toda criatura, y eximir solamente ocho almas.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Pero permitan a esos a quienes eximirá de entre tus hijos en ese momento, quitar mi cuerpo con ellos fuera de esta cueva; y cuando ellos lo hayan llevado con ellos, que el mayor entre ellos ordene sus hijos que acuesten mi cuerpo en un barco hasta que la inundación haya sido apaciguado, y ellos saliesen del barco.<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Entonces ellos llevarán mi cuerpo y lo acostarán en el medio de la tierra, poco luego que ellos hayan sido salvados de las aguas del diluvio.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Porque el lugar adonde mi cuerpo será acostado es el medio de la tierra; Iâjuéh (Yahvé) vendrá desde ahí y salvará todos nuestros familiares. [Tsillówn]<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Pero ahora, Oh Shëth (Set), mi hijo, colócate a la cabeza de tu pueblo, tiéndelos y vigila sobre ellos en el temor de Iâjuéh (Yahvé), y dirígelos en el buen Camino. Ordénalos que ellos ayunen para Iâjuéh (Yahvé); y hazles entender que ellos no deben hacerle caso a Sâţâ´n (Satanás), por si él les destruyese a ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">15.</span>Entonces, otra vez, separa tus hijos y los hijos de tus hijos de los hijos de Qáyin (Caín); nunca les permitas a ellos jamás mezclarse con esos, ni se acerquen a ellos ni en sus palabras o en sus obras.”<br /><span style="font-weight: bold;">16.</span>Entonces ’Âthâ´m (Adán) permitió su bendición descender sobre Shëth (Set), y sobre sus hijos, y sobre todos los hijos de sus hijos.<br /><span style="font-weight: bold;">17.</span>Él entonces se viró a su hijo Shëth (Set), y a Xauwâ´h (Eva) su mujer, y les dijo a ellos,<br />“Preserva este oro, este incienso, y esta mirra, que Iâjuéh (Yahvé) nos ha dado como un símbolo; porque en días que están viniendo, un diluvio inundará la creación entera. Pero aquellos quienes entrarán dentro de la caja (“arca”) llevarán con ellos el oro, el incienso, y la mirra, juntos con mi cuerpo; y acostarán al oro, el incienso, y la mirra, con mi cuerpo en el medio de la tierra.<br /><span style="font-weight: bold;">18.</span>Entonces, luego de mucho tiempo, la ciudad en cual se encuentra el oro, el incienso, y la mirra, con mi cuerpo, será despojada. Pero cuando será despojada, el oro, el incienso, y la mirra serán cuidados con el despojo que se guarda, y ninguno de ellos perecerá, hasta que la Palabra de Iâjuéh (Yahvé), hecho hombre vendrá, cuando reyes los llevarán, y se lo ofrecerán a Él, oro en simbolismo de Su ser Rey, incienso en simbolismo de Su ser el ’Elohíym del cielo y la tierra, y la mirra en simbolismo de Su sufrimiento.<br /><span style="font-weight: bold;">19.</span>Oro también, como un símbolo de Su venciendo Sâţâ´n (Satanás), y todos nuestros enemigos; incienso como símbolo de que Él se levantará de los muertos, y será exaltado arriba de todas las cosas en los cielos y las cosas en la tierra, y la mirra en símbolo de que Él beberá bilis amargo, y sentirá los dolores del Sh’ówl (Seol) por Sâţâ´n (Satanás).<br /><span style="font-weight: bold;">20.</span>Y ahora, Oh Shëth (Set), mi hijo, mira, yo te he revelado a ti secretos escondidos, cuales ’Elohíym me ha revelado a mí. Guarda mi mandamiento, para ti mismo, y para tu pueblo.”<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 9</span><br /><span style="font-weight: bold;">La muerte de ’Âthâ´m (Adán)</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Cuando ’Âthâ´m (Adán) había terminado su mandamiento a Shëth (Set), sus miembros fueron soltados, sus manos y pies perdieron todo poder, su boca se volvió muda, y su lengua cesó de hablar enteramente. Él cerró sus ojos y cedió el espíritu.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Pero cuando sus hijos vieron que él estaba muerto, ellos se tiraron ellos mismos sobre él, hombres y mujeres, viejos y jóvenes, llorando.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>La muerte de ’Âthâ´m (Adán) sucedió al final de novecientos y treinta años que él vivió sobre la tierra, en el día quince de Barmudeh, tras la observación de una epacta del sol, a la novena hora.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Fue en un 6to día de la semana, el mismo en cual él fue creado, y en cual él descansó, y la hora en cual él se murió, fue la misma a la cual él había salido del jardín.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Entonces Shëth (Set) le envolvió bien a él, y le embalsamó con muchas especies dulces, de árboles puros y de la Montaña Pura, y él recostó su cuerpo en el lado oriental del interior de la cueva, el lado del incienso, y puso enfrente de él un pedestal de lámpara que se mantenía quemando.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Entonces sus hijos se pararon ante él llorando y lamentando por él la noche entera hasta el amanecer.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Entonces Shëth (Set) y su hijo ’Enówsh (Enós), y Qëynâ´n (Cainán), el hijo de ’Enówsh (Enós), salieron y llevaron buenas ofrendas para presentar ante Iâjuéh (Yahvé), y ellos vinieron al altar sobre cual ’Âthâ´m (Adán) había ofrecido dádivas a ’Elohíym, cuando él solía ofrecer.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Pero Xauwâ´h (Eva) le dijo a ellos,<br />“Esperen hasta que nosotros hayamos primero pedido a Iâjuéh (Yahvé) que acepte nuestra ofrenda, y que guarde con Él el alma de ’Âthâ´m (Adán) Su sirviente, y que lo lleve al descanso.”<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Y ellos todos se pararon y oraron.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 10</span><br /><span style="font-weight: bold;">“’Âthâ´m (Adán) fue el primero. . .”</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Y cuando ellos habían terminado su oración, la Palabra de Iâjuéh (Yahvé) vino y les confortó a ellos por su padre ’Âthâ´m (Adán).<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Luego de esto, ellos ofrecieron sus dádivas por ellos mismos y por su padre.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Y cuando ellos habían terminado su ofrenda, la Palabra de Iâjuéh (Yahvé) vino a Shëth (Set), el mayor entre ellos, diciéndole a él,<br /><span style="color: red;">“Oh Shëth, Shëth, Shëth (Set)”;</span><br />Tres veces.<br /><span style="color: red;">“Como Yo estaba con tu padre, así también estaré Yo contigo, hasta el cumplimiento de la promesa que Yo le hice a él, tu padre, diciendo, “Yo enviaré Mi Palabra y te salvaré a ti y a tu Semilla.”</span><br /><span style="font-weight: bold;">4.</span><span style="color: red;">Pero acerca de tu padre ’Âthâ´m (Adán), guarden ustedes el mandamiento que él te dio, y separa tu semilla de la de Qáyin (Caín) tu hermano.”</span><br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Y Iâjuéh (Yahvé) retiró Su Palabra de Shëth (Set).<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Entonces Shëth (Set), Xauwâ´h (Eva), y sus niños, bajaron de la montaña a la Cueva de Tesoros.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Pero ’Âthâ´m (Adán) fue el primero [de la línea de la Semilla] cuya vida murió en la tierra de `Ë´then (Edén), en la Cueva de Tesoros; porque ninguno había muerto anterior a él, excepto su hijo Jével (Abel), quien murió asesinado.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Entonces todos los hijos de ’Âthâ´m (Adán) se levantaron, y lloraron por su padre ’Âthâ´m (Adán), e hicieron ofrendas por él, ciento cuarenta días.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 11</span><br /><span style="font-weight: bold;">Shëth (Set) se vuelve cabeza de los “hijos de Iâjuéh”(Yahvé) – la tribu de gente más feliz y justa que jamás vivió.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Luego de la muerte de ’Âthâ´m (Adán) y de Xauwâ´h (Eva), Shëth (Set) separó sus hijos, y los hijos de sus hijos, de los hijos de Qáyin (Caín). Qáyin (Caín) y su semilla bajaron y habitaron hacia el oeste, debajo del lugar donde él había matado a su hermano Jével (Abel).<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Pero Shëth (Set) y sus hijos, habitaban hacia el norte sobre la montaña de la Cueva de Tesoros, para estar cerca de su padre ’Âthâ´m (Adán).<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Y Shëth (Set) el mayor, alto y bueno, con un alma fina, y de una mente fuerte, se paraba a la cabeza de su pueblo, y les tendía a ellos en inocencia, penitencia, y mansedumbre, y no permitió ni uno de ellos que baje a los hijos de Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Pero debido a su propia pureza, ellos fueron llamados “Hijos de Iâjuéh (Yahvé),” y ellos estaban con Iâjuéh (Yahvé), en lugar de los ejércitos de enviados quienes cayeron, porque ellos continuaban en honras a Iâjuéh,(Yahvé) y en cantando canciones a Él, en su cueva - la Cueva de Tesoros.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Entonces Shëth (Set) se paró ante el cuerpo de su padre ’Âthâ´m (Adán), y de su madre Xauwâ´h (Eva), y oró noche y día, y pidió por misericordia para él mismo y sus hijos, y que cuando él tuviese alguna dificultad tratando con un niño, que Él le diese consejo.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Pero Shëth (Set) y sus hijos no les gustaban trabajo terrenal, sino que se entregaban a cosas celestiales, porque ellos no tenían otro pensamiento que honras, palabras que honraban, y canciones hacia Iâjuéh (Yahvé).<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Por eso oían ellos en todo momento las voces de enviados, exaltando y honrando a Iâjuéh (Yahvé) desde adentro del jardín, o cuando ellos fueron enviados por Iâjuéh (Yahvé) en una tarea, o cuando ellos se subían al cielo.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Porque Shëth (Set) y sus hijos, por motivo de su propia pureza, oían y veían esos enviados. Entonces, otra vez, el jardín no estaba lejos arriba de ellos, sino solo algunos quince cúbitos espirituales.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Ahora un cúbito espiritual corresponde a tres cúbitos de un hombre, todo junto cuarenta y cinco cúbitos.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Shëth (Set) y sus hijos habitaban sobre la montaña debajo del jardín; Ellos no sembraban, ni cosechaban, ellos trabajaban ninguna comida para el cuerpo, ni si quiera trigo, sino solo ofrendas. Ellos comían de la fruta y de árboles bien favorecidos que crecían sobre la montaña adonde ellos vivían.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Entonces Shëth (Set) a menudo ayunaba cada cuarenta días, como también hacían sus hijos mayores. Porque la familia de Shëth (Set) olía el olor de los árboles del jardín, cuando el viento soplaba desde ahí.<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Ellos estaban felices, inocentes, sin temor repentino; No había celosía, ni acción mala, y ningún odio entre ellos. No había pasión de animal; De ninguna boca entre ellos salía ni palabras profanas ni maldición, ni consejo malvado ni fraude. Porque los hijos de ’Âthâ´m (Adán) de esa época nunca juraban, pero bajo circunstancias duras, cuando hombres deben jurar, ellos juraban por la sangre de Jével (Abel) el justo.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Pero ellos obligaban a sus hijos y sus mujeres cada día en la cueva que ayunen y oren, y que adorasen al ’Elohíym más Alto. Ellos se bendecían a si mismos por el cuerpo de su padre ’Âthâ´m (Adán), y se ungían a si mismos al lado de él.<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Y ellos hacían así hasta que se acercaba el final de Shëth (Set).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 12</span><br /><span style="font-weight: bold;">Asuntos de la familia de Shëth (Set): Su muerte. El encabezamiento de ’Enówsh (Enós). Cómo siguió la rama exiliada de la familia de ’Âthâ´m (Adán).</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Entonces Shëth (Set), el justo, llamó a su hijo ’Enówsh (Enós), y Qëynâ´n (Cainán), hijo de ’Enówsh (Enós), y Majalal’Ë´l (Mahalaleel), hijo de Qëynâ´n (Cainán), y les dijo a ellos:<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>“Como mi final está cerca, yo deseo construir un techo sobre el altar sobre cual se ofrecen las ofrendas.”<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Ellos le hicieron caso a su mandamiento y salieron todos ellos, ambos ancianos y jóvenes, y laboraron duro en eso, y construyeron un techo hermoso sobre el altar.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Y el pensamiento de Shëth (Set), en hacer esto, fue que una bendición debiese venir sobre sus hijos sobre la montaña; y que él debiese presentar una ofrenda por ellos antes de su muerte.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Entonces cuando fue completada la construcción del techo, él les mandó que hagan ofrendas. Ellos trabajaron diligentemente en estos, y los trajeron a Shëth (Set) su padre quien los tomó y los ofreció sobre el altar, y oró a Iâjuéh (Yahvé) que acepte sus ofrendas, para tener misericordia sobre las almas de sus hijos, y que les guarde a ellos de la mano de Sâţâ´n (Satanás).<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Y Iâjuéh (Yahvé) aceptó su ofrenda, y envió Su bendición sobre él y sobre sus hijos. Y entonces Iâjuéh (Yahvé) hizo una promesa a Shëth (Set), diciendo,<br /><span style="color: red;">“Al final de los grandes cuatro días, sobre cual Yo he hecho una promesa a ti y a tu padre, Yo enviaré Mi Palabra y te salvaré a ti y a tu Semilla.”</span><br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Entonces Shëth (Set) y sus hijos, los hijos de sus hijos, se reunieron, y bajaron desde el altar, y fueron a la Cueva de Tesoros – adonde ellos oraron y se bendijeron con el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), y se ungieron a sigo mismos con ello.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Pero Shëth (Set) habitó en la Cueva de Tesoros, unos pocos días, y entonces agonizó sufrimientos hacia la muerte.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Entonces ’Enówsh (Enós), su hijo primogénito, le vino a él, con Qëynâ´n (Cainán), su hijo, y Majalal’Ë´l (Mahalaleel), el hijo de Qëynâ´n (Cainán), y Iéred (Jared), el hijo de Majalal’Ë´l (Mahalaleel), y Xanówkh (Enoc), el hijo de Iéred (Jared), con sus mujeres e hijos para recibir una bendición de Shëth (Set).<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces Shëth (Set) oró por ellos, y les bendijo, y les conjuró a ellos por la sangre de Jével (Abel) el justo, diciendo,<br />“Yo les ruego de ustedes mis hijos, que no permitan ni uno de ustedes bajar de esta montaña dedicada y pura.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>No hagan ningún compañerismo con los hijos de Qáyin (Caín) el asesino y el pecador, quien mató a su hermano, porque ustedes saben, Oh mis hijos, que nosotros huimos de él y de todo su pecado con todo nuestro poder porque él mató a su hermano Jével (Abel).”<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Luego de haber dicho esto, Shëth (Set) bendijo a ’Enówsh (Enós), su hijo primogénito, y le mandó que acostumbre servir en pureza ante el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), todos los días de su vida, entonces, también, que vaya periódicamente al altar que él, Shëth (Set) había construido. Y él le mandó que alimente su pueblo en justicia, en juicio y pureza todos los días de su vida.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Entonces los miembros de Shëth (Set) fueron soltados; Sus manos y pies perdieron todo poder, su boca se volvió mudo e incapaz de hablar, y él entregó el espíritu y se murió el día después de su año novecientos veinte; en el día veintisiete del mes Âvíyv; Xanówkh (Enoc) entonces teniendo veinte años.<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Entonces ellos envolvieron cuidadosamente al cuerpo de Shëth (Set), y le embalsamaron con especies dulces, y le recostaron e la Cueva de Tesoros, al lado derecho del cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), y ellos lamentaron por él cuarenta días. Ellos ofrecieron dádivas por él, como ellos habían hecho por nuestro padre ’Âthâ´m (Adán).<br /><span style="font-weight: bold;">15.</span>Luego de la muerte de Shëth (Set), ’Enówsh (Enós) subió a la cabeza de su pueblo, a quienes él alimentó en justicia, y juicio, como su padre le había mandado a él.<br /><span style="font-weight: bold;">16.</span>Pero para cuando ’Enówsh (Enós) tenía ochocientos veinte años, Qáyin (Caín) tenía una progenie grande, porque ellos tomaban mujeres frecuentemente, siendo entregados a lujurias de animal, hasta que la tierra abajo de la montaña estaba llena de ellos.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 13</span><br /><span style="font-weight: bold;">“Entre los hijos de Qáyin (Caín) había mucho robo, matanza y pecado.”</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>En esos días vivía Lémekh el ciego, quien era de los hijos de Qáyin (Caín). Él tenía un hijo cuyo nombre era Atun [Túwval-Qáyin], y ellos dos tenían mucho ganado.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Pero Lémekh tenía la costumbre de enviarles al pastizal con un pastor joven, quien les tendía a ellos, y quien cuando volvía a casa en el anochecer lloraba ante su abuelo, y ante su padre Atun [Túwval-Qáyin] y su madre Jazina [Tsillâ´h], y les dijo a ellos,<br />“En cuanto a mí, yo no puedo alimentar ese ganado solo, por si alguno me robe de algunos de ellos, o me maten por causa de ellos.”<br />Porque entre los hijos de Qáyin (Caín), había mucho robo, matanza y pecado.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Entonces Lémekh le tuvo pena, y le dijo a él,<br />“Ciertamente, cuando él está solo, podría ser apoderado por los hombres de este lugar.”<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Así que se levantó Lémekh, tomó un arco que él había guardado desde que él era un joven, antes de que él se volviera ciego, y él tomó flechas grandes, y piedras lisas, y una sonda que él tenía, y se fue al campo con el pastor joven, y se puso a si mismo detrás del ganado, mientras el pastor joven velaba el ganado. Así hizo Lémekh muchos días.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Mientras tanto Qáyin (Caín), siempre desde cuando Iâjuéh (Yahvé) le había echado, y le había maldecido a él con temblor y terror, no podía ni asentarse ni hallar reposo en ningún lugar, sino que vagaba de lugar a lugar.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>En sus vagancias él vino a las mujeres de Lémekh, y les preguntó a ellos sobre él. Ellos le dijeron a él,<br />“Él está en el campo con el ganado.”<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Entonces Qáyin (Caín) se fue a buscarle a él, y mientras él entraba al campo, el joven pastor oyó el sonido que él hacía, y el ganado juntándose de delante de él,<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Entonces dijo él a Lémekh,<br />“Oh mi soberano, ¿es ese una bestia salvaje o un ladrón?”<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Y Lémekh le dijo a él,<br />“Hazme entender de qué manera él luce, cuando él se asoma.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces Lémekh arqueó su arco, le puso una flecha, y calzó una piedra en la sonda, y cuando salió Qáyin (Caín) del campo abierto, el pastor dijo a Lémekh,<br />“Dispara, mira, él está viniendo.”<br /><span style="font-weight: bold;">11,</span>Entonces Lémekh disparó hacia Qáyin (Caín) con su flecha y le pegó en su costado. Y Lémekh le pegó con una piedra de su sonda, la cual cayó sobre su cara, y le quitó ambos de sus ojos, entonces cayó Qáyin (Caín) inmediatamente y se murió.<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Entonces Lémekh y el pastor joven se acercaron a él, y le encontraron acostado en el suelo. Y el pastor joven le dijo a él,<br />“¡Es Qáyin (Caín) nuestro abuelo, a quien tú has matado, Oh mi soberano!”<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Entonces estaba Lémekh triste por eso, y de la amargura de su arrepentimiento, él pegando con sus manos, y pegó con su palma abierta la cabeza del joven, quien se cayó como si muerto, pero Lémekh pensó que fue un truco, así que él tomó una piedra y le pegó, y azotó su cabeza hasta que él se murió.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 14</span><br /><span style="font-weight: bold;">El tiempo se lleva otra generación de hombres.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Cuando tenía ’Enówsh (Enós) novecientos años, todos los hijos de Shëth (Set), y de Qëynâ´n (Cainán), y su primogénito, con sus mujeres y niños, se juntaron alrededor de él, pidiéndole una bendición de él.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Él entonces oró por ellos y les bendijo, y les hizo jurar a ellos por la sangre de Jével (Abel) el justo diciéndoles a ellos,<br />“No permitan a ninguno de vuestros hijos que baje de esta Pura Montaña, y que ellos no hagan ningún compañerismo con los hijos de Qáyin (Caín) el asesino.”<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Entonces ’Enówsh (Enós) llamó a su hijo Qëynâ´n (Cainán) y le dijo a él,<br />“Mira, Oh mi hijo, y pon tu corazón sobre tu pueblo, y establéceles en justicia, y en inocencia, y párate sirviendo ante el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), todos los días de tu vida.”<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Luego de esto ’Enówsh (Enós) entró al descanso, envejecido novecientos ochenta y cinco años, y Qëynâ´n (Cainán) le envolvió, y le recostó a él en la Cueva de Tesoros a la izquierda de su padre ’Âthâ´m (Adán); e hizo ofrendas por él, tras la costumbre de sus padres.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 15</span><br /><span style="font-weight: bold;">La descendencia de ’Âthâ´m (Adán) continúan manteniendo la Cueva de Tesoros como un sepulcro familiar.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Luego de la muerte de ’Enówsh (Enós), se paró Qëynâ´n (Cainán) a la cabeza de su pueblo en justicia e inocencia, como su padre le había mandado a él; él también continuaba sirviendo ante el cuerpo de ’Âthâ´m (Adán), dentro de la Cueva de Tesoros.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Entonces cuando él había vivido novecientos diez años, le vino encima sufrimiento y aflicción. Y cuando él estaba por entrar al descanso, todos los padres con sus mujeres y niños vinieron a él, y él les bendijo, y les hizo jurar por la sangre de Jével (Abel), el justo, diciéndoles a ellos,<br />“No permitan a ninguno de entre ustedes que baje de esta Montaña Pura, y no hagan compañerismo con los hijos de Qáyin (Caín) el asesino.”<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Majalal’Ë´l (Mahalaleel), su hijo primogénito, recibió este mandamiento de su padre, quien le bendijo a él y se murió.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Entonces Majalal’Ë´l (Mahalaleel) le embalsamó a él con especies dulces, y le recostó en la Cueva de Tesoros, con sus padres; y ellos hicieron ofrendas por él, tras la costumbre de sus padres.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 16</span><br /><span style="font-weight: bold;">La buena rama de la familia todavía les tiene miedo a los hijos de Qáyin (Caín).</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Entonces Majalal’Ë´l (Mahalaleel) se paró encima de su pueblo, y les alimentó en justicia e inocencia, y les vigilaba a ellos para observar que ellos no tuvieran ninguna relación con los hijos de Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Él también continuaba en la Cueva de Tesoros orando y sirviendo ante el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), pidiéndole a Iâjuéh (Yahvé) por misericordia sobre él mismo y sobre su pueblo, hasta que él tenía ochocientos setenta años, cuando él se enfermó.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Entonces todos sus hijos se juntaron a él, para verle, y para pedir por su bendición sobre todos ellos, antes de que se fuese de este mundo.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Entonces Majalal’Ë´l (Mahalaleel) se levantó y se sentó en su cama, sus lágrimas derramándose de su cara, y él llamó a su hijo mayor Iéred (Jared), quien le vino a él.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Él entonces besó su cara, y le dijo a él,<br />“Oh Iéred (Jared), mi hijo, te hago jurar por Él quien hizo los cielos y la tierra, que vigiles a tu pueblo, y que les alimentes en justicia y en inocencia, y que no permitas que ninguno de ellos baje de esta Montaña Pura a los hijos de Qáyin (Caín), por si él perezca con ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Oye, Oh mi hijo, luego de esto vendrá una gran destrucción sobre esta tierra por causa de ellos; Iâjuéh (Yahvé) estará enojado con el mundo, y les destruirá a ellos con aguas.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Pero Yo también sé que tus hijos no te harán caso a ti, y que ellos bajarán de esta montaña y tendrán relaciones con los hijos de Qáyin (Caín), y que ellos perecerán con ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>¡Oh mi hijo! Instrúyeles, y supervísales a ellos, para que ninguna culpa se conecte a ti por causa de ellos.”<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Majalal’Ë´l (Mahalaleel) dijo más aún a su hijo Iéred (Jared),<br />“Cuando yo me muera, embalsama mi cuerpo y recuéstalo en la Cueva de Tesoros, al lado de los cuerpos de mis padres, entonces párate al lado de mi cuerpo y ora a Iâjuéh (Yahvé); y cuídales, y cumple tu servicio ante ellos, hasta que tu entres al descanso tú mismo.”<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Majalal’Ë´l (Mahalaleel) entonces bendijo todos sus hijos, y entonces se acostó sobre su cama, y entró al descanso como sus padres.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Pero cuando vio Iéred (Jared) que su padre Majalal’Ë´l (Mahalaleel) estaba muerto, él lloró, y estuvo triste, y abrazó y besó sus manos y sus pies, y así hicieron todos sus hijos.<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Y sus hijos le embalsamaron cuidadosamente, y le recostaron al lado de los cuerpos de sus padres. Entonces ellos se levantaron, y lamentaron por él cuarenta días.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 17</span><br /><span style="font-weight: bold;">Iéred (Jared) se vuelve disciplinario. Él se deja llevar a la tierra de Qáyin (Caín) adonde él ve muchas vistas atractivas.</span><br /><span style="font-weight: bold;">Iéred (Jared) apenas se escapa con corazón limpio.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Entonces Iéred (Jared) guardó el mandamiento de su padre, y subió como un león sobre su pueblo. Él les alimentó en justicia e inocencia, y les mandó que hagan nada sin su consejo. Porque él tenía miedo por ellos, por si ellos se fuesen a los hijos de Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Por eso él les dio órdenes repetidamente; y continuaba haciendo así hasta el final del año número cuatrocientos ochenta y cinco de su vida.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Al final de estos años mencionados, le vino a él esta señal. Mientras Iéred (jared) estaba parado como un león ante los cuerpos de sus padres, orando y advirtiéndoles a su pueblo, Sâţâ´n (Satanás) le envidió, y trabajó una apariencia hermosa, porque Iéred (jared) no permitía a sus hijos hacer nada sin su consejo.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Sâţâ´n (Satanás) entonces le apareció a él con treinta hombres de sus ejércitos, en la forma de hombres buen mozos, Sâţâ´n (Satanás) mismo siendo el mayor y el más alto de entre ellos, con una barba fina.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Ellos se pararon a la boca de la cueva, y llamaron afuera a Iéred (Jared), de dentro de ella.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Él salió a ellos, y les encontró luciendo como hombres finos, llenos de luz, y de gran belleza. Él maravilló a su hermosura y a sus apariencias, y se preguntó en sigo mismo si ellos no fuesen hijos de Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Él dijo también en su corazón, “Como los hijos de Qáyin (Caín) no pueden subir hasta la altura de esta montaña, y ninguno de ellos es tan buen mozo como estos aparentan ser, y entre estos hombres no hay ninguno de mi familia, ellos deben de ser extranjeros.”<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Entonces Iéred (Jared) y ellos intercambiaron un saludo y él dijo al mayor de entre ellos,<br />“Oh mi padre, explícame la maravilla que está en ustedes, y cuéntame quienes son estos contigo, porque ellos me lucen como hombres extraños.”<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Entonces el mayor comenzó a llorar, y el resto lloraron con él, y él dijo a Iéred (Jared),<br />“Yo soy ’Âthâ´m (Adán) quien ’Elohíym hizo primero; y este es Jével (Abel) mi hijo, quien fue matado por su hermano Qáyin (Caín), en cuyo corazón Sâţâ´n (Satanás) le puso que le asesine a él.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces éste es mi hijo Shëth (Set), a quien yo pedí de ’Elohíym, quien me lo dio a mí, para confortarme en lugar de Jével (Abel).<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Entonces este es mi hijo ’Enówsh (Enós), hijo de Shëth (Set), y ese otro es Qëynâ´n (Cainán), hijo de ’Enówsh (Enós), y ese otro es Majalal’Ë´l (Mahalaleel), hijo de Qëynâ´n (Cainán), tu padre.”<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Pero Iéred (Jared) se quedó maravillando a su apariencia, y de lo que le dijo el mayor a él.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Entonces el mayor le dijo a él,<br />“No maravilles, Oh mi hijo; nosotros vivimos en la tierra al norte del jardín, cual ’Elohíym creó antes del mundo. Él no quiso permitirnos vivir ahí, sino nos puso dentro del jardín, debajo del cual ustedes están ahora habitando.<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Pero luego de que yo transgredí, Él me hizo salir, y yo fui dejado que habite en esta cueva, problemas grandes y graves me vinieron encima, y cuando se acercaba mi muerte, yo mandé a mi hijo Shëth (Set) que tiene a su pueblo bien, y este mi mandamiento debía ser pasado de uno al próximo, hasta el final de las generaciones que vengan.<br /><span style="font-weight: bold;">15.</span>Pero, Oh Iéred (Jared), mi hijo, nosotros vivimos en regiones hermosas, mientras ustedes viven aquí en miseria, como este tu padre Majalal’Ë´l (Mahalaleel) me informó, contándome que un gran diluvio vendrá y inundará la tierra entera.<br /><span style="font-weight: bold;">16.</span>Por eso, Oh mi hijo, temiendo por ustedes, yo me levanté y tomé mis hijos conmigo, y vine hasta aquí para que nosotros te visitemos a ti y a tus hijos, pero yo te encontré a ti parado en esta cueva llorando, y tus hijos esparcidos alrededor de esta montaña, en el calor y en miseria.<br /><span style="font-weight: bold;">17.</span>Pero, Oh mi hijo, como nosotros fallamos nuestro camino, y vinimos hasta aquí, nosotros encontramos otros hombres debajo de esta montaña, que habitan un país hermoso, lleno de árboles y de frutas, y de toda clase de flora; es como un jardín, así que cuando nosotros les encontramos nosotros pensábamos que ellos eran ustedes, hasta que tu padre Majalal’Ë´l (Mahalaleel) me contó que ellos no eran tal cosa.<br /><span style="font-weight: bold;">18.</span>Ahora, por eso, Oh mi hijo, escucha mi consejo, y baja a ellos, tú y tus hijos. Ustedes descansarán de todo este sufrimiento en cual ustedes están. Pero si ustedes no quieren bajar a ellos, entonces levántate, toma tus hijos, y ven con nosotros a nuestro jardín, ustedes vivirán en nuestra tierra hermosa, y ustedes descansarán de todo estos problemas, cuales tú y tus hijos están ahora aguantando.”<br /><span style="font-weight: bold;">19.</span>Pero Iéred (Jared) cuando él oyó este dicho del mayor, maravilló; y se fue aquí y allá, pero en ese momento él no encontró ninguno de sus hijos.<br /><span style="font-weight: bold;">20.</span>Entonces él contestó y dijo al mayor,<br />“¿Porqué se han ustedes escondido hasta hoy día?”<br /><span style="font-weight: bold;">21.</span>Y el mayor contestó,<br />“Si tu padre no nos hubiera dicho, nosotros no lo hubiésemos sabido.”<br /><span style="font-weight: bold;">22.</span>Entonces Iéred (Jared) creyó que sus palabras eran ciertas.<br /><span style="font-weight: bold;">23.</span>Así que ese mayor le dijo a Iéred (Jared),<br />“¿Porqué te viraste alrededor así y así?” Y él dijo, “Yo estaba buscando a uno de mis hijos, para contarle acerca de que yo me iba contigo, y acerca de bajar a aquellos acerca de cuales tú me has hablado a mí.”<br /><span style="font-weight: bold;">24.</span>Cuando el mayor oyó la intención de Iéred (Jared), él le dijo a él,<br />“Deja en paz ese propósito al presente, y ven con nosotros, tú verás nuestro país; si la tierra en cual nosotros habitamos te agrada, nosotros y tú regresaremos aquí y tomaremos tu familia con nosotros. Pero si nuestro país no te agrada, tú regresarás a tu propio lugar.”<br /><span style="font-weight: bold;">25.</span>Y el mayor urgió a Iéred (Jared), que venga antes de que alguno de sus hijos venga a aconsejarle en contra.<br /><span style="font-weight: bold;">26.</span>Iéred (Jared), entonces, salió de la cueva y se fue con ellos y entre ellos. Y ellos le confortaron, hasta que ellos llegaron al tope de la montaña de los hijos de Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">27.</span>Entonces dijo el mayor a uno de sus compañeros,<br />“Nosotros nos hemos olvidado de algo al lado de la boca de la cueva, y ese es la ropa escogida que nosotros habíamos traído para vestirle a Iéred (Jared) con ella.”<br /><span style="font-weight: bold;">28.</span>Él entonces le dijo a uno de ellos,<br />“Regresa, alguno de ustedes; y nosotros te esperaremos aquí, hasta que tú vuelvas. Entonces le vestiremos a Iéred (Jared) y él será como nosotros, bueno, buen mozo, y digno para entrar con nosotros en nuestro país.”<br /><span style="font-weight: bold;">29.</span>Entonces ese regresó.<br /><span style="font-weight: bold;">30.</span>Pero cuando él estaba a una distancia corta, el mayor le llamó y le dijo a él,<br />“Espera, hasta que yo venga y te hable.”<br /><span style="font-weight: bold;">31.</span>Entonces él se quedó quieto, y el mayor se fue a él y le dijo a él,<br />“Una cosa que nos olvidamos a la cueva es esto – de apagar la lámpara que quema adentro, arriba de los cuerpos que están adentro. Entonces regresa a nosotros, rápido.”<br /><span style="font-weight: bold;">32.</span>Ese se fue, y el mayor regresó a sus compañeros y a Iéred (Jared). Y ellos bajaron de la montaña, y Iéred (Jared) con ellos; y ellos se quedaron al lado de una fuente de agua, cerca de las casas de los hijos de Qáyin (Caín) y esperaron por su compañero hasta que él trajese la ropa para Iéred (Jared).<br /><span style="font-weight: bold;">33.</span>Él, entonces, quien regresó a la cueva, apagó la lámpara, y vino a ellos y trajo un fantasma con él y les mostró a ellos. Y cuando Iéred (Jared) lo vio él maravilló a la hermosura y favor de tal, y se regocijó en su corazón creyéndolo que todo era cierto.<br /><span style="font-weight: bold;">34.</span>Pero mientras ellos estaban quedándose ahí, tres de ellos entraron en casas de los hijos de Qáyin (Caín) y les dijeron a ellos,<br />“Tráenos hoy comida a la fuente de agua, para que comamos nosotros y nuestros compañeros.”<br /><span style="font-weight: bold;">35.</span>Pero cuando los hijos de Qáyin (Caín) les vieron, ellos maravillaron de ellos y pensaron:<br />“Estos son hermosos de apariencia, y tales como nosotros nunca hemos visto.”<br />Así que ellos se levantaron y vinieron con ellos a la fuente de agua, para ver sus compañeros.<br /><span style="font-weight: bold;">36.</span>Ellos les encontraron a ellos tan buen mozos, que ellos llamaron fuerte alrededor de sus lugares que otros vengan y se junten y que vengan y miren a estos seres hermosos. Entonces ellos se juntaron alrededor de ellos, ambos hombres y mujeres.<br /><span style="font-weight: bold;">37.</span>Entonces el mayor les dijo a ellos,<br />“Nosotros somos extranjeros en vuestra tierra, tráenos buena comida y bebida, ustedes y sus mujeres, para refrescarnos con ustedes.”<br /><span style="font-weight: bold;">38.</span>Cuando esos hombres oyeron estas palabras del mayor, cada uno de los hijos de Qáyin (Caín) trajo su mujer, y otro trajo su hija, y así, muchas mujeres vinieron a ellos, cada uno llamándole a Iéred (Jared) o para él mismo o para su mujer; Todos iguales.<br /><span style="font-weight: bold;">39.</span>Pero cuando Iéred (Jared) vio lo que ellos hacían, su mero ser se arrancó a si mismo de ellos, ni quiso él probar de su comida o de su bebida.<br /><span style="font-weight: bold;">40.</span>Él mayor le vio como él se arrancó a si mismo de ellos, y le dijo a él,<br />“No estés triste; yo soy el gran mayor, y como tú me verás hacer, haz tú mismo de la misma manera.”<br /><span style="font-weight: bold;">41.</span>Entonces él esparció sus manos y tomó una de las mujeres, y cinco de sus compañeros hicieron lo mismo ante Iéred (Jared), para que él hiciese como hacían ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">42.</span>Pero cuando Iéred (Jared) les vio trabajando infamia él lloró, y dijo en su mente, “Mis padres nunca hacían algo parecido.”<br /><span style="font-weight: bold;">43.</span>Él entonces esparció sus manos y oró con un corazón ferviente, y con mucho llorar, y rogó a Iâjuéh (Yahvé) que le libere a él de las manos de ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">44.</span>Tan pronto comenzó Iéred (Jared) a orar, el mayor huyó con sus compañeros, porque ellos no podían quedarse en un lugar de oración.<br /><span style="font-weight: bold;">45.</span>Entonces Iéred (Jared) se viró alrededor pero no podía verles, sino que se encontró a si mismo parado en el medio de los hijos de Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">46.</span>Él entonces lloró y dijo,<br />“Oh Iâjuéh (Yahvé), no me destruyas con esta raza, acerca de los cuales mis padres me han advertido; porque ahora, Oh mi Soberano Iâjuéh (Yahvé), yo estaba pensando que aquellos quienes me aparecieron eran mis padres, pero yo les he encontrado que ellos eran adversarios, quienes me atrajeron mediante esta apariencia hermosa, hasta que yo les creí.<br /><span style="font-weight: bold;">47.</span>Pero ahora yo Te pido, Oh Iâjuéh (Yahvé), que me liberes de esta raza, entre cual yo estoy ahora quedándome, como Tú me liberaste de esos adversarios. Manda a Tu Enviado que me saque de entremedio de ellos, porque yo mismo no tengo la capacidad de escaparme de entre ellos.”<br /><span style="font-weight: bold;">48.</span>Cuando Iéred (Jared) había terminado su oración, Iâjuéh (Yahvé) mandó a Su Enviado entremedio de ellos, Quien tomó a Iéred (Jared) y le puso encima de la montaña, y le mostró el camino, le dio consejo, y entonces le dejó a él.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 18</span><br /><span style="font-weight: bold;">Confusión en la Cueva de Tesoros. Discurso milagroso del muerto ’Âthâ´m (Adán).</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Los hijos de Iéred (Jared) tenían el hábito de visitarle hora tras hora, para recibir su bendición y para pedirle su consejo para cada cosa que ellos hacían; y cuando él tenía un trabajo que hacer, ellos lo hacían para él.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Pero esta vez cuando ellos entraron a la cueva ellos no encontraron a Iéred (Jared), sino que ellos encontraron a la lámpara apagada, y los cuerpos de los padres tirados alrededor, y voces venían de ellos por el poder de Iâjuéh (Yahvé), que decían,<br />“Sâţâ´n (Satanás) en una aparición ha engañado a nuestro hijo, deseando destruirle, como él destruyó a nuestro hijo Qáyin (Caín).”<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Ellos decían también,<br />“¡Iâjuéh (Yahvé) ’Elohíym de los cielos y la tierra, libera a nuestro hijo de la mano de Sâţâ´n (Satanás), quien trabajó una grande y falsa aparición ante él!”<br />Ellos también hablaban de otros asuntos, por el poder de Iâjuéh.(Yahvé)<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Pero cuando los hijos de Iéred (Jared) oyeron estas voces ellos temieron, y se paraban llorando por su padre, porque ellos desconocían qué le había pasado.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Y ellos lloraron por él ese día hasta la posada del sol.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Entonces vino Iéred (Jared) con una cara penoso, miserable en mente y cuerpo, y entristecido de haber sido separado de los cuerpos de sus padres.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Pero mientras él estaba acercándose a la cueva, sus hijos le vieron, y corrieron a la cueva, y se prendieron de su cuello, llorando, y diciéndole a él,<br />“Oh padre, ¿adónde has estado tú, y porqué nos has dejado a nosotros, como tú no estabas dispuesto a hacer?”<br />Y otra vez,<br />“¡Oh padre, cuando tú te desapareciste, la lámpara sobre los cuerpos de nuestros padres se apagó, los cuerpos fueron tirados alrededor, y voces venían de ellos!”<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Cuando Iéred (Jared) oyó esto él estaba triste, y entró a la cueva; y ahí encontró a los cuerpos tirados alrededor, la lámpara apagada, y los padres ellos mismos orando por su liberación de la mano de Sâţâ´n (Satanás).<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Entonces Iéred (Jared) se cayó sobre los cuerpos y les abrazó, y dijo,<br />“¡Oh mis padres, a través de vuestra intercesión, Iâjuéh (Yahvé) me permitió ser liberado de la mano de Sâţâ´n (Satanás)! Y yo les ruego que pidan a Iâjuéh (Yahvé) que me guarde y me esconda de él hasta el día de mi muerte.”<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces todos las voces cesaron excepto la voz de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), quien habló a Iéred (Jared) por el poder de Iâjuéh (Yahvé), igual como uno hablaría a su prójimo, diciendo,<br />“Oh Iéred (Jared), mi hijo, ofrece dádivas a Iâjuéh (Yahvé) por haberte liberado de la mano de Sâţâ´n (Satanás); y cuando tú traigas esas ofrendas, que sea que tú las ofreces sobre el altar sobre cual yo solía ofrecer. Entonces también, cuídate de Sâţâ´n (Satanás), porque él me engañó muchas veces con sus apariciones, deseando destruirme, pero Iâjuéh (Yahvé) me liberó fuera de su mano.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Manda a tu pueblo que ellos estén vigilándose contra él, y que nunca cesen de ofrecer dádivas a Iâjuéh. (Yahvé)”<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Entonces la voz de ’Âthâ´m (Adán) también se volvió silencioso; y Iéred (Jared) y sus hijos maravillaban de esto. Entonces ellos recostaron a los cuerpos como ellos estaban al principio, y Iéred (Jared) y sus hijos se pararon orando esa noche entera, hasta el amanecer.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Entonces Iéred (Jared) hizo una ofrenda y la ofreció sobre el altar, como ’Âthâ´m (Adán) le había mandado a él. Y mientras él subía al altar, él oró a Iâjuéh (Yahvé) por misericordia y por perdón de su pecado, acerca de la lámpara apagándose.<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Entonces Iâjuéh (Yahvé) apareció a Iéred (Jared) sobre el altar y les bendijo a él y a sus hijos, y aceptó sus ofrendas, y mandó a Iéred (Jared) que tome del fuego puro del altar, y que prenda con él la lámpara que echaba luz sobre el cuerpo de ’Âthâ´m (Adán).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 19</span><br /><span style="font-weight: bold;">Los hijos de Iéred (Jared) les desvían.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Entonces Iâjuéh (Yahvé) le reveló a él otra vez la promesa que Él había hecho a ’Âthâ´m (Adán); Él le explicó a él los 4,000 años, y le reveló a él el secreto de Su venida sobre la tierra.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Y Iâjuéh (Yahvé) le dijo a Iéred (Jared),<br /><span style="color: red;">“Acerca de ese fuego que tú has tomado del altar para prender la lámpara con él, permite que se quede contigo para dar luz a los cuerpos; y no lo dejes salir de la cueva, hasta que el cuerpo de ’Âthâ´m (Adán) salga de ella.</span><br /><span style="font-weight: bold;">3.</span><span style="color: red;">Pero, Oh Iéred (Jared), cuida el fuego, que queme brillante en la lámpara; ni salgas tú otra vez de la cueva hasta que tú recibas una orden a través de una visión, y no en una aparición, cuando sea visto por ti</span>.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span><span style="color: red;">Entonces manda otra vez a tu pueblo que no tenga relaciones con los hijos de Qáyin (Caín), y que no aprendan sus caminos, porque Yo soy Iâjuéh (Yahvé) quien no ama el odio y obras de iniquidad.” </span><br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Iâjuéh (Yahvé) dio también muchos otros mandamientos a Iéred (jared), y le bendijo a él. Y entonces retiró Su Palabra de él.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Entonces Iéred (Jared) se acercó cerca con sus hijos, tomó fuego, y bajó a la cueva, y prendió la lámpara ante el cuerpo de ’Âthâ´m (Adán); y él dio su pueblo mandamientos como Iâjuéh (Yahvé) le había dicho que haga.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Esta señal sucedió a Iéred (Jared) al final de su año cuatrocientos cincuenta [910 (3062 AC)]; como también muchas otras maravillas que nosotros no anotamos. Pero nosotros anotamos solo este por brevedad, y para no alargar nuestra narrativa.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Y Iéred (Jared) continuó instruyendo a sus hijos ochenta años; pero luego de eso ellos comenzaron a transgredir a los mandamientos que él les había dado, y a hacer muchas cosas sin su consejo. Ellos comenzaron a bajarse de la Montaña Pura uno tras otro, y a mezclarse con los hijos de Qáyin (Caín), en compañerismos sucios.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Ahora la razón por la cual los hijos de Iéred (Jared) bajaron la Montaña Pura es este, la cual nosotros te revelaremos ahora a ti.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 20</span><br /><span style="font-weight: bold;">Música encantador, bebidas fuertes soltadas entre los hijos de Qáyin (Caín). Ellos se ponen ropas coloradas. </span><br /><span style="font-weight: bold;">Los hijos de Shëth (Set) miran con ojos deseosos. Ellos se rebelan de consejo sabio, ellos descienden la montaña al valle de iniquidad. Ellos no pueden ascender la montaña otra vez.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Luego que Qáyin (Caín) había bajado a la tierra de tierra oscura, y sus hijos se habían multiplicado ahí dentro, había uno de ellos, cuyo nombre era Genun, hijo de Lémekh el ciego quien mató a Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Pero acerca de este Genun, Sâţâ´n (Satanás) le entró a él en su niñez; y él hizo varios tipos de trompetas y cuernos, e instrumentos de cuerdas, címbalos y salterios y liras y harpas y flautas, y él los tocaba en cada momento y a toda hora.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Y cuando él los tocaba, Sâţâ´n (Satanás) entraba a ellos, para que de entre ellos se oyeran sonidos hermosos y dulces, que seducían al corazón.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Entonces él juntaba grupos en bandas para tocarlos a ellos, y cuando ellos tocaban, les agradaba bien a los hijos de Qáyin (Caín), quienes se inflamaban ellos mismos con pecado entre ellos, y ardían como con fuego, mientras Sâţâ´n (Satanás) inflamaba sus corazones, uno con otro, y aumentaba la lujuria entre ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Sâţâ´n (Satanás) también enseño a Genun que extraiga bebida fuerte del grano, y esto usó Genun para reunir grupos y bandas en casas de bebida; y trajo al alcance de ellos toda clase de frutas y flores, y ellos bebían juntos.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Así este Genun hizo que el pecado se multiplique excedentemente; él también actuó con orgullo, y enseño a los hijos de Qáyin (Caín) que cometan toda clase de maldad crasa, que ellos no habían conocido, y les puso a hacer cosas variedades de fechorías que desconocían anteriormente.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Entonces Sâţâ´n (Satanás), cuando él veía que ellos cedían a Genun y le hacían caso en cada cosa que él les decía, se regocijó grandemente, y aumentó el entendimiento de Genun hasta que él tomó hierro e hizo con él armas de guerra.<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Entonces cuando ellos estaban borrachos, el odio y la matanza aumentaron entre ellos; Hombres usaban violencia en contra de otros para enseñarles maldad quitándole sus hijos y profanándoles ante él.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Y cuando hombres veían que ellos eran vencidos, y vieron otros que no fueron vencidos, los que fueron vencidos venían a Genun, tomaban refugio con él, y él les hizo a ellos sus confederados.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Entonces el pecado aumentó entre ellos grandemente, hasta que hombres tomaban sus propias hermanas, o hijas, o madre, y otras, o la hija de la hermana de su padre, tal que no había más distinción de relación, y ellos no sabían más lo que era iniquidad, sino que actuaban malvadamente, y la tierra fue profanada con el pecado, y ellos enojaron a Iâjuéh (Yahvé) el Juez, Quien les había creado.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Pero Genun reunió juntos bandas en grupos, que tocaban cuernos y todos los otros instrumentos que nosotros ya habíamos mencionado, al pie de la Montaña Pura, y ellos lo hacían para que los hijos de Shëth (Set) quienes estaban sobre la Montaña Pura lo oyesen.<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Pero cuando los hijos de Shëth (Set) oyeron el sonido, ellos maravillaban, y venían en grupos, y se pararon en el tope de la montaña para mirar a los que estaban abajo, y ellos hicieron así un año entero.<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Cuando, al final de ese año, Genun vio que ellos estaban siendo ganados a él poco a poco, Sâţâ´n (Satanás) entró en él, y le enseño a él a teñir materiales para ropas de diversos patrones, y le hizo entender cómo teñir rojo y púrpura, y más cosas.<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Y los hijos de Qáyin (Caín) quienes trabajaron todo esto, y se lucían en hermosura y ropas extravagantes, y carreras de caballo, cometiendo toda clase de abominaciones.<br /><span style="font-weight: bold;">15.</span>Mientras tanto los hijos de Shëth (Set), quienes estaban sobre la Montaña Pura, oraban y honraban a Iâjuéh (Yahvé), en el lugar de los ejércitos de enviados quienes habían caído, por eso Iâjuéh (Yahvé) les había llamado a ellos ‘enviados,” porque Él se regocijaba por ellos grandemente.<br /><span style="font-weight: bold;">16.</span>Pero después de esto, ellos no guardaban más Su mandamiento, ni se mantenían por la promesa que Él había hecho a sus padres, sino que ellos descansaron de sus ayunos y oraciones, y del consejo de Iéred (Jared) su padre. Y ellos continuaron juntándose al tope de la montaña, para mirar a los hijos de Qáyin (Caín), desde la mañana hasta el anochecer, y a lo que ellos hacían, a sus ropas hermosas y ornamentos.<br /><span style="font-weight: bold;">17.</span>Entonces los hijos de Qáyin (Caín) miraron arriba desde abajo, y vieron los hijos de Shëth (Set), parados en grupos encima de la montaña, y ellos llamaron a ellos que bajen abajo a ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">18.</span>Pero los hijos de Shëth (Set) les dijeron a ellos desde arriba,<br />“Nosotros desconocemos el camino.”<br />Entonces Genun, el hijo de Lémekh, les oyó a ellos decir que ellos desconocían el camino, y él se preguntó a si mismo cómo él podría traerles abajo.<br /><span style="font-weight: bold;">19.</span>Entonces Sâţâ´n (Satanás) apareció a él de noche, diciendo,<br />“No existe camino para que ellos bajen desde la montaña adonde ellos habitan, pero cuando ellos vengan mañana, diles a ellos,<br />‘Vengan ustedes al lado occidental de la montaña, ahí encontrarás el camino de un riachuelo de agua, que baja al pie de la montaña, entre dos cerros; bájense por ese camino a nosotros.’”<br /><span style="font-weight: bold;">20.</span>Entonces cuando era de día, Genun sopló los cuernos y tocó los tambores debajo de la montaña, como él solía hacer. Los hijos de Shëth (Set) lo oyeron y vinieron como ellos solían hacer.<br /><span style="font-weight: bold;">21.</span>Entonces Genun les dijo a ellos desde abajo,<br />“Váyanse al lado occidental de la montaña, y ahí encontrarán el camino para bajarse.”<br /><span style="font-weight: bold;">22.</span>Pero cuando los hijos de Shëth (Set) oyeron estas palabras de él, ellos volvieron a la cueva a Iéred (Jared), para contarle todo lo que ellos habían oído.<br /><span style="font-weight: bold;">23.</span>Entonces cuando Iéred (Jared) lo oyó, él fue afligido, porque él sabía que ellos transgredirían su consejo.<br /><span style="font-weight: bold;">24.</span>Luego de esto cien hombres de los hijos de Shëth (Set) se juntaron, y se dijeron entre ellos,<br />“Vengan, vayamos abajo a los hijos de Qáyin (Caín), y veamos qué ellos hacen, y vamos a divertirnos con ellos.”<br /><span style="font-weight: bold;">25.</span>Pero cuando Iéred (Jared) oyó esto de los cien hombres, su mera alma fue conmovida, y su corazón fue afligido. Él entonces se levantó con gran fervor, y se paró entremedio de ellos, y les conjuró a ellos por la sangre de Jével (Jared) el justo,<br />“Que ninguno de ustedes se baje de esta montaña dedicada y pura, en cual nuestros padres nos han ordenado que habitemos.”<br /><span style="font-weight: bold;">26.</span>Pero cuando Iéred (Jared) vio que ellos aceptaban sus palabras, él les dijo a ellos,<br />“Oh mis hijos buenos inocentes y puros, entiendan que una vez que ustedes se bajen de esta montaña pura, Iâjuéh (Yahvé) no les permitirá que ustedes regresen de nuevo a ella.”<br /><span style="font-weight: bold;">27.</span>Él otra vez les conjuró diciendo,<br />“Yo les conjuro por la muerte de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), y por la sangre de Jével (Abel), de Shëth (Set), de Enówsh (Enós), de Qëynâ´n (Cainán), y de Majalal’Ë´l (Mahalaleel), que me hagan caso, y que no bajen de esta montaña pura, porque el momento que ustedes lo dejen, ustedes serán privados de la vida y de la misericordia, y ustedes no serán más llamados ‘hijos de Iâjuéh,’ (Yahvé) sino ‘hijos de ha-Sâţâ´n. (Satanás)’”<br /><span style="font-weight: bold;">28.</span>Pero ellos no quisieron hacerle caso a sus palabras.<br /><span style="font-weight: bold;">29.</span>Xanówkh (Enoc) en ese momento ya estaba crecido, y en su celo por Iâjuéh (Yahvé), él se levantó y dijo,<br />“Escúchenme, O ustedes hijos de Shëth (Set), pequeños y grandes – cuando ustedes violen el mandamiento de nuestros padres, y se bajen de esta montaña pura – ustedes no subirán aquí nunca más para siempre.”<br /><span style="font-weight: bold;">30.</span>Pero ellos se levantaron en contra de Xanówkh,(Enoc) y no quisieron hacerle caso a sus palabras, y bajaron de la Montaña Pura.<br /><span style="font-weight: bold;">31.</span>Y cuando ellos miraron a las hijas de Qáyin (Caín), a sus figuras hermosas, y a sus manos y pies teñidos con color, y tatuados en decoraciones en sus caras, el fuego del pecado fue encendido en ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">32.</span>Entonces Sâţâ´n (Satanás) les hizo lucir lo más hermoso ante los hijos de Shëth (Set), como él también hizo que los hijos de Shëth (Set) luzcan entre los más lindos en los ojos de las hijas de Qáyin (Caín), para que las hijas de Qáyin (Caín) lujurien tras los hijos de Shëth (Set) como bestias rapaces, y los hijos de Shëth (Set) tras las hijas de Qáyin (Caín), hasta que ellos cometieron abominación con ellas.<br /><span style="font-weight: bold;">33.</span>Pero luego de que ellos habían caído así en esta profanación, ellos regresaban por el camino que ellos habían venido, y trataron de ascender la Montaña Pura. Pero ellos no podían, porque las piedras de esa montaña pura eran de fuego resplandeciendo ante ellos, por la cual ellos no podían subir otra vez.<br /><span style="font-weight: bold;">34.</span>Y Iâjuéh (Yahvé) estaba enojado con ellos, y se arrepintió de ellos porque ellos habían bajado del honor, y habían por lo tanto perdido o abandonado su propia pureza e inocencia, y estaban caídos en la profanación del pecado.<br /><span style="font-weight: bold;">35.</span>Entonces Iâjuéh (Yahvé) envió Su Palabra a Iéred (Jared), diciendo,<br /><span style="color: red;">“Estos tus hijos, quienes tú habías llamado Mis hijos [hijos de Iâjuéh (Yahvé) (11: 4)], mira, ellos han trasgredido Mi mandamiento, y han bajado a la casa de perdición, y del pecado. Manda un enviado a los que quedan, para que ellos no bajen y que se pierdan.”</span><br /><span style="font-weight: bold;">36.</span>Entonces Iéred (Jared) lloró ante Iâjuéh (Yahvé), y Le pidió de Él misericordia y perdón. Pero él prefirió que su alma partiese de su cuerpo, a que oiga estas palabras de Iâjuéh (Yahvé) acerca del descenso de sus hijos de la Montaña Pura.<br /><span style="font-weight: bold;">37.</span>Pero él siguió la orden de Iâjuéh (Yahvé), y les predicó a ellos que no bajen de esa montaña pura, y que no tengan relaciones con los hijos de Qáyin (Caín).<br /><span style="font-weight: bold;">38.</span>Pero ellos no hicieron caso a su mensaje, y no quisieron obedecer su consejo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 21</span><br /><span style="font-weight: bold;">Iéred (Jared) se muere en tristeza por sus hijos que se habían desviado. Una predicción del Diluvio.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Luego de esto, otro grupo se reunió, y ellos se fueron para buscar por sus hermanos, pero ellos perecieron también como ellos. Y así fue, grupo tras grupo, hasta que solo pocos de ellos quedaban.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Entonces Iéred (Jared) se enfermó de la angustia, y su enfermedad fue tal que el día de su muerte se acercaba.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Entonces él llamó a Xanówkh (Enoc) su hijo mayor, y Mthuwshâ´lax (Matusalén) el hijo de Xanówkh (Enoc), y Lémekh (Lamec) el hijo de Mthuwshâ´lax (Matusalén), y Nóax (Noé) el hijo de Lémekh (Lamec).<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Y cuando ellos habían venido a él, él oró por ellos y les bendijo, y les dijo a ellos,<br />“Ustedes son hijos justos e inocentes; no bajen ustedes de esta montaña pura; porque mira, tus hijos y los hijos de tus hijos han bajado de esta montaña pura, y se han alienado a si mismos de esta montaña pura, a través de su lujuria abominable y trasgresión del mandamiento de Iâjuéh.(Yahvé)<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Pero yo sé, a través del poder de Iâjuéh (Yahvé), que Él no les abandonará a ustedes sobre esta montaña pura, porque vuestros hijos han trasgredido Su mandamiento y el de nuestros padres, que nosotros hemos recibido de ellos.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Pero, O mis hijos, Iâjuéh (Yahvé) les llevará a ustedes a una tierra extraña, y ustedes nunca regresarán de nuevo para mirar con vuestros ojos este jardín y esta montaña pura.<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Por eso, O mis hijos, aplica vuestros corazones a vuestras propias vidas, y guarden el mandamiento de Iâjuéh (Yahvé), que está con ustedes. Y cuando ustedes se vayan de esta montaña pura, a una tierra extraña que ustedes desconocen, tomen con ustedes el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), y con él estos tres regalos y ofrendas, específicamente el oro, el incienso, y la mirra, y que estén esos en el lugar adonde se recostará el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán).<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Y a aquel de ustedes que quedará, O mis hijos, vendrá la Palabra de Iâjuéh (Yahvé), y cuando él salga de esta tierra él llevará con él el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán), y lo recostará en el medio de la tierra, el lugar adonde se trabajará la salvación.”<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Entonces Nóax (Noé) le dijo a él,<br />“¿Quién es aquel de nosotros que quedará?”<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Y Iéred (Jared) contestó,<br />“Tú eres aquel que quedará. Y tú tomarás el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán) de la cueva, y lo pondrás contigo en la caja (“arca”) cuando venga el diluvio.<br /><span style="font-weight: bold;">11.</span>Y tu hijo Shëm (Sem), quien vendrá de tus lomos [1558 (2414 AC)], él es quien recostará el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán) en el medio de la tierra, en el lugar de donde vendrá la salvación.”<br /><span style="font-weight: bold;">12.</span>Entonces Iéred (Jared) viró a su hijo Xanówkh (Enoc), y le dijo a él,<br />“Tú, mi hijo, habita en esta cueva, y sirve diligentemente ante el cuerpo de nuestro padre ’Âthâ´m (Adán) todos los días de tu vida, y alimenta tu pueblo en justicia e inocencia.”<br /><span style="font-weight: bold;">13.</span>Y Iéred (Jared) no dijo más. Sus manos fueron soltadas, sus ojos cerrados, y él entró al descanso como sus padres. Su muerte sucedió en el año trescientos sesenta [366 según Génesis y Iâshâ´r] de Nóax (Noé), y en el año novecientos ochenta y nueve [962 según Génesis y Iâshâ´r] de su propia vida, en el doce de Takhsas en un 6to día de la semana [1422 (2550 AC)].<br /><span style="font-weight: bold;">14.</span>Pero mientras moría Iéred (Jared), lágrimas derramaban de su cara por motivo de su gran tristeza por los hijos de Shëth (Set), quienes habían caído durante sus días.<br /><span style="font-weight: bold;">15.</span>Entonces Xanówkh (Enoc), Mthuwshâ´lax (Matusalén), Lémekh (Lamec) y Nóax (Noé), estos cuatro, lloraron por él, le embalsamaron cuidadosamente, y entonces le recostaron en la Cueva de Tesoros. Entonces ellos se levantaron y lamentaron por él cuarenta días.<br /><span style="font-weight: bold;">16.</span>Y cuando estos días de luto se acabaron, Xanówkh (Enoc), Mthuwshâ´lax (Matusalén), Lémekh (Lamec) y Nóax (Noé) se quedaron en tristeza de corazón, porque su padre se había ido de ellos, y ellos no le vieron más.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Capítulo 22</span><br /><span style="font-weight: bold;">Solo quedan tres hombres justos en el mundo. Las condiciones malvadas de los hombres antes del Diluvio.</span><br /><span style="font-weight: bold;">1.</span>Pero Xanówkh (Enoc) guardó el mandamiento de Iéred (Jared) su padre, y continuó sirviendo en la cueva.<br /><span style="font-weight: bold;">2.</span>Es este Xanówkh (Enoc) a quien muchas maravillas sucedieron, y quien también escribió un libro celebrado, pero esas maravillas no se contarán en este sitio.<br /><span style="font-weight: bold;">3.</span>Entonces luego de esto, los hijos de Shëth (Set) se desviaron y cayeron, ellos, sus hijos y sus mujeres. Y cuando Xanówkh (Enoc), Mthuwshâ´lax (Matusalén), Lémekh (Lamec) y Nóax (Noé) les veían, sus corazones sufrían por motivo de su caída en duda, llenos de incredulidad; y ellos lloraban y buscaban misericordia de Iâjuéh (Yahvé), para preservarles a ellos, y para traerles fuera de esa generación malvada.<br /><span style="font-weight: bold;">4.</span>Xanówkh (Enoc) siguió en su servicio ante Iâjuéh (Yahvé) trescientos ochenta y cinco años, y al final de ese tiempo él se volvió consciente mediante el favor de Iâjuéh (Yahvé), que Iâjuéh (Yahvé) tenía la intención de removerle a él de la tierra.<br /><span style="font-weight: bold;">5.</span>Él entonces le dijo a su hijo,<br />“Oh mi hijo, yo sé que Iâjuéh (Yahvé) tiene intención de traer las aguas del Diluvio sobre la tierra, y destruir nuestra creación.<br /><span style="font-weight: bold;">6.</span>Y ustedes son los últimos gobernadores sobre este pueblo sobre esta montaña; porque yo sé que ninguno les quedará de ustedes para engendrar hijos sobre esta pura montaña; Ni gobernará ninguno de ustedes sobre los hijos de este pueblo; ni quedará de ustedes ningún gran grupo, sobre esta montaña.”<br /><span style="font-weight: bold;">7.</span>Xanówkh (Enoc) también les dijo a ellos,<br />“Velen por sus almas (vidas), y aguántense firmes en vuestro temor de Iâjuéh (Yahvé) y en vuestro servicio a Él, y adórenle a Él en confianza recta, y sírvanle a Él en justicia, inocencia y juicio, en arrepentimiento y también en pureza.”<br /><span style="font-weight: bold;">8.</span>Cuando Xanówkh (Enoc) había terminado sus mandamientos a ellos, Iâjuéh (Yahvé) le transportó a él desde esa montaña a la tierra de la vida, a las mansiones de los justos y de los escogidos: a la vivienda de Pardë´ç (Arboleda-parque) de alegría, en Luz que alcanza arriba al cielo; Luz que está afuera de la luz de este mundo; porque es la Luz de Iâjuéh (Yahvé), que llena el mundo entero, pero cual ningún lugar Lo puede contener.<br /><span style="font-weight: bold;">9.</span>Así, porque Xanówkh (Enoc) estaba en la Luz de Iâjuéh (Yahvé), él se encontró a si mismo fuera del alcance de la muerte hasta que Iâjuéh (Yahvé) le dejara morir.<br /><span style="font-weight: bold;">10.</span>Todo junto, ninguno de nuestros padres o de sus hijos, quedó sobre esa pura montaña, excepto esos tres, Mthuwshâ´lax (Matusalén), Lémekh (Lamec), y Nóax (Noé). Porque todo el resto bajaron de la montaña y cayeron en pecado con los hijos de Qáyin (Caín). Por eso ellos fueron prohibidos esa montaña, y ninguno quedó sobre ella excepto esos tres hombres.</div>
VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-83976786683504757552012-08-03T18:38:00.001-07:002012-08-03T18:38:26.237-07:00PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESIS<br />
Este é o livro que eu li que melhor retrata o amor de Deus. Apesar de não pertencer ao canôn bíblico, neste livro contêm os fundamentos da fé cristã e judaica. Sendo seu conteúdo considerado autêntico pelos judeus e cristãos. Eu apresento para os meus leitores, meus comentários intercalados no texto, meus comentários estão entre parentêses. Todas as pessoas da minha família que leram este livro ficaram maravilhados. Minha esposa leu duas vezes em seguida e minha mãe que nunca havia lido um livro inteiro de uma só vez, consegui-lo ler este livro em uma só noite, no alto dos seus sessenta e quatro anos. (Valdemir Mota de Menezes, o Escriba)<o:p></o:p><br />
<br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br />
PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESIS <br />
<br />
<br />
<br />
Antes que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já havia um céu, o lar do Eterno, o único Deus. Perfeito em sabedoria, amor e glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo sonho, na criação do Universo. <br />
<br />
<br />
<br />
(ANTES DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO, DEUS JÁ PRÉ-EXISTIA, ANTES DAS CRIAÇÕES ESPIRITUAIS E COSMICAS, DEUS JÁ TINHA VIVIDO UMA “ETERNIDADE”)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os incontáveis seres que compõem a criação foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o ínfimo átomo às gigantescas galáxias, tudo mereceu Sua suprema atenção. <br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS É CRIADOR DO MACRO E DO MICRO COSMO E TODAS AS COISAS CRIADAS POR DEUS FOI POR ELE AMADAS)<br />
<br />
<br />
<br />
Movendo-Se com majestade, iniciou Sua obra de criação. Suas mãos moldaram primeiramente um mundo de luz, e sobre ele uma montanha fulgurante sobre a qual estaria para sempre firmado o trono do Universo. Ao monte sagrado Deus denominou: Sião.<br />
<br />
<br />
<br />
( ESTA CITAÇÃO DA CRIAÇÃO DE SIÃO PARECE UMA AFIRMAÇÃO FIGURATIVA, MAS PODE SER QUE DEUS PERSONIFIQUE-SE EM UMA PARTE DO UNIVERSO PARA ALI ESTABELECER SEU TRONO, NO LIVRO DO APOCALIPSE TEMOS NO CAPÍTULO 22 A DESCRIÇÃO DA NOVA JERUSALÉM, A MORADA DE DEUS COM OS HOMENS)<br />
<br />
<br />
<br />
Da base do trono, o Eterno fez jorrar um rio cristalino, para representar a vida que d'Ele fluiria para todas as criaturas. <br />
<br />
<br />
<br />
(TERIA DEUS UMA MORADA TERRENA NO PERÍODO PRÉ-ADÁMICO >)<br />
<br />
<br />
<br />
Como sala do trono, criou um lindo paraíso que se estendia por centenas de quilômetros ao redor do monte Sião. Ao paraíso denominou: Éden. <br />
<br />
<br />
<br />
(TERIA O JARDIM DO ÉDEN EXISTIDO ONDE HOJE É O ORIENTE MÉDIO, PRECISAMENTE EM ISRAEL > )<br />
<br />
<br />
<br />
Ao sul do paraíso, em ambas as margens do rio da vida, foram edificadas numerosas mansões adornadas de pedras preciosas, que se destinavam aos anjos, os ministros do reino da luz. <br />
<br />
<br />
<br />
(O PARAISO HUMANO É FEITO DE VEGETAL, CONFORME GÊNESIS 2, MAS O PARAISO DOS ANJOS ERA MINERAL, DE PEDRAS PRECIOSAS CONFORME EZEQUIEL 28.14 ss)<br />
<br />
<br />
<br />
Circundando o Éden e as mansões angelicais, construiu Deus uma muralha de jaspe luzente, ao longo da qual podiam ser vistos grandes portais de pérolas. <br />
<br />
<br />
<br />
(PARECE QUE A DESCRIÇÃO ACIMA TEM UMA MESCLA DO JARDIM DO ÉDEM, COM O ÉDEN MINERAL E COM A NOVA JERUSALEM)<br />
<br />
<br />
<br />
Com alegria, o Eterno contemplou a Capital sonhada. <br />
<br />
<br />
<br />
(A JERUSALÉM TERRESTRE É UMA IMAGEM DISTORCIDA DA JERUSALÉM CELESTE)<br />
<br />
<br />
<br />
Carinhosamente, o grande Arquiteto a denominou: Jerusalém, a Cidade da Paz. <br />
<br />
<br />
<br />
( NO APOCALISE 22 É CHAMADA DE NOVA JERUSALÉM)<br />
<br />
<br />
<br />
Deus estava para trazer à existência a primeira criatura racional. Seria um anjo glorioso, de todos o mais honrado. Adornado pelo brilho das pedras preciosas, esse anjo viveria sobre o monte Sião, como representante do Rei dos reis diante do Universo. <br />
<br />
<br />
<br />
DESDE PONTO EM DIANTE VEREMOS UMA SEMELHANTE ENTRE A NARRATIVA DO PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESIS COM O TEXTO DE EZEQUIEL 28.13-19 QUE TRATA SOBRE LÚCIFER O ANJO DE DEUS QUE TORNOU-SE O DIABO)<br />
<br />
<br />
<br />
Com muito amor, o Criador passou a modelar o primogênito dos anjos. Toda sabedoria aplicou ao formá-lo, fazendo-o perfeito. Com ternura concedeu-lhe a vida; o formoso anjo, como que despertando de um profundo sono, abriu os olhos e contemplou a face de seu Autor. <br />
<br />
<br />
<br />
(LÚCIFER É CITADO COMO SENDO O PRIMOGÊNITO DOS ANJOS CRIADO, INCRIVELMENTE AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ CONSIDERAM JESUS O PRIMEIRO ANJO CRIADO)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com alegria, o Eterno mostrou-lhe as belezas do paraíso, falando-lhe de Seus planos, que começavam a se concretizar. Ao ser conduzido ao lugar de sua morada, junto ao trono, o príncipe dos anjos ficou agradecido e, com voz melodiosa, entoou seu primeiro cântico de louvor. <br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS CRIOU TUDO COM UM PROPÓSITO PARA QUE A VIDA TENHA UM SENTIDO, UMA RAZÃO E DEUS FOI MOSTRANDO A LÚCIFER PLANOS SOBRE COMO IRIA ARQUITETAR O AUNIVERSO)<br />
<br />
<br />
<br />
Das alturas de Sião, descortinava-se, aos olhos do formoso anjo, Jerusalém em sua vastidão e esplendor. O rio da vida, ao deslizar sereno em meio à Cidade, assemelhava-se a uma larga avenida, espelhando as belezas do jardim do Éden e das mansões angelicais. <br />
<br />
<br />
<br />
(O TEXTO ACIMA FALA DOS LUGARES EMBLEMÁTICOS DO MUNDO ESPIRITUAL: SIÃO, JERUSALÉM, RIO DA VIDA, JARDIM DO ÉDEN E AS MANSÕES ANGELICAIS)<br />
<br />
<br />
<br />
Envolvendo o primogênito dos anjos com Seu manto de luz, o Eterno passou a falar-lhe dos princípios que haveriam de reger o reino universal. Leis físicas e morais deveriam ser respeitadas em toda a extensão do governo divino.<br />
<br />
<br />
<br />
( O UNIVERSO TANTO FÍSICO, ANGELICAL E HUMANO SÃO REGIDOS POR LEIS)<br />
<br />
<br />
<br />
As leis morais resumiam-se em dois princípios básicos: amar a Deus sobre todas as coisas e viver na fraternidade com todas as criaturas. Cada criatura racional deveria ser um canal por meio do qual o Eterno pudesse jorrar aos outros vida e luz. Dessa forma, o Universo cresceria em harmonia, felicidade e paz. <br />
<br />
<br />
<br />
(JESUS EM MATEUS 22.37-39 RESUMIU AS LEIS DE DEUS EM DUAS: AMAR A DEUS E AMAR AO PRÓXIMO. AS CRIATURAS RACIONAIS TINHAM ESTE DEVER MORAL PARA COM DEUS E AS DEMAIS CRIATURAS DE DEUS)<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de revelar ao formoso anjo as leis de Seu governo, o Eterno confiou-lhe uma missão de grande responsabilidade: seria o protetor daquelas leis, devendo honra-las e revela-las ao Universo prestes a ser criado. Com o coração transbordante de amor a Deus e aos semelhantes, caber-lhe-ia ser um modelo de perfeição: seria Lúcifer, o portador da luz. <br />
<br />
<br />
<br />
(EM EZEQUIEL 28.14 É DITO QUE LÚCIFER ERA ANJO PROTETOR, E O VERSÍCULO 15 DIZ QUE ELE FOI CRIADO PERFEITO)<br />
<br />
<br />
<br />
O príncipe dos anjos; agradecido por tudo, prostrou-se ante o amoroso Rei, prometendo-Lhe eterna fidelidade.<br />
<br />
<br />
<br />
(LÚCIFER ERA RACIONAL E TINHA LIVRE ARBÍTRIO, PROMETEU FIDELIDADE A DEUS MAS TINHA A OPÇÃO DE NÃO SER FIEL)<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno continuou Sua obra de criação, trazendo à existência inumeráveis hostes de anjos, os ministros do reino da luz. A Cidade Santa ficou povoada por essas criaturas radiantes que, felizes e gratas, uniam as vozes em belíssimos cânticos de louvor ao Criador.<br />
<br />
<br />
<br />
(APÓS A CRIAÇÃO DE LÚCIFER, VARIOS OUTROS SERES CELESTIAIS FORAM CRIADOS, TUDO FOI FEITO PARA A GLÓRIA DE DEUS)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Deus traria agora à existência o Universo que, repleto de vida, giraria em torno de Seu trono firmado em Sião. Acompanhado por Seus ministros, partiu para a grandiosa realização. <br />
<br />
<br />
<br />
(APÓS CRIAR OS SERES CELESTIAIS, AGORA DEUS PASSOU A CRIAR O MUNDO FÍSICO, ESTE MUNDO FÍSICO GIRARIA EM TORNO DA SIÃO. AQUI O SENTIDO DA PALAVRA GIRAR EM TORNO DE SEU TRONO PODE SER LITERAL, ENTÃO NO CENTRO DO UNIVERSO FÍSICO ESTARIA O TRONO DE DEUS, ISSO NÃO QUER DIZER NECESSÁRIAMENTE QUE SEJA O PLANETA TERRA, COM SE ACREDITOU POR SÉCULOS).<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de contemplar o vazio imenso, o Eterno ergueu as poderosas mãos, ordenando a materialização das multiformes maravilhas que haveriam de compor o Cosmo. Sua ordem, qual trovão, ecoou por todas as partes, fazendo surgir, como que por encanto, galáxias sem conta, repletas de mundos e sóis - paraísos de vida e alegria -, tudo girando harmoniosamente em torno do monte Sião. <br />
<br />
<br />
<br />
(MAIS UMA VEZ, NA COSMOLOGIA DO LIVRO DO PSEUDO-GÊNESIS VEMOS UMA REFERÊNCIA QUE DEUS ESTARIA NO CENTRO DO UNIVERSO)<br />
<br />
<br />
<br />
Ao presenciarem tão grande feito do supremo Rei, as hostes angelicais prostraram-se, fazendo ecoar pelo espaço iluminado um cântico de triunfo, em saudação à vida. Todo o Universo uniu-se nesse cântico de gratidão, em promessa de eterna fidelidade ao Criador. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(A CANÇÃO, A MUSICA É UM INSTRUMENTO DE GLORIFICAR A DEUS QUE PRÉ-EXISTE AO UNIVERSO)<br />
<br />
<br />
<br />
Guiados pelo Eterno, os anjos passaram a conhecer as riquezas do Universo. Nessa excursão sideral, ficaram admirados ante a vastidão do reino da luz. Por todas as partes encontravam mundos habitados por criaturas felizes que os recebiam em festa. Os anjos saudavam-nos com cânticos que falavam das boas novas daquele reino de paz.<br />
<br />
<br />
<br />
(O LIVRO PSEUDO-GÊNESIS SUGERE VIDA EM OUTROS PLANETAS, POIS OS ANJOS AO VIAJAREM PELO UNIVERSO ENCONTROU MUNDOS HABITADOS POR CIRATURAS FELIZES, ESTA POSSIBILIDADE NÃO É DESCARTADA PELAS ESCRITURAS SAGRADAS, ATÉ PORQUE O TEMA DA BÍBLIA É O RESGATE DA HUMANIDADE, SILENCIANDO-SE SOBRE AS DEMAIS CRIATURAS DO UNIVERSO)<br />
<br />
<br />
<br />
Tão preciosa como a vida, a liberdade de escolha, através da qual as criaturas poderiam demonstrar seu amor ao Criador, exigia um teste de fidelidade. Com o propósito de revelá-lo, o Eterno conduziu as hostes por entre o espaço iluminado, até se aproximarem de um abismo de trevas que contrastava com o imenso brilho das galáxias. Ao longe, esse abismo revelara-se insignificante aos olhos dos anjos, como um pontinho sem luz; mas à medida de sua aproximação, mostrou-se em sua enormidade. O Criador, que a cada passo revelava aos anjos os mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que guardando para Si um segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da fidelidade. Voltando-Se para as hostes, o Eterno solenemente afirmou: <br />
<br />
<br />
<br />
( SÓ EXISTE LIBERDADE COM MAIS DE UMA OPÇÃO DE ESCOLHA E DEUS TERIA QUE PERMITIR AOS ANJOS A OPÇÃO DE NÃO SERVI-LO, POIS O LIVRE-ARBÍTRIO ERA UM ATRIBUTO QUE DEUS DEU AOS ANJOS, ASSIM COMO DEU POSTERIORMENTE AOS HOMENS).<br />
<br />
<br />
<br />
-"Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida". <br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS CRIOU OS ANJOS PERFEITOS E PUROS, MAS COMO DEU-LHE O LIVRE-ARBÍTRIO TEVE QUE APRESENTAR-LHE O MAL COMO UM OBJETO QUE PODERIA SER OPTADO PELOS ANJOS EM ALCANÇA-LO CASO ALMEJASSEM).<br />
<br />
<br />
<br />
Com estas palavras, fez Deus separação entre a luz e as trevas, o bem e o mal. O Universo era livre para escolher seu destino.<br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS NUNCA TEVE E NUNCA TERÁ OPOSITOR A SUA ALTURA, MAS PRECISOU CRIAR ESTA OPÇÃO DE ALGUÉM SE OPOR A ELE PARA QUE PUDESSE CRIAR SERES LIVRES)<br />
<br />
<br />
<br />
O tão acalentado sonho do Criador se concretizara. Agora, como Pai carinhoso, conduzia as criaturas através de uma eternidade de harmonia e paz. Em virtude do cumprimento das leis divinas, o Universo expandia-se em felicidade e glória.<br />
<br />
<br />
<br />
( O DESEJO DE DEUS ESTAVA REALIZADO, CRIATURAS SERVINDO-O POR LIVRE E ESPONTANEA VONTADE, NÃO MECANICAMENTE COMO ROBÔS PROGRAMADOS)<br />
<br />
<br />
<br />
Havia um forte elo de amor, que a todos unia fortemente. Os seres racionais, dotados da capacidade de um desenvolvimento infinito, encontravam indizível prazer em aprender os inesgotáveis tesouros da Sabedoria divina, transmitindo-os aos semelhantes. Eram como canais por meio dos quais a Fonte da Eterna Vida nutria a todos de amor e luz.<br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS NÃO CRIOU CRIATURAS PLENA DE CIÊNCIA, MAS COM CAPACIDADE INFINITA DE DESENVOLVIMENTO E POSSIBILIDADE DE APRENDER ETERNAMENTE)<br />
<br />
<br />
<br />
Em Jerusalém, os ministros do reino reuniam-se ante o soberano Rei, sempre prontos a cumprir os Seus propósitos. Era através de Lúcifer que o Eterno tornava manifesto os Seus desígnios. Depois de receber uma nova revelação, ele prontamente a transmitia às hostes angelicais. Estas, por sua vez, a compartilhavam com a criação. Em célere vôo os anjos rumavam para as terras planetas capitais, onde, em grandes assembléias, reuniam-se os representantes dos demais mundos. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em muitas dessas assembléias, Lúcifer fazia-se presente, enchendo os participantes de alegria e admiração. Perfeito em todas as virtudes, ele os cativava com sua simpatia. Nenhum outro anjo conseguia revelar como ele os mistérios do amor do Eterno. <br />
<br />
<br />
<br />
(LÚCIFER ERA O ANJO MAIORAL, ESTAVA ENTRE OS DE MAIOR DESTAQUE NO CÉU, NO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL MOSTRA QUE ELE ERA GRANDE QUERUBIM PROTETOR, AQUI NO LIVRO DE PSEUDO-GÊNESIS DIZ QUE NENHUM OUTRO ANJO ERA COMO ELE)<br />
<br />
<br />
<br />
O Universo, alimentando-se da Fonte da Vida, expandia-se numa eternidade de perfeita paz. A obediência às leis divinas era o fundamento de todo progresso e felicidade. Ainda que conscientes do livre-arbítrio, jamais subira ao coração de qualquer criatura o desejo de se afastar do Criador. Assim foi por muito tempo, até que tal problema irrompeu na vida daquele que era o mais íntimo do Eterno. <br />
<br />
( A OBEDIÊNCIA ERA O PRÍNCIPIO QUE MANTINHA TODO O UNIVERSO EM HARMONIA NO MUNDO ANTIGO, MUITO ANTIGO, ANTES QUE HOUVESSE HOMEM NA FACE DA TERRA)<br />
<br />
<br />
<br />
Lúcifer, que dedicara sua vida ao conhecimento dos mistérios da luz, sentiu-se aos poucos atraído pelas trevas. O Rei do Universo, aos olhos de quem nada pode ser encoberto, acompanhou com tristeza os seus passos no caminho descendente que leva à morte. A princípio, uma pequena curiosidade levou Lúcifer a se aproximar daquele abismo profundo. Contemplando-o, ele começou a indagar o porquê de não poder compreender o seu enigma. <br />
<br />
<br />
<br />
(A DESOBEDIÊNCIA NASCEU DA CURIOSIDADE DA INDAGAÇÃO, SER QUESTIONADOR FOI O PRINCÍPIO DA REBELIÃO, VEJO HOJE, NA PEDAGOGIA MODERNA FALANDO EM INDAGAR E QUESTIONAR COM O TOM DE DEBATER, POR MENOS, O MAIOR ANJOS SE TORNOU NO DIABO!)<br />
<br />
<br />
<br />
Retornando a seu lugar de honra, junto ao trono, prostrou-se ante o divino Rei, suplicando-Lhe: <br />
<br />
<br />
<br />
(ATÉ MESMO PARA DAR O PASSO PARA A QUEDA, OS ANJOS AINDA PEDIRAM PERMISSÃO PARA DEUS)<br />
<br />
<br />
<br />
- Pai, dá-me a conhecer os segredos das trevas, assim como me revelas a luz. <br />
<br />
<br />
<br />
(IR ALÉM DOS LIMITES É O QUE LEVA A RUÍNA, OS HOMENS MUITAS VEZES PASSAM DOS LIMITES DE VELOCIDADE, DAS EXPERIÊNCIAS COM ÁLCOOL E DROGA, DE AVENTURAS SEXUAIS E TODO ROMPIMENTO DE LIMITES LEVA AS CONSEQUÊNCIAS DEVASTADORAS. A INSATISFAÇÃO COM A SUA POSIÇÃO LEVOU LÚCIFER A QUEDA).<br />
<br />
<br />
<br />
Ante o pedido do formoso anjo, o Eterno, com voz expressiva de tristeza, disse-lhe: <br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS, QUE TUDO SABE PELO SEU PODER DE ONISCIÊNCIA, VIA QUE LÚCIFER ESTAVA DANDO OS PASSOS PARA DE DESVIAR DO CAMIMNHO DE DEUS, MAS O PRÓPRIO DEUS, NÃO IRIA IMPEDIR A SUA QUEDA USANDO A SUA ONIPOTÊNCIA, DEIXARIA O CURSODA VIDA SEGUIR, PORQUE DEUS RESPEITARIA O LIVRE-ARBÍTRIO)<br />
<br />
<br />
<br />
- Meu filho, você foi criado para a luz, que é vida. <br />
<br />
<br />
<br />
( O FATO DE DEUS VER O HOMEM CAIR NÃO SIGNIFICA QUE ELE DEIXARÁ A QUEDA OCORRER SEM FAZER NADA, AQUI VEMOS DEUS ACONSELHANDO LÚCIFER, NOS DIAS ATUAIS DEUS AO VER O HOMEM CAIR ELE TAMBÉM FALA POR SINAIS E MENSAGENS PARA QUE O HOMEM RECONSIDERE SEU CAMINHO ANTES DA QUEDA FATAL).<br />
<br />
<br />
<br />
Convencendo-se de que o Criador não lhe revelaria os tesouros das trevas, Lúcifer decidiu compreender por si mesmo o enigma. Julgava-se capacitado para tanto.<br />
<br />
(A REBELIÃO É O ATO DA PESSOA SIMPLESMENTE TOMAR DECISÕES SEM CONSULTAR A DEUS, OU O PIOR, FAZER COMO LÚCIFER QUE CONSULTOU E APÓS VER QUAL ERA A VONTADE DE DEUS, TOMOU DECISÃO CONTRÁRIA)<br />
<br />
<br />
<br />
Só Deus sabia o que se passava no coração de Lúcifer. O anjo, que fora criado para ser o portador da luz, estava divorciando-se em pensamentos do bondoso Criador que, num esforço de impedir o desastre, rogava-lhe permanecer a Seu lado. <br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS TUDO VIA PELA SUA ONICIÊNCIA E TENTOU IMPEDIR A REBELIÃO, MAS SEM USAR DE FORÇA, APENAS TENTANDO PELO CONVENCIMENTO, COMO FAZ ATÉ HOE COM A HUMANIDADE)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Uma tremenda luta passou a travar-se em seu íntimo. O desejo de conhecer o sentido das trevas era imenso, contudo, os rogos daquele amoroso Pai, a quem não queria também perder, o torturavam. Vendo o sofrimento que sua atitude causava ao Criador, às vezes demonstrava arrependimento, mas voltava a cair. <br />
<br />
<br />
<br />
(O CONFLITO INTERIOR ENTRE A VONTADE DE PECAR E A CONSCIÊNCIA DO QUE ERA CERTO RETARDOU A DECISÃO FATÍDICA DE LÚCIFER QUE EM BREVE SE TORNARIA SATANÁS)<br />
<br />
<br />
<br />
Antes de criar o Universo, Deus já previra a possibilidade de uma rebelião. O risco de conceder liberdade às criaturas era imenso, mas, sem este dom, a vida não teria sentido. <br />
<br />
(PARA DEUS NÃO EXISTE O IMPREVISÍVEL, ELE SABE TUDO, SUA ETERNA PACIÊNCIA PERMITE-LHE ASSISTIR INJUSTIÇAS PARA DEPOIS REPARÁ-LAS NO TEMPO CERTO. DEUS NÃO TEM PRESA, PORQUE O TEMPO NÃO FAZ SENTIDO PARA QUEM É ETERNO E IMUTÁVEL. A POSSIBILIDADE DE REBELIÃO NUNCA FOI DESCARTADA, PORQUE ONDE HÁ LIBERDADE A POSSIBILIDADE DE INSUBORDINAÇÃO É GRANDE)<br />
<br />
<br />
<br />
Ele queria que a obediência fosse fruto de reconhecimento e amor, por isso decidiu correr o grande risco. <br />
<br />
( AO FINAL DA HISTÓRIA DE LÚCIFER E DOS HOMENS TEREMOS NA ETERNIDADE A LIÇÃO DE QUE A REBELIÃO NÃO COMPENSA. MAS DEUS AINDA ASSIM NÃO NOS QUER SERVINDO-O POR MEDO, MAS POR AMOR.)<br />
<br />
Ainda que prosseguisse na busca do sentido das trevas, Lúcifer não pretendia abandonar a luz. Esforçava-se para chegar a uma combinação entre essas partes que, no reino do Eterno, coexistiam separadas. Finalmente, com um sentimento de exaltação, concebeu uma teoria enganosa, que pretendia apresentar ao Universo como um novo sistema de governo, superior ao governar do Eterno. Denominou sua Lei "a ciência do bem e do mal". <br />
<br />
<br />
<br />
( NO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS DIZ QUE DEUS CRIOU O BEM E O MAL, FORMOU AS TREVAS E A LUZ, PORÉM ESTE DUALISMO ERA A FORMA PELA QUAL DEUS PODIA INSTITUIR O LIVRE ARBÍTRIO, O MAL E AS TREVAS FORAM CRIADOS APENAS NO CAMPO DA POSSIBILIDADE, NÃO ERA A INTENÇÃO DE DEUS QUE SUAS CRIATURAS LANÇASSEM MÃO DESTES INGREDIENTES. NENHUMA CRIATURA FEITA POR DEUS, ERA MÁ, O MAL ERA UMA SUBSTÂNCIA ISOLADA. MAS LÚCIFER TENTOU FAZER A REAÇÃO QUÍMICA MAIS ABSURDA DO MUNDO, IMBUTIR EM UM MESMO SER O BEM E O MAL, AGORA LÚCIFER ACREDITAVA QUE ERA POSSIVEL TER O BEM E O MAL DENTRO DE SI E ESTABELECER UMA NOVA FORMA DE GOVERNAR O UNIVERSO E SUAS CRIATURAS)<br />
<br />
<br />
<br />
Estruturada na lógica, a ciência do bem e do mal revelou-se atraente aos olhos de Lúcifer, parecendo descerrar um sentido de vida superior àquele oferecido pelo Criador, cujo reino possibilitava unicamente o conhecimento experimental do bem. No novo sistema, haveria equilíbrio entre o bem e o mal, entre o amor e o egoísmo, entre a luz e as trevas. <br />
<br />
<br />
<br />
(O CULTO AO DIABO NÃO É IRRACIONAL, ELE DESENVOLVEU TEORIAS QUE CATIVAM E LEVAM AO ENGANO A MENTE ANGELICAL, MUITO MAIS AINDA A MENTE HUMANA. SERVIR A DEUS É BASEADO NO PRINCÍPIO DA SUBMISSÃO A VONTADE DE DEUS, SEM QUESTIONAMENTO, SEM RACIONALIZAÇÃO DAS CRENÇAS, É O PRINCÍPIO DA FÉ)<br />
<br />
<br />
<br />
Ao longo do tempo em que amadurecera em sua mente a ciência do bem e do mal, Lúcifer soube guardar segredo diante do Universo. Continuava em seu posto de honra, cumprindo a função de Portador da Luz. Contudo, por mais que procurasse fingir, seu semblante já não revelava alegria em servir ao Eterno. <br />
<br />
<br />
<br />
(O MAL COMEÇOU A SER PROCESSADO NO INTERIOR DE LÚCIFER E ELE FOI GRADATIVAMENTE PERDENDO O PRAZER EM SERVIR A DEUS, ASSIM É COM O CRISTÃO QUE APÓS A CONVERSÃO SENTE UMA FELICIDADE, MAS QUANDO COMEÇA A SE DEIXAR LEVAR PELA SEDUÇÃO DO PECADO, E COMEÇA A VIVER UMA VIDA DUBIA, ELE VAI FICANDO VAZIO E CHEGA UMA HORA QUE NÃO CONSEGUE ESCONDER MAIS)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O divino Rei, que sofria em silêncio, procurava, por meio de Suas revelações de amor, preparar as criaturas racionais para a grande prova que se aproximava. Sabia que muitos dariam ouvido à tentação, voltando-Lhe as costas. A noite da provação faria sobressair, contudo, os verdadeiros fiéis - aqueles que serviam ao Criador não por interesse, mas por amor. <br />
<br />
<br />
<br />
( UMA LIÇÃO APRENDEMOS AO LONGO DA HISTÓRIA DO NOSSO UNIVERSO, É QUE NAS PROVAÇÕES SURGE OS VERDADEIROS FIÉIS EM CONTRAPARTIDA AOS QUE ESTÃO NA SITUAÇÃO APENAS POR CONVENIÊNCIA).<br />
<br />
<br />
<br />
Ao ver que a hora da prova chegara, e que Lúcifer estava pronto para traí-Lo diante do Universo, o Eterno, que jamais cessara de revelar os tesouros de Sua sabedoria, tornou-se silencioso e contemplativo. O silêncio fez reviver no coração das hostes a lembrança daquela primeira excursão sideral, quando, depois de lhes mostrar as riquezas do reino da luz, Deus tornou-se silencioso ante aquele abismo. Lembram-se de Suas palavras: "Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida". <br />
<br />
(DEUS DEMONSTRA EMOÇÃO, AFINAL O FATO DELE SER TODO-PODEROSO, ETERNO E TUDO MAIS QUE SE REFERE A SUA PESSOA, NÃO IMPEDE DELE TER EMOÇÃO COMO A COMTEMPLAÇÃO PELA ESPECTATIVA DE A QUALQUER MOMENTO LÚCIFER INSURGIR EM SUA REVOLTA)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Lúcifer, que passara a cobiçar o trono de Deus, indagou-Lhe o motivo de Seu silêncio. O Criador, contemplando-o com infinita tristeza, disse-lhe: "É chegada a hora das trevas. Você é livre para realizar seus propósitos". <br />
<br />
<br />
<br />
(O TEXTO BÍBLICO DE ISAIAS 14 E EZEQUIEL 28 FALA DA SOBERBA COMO O PECADO QUE LEVOU LÚCIFER A REBELIÃO. AGORA LÚCIFER JÁ ESTAVA QUERENDO ASSUMIR O TRONO DE DEUS, NÃO MAIS SE CONTENTAVA EM SER UM GRANDE NO REINO DE DEUS, QUERIA SER O GRANDE, O MAIORAL) <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Vendo que o momento propício para a propagação de sua teoria havia chegado, Lúcifer convocou os anjos para uma reunião especial. As hostes, desejosas de conhecer o significado do silêncio do Pai, tomaram seus lugares junto ao magnífico anjo, que sempre lhes revelara os tesouros do reino da luz. <br />
<br />
<br />
<br />
( ESTE LIVRO REVELA, SE É QUE OS FATOS SÃO VERÍDICOS, QUE LÚCIFER REUNIU OS ANJOS PARA UMA EXPLANAÇÃO DA SUA TEORIA DA “ CIÊNCIA DO BEM E DO MAL”, OS ANJOS JÁ PERCEBIAM QUE DEUS ESTAVA SILENCIOSO ULTIMAMENTE).<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Lúcifer começou seu discurso exaltando, como de costume, o governo do Eterno. Num amplo retrospecto, lembrou-lhes as grandiosas revelações que os enriquecera em toda aquela eternidade. <br />
<br />
( UM BOM ORADOR, ANTES DE ATACAR O SEU OPONENTE, É DE PRAXE FAZER UM DISCURSO EXALTANDO AS QUALIFICAÇÕES DO ADVERSÁRIO PARA ENTÃO PASSAR AO COMBATE)<br />
<br />
<br />
<br />
O silêncio divino, apresentou-o como sendo a indicação de que o Universo alcançara a plenitude do conhecimento oriundo da luz. Silenciando, o Eterno abria-lhes caminho para o entendimento de mistérios ainda não sondados, mantidos até então além dos limites de Seu governo. <br />
<br />
<br />
<br />
(LÚCIFER É DESCRITO COMO UM GRANDE ORADOR, CAPAZ DE CATIVAR O PÚBLICO COM SUA ELOQUAZ FALA, MAIS TARDE SATANÁS USARIA HITLER COM A MESMA ELOQUÊNCIA QUE ELE MESMO DISCUSSARA AOS ANJOS COM A PROMESSA DE UM GOVERNO “NAZISTA” PARA OS ANJOS)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Surpresas, as hostes tomaram conhecimento da experiência de Lúcifer sobre as trevas. Com eloqüência, ele falou-lhes da ciência do bem e do mal, indicando-a como o caminho das maiores realizações. <br />
<br />
(O PASSO SEGUINTE DE LÚCIFER APÓS ASSIMILAR O MAL ERA AGORA LEVAR OUTROS AO ERRO, O PRINCÍPIO DA REBELDIÃO NÃO CAUSOU IMEDIATO CASTIGO)<br />
<br />
<br />
<br />
O efeito de suas palavras logo se fez sentir em todo o Universo. A questão era decisiva e explosiva, gerando pela primeira vez discórdia. Os seres racionais, em sua prova, tinham de optar por permanecer somente com o conhecimento da luz, o qual Lúcifer afirmava haver chegado ao seu limite, ou se aventurar no conhecimento da ciência do bem e do mal. No começo, os anjos debateram-se diante da questão, sendo logo depois todo o Universo posto à prova. Dir-se-ia que a ciência do bem e do mal <br />
<br />
(AQUI VALE AQUELE DITADO: UMA LARANJA PODRE, ESTRAGA TODO O CESTO DE FRUTAS. O UNIVERSO, VÁRIOS PAÍSES E VÁRIAS IGREJAS JÁ SENTIRÃO A EXPERIÊNCIA DA REBELIÃO QUE GERALMENTE COMEÇA COM UM E LOGO VEM A CISÃO)<br />
<br />
<br />
<br />
haveria de arrebanhar a maior parte das criaturas, mas, aos poucos, muitos que a princípio se empolgaram com a teoria, despertaram para a ilusão da mesma, reafirmando sua fidelidade ao reino da luz. Ao fim desse conflito, que se arrastou por longo tempo, revelou-se um terço das estrelas do céu ao lado de Lúcifer, e as restantes, ainda que abaladas pela prova ao lado do Eterno. <br />
<br />
<br />
<br />
(O LIVRO DO APOCALIPSE 12.4 FALA QUE A QUANTIDADE DE ANJOS QUE SEGUIRAM APÓS SATANÁS FOI DE UM TERÇO DE TODOS OS SERES ANGELICAIS. COMO NÃO SABEMOS O NÚMERO EXATO DE ANJOS, PODEMOS APENAS PODEMOS DEDUZIR QUE A PROPORÇÃO DE SEGUIDORES DE LÚCIFER FOI ELEVADA, INTERESSANTE NOTAR QUE A REBELIÃO AINDA TINHA SIDO ADERIDA POR MUITOS MAIS ANJOS QUE REFLETIRAM BEM A POSIÇÃO QUE ESTAVAM TOMANDO E DECIDIRÃO OPTAR POR FICAR AO LADO DE DEUS, ESTE ANJOS NÃO CHEGARAM A PECAR, MAS FORAM TENTADOS)<br />
<br />
<br />
<br />
A ciência do bem e do mal fora apregoada por Lúcifer como um novo sistema de governo. Mas como exercê-lo, se o Eterno continuava reinando em Sião? O conselho, formado pelos anjos rebeldes, passou a tratar disso. Decidiram, finalmente, solicitar-Lhe o trono por um tempo determinado, no qual poderiam demonstrar a excelência do novo sistema de governo. Caso fosse aprovado pelo Universo, o novo sistema se estabeleceria para sempre; caso contrário, o domínio retornaria ao Criador. <br />
<br />
(ORA VEJA SÓ...SATANÁS PROPOS UM PLEBICITO... UM GOVERNO DE TRANSIÇÃO...UMA ALTERNANCIA DE PODER....ISSO ESTA ME CHEIRANDO A DEMOCRACIA.... – DEMOCRACIA : NOVAS IDÉIAS, VELHAS MENTIRAS !)<br />
<br />
<br />
<br />
Foi assim que Lúcifer, acompanhado por suas hostes, aproximou-se d'Aquele Pai sofredor, fazendo-Lhe tal pedido.<br />
<br />
(DEUS ERA TÃO BOM QUE OS ANJOS ACHARAM QUE PODERIAM SIMPLESMENTE PEDIR A DEUS O SEU TRONO E ELE IRIA ENTREGAR-LHE ???)<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno não era ambicioso, apenas queria bem às Suas criaturas. Se a ciência do bem e do mal consistisse realmente num bem maior, não Se oporia à sua implantação, cedendo o trono a seus defensores. Mas Ele sabia que aquele caminho conduziria à infelicidade e à morte. <br />
<br />
(DEUS NÃO AMBICIONAVA O PLENO PODER, MAS SABIA QUE ENTREGAR O UNIVERSO E TUDO O QUE FOI CRIADO PARA SER REGIDO DEMOCRATICAMENTE PELAS CRIATURAS O FIM SERIA TERRÍVEL, VEJA QUE AO LONGO DE MILÊNIOS QUE ELE TEM PERMITIDO A HUMANIDADE SE GOVERNAR, ATÉ HOJE, ESTAS CRIATURAS “RACIONAIS” NÃO CONSEGUIRAM ESTABELECER UM REINO DE PAZ E FELECIDADE SOBRE A TERRA.)<br />
<br />
<br />
<br />
---------------------------------------27/02/10-------------------------------------<br />
<br />
<br />
<br />
Movido por Seu amor protetor, o Criador desatendeu o pedido das hostes rebeldes, que se afastaram enfurecidas.<br />
<br />
<br />
<br />
(VEJAM QUE ATÉ O MOMENTO DEUS NÃO DETERMINOU QUE TAIS REBELDES FOSSEM IMEDIATAMENTE CONDENADOS AO INFERNO ETERNO, FOI DANDO CHANCES E OPORTUNIDADES PARA QUE ELES SE CONSCIENTIZASSEM DOS SEUS PEDIDOS INSANOS.)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Lúcifer e suas hostes passaram a acusar o divino Rei, proclamando ser o seu governo de tirania.<br />
<br />
(SATANÁS É O INSPIRADOR DE CHE GUEVARA, HITLER, SADDAN HUSSEIN, AS FARCS, ORGANIZAÇÃO PARA LIBERTAÇÃO DA PALESTINA, HESBOLLA E VÁRIOS GRUPOS E LIDERES REVOLUCIONÁRIOS – SATANÁS É QUEM ACUSA OS ESTADOS UNIDOS DE IMPERIALISMO. LÚCIFER É CONTRA A ORDEM E A HIERARQUIA ESTABELECIDA, E SEU PRIMEIRO ATAQUE FOI CONTRA O TRONO DE DEUS)<br />
<br />
<br />
<br />
Afirmavam ser sua permanência no trono a mais patente demonstração de Sua arbitrariedade. Não lhes concedera liberdade de escolha? Por que neutralizá-la agora, impedindo-os de pôr em prática um sistema de governo superior? <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(SEMPRE TENHO DITO QUE A TIRANIA PODE VIR EM FORMA DE TEOCRACIA, MILITARISMO E TAMBÉM PELA DEMOCRACIA. SATANÁS FOI ESTABELECENDO SUA POLITICA UNIVERSAL, SUSTENTANDO-SE NOS DIREITOS DEMOCRÁTICOS. NÃO QUERO COM ISSO ACUSAR A DEMOCRACIA DO MAL, MAS QUE DEMOCRACIA SEM BOAS INTENÇÕES, SEM JUSTIÇA, SEM MISERICORDIA, SEM AMOR, IRÁ TRAÇAR O MESMO CAMINHO DE DESTRUIÇÃO DE OUTROS REGIMES)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As acusações das hostes rebeldes repercutiram por todo o Universo, fazendo parecer que o governo do Eterno era injusto.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Isto trouxe profunda angústia àqueles que permaneciam fiéis ao reino da luz. Não sabendo como refutar tais acusações, essas criaturas, emudecidas pela dor moral, ansiavam pelo momento em que novas revelações procedentes do Criador pudessem aclarar-lhes os mistérios desse grande conflito. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As acusações e blasfêmias das hostes rebeldes alcançavam o ponto culminante quando o Eterno, num gesto surpreendente, ergueu-se de Seu trono, como que pronto a deixá-lo. Os infiéis, na expectativa de uma conquista, aquietaram-se, enquanto um sentimento de temor penetrava no coração dos súditos da luz. Entregaria Ele o domínio de toda a criação, para livrar-Se das vis acusações? De acordo com a lógica a partir da qual Lúcifer fundamentava seus ensinamentos, não restava outra alternativa ao Criador. Nesta tremenda expectativa, o Universo acompanhava os passos de Deus. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Num gesto de humildade, o Criador despojou-Se de Sua coroa e de Seu manto real, depondo-os sobre o alvo trono. Em Seu semblante não havia expressão de ressentimento ou ira, mas de infinito amor e tristeza.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com solenidade, o Eterno proclamou que o momento decisivo chegara, quando cada criatura deveria selar sua decisão ao lado da luz ou das trevas. Numa ampla revelação, alertou para as conseqüências de um rompimento com a Fonte da Vida. <br />
<br />
<br />
<br />
(TODA REBELIÃO E PECADO É TRATADO POR DEUS, PRIMEIRAMENTE COM AMOR E SOLICITAÇÃO DE ARREPENDIMENTO, NÃO TENDO ENCONTRADO ECO NO CORAÇÃO DAS CRIATURAS, LOGO VIRÁ O JUIZO).<br />
<br />
<br />
<br />
Lúcifer e seus seguidores estavam conscientes da seriedade daquele momento. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Vendo que o Trono permanecia vazio, Lúcifer e suas hostes, dominados pela cobiça, romperam definitivamente com o Criador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao ver um terço dos súditos transpor as divisas da eterna separação, Deus deixou extravasar a dor angustiante que por tanto tempo martirizava Seu coração, curvando-Se em inconsolável pranto. Contemplando Seus filhos rebeldes, ergueu a voz numa lamentação dolorosa: "Meus filhos, meus filhos! Já não posso chamá-los assim! Queria tanto tê-los nos braços meus! Lembro-Me quando os formei com carinho! Vocês surgiram felizes e perfeitos, em acordes de esperança em eterna harmonia!<br />
<br />
<br />
<br />
(ESTA DESCRIÇÃO DE DEUS CHORANDO É IMPRESSIONANTE, POIS DEUS LAMENTA A REBLIÃO DOS ANJOS. NO LIVRO DO APOCALIPSE, CAPÍTULO 12, VEMOS QUE LÁ SE REFERE A ESTA MESMA QUANTIDADE DE ANJOS QUE ABANDONARAM O PRINCIPADO CELESTIAL: UM TERÇO DOS ANJOS SEGUIRAM LÚCIFER)<br />
<br />
<br />
<br />
Vivi para vocês, cobrindo-os de glória e poder! Vocês foram a minha alegria! Por que seus corações mudaram tanto? O que mais poderia eu ter feito para fazê-los permanecer comigo? Hoje minh'alma sangra em dor pela separação eterna! Como olharei para os lugares vazios onde tantas vezes rejubilantes ergueram as vozes em hosanas festivas, sem me vir à mente um misto da felicidade e dor?! Saudade infinita já invade o meu ser, e sei que será eterna! Hoje o meu coração rompeu e quebrou-se; as cicatrizes carregarei para sempre! <br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS LAMENTA PROFUNDAMENTE PELA ENTRADA DO PECADO NO UNIVERSO)<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de proclamar em pranto tão dolorosa lamentação, o Eterno, dirigindo-Se a Lúcifer, o causador de todo o mal, disse:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
"Você recebeu um nome de honra ao ser criado. Agora não mais o chamarão Lúcifer, mas Satã, O Senhor das Trevas".<br />
<br />
<br />
<br />
(LÚCIFER É O NOME DADO POR DEUS, SATÃ, É O NOVO NOME DO ADVERSÁRIO)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de lamentar a perdição das hostes rebeldes, o Eterno, em lentos passos, ausentou-se do jardim do Éden, lugar do trono Universal.. Onde seria agora a Sua morada.... <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As hostes fiéis acompanharam reverentes os Seus misteriosos passos de abandono, que pareciam descerrar um futuro difícil, de sofrimentos e humilhações. Ocupariam os rebeldes o divino trono, profanando-o como domínio do pecado? Esta indagação torturava o coração dos súditos do Eterno. <br />
<br />
<br />
<br />
Deixando Sua amada Cidade, o Senhor da luz conduziu-Se, em meio às glórias do Universo, em direção do abismo imenso, a respeito do qual silenciara até então. Ali deteve-Se mais uma vez, emudecido, enquanto parecia ler nas trevas um futuro de grandes lutas. Ante o sofrimento do Eterno, expresso na tristeza de Seu semblante, os fiéis puderam finalmente compreender o significado daquele misterioso abismo: consistia numa representação simbólica do reino da rebeldia. <br />
<br />
<br />
<br />
(NO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS, DIZ QUE DEUS CRIOU O BEM E O MAL, MAS O MAL ERA APENAS UM SÍMBOLO, DEUS NÃO CRIOU CRIATURAS MÁS. O MAL CRIADO POR DEUS ERA APENAS A POSSIBILIDADE DA REBELDIA, O LIVRE ARBÍTRIO)<br />
<br />
<br />
<br />
Na face entristecida de Deus manifestou-se, por fim, um brilho que aos fiéis animou. Erguendo os poderosos braços ante as trevas, ordenou em alta voz: "Haja luz." <br />
<br />
<br />
<br />
(NESTE PONTO EM DIANTE VEMOS A DESCRIÇÃO DA CRIAÇÃO DO PLANETA TERRA. AQUI PARECE OCORRER UM GRANDE INTERVALO DE TEMPO. ATÉ AQUI A TERRA ERA HABITADA PELOS DINOSSAUROS. COM A QUEDA DE LÚCIFER, A TERRA FICOU COBERTA DE TREVAS, TALVÉS PROVOCADA POR FUMAÇA DE VULCÕES, OU PELA POEIRA LEVANTADA COM A QUEDA DE UM GRANDE ASTRO NA TERRA. DEUS COMEÇA A RECRIAR PLANETA)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Imediatamente, a luz de Sua presença inundou o profundo abismo e, triunfando sobre as trevas, revelou um mundo inacabado, coberto por cristalinas águas. Com esse gesto, iniciava o Eterno uma grande batalha pela reivindicação de Seu governo de luz; batalha do amor contra o egoísmo; da justiça contra a injustiça; da humildade contra o orgulho; da liberdade contra a escravidão; da vida contra a morte. <br />
<br />
<br />
<br />
Batalha que, sem trégua, se estenderia até que, no alvorecer almejado, pudesse o divino Rei retornar vitorioso ao santo monte Sião, onde, entronizado em meio aos louvores dos remidos, reinaria para sempre em perfeita paz. As trevas, em sua fuga, apontavam para o aniquilamento final da rebeldia.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As águas abundantes que cobriam aquele mundo, até então oculto, simbolizavam a vida eterna que para os fiéis seria conquistada pelo amor que tudo sacrifica. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O mundo revelado era a Terra. Visitada pelas trevas e pela luz, ela seria o palco da grande luta. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Rejubilavam-se os fiéis ante o triunfo da luz naquele primeiro dia, quando as trevas em sua fúria rolaram sobre o planeta, sucumbindo-o em densa escuridão. A luz, que parecia vencida, renasceu vitoriosa num lindo alvorecer. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao raiar a luz do segundo dia, o Eterno ordenou: "Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre água e águas." <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Imediatamente, o calor de Sua luz fez com que imensa quantidade de vapor se elevasse das águas, envolvendo o planeta num manto de transparência anil. Surgiu assim a atmosfera, com sua mistura perfeita de gases que seriam essenciais à vida que em breve coroaria o planeta. O Criador, contemplando a expansão, denominou-a "céus". <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A atmosfera, que cheia de brilho envolvia a Terra, sombreou-se ao sobrevir o crepúsculo de um outro entardecer. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao serem vencidas as trevas no terceiro dia, o Criador prosseguiu Sua obra, fazendo surgir os imensos continentes que ainda estavam sob a superfície das águas. Com as mãos erguidas ordenou: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar e apareça a porção seca."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em pronta obediência, as cristalinas águas cederam sua posição superior à porção seca que se ergueu, sobrepondo-se a elas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Nas regiões baixas da Terra, as águas continuariam refletindo o brilho celeste, sendo um refrigério para as criaturas sedentas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Nesse gesto de humildade, as águas prefiguravam o Criador, que na grande luta desceria ao mais profundo abismo para fazer renascer nas almas sedentas a vida eterna. Contemplando a face daquele novo mundo, o Eterno denominou a parte seca "terra", e ao ajuntamento das águas chamou "mares". <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com Sua poderosa voz prosseguiu, ordenando: "Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra." <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em obediência ao mando divino, a superfície sólida do planeta revestiu-se de toda sorte de vegetação: lindos prados a florir, campos verdejantes entrecortados por rios cristalinos, florestas sem fim. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Enquanto com admiração as hostes contemplavam as belezas daquela criação, surpreenderam-se ao reconhecer sobre o novo planeta o jardim do Éden, lugar do trono divino. O Eterno, pelo poder de Sua palavra, o havia transferido para o seio daquele mundo especial, onde em justiça seria confirmado o governo do Universo.<br />
<br />
<br />
<br />
( O JARDIM DO ÉDEN E SIÃO É UM LUGAR MÓVEL QUE PODE SER TELEPORTADO DE UM LUGAR PARA OUTRO, DE UMA DIMENSÃO PARA OUTRA)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Contemplando Sua obra, o Criador com felicidade exclamou: "Eis que tudo é muito bom." As hostes fiéis agora podiam compreender melhor a importância da luz divinal. Sua ausência havia ofuscado, naquela noite, as belezas de Sião. Nesse novo dia, o Criador expressaria o Seu grande poder, dando à Terra luminares que a encheriam de luz e calor. Esses luminares permaneceriam para sempre como símbolos da presença espiritual do Eterno, que é a fonte de toda a luz. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Contemplando o espaço escuro e vazio que se estendia ao redor da Terra, com potente voz ordenou: "Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para tempos determinados, para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus para alumiarem a Terra."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Imediatamente, o espaço tornou-se radiante pelo brilho do sol e pelo reflexo de planetas e estrelas. Ante esta demonstração de poder, as hostes fiéis curvaram-se em reverente adoração.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
No quarto dia, o Eterno criou os mundos de nosso sistema solar não para serem habitados como a Terra, mas para o equilíbrio do sistema. Encheriam também o céu de fulgor, abrandando as trevas das noites terrenas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Volvendo os olhos para a Terra, as hostes alegraram-se por vê-la radiante em cores. Bem próximo dela podia-se ver a Lua que, com seu reflexo prateado, afugentaria as profundas sombras noturnas.<br />
<br />
<br />
<br />
( ESTA DESCRIÇÃO DO SISTEMA SOLAR, DEIXA CLARO QUE O PROPÓSITO DIVINO ERA QUE HOUVE EXUBERANTE VARIEDADE DE VIDA, APENAS NO PLANETA TERRA. A CIÊNCIA DA ASTRONOMIA COMPROU QUE NÃO VIDA NOS PLANETAS VIZINHOS A TERRA)<br />
<br />
<br />
<br />
Envolvidos por esse cenário encantador, os filhos da luz, rejubilantes, saudaram o alvorecer do quinto dia, que seria de muitas surpresas. O Eterno tornaria a Terra festiva pela presença de infindáveis espécies de animais irracionais que habitariam toda a superfície do planeta. Essa criação teria continuidade no sexto dia. Erguendo as poderosas mãos, o Criador, olhando primeiramente para as cristalinas águas, ordenou: "Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
De imediato, as águas tornaram-se ondulantes pela presença de incontáveis espécies de répteis . Desde os seres microscópicos até as grandes baleias, todos surgiram em completa harmonia, refletindo em sua natureza o amor do Criador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Pousando os olhos sobre a atmosfera anil que repousava sobre as verdejantes florestas, o Eterno continuou: "Voem as aves sobre a face da expansão dos céus".<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Mediante Sua ordem, os Céus encheram-se de pássaros coloridos que, voando em todas as direções, tinham no coração um cântico de gratidão pela vida. Esse cântico encheu o ar, misturando-se com o perfume das matas floridas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Contemplando com prazer Suas criaturas terrenais, o Eterno abençoou-as dizendo: "Frutificai e multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e as aves se multipliquem na Terra."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Alvorecer do sexto dia. Erguendo os potentes braços, o Eterno ordenou: "Produza a Terra alma vivente conforme a sua espécie: gado, répteis e bestas-feras da terra, conforme a sua espécie."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sua voz poderosa foi prontamente ouvida e, nas florestas e campos, pôde-se ver o resultado de Seu poder criador. Animais de todas as espécies despertaram numa existência feliz, em meio a um paraíso de perfeita paz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Movendo-Se com majestade, o Eterno baixou às glórias do novo mundo, dirigindo-Se ao jardim do Éden, lugar do divino trono. Os anjos da luz acompanharam-nO reverentes, detendo-se qual nuvem sobre os céus do paraíso. Todo Universo observava com profundo interesse o desdobramento dos atos do Criador, em resposta às acusações de seus inimigos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O momento era decisivo. Tudo indicava que o Eterno demonstraria não ser tirano nem egoísta, coroando alguém sobre o monte Sião. Satã e seus seguidores não duvidavam de que o reino lhes seria entregue e reinariam vitoriosos no seio daquele antigo abismo, onde as trevas e a luz agora se entrelaçavam. Os súditos da luz estremeceram ante essa perspectiva.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Junto à fonte do rio da vida, o Eterno curvou-Se solenemente e, com os elementos naturais da Terra, começou a moldar, com muito carinho, uma criatura especial. Depois de alguns instantes, estava estendido diante do Criador o corpo, ainda sem vida, do primeiro homem. O Eterno contemplou-o e, após acariciar-lhe a face fria e descorada, soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida e o homem começou a viver.<br />
<br />
<br />
<br />
Como que despertando de um sono, o homem abriu os olhos e contemplou a face meiga de Seu Criador que, sorrindo, beijou-lhe a face agora corada e cheia de vida. Emocionou-se ao ouvir o Eterno dizer-lhe com voz suave e cheia de afeição:<br />
<br />
<br />
<br />
(ESTA DESCRIÇÃO DA CRIAÇÃO DO HOMEM É PARTICULARMENTE EMOCIONANTE E MOSTRA O CARINHO DE DEUS PARA COM O HOMEM, O ACARICIANDO E BEIJANDO SEU ROSTO)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
"Meu filho, meu querido filho!" Por ter nascido do solo, o primeiro homem recebeu o nome de Adão.<br />
<br />
<br />
<br />
As hostes fiéis que admiradas testemunhavam a grandiosa realização divina, emocionadas ante o gesto humano, prostraram-se também em reverente adoração. Uniram então as vozes num cântico de júbilo em saudação àquela criatura especial, que despertava para a vida num momento tão decisivo para o Universo.<br />
<br />
<br />
<br />
Com o coração cheio de felicidade, Adão uniu-se aos anjos em seu cântico de louvor. Sua voz, ao ecoar pelos arredores floridos, misturou-se ao canto das aves e ao mugir de animais que se aproximavam em festa.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(NO MUNDO ADÁMICO HAVIA UMAITERAÇÃO ENTRE AS CRIATURAS E HOMEM E ANIMAL ERA CULTURADORES DE DEUS, OS ANIMAIS AINDA CONTINUAM LOUVANDO A DEUS. MUITOS DOS CÂNTICOS DAS AVES SÃO LOUVORES A DEUS E NÃO TEM NENHUM SIGNIFICADO DE COMUNICAÇÃO ENTRE AS AVES DA MESMA ESPÉCIE)<br />
<br />
<br />
<br />
Num passeio de surpresas inesquecíveis, Adão foi conscientizado das belezas de seu lar. Com admiração, contemplou o monte Sião, donde jorrava o rio da vida, numa cascata de luz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com intensa alegria, Adão tomava conhecimento das infindáveis espécies de animais que povoavam o jardim. Todos eram mansos e submissos e viviam em perfeita harmonia e felicidade.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Observando os animais, Adão percebeu que eles desfrutavam de um companheirismo especial. Via por toda parte casais felizes que viviam um para o outro. Seus pensamentos voltaram-se para o Seu Companheiro. Olhou ao derredor e ficou surpreso por não vê-Lo. O Eterno havia Se ocultado propositalmente, tornando-Se invisível.<br />
<br />
<br />
<br />
(OS SERES CELESTIAIS TEM A FACULDADE DE FICAR VISIVEL OU INVISÍVEL AOS OLHOS HUMANOS. ANTES DO PECADO DEUS FICAVA MAIS VÍSIVEL DO QUE INVISÍVEL. COM O INGGRESSO DO PECADO NA TERRA, O OPOSTO É QUE TORNOU-SE REGRA)<br />
<br />
<br />
<br />
Adão sentia-se solitário em meio àquele paraíso. Com quem partilharia sua felicidade e seu amor? Havia ali os animais, mas eles eram irracionais, não podendo compartilhar de seus ideais. Nascia em seu coração, ao caminhar solitário naquele entardecer, um desejo ardente de encontrar alguém que pudesse estar sempre a seu lado.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Enquanto Adão olhava para as distantes colinas na esperança de ver alguém, o Eterno apresentou-Se ao seu lado e disse-lhe:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
"Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma companheira."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão ficou feliz ao ouvir do Criador essa promessa, justamente no momento em que tanto ansiava ter alguém para estar sempre visível a seu lado.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Tomado por um profundo sono, Adão reclinou-se no peito de seu amoroso Criador que, com carícias, o fez adormecer. Em seu subconsciente surgiram os primeiros sonhos:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Contempla o olhar meigo do Eterno; ouve o som harmonioso da música angelical; descobre as maravilhas ao derredor: o monte Sião com seu arco-íris; o rio da vida; os prados em flor; os animais que o saúdam em festa. Repetem-se em seus sonhos as cenas que o envolveram em seu anseio; olha ao derredor na esperança de encontrar seu companheiro, mas não o vê. Sente-se solitário em seu sonho, e isso o faz procurar alguém com quem possa compartilhar sua existência. Seu olhar estende-se por campinas verdejantes, divisando ao longe colinas floridas. Enquanto caminha esperançoso, sente a brisa mansa a afagar-lhe os cabelos macios. Conversa com a brisa: "Brisa, você parece ser quem tanto procuro; você me afaga os cabelos; beija minha face; você tem o perfume das verdes matas. Se eu pudesse ver sua face, beijá-la-ia; se eu pudesse tocar os seus cabelos, faria longas tranças e as enfeitaria com as flores do nosso jardim!"<br />
<br />
<br />
<br />
(NO PRIMEIRO DIA DA NOSSA EXISTÊNCIA, NA PESSO ADE ADÃO, O HOMEM SONHA, E ELE SONHA EM UMA CONVERSA COM A BRISA)<br />
<br />
<br />
<br />
Após caminhar em sonho pelos prados do paraíso, Adão deteve-se enquanto contemplava a paisagem ao redor. Admirou-se por não ver o efeito da brisa nos ramos floridos. Mas como, se a sentia calidamente no rosto? Começou então a despertar de seu sonho. Ainda com os olhos fechados lembrou-se do momento em que, sonolento, recostara-se no peito do Eterno. Seria a brisa o afago de Suas mãos? Com esta indagação abriu os olhos e emocionou-se ao contemplar uma linda mulher que, com as mãos perfumadas, acariciava-lhe a face com amor. Era a brisa de seu sonho; a promessa de um Criador que só queria fazê-lo feliz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Agora Adão era completo, pois tinha Eva, que era carne de sua carne e ossos de seus ossos. Tomando-a pela mão, Adão convidou-a para um passeio de surpresas inesquecíveis. Mostraria à sua companheira as belezas de seu lar.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sensibilizada Eva detinha-se a cada passo, atraída pelas flores que exalavam suaves perfumes; pelos pássaros que gorjeavam alegres cantos; pelos animais que os seguiam submissos; pela vegetação de ricos matizes; pelas águas cristalinas do rio da vida que jorravam em cascata do monte Sião. Tudo no paraíso era perfeito e belo, mas nada se igualava ao ser humano, criado à imagem de Deus. Voltaram-se um para o outro em admiração e carícias. Embalados por esse amor, permaneceram até o entardecer. Com deleite, o jovem casal passou a contemplar o sol poente que, através de rosados raios, coloria o céu em lindo arrebol.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Era o sexto dia que chegava ao seu final, dando lugar às horas de um dia especial: o sábado. Esse dia, em seu significado, seria solene para todos os súditos do Eterno, pois seu alvorecer traria a vitória para o reino da luz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Indagavam o sentido das trevas quando, por entre as ramagens, viram um lindo luar, cujos raios prateados banhavam a natureza em suave luminosidade. Todo o céu estava iluminado pelo fulgor das estrelas. <br />
<br />
<br />
<br />
Admirados, descobriram que a noite somente era trevas quando se olhava para baixo. Adão e Eva em sua inocência não sabiam que aquela noite simbolizava o futuro sombrio da humanidade. Quando o compreendessem, ficariam confortados ao contemplar o fulgor dos céus: o luar falaria de esperança e as estrelas cintilantes testemunhariam o interesse das hostes da luz em aclarar-lhes as trevas morais, dando alento aos pecadores. Mas seriam iluminados apenas aqueles que, desviando os olhos da Terra, contemplassem os altos céus.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Após contemplar por algum tempo o céu em sua luminosidade, o casal, lembrando-se das belezas do paraíso, volveu os olhos, buscando divisá-las. Estavam, porém, ocultas em meio às sombras. Quanto almejavam o alvorecer, pois somente ele traria consigo o paraíso!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ante o anseio do coração humano, o Eterno surgiu em meio às trevas, devolvendo ao casal a alegria de se encontrar novamente num jardim colorido.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Banhados em suave luz, caminhavam agora por prados verdejantes e floridos. o brilho do Criador despertava a natureza por onde passavam, colorindo e alegrando tudo em derredor. O casal, admirado, aprendeu que ao lado do Eterno poderiam ter um paraíso em plena noite.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sentindo-se sonolentos, Adão e Eva recostaram-se no colo do amoroso Pai, que os faz adormecer docemente, esperançosos de um despertar feliz. Deitando-os sobre a relva macia, o Eterno elevou-Se indo para junto das hostes contemplativas. Voltaria a manifestar-Se ao alvorecer, fazendo o casal despertar para o mais solene acontecimento, que reduziria a pó as vis acusações dos inimigos.<br />
<br />
<br />
<br />
(O CLIMA DO PLANETA E TODA A VIDA NO PARAISO PERMITIA QUE O HOMEM VIVESSE NO PARAISO EM QUALQUER LUGAR QUE SENTIRIAM CONFORTO, ASSIM, ADÃO E EVA DORMIA NA PRÓPRIA RELVA).<br />
<br />
<br />
<br />
A noite escura e fria, através de suas longas horas, parecia zombar da luz. Ofuscaria para sempre as belezas da criação? Oh, jamais! O sol não recuaria ante a imponência das trevas; surgiria em breve como um libertador, arrebatando com seus cálidos raios a natureza das frias garras, dando-lhe vida e cor.<br />
<br />
<br />
<br />
Num último desafio, as trevas tornaram-se densas nas horas que antecederam o alvorecer. A noite arregimentava suas forças para lutar pelo domínio usurpado.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Finalmente, surgiu no leste um lampejo que parecia falar de esperança em um novo dia. O céu aos poucos tornou-se colorido de um vermelho vivo. As trevas impotentes recuaram ante a força crescente da luz e foram consumidas em sua fuga. A natureza começou a despertar da longa noite, refletindo em seu seio os saudosos raios. Flores abriram-se, exalando perfumes de alegria; animais e aves, silenciados pela noite, uniram as vozes num cântico triunfal em saudação ao alvorecer daquele dia grandioso. A negra noite chegara ao fim, dando lugar à luz do dia sonhado - dia que para Deus tinha um sentido especial, pois prefigurava a final vitória de Seu reino sobre o domínio da rebeldia. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno agora despertaria Seus filhos humanos que, banhados pela luz de Sua presença, haviam adormecido na esperança de um alvorecer feliz. Numa marcha festiva, todas as hostes santas, com cânticos de vitória, acompanharam-nO rumo ao paraíso banhado em luz. Quando já estavam próximos, o Criador deteve-Se contemplando o casal adormecido, e exclamou suavemente: "Acordem meus filhos." Sua voz penetrou nos ouvidos de Adão e Eva, despertando-os para a mais feliz comunhão. Quão depressa raiara a acalentada manhã, trazendo em sua luz o doce paraíso, perdido naquela noite! Com alegria o casal saudou o divino Criador, unindo-se aos anjos em antífonas triunfais.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Universo vivia um momento deveras solene. Naquela manhã festiva, o Eterno haveria de revelar a grandeza de Seu caráter, que é justiça e amor. As acusações de que Seu governo era de egoísmo e tirania seriam refutadas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Aos olhos de todas as criaturas racionais do vasto Universo, Deus conduziu o jovem casal ao monte Sião, lugar do divino trono. Ali, ante o estremecimento das hostes emudecidas, o Criador, num gesto surpreendente, cobriu o homem com o manto real, colocando sobre sua cabeça a coroa que fora cobiçada por Lúcifer.<br />
<br />
<br />
<br />
(ADÃO ESTAVA VESTIDO COM UM MANTO NO PARAISO, OS HUMANOS NÃO ESTAVAM NUS CONFORME A NOSSA CONCEPÇÃO FÍSICA)<br />
<br />
<br />
<br />
Movidos por profunda gratidão pela suprema honra conferida, Adão e Eva prostraram-se reverentes, depondo aos pés do Criador sua coroa preciosa, em sinal de submissão. Seguiu-se a esse gesto humano um brado de vitória que sacudiu toda a Criação. Os filhos da luz, que por tanto tempo haviam sofrido afrontas e humilhações ante as constantes acusações das hostes rebeldes, exaltaram em retumbante louvor o Deus bendito, que em Sua obra de justiça desmentira os inimigos, revelando Seu caráter de humildade, desprendimento e amor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Tendo constituído o homem como o senhor de toda a criação, o Eterno, com voz solene, passou a conscientizá-lo da grandiosidade de sua missão. Como um guardião, deveria cuidar do paraíso, mantendo límpida a fonte do rio da vida. As leis da justiça e do amor, fundamentos do reino da luz, deveriam ser honradas. Como um cetro racional, caberia ao homem, em gesto de reconhecimento e gratidão, aceitar livremente o governo d'Aquele que o criou.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As hostes, que maravilhadas testemunhavam a revelação do desprendimento divino, compreenderam que o Senhor da Luz não governaria mais o Universo, a não ser com o consentimento humano. O homem, pela vontade do Eterno, fora feito o árbitro da criação; em seu glorioso ser, feito à imagem do Criador, resplandecia o selo do eterno domínio.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Após revelar ao casal a infinita honra e responsabilidade de sua missão, o Criador conscientizou-o do conflito espiritual que se travava pela conquista do domínio universal: Lúcifer, que por incontáveis eras servira ao divino Rei em Sião, havia sido corrompido pelo orgulho e pelo egoísmo, sendo seguido por um terço das hostes racionais; buscavam agora destronar o Eterno, desonrando-O com vis acusações. Tendo revelado ao ser humano a dolorosa situação em que o Universo se encontrava, o Eterno, num gesto solene, mostrou-lhe duas altaneiras árvores que, carregadas de grandes frutos, se erguiam em ambas as margens do rio que nascia do trono. A que se elevava à direita revelou o Senhor ser a árvore da vida monumento do reino da luz. A que se erguia à outra margem revelou ser a árvore da ciência do bem e do mal - símbolo da rebeldia.<br />
<br />
<br />
<br />
(OS ÍMPIOS E INDOUTOS VIVEM FALANDO BESTEIRAS E ASNEIRAS SOBRE A ÁRVORE DA CIÊNCIA DO BEL E DO MAL. ELA ERA SÍMBOLO DE REBELIÃO E NADA TINHA EM RELAÇÃO A SEXO OU A MAÇA)<br />
<br />
<br />
<br />
Comendo do fruto da árvore da vida, o homem manifestaria sua submissão ao Criador, que é Fonte de vida e luz. Comer da outra árvore seria entregar ao inimigo o domínio de Sião. O inevitável resultado desse passo seria a morte eterna, não somente para o ser humano, mas para toda a criação, que se reduziria ao caos sob a fúria da rebeldia.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Após contemplar demoradamente as duas altaneiras árvores, que externavam em seus frutos tão infinita responsabilidade, Adão prostrou-se ante o Criador, dizendo: "Digno és Senhor de reinar sobre o Universo, pois pela Tua sabedoria, amor e poder todas as coisas foram criadas e subsistem."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O sábado, emblema do triunfo divino, encheu-se de louvor. Todos os filhos da luz uniram-se ao ser humano no mais harmonioso cântico de exaltação Àquele cuja grandeza é sem par. Foi com espanto que Satã e seus seguidores testemunharam a grandiosa realização do Eterno. Presenciaram com amargura a alegria dos fiéis ante a coroação do homem- acontecimento que lançara por terra as fortes acusações que eles haviam levantado contra o governo divino. Cheios de frustração e ira, consideravam agora sua triste condição. Quão terrível e humilhante era-lhes o pensamento de verem seus planos de rebeldia desfazerem-se diante do Criador, semelhantes às sombras daquela noite. Se pudessem, pensavam, encheriam o sábado de trevas, banindo da mente dos súditos do Eterno qualquer esperança de vitória.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Finalmente, em suas considerações, Satã e seus liderados compreenderam que lhes restava uma oportunidade: no meio do jardim do Éden, nas alturas de Sião, elevava-se, junto ao rio da vida, a árvore da ciência do bem e do mal. Bastaria um gesto humano, nada mais, e teriam sob seu poder, para sempre, o domínio cobiçado. Mas como seduzi-lo?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Animado ante a perspectiva de uma conquista, Satã procurou, com engenhosidade, arquitetar um plano de abordagem. Sabia que, se falhasse em sua tentativa, todas as esperanças de triunfo ter-se-iam diluído, desfazendo-se todos os seus sonhos de aventura. Concluiu que o engano haveria de ser sua poderosa arma. Não fora através dele que conseguira dominar um terço das hostes celestes?! Aguardaria, portanto, um momento propício para armar sua cilada.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
No Éden pairava uma perfeita paz. Por todos os lados os passarinhos faziam ouvir seus alegres trinos em louvor constante ao Criador. Toda a natureza a florir parecia proclamar um reino de eterna alegria. Os animais sempre submissos ao homem, o senhor daquele paraíso encantador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Tudo era felicidade para o casal; mas esta tornava-se mais intensa na viração daqueles dias primaveris. O arrebol, que com sua beleza coloria o céu prenunciando as escuras noites, anunciava-lhes também o momento da visita diária do Eterno. Juntos, sob a luz de Sua presença, passavam longo tempo em conversação. Com ânimo, o casal contava ao Senhor as surpreendentes maravilhas que iam descobrindo a cada dia na natureza. Deus, com carinho, descerrava-lhes o significado de cada ser.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
( TODO FINAL DE TARDE DEUS VISITAVA ADÃO E EVA)<br />
<br />
<br />
<br />
Como Ele fora bom, trazendo-os à existência e concedendo-lhes um lar tão cheio de delícias! Ao despertarem para as alegrias de cada dia, vinham-lhes à lembrança as carícias e o doce canto do Eterno, que os fazia adormecer todas as noites. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A vida de Adão e Eva no Éden não era de ociosidade. A eles foi recomendado o cuidado do jardim. Sua ocupação não era cansativa, ao contrário, era agradável e revigorante. O Criador indicara o trabalho como uma fonte de benefícios para o homem, a fim de ocupar-lhe a mente e fortalecer-lhe o corpo, desenvolvendo-lhe todas as faculdades. Na atividade mental e física, o homem encontrava um elevado prazer.<br />
<br />
<br />
<br />
(O TRABALHO É UMA BENÇÃO, A OCISOSIDADE NÃO FAZ BEM A NINGUÉM. O TRABALHO NO CAMPO É O MELHOR TRABALHO. É UMA TERAPIA, MUITO USADA PELAS CLÍNICAS DE RECUPERAÇÃO DE VICIADOS E DEPENDENTES QUÍMICOS)<br />
<br />
<br />
<br />
Era comum ao jovem casal receber visitas de seres celestes. Aos visitantes sempre tinham novidades a relatar e perguntas a fazer. Passavam longo tempo ouvindo deles sobre as maravilhas do reino de luz. Através desses visitantes, Adão e Eva passaram a ter amplo conhecimento da rebelião de Lúcifer e de suas eternas conseqüências. Aos visitantes, Adão e Eva sempre pediam que lhes ensinassem os harmoniosos cânticos celestiais. Como se deleitavam ao unirem as vozes ao coro angelical! <br />
<br />
<br />
<br />
(OS HUMANOS E OS SERS ANGELICAIS POSSUIAM GRANDE INTIMIDADE, E OS HOMENS ESTAVAM PERFEITAMENTE INSTRUIDOS SOBRE OS ARDIS DO DIABO. NEM A BÍBLIA, NEM OUTRA FONTE DE CONHECIMENTO REVELA QUANTO TEMPO ADÃO E EVA FICARAM NO PARAISO, AQUI PODE ESTA OUTRO INTERVALO DE TEMPO QUE PODE TER DURADO DIAS, OU MILHARES DE ANOS)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em Sua onisciência, Deus tinha conhecimento do terrível intento do inimigo. Convocando as Suas hostes principais, revelou-lhes com pesar o iminente perigo que pairava sobre o Universo. Satã haveria de armar uma cilada, a fim de levar o homem a comer da árvore da ciência do bem e do mal. Ante essa revelação, os filhos da luz ficaram temerosos, pois conheciam a tremenda facilidade de Satã em enlaçar criaturas inocentes e atirá-las em suas malhas de morte.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
No solene concílio, sem a autorização de Deus, decidiram enviar, com urgência, mensageiros para advertirem o homem do grande perigo. Dois poderosos anjos foram encarregados dessa decisiva missão.<br />
<br />
<br />
<br />
Imediatamente, os mensageiros comissionados irromperam pelos portais de Jerusalém, alcançando o seio do espaço infinito.<br />
<br />
<br />
<br />
(OS ANJOS NÃO SÃO CRIATURAS ROBÔTICAS, ELAS SÃO AUTONOMAS E CAPAZES DE TOMARE DECISÕES POR SI MESMAS. NESTA PASSAGEM, VEMOS QUE OS ANJOS DELIBERARAM AGIR, MESMO SEM A AUTORIZAÇÃO DE DEUS. ISSO NÃO IMPLICARIA PECADO OU REBELDIA)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em instantes, transpuseram imensidões, cruzando todo o universo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Podiam agora divisar a pouca distância o Jardim do Éden, onde o destino do Universo estava para ser decidido.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva viram então no límpido céu o sinal da aproximação dos visitantes celestes e a eles ergueram os braços numa alegre saudação. Adão e Eva admiraram-se, porém, por não verem no semblante deles a mesma alegria. Os visitantes traziam na face uma expressão de anseio que eles não podiam entender. Tentaram mudar-lhes a triste feição, contando-lhes as novas descobertas feitas no paraíso. Os mensageiros, todavia, não tendo tempo disponível como outrora, interromperam-nos com palavras de advertência. Satã haveria de armar-lhes uma cilada, a fim de levá-los a comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal. Se dessem ouvidos à tentação, fariam sucumbir toda a criação no abismo de um eterno caos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(É LAMENTAVEL QUE MESMO COM TANTAS ADVERTÊNCIAS, ADÃO E EVA NÃO PUDERAM RESISTIR A TENTAÇÃO DO DIABO E LANCARAM A CRIAÇÃO NO SOFRIMENTO EM QUE VIVEMOS)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os anjos lembraram-lhes que o reino lhes fora confiado como um sagrado depósito, devendo, em uma vida de fidelidade, honrar Aquele que por amor esvaziou-Se, colocando-Se numa posição de hóspede do ser humano. Adão e Eva deveriam ser firmes ante as insinuações do inimigo, pois assim selariam a eterna vitória do reino da luz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Falando-lhes da feliz recompensa que se seguiria ao seu triunfo, os anjos revelaram que era plano de Deus a transferência de Jerusalém Celeste para a Terra. Ali, novamente acoplada ao paraíso, permaneceria para sempre. E o homem, submisso ao Criador, reinaria pelos séculos sem fim sobre o monte Sião, em meio aos louvores das hostes universais.<br />
<br />
<br />
<br />
(JERUSALÉM É UMA CIDADE CELESTIAL E A JERUSALÉM TERRESTRE É UM REFLEXO DA CELESTIAL. O MONTE SIÃO É ANTES DE MAIS NADA, UM LUGAR CELESTIAL, E O MONTE SOBRE A QUAL ESTÁ A SIÃO TERRESTRE É UM ESPELHO DAS COISAS ESPIRITUAIS)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Mas tudo isso dependia inteiramente do posicionamento humano frente às tentações do inimigo, que faria de tudo para arrebatar-lhe o reino.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva ficaram temerosos ao conhecerem os planos de Satã, mas foram consolados ao saberem que ele não poderia fazer-lhes nenhum mal, forçando-os a comer do fruto proibido. Se, porventura, procurasse intimidá-los com seu poder, todas as hostes do Eterno viriam em seu socorro. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os mensageiros da luz concluíram sua missão recomendando ao casal permanecerem vigilantes, tendo sempre em mente a responsabilidade que sobre eles repousava. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva, agradecidos pelas advertências dos anjos, uniram as vozes num cântico de promessa em uma eterna vitória. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Estavam certos de que jamais abandonariam o bendito Criador, ouvindo a voz do tentador. Animados ante a promessa humana, os dois mensageiros retornaram ao seio da Jerusalém Celeste onde, junto às hostes santas, aguardariam com anseio o anelado triunfo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Satã viu aproximarem-se do paraíso os mensageiros e ouviu o canto do homem prometendo uma eterna vitória. Esse cântico fez com que sua inveja e ódio aumentassem de tal maneira que não os pôde conter. Disse então a seus seguidores que em breve faria silenciar aquela voz. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As hostes rebeldes ficaram curiosas para conhecer os planos de seu chefe, mas foram por ele advertidas de que deveriam aguardar até que tudo ficasse para sempre decidido. Se o homem ouvisse sua voz, comendo do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, seria vitorioso, possuindo para sempre o domínio do Universo. Caso o homem resistisse, permanecendo fiel ao Criador, já não haveria qualquer esperança para eles.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O paraíso parecia estar envolvido por uma eterna segurança, mas no semblante do homem podia ser vista uma expressão de temor. Desde a partida dos anjos, Adão e Eva permaneciam silenciosos, meditando com reverência sobre a tremenda responsabilidade de sua missão. Pensavam na seriedade daquela iminente prova que haveria de selar o seu futuro e o de toda a Criação.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Animados, contudo, ante o pensamento da vitória, uniram mais uma vez as vozes num cântico que expressava a certeza do triunfo anelado.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Satã, que observava atentamente o casal, percebeu estar chegando a sua oportunidade. Aproximou-se de forma invisível do paraíso, e ficou esperando o melhor momento.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Inconsciente da presença do inimigo, o casal continuava em sua desprendida alegria. No semblante transtornado de Satã estampou-se um maldoso sorriso, ao presenciar um descuido do casal: em sua exaltação, haviam afastando-se um do outro. O astuto inimigo, não perdendo tempo, apossou-se de uma serpente, a mais bela do paraíso, fazendo-a aproximar-se graciosamente de Eva.<br />
<br />
<br />
<br />
(A PRIMEIRA POSSESSÃO DEMONÍACA QUE OCORREU FOI NO CORPO DE UMA COBRA, RAZÃO PORQUE ELA FICOU ESTIGMATIZADA COM UMA MALDIÇÃO)<br />
<br />
<br />
<br />
Eva, que assentada no gramado brincava com os animais, percebeu a presença da atraente serpente, cujo corpo refletia as cores do arco-íris. Ficou admirada ao vê-la colher flores e frutos do jardim, depositando-os a seus pés. Agradecida, tomou-a nos braços, dedicando-lhe afeto.<br />
<br />
<br />
<br />
(COBRA COLORIDA, DAS COBRAS QUE CONHEÇO A COBRA CORAL PARECE SER A AQUI DESCRITA)<br />
<br />
<br />
<br />
Tendo conquistado a afeição da mulher, Satã, em sua astúcia, começou a atraí-la para junto da árvore da ciência do bem e do mal. Sem se dar conta do perigo, Eva acompanhou a serpente até a árvore da prova. Ali, tendo nos braços o inimigo velado, acariciou-o e disse-lhe palavras de carinho. Tendo nos olhos o brilho da sedução, a serpente pôs-se a falar. Suas palavras eram cheias de sabedoria e ternura e sua voz como a de um anjo. Eva mal pôde crer no que via. Sua alegria tornou-se imensa por ter nos braços uma criatura tão fantástica. Passaram a conversar sobre muitas coisas: o amor; as belezas do jardim; o poder do Criador. Eva ficou admirada ante o conhecimento tão vasto da serpente, que discorria com maestria sobre qualquer assunto. Envolvida por essa experiência, Eva esqueceu-se completamente de seu companheiro. Nem sequer passavam pela sua mente as advertências dos anjos.<br />
<br />
<br />
<br />
(EVA FOI ENGANADA, PORQUE EM NENHUM MOMENTO ELA PENSOU QUE ESTAVA FALANDO COM SATANÁS, ELA ACREDITAVA QUE ESTAVA DIANTE DE UMA CRIATURA DE DEUS.<br />
<br />
<br />
<br />
Subitamente o coração de Adão pulsou forte por não ver Eva a seu lado. Ergueu então a voz num grito ansioso. Sua voz, ecoou pelo paraíso, contudo, não trouxe consigo uma resposta. O silêncio quase o sufocou. Em sua aflição pôs-se a correr de um lado para outro, procurando-a, em vão. Nessa ansiosa busca, sentiu a brisa afagar-lhe os cabelos e recordou seu primeiro sonho. Essa lembrança, no entanto, desfez-se ante o pensamento do perigo que os ameaçava.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com a mente tomada por um grande senso de culpa, Adão apressou o passo na aflitiva procura. Onde estaria a sua amada? Mais uma vez ergueu a voz num grito ansioso que repercutiu por todo jardim: "Eva, onde você está?" Aguardou uma resposta, mas ouviu somente um eco vazio que o desesperou.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Lembrou-se da árvore da ciência do bem e do mal; ali era o único lugar que não fora procurado.<br />
<br />
<br />
<br />
Com a serpente em seus braços, Eva interrogou-a a respeito de muita coisa. Maravilhou-se ao perceber que a serpente a sobrepujava grandemente em conhecimento. Cheia de curiosidade, perguntou à serpente:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Onde está a fonte de seu tão grande saber? Responda-me, pois quero também possuí-la.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sem perder tempo, Satã, apontando para a árvore da ciência do bem e do mal, respondeu:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Ali está a fonte de todo meu saber.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ele conta então uma mentirosa história: disse que era uma serpente como as demais, comendo dos frutos do paraíso. Provando certo dia daquele fruto especial, recebeu, como que por encanto, todas as virtudes.<br />
<br />
<br />
<br />
Olhando para a árvore da ciência do bem e do mal, Eva ficou surpresa e confusa. Privaria o Criador em seu amor algo tão bom às suas criaturas?! Vendo-a surpresa, Satã perguntou:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- É assim que Deus disse: Não comereis de todas as árvores do jardim?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Eva, inquieta, respondeu:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Dos frutos das árvores do jardim comemos, mas do fruto dessa árvore que você diz ser fonte de sabedoria, disse Deus: "Não comereis dele, para que não morrais."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A serpente em tom de desdém disse:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Isso é falso. Se fosse assim, eu teria morrido. Certamente o Eterno os proibiu de comer dessa árvore para impedir que o homem venha a se tomar como Ele, conhecendo todas as coisas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As palavras sedutoras da serpente causaram confusão na mente de Eva. Em quem confiaria? Tinha em mente a lembrança da ordem do Criador e de sua sentença, mas ao mesmo tempo tinha diante de si uma prova palpável que O contradizia.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Num desafio, a serpente colheu frutos da árvore proibida e passou a saboreá-los. Colocando um fruto nas mãos da mulher, incentivou-a a comer, dizendo:<br />
<br />
<br />
<br />
( O FRUTO DA ÁRVORE DA CIÊNCIA DO BEM E DO MAL, ERA UM FRUTO QUE ERA PROÍBIDO PARA OS HUMANOS, VEMOS A COBRA, POSSUIDA POR LÚCIFER COMENDO DESTE FRUTO E NADA DE MAIS ACONTECEU COM ELES. O MANDAMENTO ERA PARA OS HUMANOS. COMER DAQUELE FRUTO SERIA A OPÇÃO PELA REBELIÃO)<br />
<br />
<br />
<br />
- Não disse o Eterno que se alguém tocasse nesse fruto morreria?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em Jerusalém havia grande comoção. Poderosos anjos apresentaram-se diante do Criador, solicitando permissão para esmagarem o covarde inimigo, oculto naquela serpente. O Eterno, contudo, impediu-lhes tal ação. Deviam respeitar o livre-arbítrio concedido ao homem, podendo ele manifestar sua escolha sob a tentação do inimigo.<br />
<br />
<br />
<br />
( OS ANJOS SÃO FIÉIS GUARDIÃES DA VONTADE DIVINA E AO ASSISTIREM O ESPETÁCULO DA TENTAÇÃO DE EVA, TENTARAM IMPEDIR O TRÁGICO DESFECHO. OUTRA VEZ FORAM IMPEDIDOS POR DEUS, QUE EM NOME DO LIVRE ARBÍTRIO DEIXOU O UNIVERSO SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS DA LIBERDADE. MUITAS VEZES A LIBERDADE PODE TRAZER SOFRIMENTO, PORQUE SOMOS UNICAMENTE RESPONSÁVEIS PELA DECISÃO LIVRE QUE TOMAMOS)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os filhos da luz sofriam imensamente ao verem a mulher duvidando dAquele que tão bondosamente lhes dera a vida e a oportunidade de reinarem naquele paraíso. Como poderia duvidar de quem lhes dedicava tanto amor?!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Eva vacilava em sua convicção ao contemplar o fruto em suas mãos. Seu brilho, seu encanto, uma forte magia atraia aquele fruto a sua boca. Por alguns momentos o futuro pareceu-lhe sombrio e aterrador, mas venceu esse sentimento, pensando nas glórias que haveria de conquistar ao comer aquele fruto. Ainda um tanto indecisa, ergueu vagarosamente as mãos até tocar o fruto com os lábios.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os súditos do reino da luz, estremecidos, inclinaram-se tomados por grande espanto. Parecia quase impossível, àquela altura, a mulher voltar atrás.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Enquanto pálidos os fiéis indagavam sobre uma possível esperança, presenciaram com horror a terrível decisão de Eva: resolvera romper para sempre com o Criador, tornando-se cativa da morte.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno, que em silêncio e dor contemplava aquela cena de rebelião, curvou a fronte.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os fiéis, que em pânico julgavam-se vencidos, foram conscientizados de que nem tudo estava perdido. Se Adão resistisse à tentação, permanecendo fiel ao Eterno, ele selaria a grande vitória. Eva, que fora vítima de um engano, poderia ser conscientizada de seu erro, sendo favorecida com o perdão divino.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Quando Adão em sua angustiosa corrida alcançou o lugar da árvore, já era tarde demais. Assentada junto ao rio, Eva saboreava despreocupadamente o fruto proibido. Adão estremeceu. Seria mesmo o fruto da prova? Num gesto de esperança olhou para a árvore da ciência do bem e do mal, mas em pranto reconheceu a triste condenação. Cheio de tristeza contemplou sua esposa, mas não encontrou palavras para despertá-la para tão amarga realidade. Em completo desespero, ergueu a voz numa dolorosa exclamação:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
"Eva, Eva, o que você está fazendo!"<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao comer do fruto proibido, a mulher foi tomada por emoções que a fizeram imaginar haver alcançado uma esfera superior de vida. Ao ouvir a voz de seu esposo, ainda tomada pelas ilusórias emoções, ergueu a fronte estampando um sorriso, mas surpreendeu-se ao vê-lo chorando.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com profunda amargura, Adão procurou saber a razão que a levara a rebelar-se contra o Eterno. Eva, prontamente, passou a contar-lhe a fantástica história da sábia serpente.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Satã sabia que essa história de serpente jamais convenceria o homem a comer do fruto da árvore proibida. Precisava encontrar uma maneira sutil de levá-lo a selar sua sorte seguindo os passos de sua esposa. Tendo Eva sob seu poder, resolveu fazer dela o objeto tentador. Aguardaria o momento oportuno para enlaça-lo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
No dia em que dela comerdes, certamente morrereis. A lembrança desta sentença deixava Adão muito aflito. A expectativa de ver sua amada perecendo em seus braços, era demais para suportar. Esta aflição, contudo, foi diminuindo, ao ver que ela continuava feliz e carinhosa ao seu lado, como se nenhum mal lhe houvesse acontecido. Aliviado, Adão voltou a sorrir, correspondendo aos afetos de sua companheira. Rendia-se às mais doces emoções, longe de saber que era o inimigo quem o envolvia naqueles abraços.<br />
<br />
<br />
<br />
(PARECE QUE ADÃO AO VER EVA COMER, ACHOU QUE ELA IRIA MORRER IMEDIATAMENTE, MAS COMO ISSO NÃO OCRREU. ELE FICOU MENOS TENSO E ALIVIADO, EM SEGUIDA, O TEXTO SUGERE QUE O DIABO POSSUIU EVA, FAZENDO-A SORRIR PARA ADÃO E ACARICIÁ-LO. AGORA A MULHER IRIA SER O INSTRUMENTO PARA A QUEDA DO HOMEM)<br />
<br />
<br />
<br />
Nesse momento de enlevo, Eva começou a falar-lhe de sua experiência com a ciência do bem e do mal. <br />
<br />
<br />
<br />
Falou-lhe dos tesouros da sabedoria que lhe haviam sido abertos. Em seu novo reino, viveria muito feliz. Entretanto, essa felicidade seria incompleta sem a participação de seu esposo. Falou-lhe da impossibilidade de retroceder em seus passos, e insistiu para que ele a seguisse.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de falar-lhe de sua decisão, Eva, com um doce sorriso, estendeu-lhe as mãos contendo um fruto, pedindo-lhe que o comesse numa demonstração de seu amor por ela.<br />
<br />
<br />
<br />
(COMO EVA FEZ COM ADÃO, INCONTÁVEIS VEZES NA HISTÓRIA HUMANA, AS MULHERES SEDUZEM OS HOMENS, PEDINDO UMA PROVA DE AMOR E QUE MUITAS VEZES SE TRATA DE UM PEDIDO SATANICO E OS HOMENS REPETIDAMENTE TEM CAIDO. LEMBRO-ME AGORA DO CASO DE HERODES QUE FOI SEDUZIDO A MATAR JOÃO BATISTA A PEDIDO DE SALOMÉ)<br />
<br />
<br />
<br />
Com a voz tentadora em seus ouvidos, Adão assentou-se no gramado em profunda reflexão. Sua face tornou-se novamente pálida e suas mãos trêmulas. Temia rebelar-se contra o Criador, mas ao mesmo tempo compreendia que não conseguiria viver separado de sua companheira, a quem amava com infinito amor. Eva era carne de sua carne, a extensão de seu ser.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sentia-se angustiado ao ter de tomar uma decisão tão séria.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A palidez do rosto de Adão refletiu-se no semblante de todos os fiéis ao Eterno. Ouviram a insinuação do inimigo e perceberam com horror a vacilação do homem. A indecisão de Adão deixava-os desesperados. Obedecesse ele àquela proposta de Satã, toda felicidade seria eternamente banida. Nas decisões do ser humano estava o destino de todo o Universo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de intensa luta íntima, Adão olhou para sua companheira; a ela unira-se em promessas de uma eterna entrega. Não a deixaria só agora. Partilharia com ela os resultados da rebelião. Tomou então das mãos de Eva um fruto e, num gesto apressado, levou-o à boca.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Procurando abafar a voz de sua consciência, que lhe falava de uma eterna perdição, Adão lançou-se nos braços de sua esposa, desfrutando o alto preço de sua rebelião.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Satã, com brados de triunfo, deixou o paraíso, voando rapidamente para junto de suas inumeráveis hostes, que aguardavam ansiosas o resultado de tão arriscada tentativa. Ao saberem da desgraça humana, uniram-se numa estrondosa festa. Sentiam-se seguros. Sião agora lhes pertencia por direito, podendo lá estabelecer um reino eterno, jamais sendo molestados pelas leis do Eterno.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em todo o Universo os filhos da luz sofriam e pranteavam a derrota. Nunca houvera tanta tristeza e horror ante o futuro. As vozes que viviam a entoar louvores ao Criador proferiam agora lamentações.<br />
<br />
<br />
<br />
( A DOR DO ANJOS. ESTE TEXTO DESCREVE O LAMENTO DOS ANJOS PELA QUEDA DA HUMANIDADE QUE DEIXOU O CAMINHO DE DEUS PARA IR APÓS SATANÁS)<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno, antes mesmo de criar o Universo já havia previsto esse triunfo da rebeldia e, em Sua sabedoria e amor, idealizara um plano de resgate. Ordenou que Seus mais poderosos anjos circundassem imediatamente o jardim do Éden, impedindo que Satã tomasse posse do monte Sião. Consoladas ante a manifestação divina, as potentes criaturas, em pronta obediência, romperam o espaço infinito, circundando em instantes o paraíso, no seio do qual o ser humano, já transtornado pelo pecado, vivia o negror de uma noite que seria longa e cruel.<br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS NA VERDADE NÃO SE SURPREENDE COM NADA, ELE JÁ SABIA DESDE O PRINCÍPIO DO UNIVERSO SOBRE AS COISAS MÁS QUE IRIAM ACONTECER, MAS O TODO-PODEROSO VAI DANDO PERMISSÃO PARA QUE DETERMINADAS COISAS ACONTEÇAM, SEM QUE NADA SAIA INTEIRAMENTE DO SEU CONTROLE)<br />
<br />
<br />
<br />
Sendo a autoridade do Eterno fundamentada na justiça, de que maneira poderia justificar Suas ações diante dos inimigos? Não entregara por Sua vontade o reino ao homem, e esse por livre escolha não o submetera a Satã? Enquanto surpresas as criaturas racionais consideravam as ações decisivas de Deus, ouviram Sua potente voz que, repercutindo por toda a criação,trazia a revelação do grande mistério - revelação tão maravilhosa que a partir daquele momento, por toda a eternidade, ocuparia a mente dos fiéis, sendo tema para as mais doces meditações.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno falou primeiramente sobre a terrível condenação que pendia sobre o homem e toda a criação. Disse que, ao se desligar da Fonte da Vida, o homem havia se precipitado em tão profundo abismo que não poderia ser alcançado pelo Seu braço de justiça e poder. Humilhado e torturado pelas garras do inimigo, não restava ao homem outra sorte além da morte - fruto doloroso de sua espontânea rebelião.<br />
<br />
<br />
<br />
Considerando a situação humana, as hostes da luz não viam possibilidades de triunfo. Sabiam que só o homem poderia retomar o domínio do inimigo, devolvendo-o ao Criador. Mas o ser humano, eternamente escravizado em sua natureza, seria incapaz de tal vitória.<br />
<br />
<br />
<br />
( O PECADO ATINGIU O SER HUMANO EM SUA NATUREZA, TORNANDO-A ESCRAVIZADA DO PECADO)<br />
<br />
<br />
<br />
Com voz melodiosa e cheia de ternura, Deus revelou o plano da redenção, dizendo: "Na verdade, o homem colherá o fruto de sua rebelião numa terrível morte. Não posso, com o meu poder, mudar-lhe a sorte. Se assim agisse, seria injusto diante de meu decreto. Mas farei cair toda a condenação sobre um Substituto que surgirá na descendência humana. Esse Homem não trará em suas mãos as algemas da morte, sendo inocente e incontaminado em Sua natureza. Como representante da raça humana, enfrentará Satã e o vencerá. Após triunfar nessa batalha, provando que o amor é mais forte que o egoísmo, que a verdade é mais forte que a mentira, que a humildade é mais poderosa que o orgulho, o fiel Substituto erguerá as mãos vitoriosas não para saudar a grande conquista, mas para tomar das mãos da humanidade escravizada a taça de sua condenação. Sorverá assim, submisso, o cálice da eterna morte. Esse imenso sacrifício abrirá aos seres humanos uma oportunidade de serem redimidos, voltando aos braços do Criador, juntamente com o domínio perdido."<br />
<br />
<br />
<br />
(A PRIMEIRA PROMESSA DE UM MESSIAS PARA SALVAR A HUMANIDADE DO PECADO ESTA DESCRITA NESTE TEXTO. AQUI DEUS DISCURSA AOS ANJOS, MOSTRANDO QUE ENVIARÁ UM SUBSTITUTO PARA SOFRER O CASTIGO PELA HUMANIDADE)<br />
<br />
<br />
<br />
As hostes, surpresas ante a revelação do Eterno, indagaram a identidade d'Esse Substituto. O Criador, com um sorriso amoroso, disse-lhes:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
"Parte de Mim será esse Homem. O Meu Espírito repousará sobre uma virgem, e nela será gerado um Filho Santo. Esse menino será divino e humano. Em sua humanidade, ele será submisso à divindade que n'Ele habitará. Os remidos verão n'Ele o Pai da Eternidade, o Criador e Redentor, o Rei dos reis. O Seu nome será Yoshua (nome hebraico que traduzido significa o Eterno salva)."<br />
<br />
<br />
<br />
(ESTA É A MAIS CLARA DESCRIÇÃO DA TEANTROPIA DE JESUS. JESUS ERA HOMEM E DEUS E A VONTADE HUMANA ESTA SUBORDINADA A DIVINA. A CRISTOLOGIA AQUI APRESENTADA MOSTRA QUE JESUS ERA DEUS ENCARNADO)<br />
<br />
<br />
<br />
Assumindo a natureza humana, Deus poderia pagar o resgate, morrendo em lugar dos pecadores.<br />
<br />
<br />
<br />
(ENCARNAÇÃO DE DEUS, TORNANDO-SE HOMEM, NA FIGURA DE CRISTO)<br />
<br />
<br />
<br />
As hostes da luz ficaram emudecidas ao conhecer o plano do Criador. O pensamento de verem-nO submeter-Se a tão penoso sacrifício, a fim de redimir o domínio perdido, era demais para suportarem. Não havia, contudo, outra esperança de vitória, a não ser através dessa amorosa entrega.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Após desfrutar o pecado, o jovem casal sentiu-se mal. Inicialmente sentiram um grande vazio no coração, que logo foi preenchido pelo remorso e pela tristeza. Perceberam que, inspirados pela cobiça, haviam selado sua triste sorte e a de toda a criação. Parecia-lhes ouvir ao longe o gemido de um Universo vencido.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(O DIABO AO SE AFASTAR, PERMITIU QUE ADÃO E EVA REFLETISSEM SOBRE SUAS CONDUTAS E LOGO VEIO O REMORSO)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O sol, que os enchera de vida e calor naquele dia, ocultava-se no horizonte, anunciando-lhes uma negra noite. O arrebol, que até ali anunciara-lhes o feliz encontro com o Criador, parecia envolve-los numa sentença de que jamais despertariam para um novo dia. Com o olhar voltado para o frio solo, vinha-lhes à lembrança a sentença: "No dia em que dela comerdes, certamente morrereis." Desesperadas lágrimas rolavam em seus rostos ao aguardarem o trágico fim.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao considerar o motivo de sua rebelião, Adão começou a recriminar sua esposa por ter dado ouvidos à serpente. Eva, por sua vez, procurando desculpar-se, lançou a culpa sobre o Criador, dizendo: "Por que o Eterno permitiu que a serpente me enganasse?!"<br />
<br />
<br />
<br />
(A PRIMEIRA CONSEQUENCIA DO PECADO, A CONSEQUENCIA MAIS IMEDIATA, FOI A DESORDEM FAMILIAR, ADÃO E EVA NÃO SE ENTENDIAM E PASSARAM A TROCAR ACUSAÇÕES)<br />
<br />
<br />
<br />
O amor que reinava no coração humano desaparecia, dando lugar ao orgulho e ao egoísmo, que se fundiam em ressentimentos e ódio. Sua natureza já não era pura e santa, mas corrompida e cheia de rebeldia. Tudo estava mudado. Mesmo a brisa mansa que até ali os havia banhado em carícias refrescantes, enregelava agora o culposo par. As árvores e os canteiros floridos, que eram seu deleite, consistiam agora em empecilhos ao caminharem sem rumo naquela noite.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O propósito de Satã em encher o sábado de trevas parecia haver se cumprido. Naquela noite, não existia sequer o reflexo prateado do luar para falar-lhes de esperança. As estrelas cintilantes, suspensas no escuro céu, estavam ofuscadas pela dor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Baixavam sobre o mundo as trevas de uma longa noite de pecado - sombras sob as quais tantos se arrastariam sem esperança de um alvorecer.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A noite já ia alta e as trevas pareciam envolver o triste casal em eternas sombras quando surgiu repentinamente um brilho no céu, que ia aumentando à medida que se aproximava da Terra. O casal estremeceu, pois sabia que era o Criador que vinha dar-lhes o castigo. Vencidos pelo pânico, puseram-se a correr, distanciando-se do monte Sião, o lugar da vergonhosa queda. Justamente para ali viram o Criador dirigir-Se. Eles, que sempre corriam ao encontro do amoroso Pai, atraídos por Sua luz, fugiam agora desesperados em busca de lugares escuros, de densa floresta.<br />
<br />
<br />
<br />
(O HOMEM EM COMUNHÃO COM DEUS CORRE A SEUS BRAÇOS, O HOMEM EM PECADO CORRE DE DEUS)<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno, movido por infinito amor, passou a seguir os passos do casal fugitivo. Como tudo se transformara! Seus filhos não conseguiam mais ver n'Ele um Pai de amor, mas alguém que, irado, buscava castigá-los.<br />
<br />
<br />
<br />
( O PECADO DAVA A ADÃO E EVA MEDO DO CASTIGO DIVINO)<br />
<br />
<br />
<br />
Movido por forte anseio de abraçar Seus filhos humanos, Deus fez ecoar a voz numa indagação: "Adão, onde vocês se encontram?" Sua voz, ao soar em meio às trevas, trazia consigo somente um eco vazio.<br />
<br />
<br />
<br />
Quantos, enganados por Satã, fugiriam de Sua presença no decorrer da longa noite de pecado, julgando-No um Senhor tirano, que vive buscando falhas e fraquezas nos pecadores, a fim de castigá-los! O Criador, todavia, não desistiria de procurá-los pelos vales sombrios do reino da morte, até conquistar um povo arrependido.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva, exaustos pela pressurosa fuga, esconderam-se por entre a folhagem de um pé de figueira. Reconhecendo sua nudez, procuraram fazer aventais cosendo aquelas folhas. Vestidos assim, julgaram poder livrar-se do sentimento de vergonha ante o Criador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno, aproximando-Se do local onde o casal se escondia, perguntou:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Adão, onde estão vocês?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Não podendo mais se ocultar de Deus, Adão ergueu-se juntamente com sua companheira e, cabisbaixos, apresentaram-se ao Criador, prostrando-se trêmulos a Seus pés. Não conseguiram encará-Lo mais, devido ao senso de culpa.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Criador, carinhosamente, tomou-os pelas mãos, erguendo-os do chão, e, com expressão de tristeza no semblante, perguntou-lhes:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Por que vocês fugiram de Mim? Acaso comeram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão, todo trêmulo, com voz entrecortada de temor, respondeu:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- A mulher que me deste por companheira, ela deu-me o fruto e eu comi.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com esta resposta, Adão procurava desculpar-se, lançando a culpa sobre sua companheira.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Voltando-Se para Eva, o Eterno indagou-lhe:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Por que você fez isso?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Eva prontamente respondeu-Lhe:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Aquela serpente me enganou e eu comi.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ambos não queriam reconhecer a culpa, lançando-a sobre outrem. Em suma, atribuíam ao Criador a responsabilidade por todo o mal praticado: "Por que concedera-lhes o livre-arbítrio? Por que criara a mulher? Por que criara a serpente?"<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Deus observava Seus filhos que, tímidos e desconcertados, permaneciam diante de Si. Com profunda tristeza, Ele previu que essa seria a experiência de incontáveis seres humanos no decorrer da história. Quantos haveriam de se perder por não reconhecerem a própria culpa! Quantos procurariam justificar-se, lançando seus erros sobre os outros e até mesmo sobre o Criador!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com palavras brandas, o Eterno procurou fazê-los reconhecer sua culpa. Somente reconhecendo sua necessidade, poderiam ser ajudados.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Olhando para as frágeis vestes tecidas por mãos pecadoras, disse ao casal:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Filhos, essas vestes são insuficientes, logo secando se desfarão. Vocês precisam de vestes duradouras, que possam cobrir vossa nudez, livrando-vos da condenação. Se vocês quiserem, Eu posso dar-lhes essa veste.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ante as palavras bondosas do Criador, que traziam esperança, o casal prostrou-se arrependido, despindo-se de suas ilusórias vestes, símbolos de seu fracasso. Almejavam agora as vestes da salvação, prometidas pelo divino Pai.<br />
<br />
<br />
<br />
(NUDEZ É SIMBOLO DO PECADO, VESTES É SÍMBOLO DE SALVAÇÃO, DEUS PROVIDENCIOU VESTES PARA ADÃO E EVA, MAS OS HOMENS INVENTARAM UM TIPO DE VESTE QUE FACILMENTE SE DESMANCHAVA. AS VESTES DE ADÃO E EVA É SÍMBOLO DA FALSA RELIGIÃO COMO: BUDISMO, ISLAMISMO, ESPIRITISMO, CATOLICISMO, HINDUISMO ENTE OUTRAS)<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de contemplar Seus filhos que, arrependidos, jaziam a Seus pés, o Eterno tomou-os carinhosamente pelas mãos e os levantou. Alegrava-Se em poder revelar ao homem caído o plano da redenção.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Deus passou a descerrar-lhes primeiramente os amargos resultados de sua queda, dizendo: "Filhos, vocês selaram o destino de toda a criação nas garras da morte. A desarmonia já permeia a natureza, procurando destruir nela todas as virtudes. O abismo no qual vocês imergiram pela desobediência é por demais profundo para que possam ser alcançados pelo meu poderoso braço. Assim, desligado da Fonte da Vida, não resta mais ao ser humano outra sorte além da morte." <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de proferir estas palavras que revelavam uma triste sorte, o Eterno convidou o casal a segui-Lo. Cabisbaixos, Adão e Eva, em pranto, seguiram o Criador em Seus passos de justiça, que encaminhavam-nos ao lugar da vergonhosa queda, onde supunham encontrar o doloroso fim.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Enquanto caminhavam, contemplavam através das lágrimas as belezas adormecidas banhadas pela luz de Deus. Viam os inocentes animais, que não tinham consciência da grande dor. Subitamente, o casal se deteve, vencido por intenso pranto; seus vacilantes passos os haviam levado para junto de um cordeiro, o animalzinho mais querido. Seus olhinhos de meiguice haveriam também de se apagar!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Enxugando-lhes as lágrimas, o Eterno ordenou-lhes tomar nos braços o inocente cordeiro. <br />
<br />
<br />
<br />
Envolvendo-o junto ao peito, acompanharam silenciosamente os passos do Criador, até alcançarem o topo do monte Sião, lugar da vergonhosa queda. Contemplando ali os restos dos rubros frutos, com ímpeto lhes veio à mente a lembrança da sentença divina: "No dia em que dela comerdes, certamente morrereis."<br />
<br />
<br />
<br />
O terrível momento chegara. O homem culpado deveria sorver o amargo cálice da morte, sucumbindo sem esperança.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Consciente de sua perdição, o casal percebeu, com horror, que as mãos que os trouxeram para a vida empunhavam agora um cutelo pontiagudo de pedra. Trêmulos, prostraram-se e esperaram pelo cumprimento da justa sentença. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS ESTAVA ARMADO COM UM CUTELO E ADÃO PENSOU QUE DEUS O MATARIA)<br />
<br />
<br />
<br />
Enquanto emudecidos pelo medo, Adão e Eva aguardavam o golpe que os reduziria a pó, sentiram o toque macio das mãos divinas que os erguiam para uma nova vida. A condenação, contudo, haveria de recair sobre um substituto.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Colocando nas mãos de Adão o cutelo, o Criador lhe disse: <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- O cordeiro morrerá em lugar de vocês. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão deveria sacrificá-lo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Assustado ante a ordem de Deus, o casal, em pranto, pôs-se a clamar:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Senhor, o cordeirinho não, ele é inocente!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com expressão de justiça, o Eterno acrescentou: <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Se ele não morrer, vocês não poderão ter as vestes das quais falei.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(O TEXTO ACIMA É UM DOS MAIS BELOS ENSINOS SOBRE A SOTERIOLOGIA BÍBLICA. ESTE DIÁLOGO ENTRE DEUS E ADÃO É UMA ENORME LIÇÃO PARA TODOS NÓS. O PECADO QUE COMETEMOS, AJUDA A DESORGANIZAR O UNIVERSO. ADÃO CHOROU PELA MORTE DO INOCENTE CORDEIRO, MAS FORAM SEUS PECADOS QUE CAUSARAM LITERALMENTE A MORTE DO CORDEIRO. MUITOS DIZEM QUE COISA HORRÍVEL FIZERAM COM JESUS, MAS NA VERDADE O QUE FERIU E ESPANCOU JESUS NÃO FORAM OS RAMOS, NEM OS JUDEUS, FORAM OS NOSSOS PECADOS. EU TAMBÉM AJUDEI A CRAVAR JESUS NA CRUZ!!!!)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ante a insistência do Criador, Adão, todo tremulo, num esforço doloroso, cravou no peito do cordeirinho aquela aguda pedra.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O golpe foi fatal, e o animalzinho, vertendo seu precioso sangue, mergulhou nas trevas de uma noite sem fim.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Contemplando o cordeirinho inerte sobre a relva ensangüentada, o casal ergueu a voz e chorou. <br />
<br />
<br />
<br />
Começavam a compreender a enormidade de sua tragédia. Quão terrível era a morte! Ela, em seu poder, apagara toda a luz dos olhos do inocente animal.<br />
<br />
<br />
<br />
( O PECADO DE ADÃO TROUXE LITERALMENTE A MORTE PARA O MUNDO)<br />
<br />
<br />
<br />
Inclinando-Se silenciosamente sobre o corpo inerte do cordeiro, o Eterno tirou-lhe a pele revestida de branca lã e com ela fez túnicas para cobrir a nudez do casal. Após vesti-los perguntou-lhes com carinho:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Vocês entenderam o sentido de tudo isto?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em profunda reflexão, por entre soluços de reconhecimento e gratidão, o casal exclamou:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Ele morreu em nosso lugar, para dar-nos suas vestes!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva, embora compreendessem aquela realidade física, estavam longe de entender o significado daquele acontecimento.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A eles o Criador revelaria o mistério do divino amor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com expressão de infinita misericórdia, Deus passou a revelar ao ser humano o sentido daquele doloroso sacrifício, dizendo:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
"O inocente cordeirinho, que hoje padeceu, simboliza um homem que haverá de nascer. Em seus olhos haverá a mesma meiguice, o mesmo amor. Revestido por uma vida justa, como a branca lã que cobria o cordeiro, esse homem crescerá como um renovo sobre a Terra, não tendo nas mãos as algemas do pecado. Em sua aparência, esse homem não trará a pompa de um rei, por isso será desprezado por muitos. Será um homem de dores, pois cairá sobre si o peso de todas as provações. Em sua fidelidade ao reino da luz, esse homem lutará contra o inimigo usurpador, vencendo-o finalmente. Após triunfar em suas lutas, tomará sobre si o fardo de vossa condenação que lhe causará uma terrível morte. Ele será traspassado por causa da vossa rebelião e moído pelas vossas iniqüidades. Será oprimido e humilhado, mas não abrirá a sua boca, como o cordeirinho que hoje entregou-se pacificamente. Sucumbindo na morte, ele vos concederá os méritos de sua vitória. Envolvidos por suas vestes de justiça, estareis livres da condenação. A vida eterna alcançareis assim, mediante o sacrifício desse homem justo que haverá de nascer.<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva, que num misto de gratidão e dor ouviram a revelação de tão grande salvação, indagaram reverentes a respeito desse homem especial que em sua descendência haveria de surgir, a fim de cumprir tão imenso sacrifício."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Criador, olhando-os ternamente, movido por um amor que supera mesmo a morte, os envolveu num carinhoso abraço e revelou:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- De Meu sofrimento surgirá este Homem!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Nós somos merecedores da morte Senhor, mas Tu és inocente e não deves sofrer em nosso lugar!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Enxugando-lhes as lágrimas, o Eterno com ternura lhes falou:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Meus filhos, Eu os amo com um eterno amor. Após sorver o cálice da eterna morte, Este Homem retomará a vida e subirá ao céu. Intercederei ali pelo homem perdido, concedendo a todos aqueles que, arrependidos, aceitarem meu sacrifício, as vestes de minha vitória. Juntos, triunfaremos finalmente sobre o reino do pecado que se desfará em cinzas sob nossos pés. Criarei então um novo Céu e uma nova Terra, onde unicamente a justiça e o amor reinarão. Viveremos assim para sempre, num reino de perfeita harmonia e paz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Criador, que acompanhado pelo casal permanecia ainda sobre o monte Sião, concluiu Suas revelações dizendo: "O jardim do Éden ficará agora vazio. O ser humano, durante a longa noite de pecado, vagueará em seu exílio. Não andará, contudo, sozinho: o Eterno, também peregrino, trilhará com o homem toda a estrada espinhosa, até poderem juntos galgar o monte perdido, triunfando gloriosamente sobre o reino da morte. A árvore da ciência do bem e do mal, monumento da rebeldia, será então desfeita, dando lugar a uma árvore gloriosa que, unindo sua copa à árvore da vida, se tornará no arco comemorativo da grande vitória. Sobre o santo monte redimido, repousará então para sempre o torno universal, que pelos fiéis triunfantes será nomeado: o trono de Deus e do Cordeiro." <br />
<br />
<br />
<br />
(A EXPULSÃO DO HOMEM DO ÉDEN FOI ACOMPANHADA DE UMA INSTRUÇÃO PROFUNDA, ORIENTANDO A HUMANIDADE PARA QUE PUDESSEMOS RETORNAR AO PARAISO PERDIDO)<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e sua companheira, após ouvirem palavras tão confortadoras e cheias de esperança, ergueram a voz num cântico de gratidão e louvor. Conheciam agora o infinito amor de seu Criador e estavam dispostos a servi-Lo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de consolar o casal, Deus levou-os para fora do Éden. Não lhes foi fácil se despedir daquele precioso lar; ali haviam despertado para a vida nos braços do Eterno; ali desfrutaram momentos de pura felicidade, em companhia do Criador, dos anjos e dos dóceis animais. Uma saudade infinita parecia envolver o casal em seus passos de abandono.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Foi com espanto que Satã e seus súditos presenciaram a intervenção do Eterno. Ficaram abalados ante a surpreendente revelação do plano de resgate. Com raivosa frustração, compreenderam que, se de fato a promessa divina se concretizasse, não restaria nenhuma esperança. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de refletir sobre tudo o que acontecera, uma grande ira apossou-se de seu coração. Não estava disposto a reconhecer a redenção do ser humano. Faria todos os esforços para retê-lo, juntamente com o reino que lhe fora entregue.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Quando o casal, acompanhado pelo Criador, alcançou o vale ferido pela morte, amanhecia. Ali Satã os enfrentou com fúria, numa tentativa de se apossar novamente do ser humano. O casal ficou trêmulo em face do inimigo, mas as mãos protetoras de Deus os acalmaram.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Expressando no semblante a firmeza de uma justiça que é eterna, o Eterno silenciou as ameaças do inimigo com as seguintes palavras: "O ser humano Me pertence, pois Eu o comprei com o meu sangue".<br />
<br />
<br />
<br />
Ao caminharem junto ao Criador, Adão e Eva observavam com tristeza os sinais da morte estampados naquela natureza antes tão cheia de vida. As belas flores, que haviam desabrochado para exalar aromas eternos, pendiam agora murchas; os passarinhos, que com alegria os saudavam em cada alvorecer com os seus trinos, voavam agora distantes, fazendo soar tão tristes cantos! Tudo estava mudado na natureza. A ciência do bem e do mal não trouxera nenhum bem ao Universo, mas um intenso conflito espiritual e físico.<br />
<br />
<br />
<br />
(A INTRODUÇÃO DO PECADO, NÃO DESORGANIZOU SOMENTE A NATUREZA HUMANA, MAS TODO O UNIVERSO FOI AFETADO COM O PECADO, PLANTAS, ANIMAIS E ATÉ AS FORÇAS CLIMÁTICAS)<br />
<br />
<br />
<br />
Ante as conseqüências devastadoras de sua queda, o casal, vencido por uma indizível tristeza, prostrou-se arrependido e chorou amargamente. Deus, que também compungido pela dor contemplava o cenário desolador, procurou, com palavras de esperança, confortá-los. Falou-lhes sobre o novo Céu e a nova Terra que um dia criaria, onde a paz e o amor voltariam a reinar em cada coração. Ali viveriam sempre juntos, não trazendo na fronte as marcas da tristeza, mas coroas de eterna vitória.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ali enxugaria as lágrimas de suas faces e essas jamais voltariam a umedecer os seus olhos. <br />
<br />
<br />
<br />
Amparando Adão e Eva em seus passos, o Criador conduziu-os através de um vale ferido, até alcançarem o sopé de uma colina. Galgaram-na em lentos passos, enquanto trocavam palavras de ânimo e esperança. Seus pés alcançaram finalmente a relva macia que cobria o topo espaçoso daquela colina. Era sobre aquele lugar que o casal via a cada dia o sol declinar, banhando o céu e os vales de um vermelho vivo, como o sangue que jorrara do peito do cordeiro. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O sol declinava em sua jornada, anunciando a chegada de mais uma triste noite - a primeira fora do paraíso. Num calmo gesto, o Eterno, mostrando-lhes o vale sobranceiro à colina, falou-lhes com carinho: <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
"Aqui será vossa provisória morada. Daqui podereis contemplar o paraíso que por algum tempo permanecerá na Terra, até ser recolhido ao seu lugar de origem, no seio da Jerusalém Celeste. Ali, protegido pela justiça, aguardará o alvorecer da vitória. Quando esse grande dia chegar, retornaremos juntos a Sião, onde seremos coroados em glória, num reino de eterna felicidade e paz".<br />
<br />
<br />
<br />
(O PARAISO DO ÉDEN FOI RECOLHIDO DA FACE DO PLANETA TERRA, MAS DURANTE UM CERTO TEMPO ADÃO PODE CONTEMPLAR AINDA O PARAISO. SEGUNDO ESTE LIVRO, O ÉDEN FOI RECOLHIDO PARA A CIDADE CELESTIAL, EM UMA OUTRA DIMENSÃO)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de dizer estas palavras, Deus ordenou ao casal que construísse naquele lugar um altar de pedras, sobre o qual a cada semana, na noite que antecede o sábado, deveriam imolar um cordeiro, pela memória de Seu sacrifício. Como sinal de Sua presença, e para a certeza de que seus pecados seriam perdoados, Ele acenderia um fogo sobre o altar, o qual duraria toda a noite, até consumir por completo a oferta do sacrifício.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(AQUI APARECE O SENTIDO E O MANDAMENTO DO SACRIFICIO DE ANIMAIS COMO FIGURA DE CRISTO, O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO)<br />
<br />
<br />
<br />
Para que o ser humano pudesse firmar sua fé sobre as verdades reveladas, e não na manifestação visível da pessoa do Criador, Ele haveria de permanecer invisível daquele momento em diante. Somente em ocasiões especiais, quando se fizesse necessário Sua aparição ou a de anjos para novas revelações e advertências, isto ocorreria.<br />
<br />
<br />
<br />
(DEUS TAMBÉM ESTABELECE QUE O HOMEM DEVEFRIA ENFRENTAR A VIDA NA TERRA PELA FÉ E QUE DAQUELE MOMENTO EM DIANTE DEUS PERMANECERIA INVISÍVEL<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno disse-lhes com amor: "Filhos, embora vocês tenham de permanecer neste ambiente hostil, não precisam temer, pois Eu permanecerei ao lado de vocês. Serei um companheiro amigo nesta jornada; levarei sobre os meus ombros suas dores, seus anseios, suas lutas. Quando, tentados pelo inimigo, estiverem a ponto de ceder, poderão encontrar abrigo em meus braços, que sempre estarão estendidos para salvá-los e, se algum dia vocês não resistirem, e pela fúria do inimigo forem arrastados para as profundezas do abismo, não se desesperem julgando não haver esperança, pois Eu estarei ali para acudi-los com o meu perdão e força. Tenham sempre em mente o significado das vestes recebidas das minhas mãos, pois elas falam da redenção que ao homem pertence. Descansem filhos meus, nos meus braços de amor."<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Criador deixou o casal adormecido sobre a relva, depois de beijar-lhes as faces já marcadas pelo sofrimento. Sua luz dissipou-se ao tornar-Se invisível, dando lugar às trevas daquela primeira noite fora do paraíso.<br />
<br />
<br />
<br />
(NESTE PONTO LEMOS UMA COMOVENTE DESPEDIDA DE DEUS AO CASAL DE HUMANOS. FIQUI EMOCIONADO, PARECE QUE PUDE VER ESTE MOMENTO. MAS DE TUDO O QUE JÁ LI NESTE MUNDO ATÉ HOJE, NUNCA LI UM LIVRO QUE EXALTASSE TANTO O AMOR DE DEUS COMO ESTE LIVRO. PARECE QUE ESTAS PALAVRAS SÃO MUITO VIVAS E PRESENTES)<br />
<br />
<br />
<br />
Deus, ainda que invisível, permanecia ao lado de Adão e Eva ali na colina. O sofrimento deles era o Seu sofrimento, como também a esperança de um dia retornarem vitoriosos a Sião.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Longa seria a noite do pecado, e renhida a batalha pela reconquista do reino perdido. O triunfo da luz requereria da parte de Deus um sacrifício imenso. Na pessoa do Messias, a seu tempo, ele nasceria entre os homens, com a missão de pagar o preço do resgate. Por meio dEle muitos seriam libertos das garras do inimigo: todos aqueles que O aceitassem como Salvador e Rei.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Contra esses escolhidos, o inimigo arregimentaria todas as forças procurando fazê-los cair. Em sua visão do futuro, o Criador contemplou com alegria o triunfo final dos redimidos. Haviam sido extremamente provados, mas em tudo foram mais do que vencedores por meio dAquele que os redimiu das trevas para o reino da luz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de antever os sofrimentos que adviriam da grande luta, o Eterno estendeu o olhar pelas planícies cativas, contemplando ali as hostes rebeldes dispostas para a luta. O objetivo desses exércitos, era apossar-se novamente do ser humano, no qual estava selado o direito de domínio sobre o Universo.<br />
<br />
<br />
<br />
Contrária à natureza do Criador é a guerra, mas para defesa de Seus filhos, estava disposto a empregar o Seu poder. Sua força, contudo, somente seria empregada com justiça. Se o ser humano recusasse essa proteção oferecida mediante o sacrifício do Messias, Deus nada poderia fazer para impedir que o mesmo perecesse nas garras do inimigo. Adão e Eva, contudo, haviam se arrependido de seu grande pecado, recebendo pela misericórdia de Deus vestes de salvação, simbolizadas pelas peles do cordeiro sacrificado.<br />
<br />
<br />
<br />
Justificado pela entrega do casal, o Eterno convocou Seus poderosos exércitos para a peleja. Em pronta obediência as hostes da luz irromperam pelo espaço sideral em direção à Terra, circundando qual forte muralha a colina, portadora daquele tesouro redimido pelo sangue do divino Rei. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao ser humano fora conferido no Éden o dever de cuidar da natureza : preparavam canteiros para as flores; colhiam frutos para mantimento; dirigiam os animais em seu inocente viver, adestrando-os para que lhes fossem úteis. Essas ocupações tinham sido para eles fontes de desenvolvimento e prazer. Agora, apesar das adversidades, deveriam continuar realizando esse dever. O trabalho em si, realizado segundo as ordens do Criador, já anularia muitos ataques do inimigo.<br />
<br />
<br />
<br />
(LABORATERAPIA É UMA FORMA DE TRATAMENTO CONTRA O PECADO. DEPOIS DE FICAR UMA DÉCADA AFASTADO DO CAMINHO DO SENHOR, EM 1996 COMPREI UM PEQUENO SÍTIO E PASSEI A CULTIVAR A TERRA. CADA DIA CUIDADNDO DA LAVOURA E EM CONTATO COM A NATUREZA, FIZERAM MEU ESPÍRITO E ALMA SE VOLTAR PARA DEUS, HOJE, 2011, SINTO-ME PLENAMENTE EM COMUNHÃO COM DEUS NOVAMENTE. A VIDA NO CAMPO APROXIMA O HOMEM DE DEUS)<br />
<br />
<br />
<br />
As primeiras ocupações do casal naquela manhã, trouxeram-lhes revelações do grande amor de Deus, até então desconhecidas. Ao reunirem as pedras para construção do altar, experimentaram a dor de feridas que jorram sangue, como também a fadiga que faz minar suor. Sentindo e contemplando tudo na própria carne, amaram mais o Salvador, para quem o altar construído prefigurava feridas maiores, que verteriam todo o Seu sangue, como também fadigas que minariam toda a seiva de Sua vida.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O olhar de saudade e de esperança do casal de agora em diante, jamais pousaria no Éden distante, sem discernir primeiro o altar dos sacrifícios. Esse altar, com suas manchas de suor e sangue, permaneceria como uma lembrança da dor e do sofrimento que, depois de umedecer os lábios dos seres humanos, transbordaria na taça do Criador. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Após contemplar por longo tempo o paraíso da eterna vida que estendia-se muito além daquele altar escuro de morte, o casal experimentou o doce alívio do descanso.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Desejosos de conhecer as paisagens de seu novo lar, Adão e Eva, animados pela esperança, saíram a passear. Seus passos conduziram-nos por caminhos de sorrisos e de lágrimas; de encantos e desilusões; de flores que desabrochavam delicadas, banhadas em perfume, e de flores despetaladas, tombadas murchas e sem cheiro; de animais ainda dóceis e submissos e de animais inimigos, ferozes e ameaçadores. O casal discernia em seu passeio as divisas de dois mundos: o da luz e o das trevas; do amor e do egoísmo; da esperança e do desespero; da harmonia e da desarmonia; da vida e da morte. Essa visão encheu-lhes de tristeza e choraram longamente. Essa tristeza aumentaria ainda mais no futuro, quando descobrissem o aprofundamento dessas divisas no seio de sua descendência.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Seis arrebóis já haviam colorido os céus anunciando ao casal as noites escuras e frias que com seu manto de trevas desfazia todas as imagens vivas, menos a esperança de revê-las coloridas no alvorecer de luz.<br />
<br />
<br />
<br />
Aproximava-se agora a hora do sacrifício, quando o rude altar, abrasado em sua justiça clamaria por sangue. Se não lhe oferecessem a oferta, explodiria com certeza, envolvendo todo o mundo com suas chamas; Já não haveria então alvorecer, nem esperança de Éden a florir.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Quão precioso é o sangue! Sangue é vida; vida é luz! Para um ser aquela noite tornar-se-ia eterna, sem alvorecer! Esse ser deveria assumir a culpa de todo o mundo, dando o seu sangue ao rude altar.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva depois de refletirem por longo tempo, contemplando o berço da morte construído por suas mãos, entreolharam-se inquietos com essa questão decisiva: Quem se oferecerá? Essa indagação nascida de sua culpa, fez vibrar no profundo de suas lembranças a voz do bendito Criador em Sua revelação de infinita bondade: - Eu os amo com um eterno amor; Eu morrerei em vosso lugar".<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Agradecido, o casal prostrou-se reverentemente ante o sedento altar, vendo-o pela fé, saciado pelo dom do eterno amor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Naquela tarde de sexta-feira, Deus submetia o ser humano a uma tremenda prova de fé. Eles tinham diante de si o altar de pedras, construído conforme a ordem divina, mas não havia nenhuma ovelha para o sacrifício. Em seu anseio, lembravam-se do Éden, onde havia muitos rebanhos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao verem o sol tombar no horizonte, Adão e Eva passaram a clamar a Deus por socorro, pois sabiam que somente um milagre poderia providenciar-lhes, naquele derradeiro momento, um cordeiro para o sacrifício.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Quando as sombras do anoitecer começaram a envolver a colina, o casal que vivia tão dura prova de fé, discerniu um pontinho branco que saltitava no gramado vindo em direção deles. À medida em que se aproximava, aquele vulto parecia falar de esperança, de vida e calor. Ao verem que o grande milagre acontecera, correram ao encontro do cordeiro, envolvendo-o nos braços. Ele estava fatigado, mas não descansaria: daria descanso. Estava sedento, mas não beberia: daria de beber ao altar que clamava por sangue. Aquele cordeiro tinha vontade de viver nos braços do homem, mas morreria, para que esse pudesse viver nos braços de Deus. Era um perfeito simbolismo do Redentor que deixaria Sua glória, vindo em busca do pecador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As trevas de mais uma noite baixaram lentamente envolvendo toda a natureza em sua prisão. Sua força, porém, seria quebrada diante do ser humano, pelo brilho de um fogo especial, aceso pelas mãos do divino perdão sobre o corpo sem vida do inocente cordeiro.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em meio à noite o altar clama; o homem triste exclama, enquanto o cordeiro, mudo, não reclama ao ser estendido para a morte. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As mãos que construíram o altar erguem-se agora, não para acariciar como outrora, mas para ferir, sangrando o preço do perdão. Só um gesto, nada mais, e a estrela se apagará para sempre dos olhos inocentes, fazendo brilhar na face culpada a luz da salvação. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão, trêmulo hesita em compaixão. No cordeirinho manso e submisso, pronto a morrer em seu lugar, vê o Salvador prometido. Com o coração arrependido, num esforço doloroso, crava o cutelo de pedra no peito do animalzinho que perece em suas mãos sem sequer dar um gemido.<br />
<br />
<br />
<br />
O poder da noite imediatamente é quebrado pelo brilho do fogo da aceitação. Sua luz revela ao ser humano sua trágica condição: Vendo as mãos manchadas pelo sangue inocente, o casal sente-se culpado por aquela morte. Em pranto ajoelham-se ante o altar que já não lhes reclama sangue, mas oferece luz, aceitando o imerecido perdão.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Erguendo-se, o casal contempla demoradamente o corpo ferido do pobre cordeirinho, sem poder agradecer-lhe pela riqueza concedida em troca de seu tão rude golpe.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Banhados pela suave luz do sacrifício, Adão e sua companheira permanecem a meditar, até serem vencidos por um profundo sono. Recostando-se ao solo coberto de relva macia, adormecem docemente sob os cálidos raios do perdão, certos de que seu brilho e calor perdurariam até serem as trevas daquele sábado desvanecidas completamente pelo fulgurante sol.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A luz do cordeiro, desde que fora acesa sobre o altar naquela noite, permanecia em constante guerra com as trevas. Por várias vezes crescia em brilho, afugentando para distante a fria escuridão, banhando a natureza com os seus raios de vida. Por vezes, as trevas trazendo o seu vento frio, quase bania por completo a chama. Essa, todavia, num grande esforço alimentava-se do sangue do cordeiro, lançando ao alto sua ardente chama, inundando de luz e calor tudo aquilo que havia ao redor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O conflito entre a luz nascida do sacrifício e as trevas naquela noite, descerravam aos fiéis do Universo muitas lições importantes - verdades que ocupariam suas mentes por toda a eternidade. Naquela chama, ora ardente em seu brilho, ora fustigada pelos ventos da noite, os fiéis viam uma representação do conflito milenar entre o bem e o mal; conflito que sem trégua se estenderia até o alvorecer . O Eterno, no penhor de Seu futuro sacrifício, acendera em meio das trevas, a luz da verdade, e essa seria mantida acesa no coração do ser humano, em virtude de Seu sangue que seria derramado para remissão da culpa. Contra essa luz, o inimigo arremessaria todos os ventos frios da maldade, banindo do coração de muitos o seu doce brilho. Quantos jazeriam perdidos por recusarem a luz do perdão divino, ficando envoltos pelas trevas da escura noite! <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de longas horas de combate, surge no céu os sinais do amanhecer. A escuridão que com ira havia lançado seus ventos sobre a imorredoura chama procurando bani-la, torna-se confusa ante os sinais do amanhecer. O céu tingido de um vermelho vivo, faz lembrar o sangue que jorrara do peito do cordeiro para que a chama do perdão pudesse iluminar a noite humana. Em meio ao colorido de sangue, surge no horizonte o fulgurante sol, trazendo em seus aquecidos raios o sabor da vitória, envolvendo tudo com sua vida. O alvorecer em seu saudoso afeto, acaricia o distante paraíso, levando de seu amado seio em sua brisa matinal o aroma da saudade, numa mensagem de consolo e esperança às criaturas sofredoras do vale da morte.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Banhados pelos cálidos raios e pela brisa da esperança, o casal desperta em mais um sábado, cujo simbolismo aponta para o descanso no reino de Deus, ao culminar o grande conflito entre a luz e as trevas.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Para além daquele altar coberto de cinzas, Adão e Eva contemplam demoradamente o saudoso paraíso. Ainda que distantes em seu exílio, alegram-se com a certeza de que o sacrifício do Messias fará raiar para eles o sábado dos sábados: aquele de lágrimas para sempre banidas; de sol sempre a brilhar num límpido céu; de cordeiros sempre vivos a brincar pelo gramado; dia sem anoitecer, quando não haverá mais altar coberto de sangue e cinzas. Suspiram por esse dia de glória, quando Deus Se fará eternamente visível, levando nas mãos as marcas de Seu infinito amor pelos Seus filhos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva que estavam acostumados às flores eternas no paraíso, aquelas que não as viram desabrochar, viam-nas agora surgirem em tenros botões, em meio às ameaças de espinhos prontos a ferirem. Essas tenras flores, sem importarem-se com os espinhos, exalavam perfumes suaves de louvor e gratidão, jamais se cansando de agradar o ambiente. Quando fustigada pelos ventos frios da noite, essas flores não se ressentiam, mas ofereciam seu aroma, que transformava a fúria dos ventos em brisas perfumadas de um alvorecer.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Movidos por profunda gratidão, o casal acompanhava atentamente o ministério de amor daquelas flores que, jamais se cansavam de abençoar, oferecendo sua beleza e perfume como alívio para aqueles que eram feridos pelos rudes espinhos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Aquelas flores singelas e puras, depois de mostrar em sua curta vida que o perdão e o amor são mais fortes que todos os ventos e espinhos, num último esforço de comunicar alegria, exalavam seu perfume, tombando murchas e sem vida sobre o solo frio. Ali, esquecidas, transformavam-se em insignificante pó que era espalhado pelo vento.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A morte das flores, ainda que parecesse fracasso, revelou ao casal o mistério do renascimento da vida: Morrendo, as flores davam vida aos frutos que, por sua vez, depois de servirem de alimento, doavam suas sementes cheias de vida. Na morte dessas sementes, renascia o milagre da vida, multiplicando as árvores com suas flores prontas a repetir o ensinamento do amor e do sacrifício. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
( O CICLO DE MORTE E VIDA DA FLOR, FRUTA E SEMENTE É UMA LIÇÃO DE REDENÇÃO)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A natureza, portanto, embora maculada pelo pecado, revelava o mistério oculto do plano da redenção. Cada flor a desabrochar em meio aos espinhos, em sua curta vida de amor, era um símbolo do Salvador que nasceria entre os espinhos da maldade, para com o seu perfume consolar o coração dos aflitos. Semelhante à flor, o Messias depois de provar que o amor e o perdão são mais fortes que todos os ventos do ódio; que a verdade e a justiça do reino de Deus são maiores que todos os enganos e injustiças do reino do inimigo, verteria a seiva de sua vida, morrendo para redimir os culpados.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Consolados pelas revelações da natureza, Adão e sua companheira, aprendiam a cada dia a amar mais o Salvador. Cresciam em sabedoria, humildade e santidade. Todas as virtudes destruídas pelo pecado, renasciam no coração.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A colina, sob a proteção dos anjos da luz, tornou-se numa miniatura do Éden distante. Entre os animais reunidos e domados com amor, haviam muitas ovelhas. Na noite que antecedia cada sábado, Adão tinha, por ordem do Criador, de repetir o doloroso ato. Quanta amargura e arrependimento sobrevinham ao casal ao baixarem as trevas da noite do sacrifício! Quanto consolo lhes trazia a chama do perdão que jamais deixara de brilhar sobre o altar.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O decisivo valor do sacrifício, para que a vida pudesse florescer sob a proteção divina, levou o casal a valorizar imensamente o seu pequeno rebanho. Cada sexta-feira, contudo, passou a trazer consigo, além da dor, uma inquietação: - Quem doará seu sangue ao altar quando a última ovelha perecer?<br />
<br />
<br />
<br />
Aos olhos do casal maravilhado, aconteceu enfim o milagre do amor, renovando-lhes a esperança de viverem outras semanas sob o brilho da chama do perdão: uma ovelha, a mais gorda delas, passou a sangrar como em sacrifício; De sua dor, nasceram-lhes quatro cordeirinhos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Cheios de alegria e gratidão, Adão e Eva prostraram-se ante o Salvador invisível, tendo nas mãos aquelas novas criaturinhas que traziam em seus olhos a mesma meiguice e disposição para o sacrifício.<br />
<br />
<br />
<br />
Seguros de que novos milagres multiplicariam seus dias, o casal uniu sua voz como outrora, num cântico de gratidão e adoração ao Criador que, como os cordeirinhos nasceria também da dor para cumprir em sua vida o maior de todos os sacrifícios, para salvação da humanidade.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Eterno, embora invisível aos olhos de Seus filhos humanos, permanecia bem próximo, acompanhado por um exército de anjos, em incansável ministério de cuidado e proteção. O casal estava inconsciente de que a doce calma e paz reinantes naquela colina, bem como toda a sua prosperidade, eram frutos de tão intensa luta. Se os seus olhos fossem abertos para as cenas que ocorriam invisíveis, ficariam tomados de espanto; Quão terrível era o inimigo e suas hostes em suas constantes investidas com o propósito de arruinar o ser humano, arrebatando-o das mãos do Criador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de contemplar os de cordeiro, Deus fitou o casal com ternura, revelando-lhes algo que os surpreendeu e alegrou:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Quando desses cordeiros trinta e seis houverem subido ao altar, os vossos braços envolverão o primeiro filho que, como eles surgirá também da dor. Esse filho em sua infância lhes trará alegria saltando como os cordeirinhos em vosso lar. Devereis instruí-lo com dedicação nas leis da harmonia, mostrando-lhes o caminho da redenção. Como vocês, ele será livre para escolher o rumo a seguir. Aceitando o ensinamento, sua vida será vitoriosa; rejeitando-o, caminhará para a derrota. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva ouviram com alegria a promessa divina, mas ao mesmo tempo experimentaram no profundo do ser um temor ao conscientizar-se da responsabilidade que teriam. Sabiam que Satã faria todos os esforços para levar a criança prometida à perdição. Era noite alta quando o Criador, depois de acariciar seus filhos, os deixou adormecidos sobre o gramado macio.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois da promessa, cada cordeirinho levado ao altar fazia pulsar mais forte no ventre materno a esperança da alegria que em breve alcançariam. Trinta e seis finalmente baixaram às trevas cumprindo o tempo determinado pelo Criador em que a primeira criança receberia a luz. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com as mãos ainda manchadas pelo sangue do sacrifício, Adão amparou sua esposa que, aos pés do altar prostrou-se vencida pela dor que lhe trouxe o primeiro filho. A pequena criança não trazia na face a alegria da liberdade, mas o choro de sua prisão; Esse pranto duraria a noite inteira, não fosse o brilho daquela chama aquecida de esperança que, logo atraiu a atenção de seus olhinhos atentos. Envolvendo-o com alegria, Eva consolada de seu sofrimento, disse: "Alcancei do Senhor a promessa". Deu-lhe então o nome de Caim.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de envolver o filhinho com as peles macias de um cordeiro, o casal permaneceu acordado a meditar. Muitos eram os pensamentos que ocupavam suas mentes: pensamentos de alegria, de gratidão, de esperança e de anseio pelo senso da responsabilidade que agora pesava sobre seus ombros.<br />
<br />
<br />
<br />
Acariciando com ternura a pequena criança, o casal amadureceu em sua experiência, compreendendo melhor o misterioso amor de Deus que, para salvar Seus filhos, dispôs-Se a morrer em lugar deles.<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva não estavam sozinhos em suas reflexões: todos os seres inteligentes do Universo consideravam com interesse sobre o futuro daquele indefeso bebê que no íntimo trazia um reino de dimensões infinitas, a ser disputado pelos dois poderes em luta.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Vendo a criança esboçar o seu primeiro sorriso, o casal subitamente lembrou-se da promessa do Criador que era confirmada em cada sacrifício : Ele nasceria da mulher como criança, com a missão de redimir a humanidade. Não seria Caim já o cumprimento da promessa? O infante com seus olhinhos brilhantes de alegria se parecia tanto com os cordeirinhos que nasciam e cresciam com a missão de serem sacrificados! Considerando assim, o casal apertando o filhinho junto ao peito começou a chorar sem consolo. Quão terrível, seria oferecer seu filhinho inocente ao rude altar! <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Para o casal compungido pela dor, surgiu em fim o brilhante sol fazendo reviver com seus cálidos raios as promessas que apontavam para um Salvador que, ainda no futuro, nasceria também da dor para cumprir o eterno plano de redenção.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Abençoada pelo Criador e envolvida pelo amor e cuidado dos pais, a criança se desenvolvia em sua natureza física e mental, tornando-se a cada dia alvo maior de uma incansável batalha entre as hostes espirituais.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva, ansiosos por fazê-lo compreender as verdades da salvação, tomavam-no nos braços a cada alvorecer e, à beira do altar lhe apontavam o Éden distante, contando aquelas histórias de emoção as quais o pequeno Caim ainda não conseguia compreender. Qual foi a alegria daqueles pais, ao vê-lo numa manhã de sol, apontar com a mãozinha para o lar da saudade, pronunciando o nome sagrado do Criador. Emocionados tomaram-no nos braços, pedindo-o para repetir esse sublime nome que, qual chave de felicidade, sempre descerrava-lhes um paraíso de eterno amor. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Todas as hostes da luz inclinaram-se com alegria ao ouvir a pequena criança pronunciar o nome do divino Rei.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As semanas iam se passando trazendo consigo novas vítimas para o altar, e o pequeno Caim, alvo da atenção e cuidado de Deus, das hostes da luz e daqueles amantes pais incansáveis na missão de instruí-lo, agrupando suas poucas palavras, sempre curiosos com tudo passou a interrogar. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O dia declinava quando o menino, que jazia ao colo de sua mãe, perguntou-lhe: <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Mamãe, por que o sol sempre vai-se embora, deixando a gente no frio da escuridão?" <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Eva, surpresa contemplou seu filho, sem encontrar palavras para responder-lhe a indagação que trouxe-lhe à lembrança o passado de felicidade destruído por sua culpa. Após um momento de silêncio, beijando a face do pequeno Caim, disse-lhe:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Filhinho, um dia o sol virá para ficar, trazendo em seus raios um mundo só de harmonia; já não haverá animaizinhos a brigar, nem cordeirinhos a morrerem sobre o altar" Caim, insatisfeito com as palavras da mãe, demonstrou não ter paciência para aguardar esse dia que jazia em distante futuro. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Repetia em pranto: <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- "Eu quero o sol hoje , amanhã não!"<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Eva, pacientemente, procurou acalmar seu filho, falando sobre a luz de Deus, que pode tornar a noite em dia. Ele o amava e poderia encher seu coraçãozinho de brilho, de alegria e paciência. Poderia assim, aguardar feliz o dia de seus sonhos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Balançando a cabecinha em rejeição ao consolo da mãe, Caim proferiu entre soluços: -"Eu quero o sol porque eu posso vê-lo, ao Eterno não".<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Como uma seta dolorosa as palavras de rebeldia de Caim penetraram no coração de Eva, fazendo-a chorar amargamente. Uma tristeza infinita pairava sobre o coração do Criador rejeitado. Esboçavam-se nos gestos de Caim os primeiros passos pelo caminho descendente da rebeldia. Quantos o seguiriam rumo à morte!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Inconsciente da tristeza que abatera-se sobre o reino da luz, Adão, ao ver o sol declinar no horizonte, deixou seu trabalho no campo rumando-se para casa. Tinha um cântico no coração ao caminhar para mais um encontro com os seus.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao aproximar-se do altar, viu junto dele sua companheira prostrada em pranto. O pequeno Caim jazia também ali a chorar. Tomando-o nos braços, Adão perguntou-lhe com anseio: -"O que aconteceu meu filho?" Caim tristemente respondeu: -"Mamãe deixou o sol ir embora" <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Amparando o filho com seu braço esquerdo, Adão pousou sua mão direita sobre o ombro de Eva, mas não encontrou palavras para consolá-la. A frase dita por seu filhinho, pareceu rasgar-lhe o coração, fazendo-o reviver a queda.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de refletir, Adão sentindo-se culpado respondeu para Caim: -"Foi o papai quem deixou o sol ir embora meu filho!".<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com soluços de grande tristeza, Adão uniu-se a eles no pranto. A lembrança do Salvador, contudo, o consolou. Enxugando suas lágrimas e as de seu filhinho, disse-lhe com ternura: -"Podemos nos alegrar filhinho ,pois Deus prometeu fazer o sol para sempre brilhar no céu; ele será como o fogo que surge no altar, banindo as trevas da noite".<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com os olhinhos voltados para o último clarão do arrebol, Caim permaneceu sem consolo. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Naquele entardecer, não houve como de costume um alegre jantar. A pequena família, entristecida, permaneceu a meditar por longas horas, até sonolentos adormecerem sob a luz das estrelas. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O inimigo e suas hostes, em sarcasmo de maldade zombaram naquela noite do sofrimento de Deus e Seus fiéis. Repetindo as palavras de rebeldia do pequeno Caim, ufanava-se como vencedor. Num desafio ao Criador pronunciou : - Veja como esse meu pequeno escravo te rejeita! O mesmo se dará com todos aqueles que hão de nascer. Estou certo de que o direito de domínio jamais sairá de minhas mãos.<br />
<br />
<br />
<br />
Todas as hostes rebeldes repetiram em eco as afrontas do enganador, humilhando os súditos da luz que sofriam do lado do Eterno. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com suas afrontas, o inimigo procurava fazer Deus desistir de Seu plano de redenção. Se isso acontecesse, seu reino de trevas se estenderia por toda a eternidade , suplantando o domínio da luz.<br />
<br />
<br />
<br />
Em resposta ao desafio do inimigo, o Eterno afirmou solenemente : - Ainda que todos me rejeitem , Eu cumprirei a promessa.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Criador não suportava o pensamento de ver o pequeno Caim caminhar para a perdição. Por ele intercedia a cada dia, oferecendo ante a justiça o Seu sangue que verteria. Anjos poderosos guardavam-no a cada momento, espancando as trevas espirituais que o acercavam procurando torná-lo insensível aos benefícios da salvação , que eram ilustrados pelos símbolos. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva em seu incansável ministério de amor, todos os dias ensinavam a Caim as lições espirituais ilustradas na natureza. Em cada sábado procuravam firmar em sua mente juvenil a esperança de uma vida eterna, que seria fruto do sacrifício do Salvador. Ele, depois de viver uma vida sem pecado, morreria como um cordeiro , para poder expulsar para sempre as trevas. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A contemplação do Éden distante banhado em sol fez nascer no coração juvenil de Caim pensamentos de aventura. Ele começou a pensar : "Este paraíso não está tão longe como afirmam papai e mamãe. Por que esperar e sofrer tanto tempo?! Ele é tão belo! É dele que surge todos os dias o sol! Se o conquistarmos, será fácil deter a luz em sua nascente; Assim viveremos num paraíso de eterno sol.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As idéias de aventura de Caim, enchiam o coração de Adão e Eva de tristeza. Viam que seu interesse era somente pelo tempo presente; ele sonhava com um paraíso de felicidade e luz conquistado por sua força. Em seus planos, não sentia necessidade de um Salvador; - Para que, se era tão jovem, inteligente , cheio de vida e ideais?- dizia<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Os dias de lutas, intercessões e sacrifícios pelo destino de Caim foram se passando. Oportunidades preciosas surgiam em cada dia diante dele para se apegar ao Salvador, mas a todas rejeitava, uma por uma. Em sua incredulidade chegou a duvidar da existência desse Deus, o qual jamais vira. Aos pais que, aflitos mas sempre com paciência, procuravam livrá-lo da perdição para a qual estava caminhando, prometeu um dia , após sorrir com ar de incredulidade, crer no Criador e em Seu plano de salvação, caso Ele se tornasse visível na hora do sacrifício.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com ardente fé, aqueles pais passaram a clamar ao Eterno. Sua presença visível poderia, quem sabe, salvar aquele filho querido que a cada dia tornava-se mais rebelde.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Criador ouviu o clamor dos pais aflitos. Embora soubesse que Sua aparição dificilmente quebraria no coração do jovem Caim seu espírito rebelde, estava disposto a cumprir o pedido. Estenderia os braços amigos a Caim, procurando com amor conquistar-lhe o coração. Como conhecia os seus anseios e sonhos de aventura, facilmente poderia identificar-Se com ele, cativando-o, pois era também Alguém que sempre carregara no peito sonhos de aventura; Não fora a criação do Universo uma grande aventura?! Não fora o Seu sonho vê-lo cravejado de sóis fulgurantes, iluminando bilhões de mundos com o seu brilho?! Não era também o Seu maior atravessar o vale da morte, em busca da conquista do Éden distante, prendendo para sempre o Sol em seu céu?! Tinham muita coisa em comum!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Caim estava curioso naquela sexta-feira. Na face dos pais, via ânimo e alegria, frutos de uma fé grandiosa. Incentivado por essa expressão de confiança, o jovem passou a ajudá-los nos preparativos para o santo sábado.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O Sol finalmente esquivou-se rolando para o poente, deixando como de costume seu rastro de saudade que anunciava medo. Em meio às trevas, Caim discerniu o vulto branco do cordeiro sendo erguido para o altar pelas mãos do pai - esse incansável sacerdote que sempre estava implorando ao Criador pela salvação de seu amado filho.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com a mão erguida, Adão preparava-se para o golpe que poderia, quem sabe, quebrar no coração de Caim sua incredulidade, fazendo nascer num só momento a crença na salvação. De seus lábios escapa-se então a prece da fé: - Pai Eterno, ouve o meu pedido; Meu filho precisa de Ti! Somente um olhar Teu poderá conquistá-lo. Venha Senhor!!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Esta oração sincera caiu nos ouvidos daquele filho, comovendo-o. Somente a prece já seria suficiente para convencê-lo da existência real de um Salvador.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Um forte brilho envolveu logo toda a colina banhando também o vale oriental .Os olhos arregalados de Caim pousaram então nos olhos amáveis do Criador, que trazia na face um brilho superior ao do sol, mas não ofuscante. Contemplando-O com admiração, Caim exclamou: - Ele é jovem como eu, e se parece com o Sol!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Adão e Eva, comovidos pela grande saudade tinham vontade de saltar ao peito do Salvador e beijá-Lo, mas deixaram que Ele Se encontrasse primeiro com Caim. Com alegria , viram o precioso filho envolvido nos braços do grande amigo, que era parecido com o seu astro.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Depois de longo abraço, Deus abraçou e beijou também o querido casal, companheiros no sofrimento.<br />
<br />
<br />
<br />
Caim, conquistado pela afeição do Pai Eterno, mostrou-Lhe seus animais de estimação e seu pequeno jardim carregado de lindas flores. Como estava encantado por vê-los coloridos naquela noite desfeita pelo brilho do Criador, como sob a luz do dia! Parecia até mesmo que o Sol baixara a eles.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao pensar no Sol, Caim, como o amava muito, passou a falar sobre ele dizendo:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Como ele é belo e bom! Quando ele vai-se embora, deixa em suas lágrimas de sangue um sentimento de tristeza e temor. Tudo desaparece em sua ausência : os animais, o jardim; até os passarinhos silenciam os seus cantos! ...Mas basta ele dizer que vai aparecer, tudo se enche de encanto; A natureza se desperta de mansinho, parecendo ainda temer as trevas, mas quando as vê fugir , fica alerta e canta; Os animais, os passarinhos, o jardim,... tudo volta a viver feliz! Mas, esta felicidade sempre acaba!!!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Após falar estas palavras, Caim fitando o Criador indagou curioso:<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Papai sempre diz que foi você quem criou o Sol. É verdade?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com um sorriso de sinceridade Deus respondeu-lhe que sim<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Quando Você o fez no princípio, continuou Caim, ele já fugia para o poente?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Ele nunca foge, respondeu o Eterno, é o mundo quem foge dele. Ele fica triste com essa ingratidão!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Mas como? Perguntou Caim, contemplando curioso Sua face de luz.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Com palavras carinhosas, Deus passou a contar-lhe a história de Lúcifer que, em sua ingratidão baniu de seus olhos e dos olhos de uma multidão de criaturas, o brilho de Sua face - o Verdadeiro Sol. Depois de assim agir, iludiu a muitos dizendo que foi o Sol quem fugiu deles. Com sua astúcia, continuou o Criador, o anjo rebelde procurou arrastar o ser humano para as trevas, e conseguiu. O Sol naquele dia, chorou tantas lágrimas de sangue, que banhou todo o céu. Em seu último suspiro de luz, porém, ele prometeu ao mundo já tomado pelas trevas, voltar um dia a brilhar para sempre, enchendo todo o seu seio de vida.<br />
<br />
<br />
<br />
Após falar-lhe estas palavras, o Eterno fitando aquele jovem, com expressão de tristeza nos olhos concluiu dizendo: - Hoje, o anjo rebelde promete a seus seguidores que irá com sua força deter o sol, mas ele jamais conseguirá realizar esse plano, pois não possui o laço que poderá detê-lo: o amor.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Cabisbaixo, Caim ouviu dos lábios do Criador essa história de promessas, a qual já se cansara de ouvir de seus pais. Essa história não lhe dava prazer, pois mostrava uma noite longa de sacrifícios sobre o altar, e de um Salvador a perecer em dor. Em realidade, Caim não via razões para tudo isso. Por que não banir logo o sofrimento colorindo as trevas de luz?!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Num esforço para conquistá-lo, o Eterno com muito amor fitou aquele jovem insatisfeito, e disse-lhe que, somente o sangue de Seu sacrifício poderia fazer o Sol para sempre brilhar, num reino de eterna felicidade e paz. Não havia outro caminho para essa conquista. Por isso, deveria ser paciente, descansando-se sob o Seu cuidado.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Após conversar por longo tempo com Caim, na tentativa de fazê-lo reconhecer sua necessidade de salvação, Jeová voltando-Se para o casal, passou a consolá-los com a promessa do nascimento de outro filho. Mais trinta e seis sacrifícios seriam contados, e seus braços envolveriam o segundo filho. Nasceria também da dor, mas traria nos olhos o brilho e o consolo da salvação. O seu testemunho de fidelidade ficaria perpetuado por todas as gerações, no símbolo de um altar coberto de sangue.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
As semanas iam se passando, trazendo ao casal novas de alegrias e tristezas : de um coração cheio de vida a pulsar no ventre de Eva, e de um vazio com cheiro de morte a crescer no coração do jovem Caim. Ainda que ele tenha ficado deslumbrado ante a manifestação de Deus, em nada essa aparição mudou-lhe sua maneira arrogante de pensar sobre o sentido da vida. Ele não via sentido nos sacrifícios oferecidos no altar. Nos dias que seguiram o seu encontro com o Criador, ele argumentava com os seus pais dizendo: <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Se eu fosse poderoso como o Eterno, eu jamais me submeteria ao sacrifício para reconquistar o reino perdido. Ele é forte, e brilha como o sol. Ele poderia com uma só palavra expulsar todas as trevas, devolvendo-nos o paraíso. Para que tanto sofrimento?! Com essa argumentação, Caim supunha-se mais sábio que o Criador. Quem sabe, num próximo encontro teria oportunidade de aconselhá-Lo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Dessa forma, o jovem Caim aprofundava-se cada vez mais no abismo do orgulho e do egoísmo - lugar de ilusões para onde se ia, pensando estar caminhando para a vitória. Não fora Lúcifer juntamente com um terço das hostes celestes atraídos por essa mesma ilusão?! O bondoso Deus , todavia, não selaria o destino de Caim sem antes procurar de todas as formas salvá-lo da ruína eterna. Essa graça imerecida, fruto do divino amor, seria concedida a todo o ser humano que viesse a nascer neste mundo. <br />
<br />VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-15215766100690077832011-06-21T23:32:00.000-07:002011-06-21T23:42:18.175-07:00HISTORIA ÁRABE DE JOSÉ EL CARPINTEROEste libro es muy probable que sea falso, un idólatra Marianista, devoto de los santos que ha escrito e incluso anima a este libro que será publicado como algo sagrado. El contenido deste libro está lleno de idolatría a María, llamándola constantemente de la Santísima Virgen. El libro trata de una ordén de Jesús que ordenó a la iglesia para celebrar la fiesta de San José y que todas las familias se debe dar el nombre de José de al menos un hijo. Otra herejía deste libro de falsidad y apócrifo es que apunta a la evidencia de que en años mil de la era cristiana, sería el final del mundo. Probablemente algún escriba Marianista paganos trató de difundir en el seno del cristianismo el culto de María y José, pura idolatría. (Escriba Valdemir Mota Menezes)<br /><br /><br /><br />-------------------------------<br /><br /><br />HISTORIA ÁRABE DE JOSÉ EL CARPINTERO<br /><br /><br />Preliminar<br />En nombre de Dios, uno en esencia y trino en personas, paso a referir la historia de la muerte de nuestro padre, el santo anciano José el Carpintero. Protélannos a todos, hermanos míos, su bendición y sus plegarias. Amén.<br />El total de los días de su existencia fue de ciento once años, y su salida del mundo tuvo lugar el 26 del mes de ab ib, que corresponde al mes de ab. Su plegaria nos guarde. Amén.<br />Nuestro Señor Jesucristo cantó esto a sus virtuosos discípulos, en el monte de los Olivos, y también les cantó toda la carrera de José en el mundo, y la manera como terminó sus días. Los apóstoles conservaron tan santos discursos, los escribieron y los depositaron en la Biblioteca de Jerusalén. Su plegaria nos guarde. Amén.<br />Jesús habla a sus discípulos<br />I. Un día, Jesucristo, nuestro Dios, nuestro Señor y nuestro Salvador, se sentó entre sus discípulos, que se hablan congregado cerca de é1, en el monte de los Olivos. Y les dijo: Hermanos y amigos míos, hijos del Padre que os ha elegido entre todo el mundo, vosotros sabéis que muchas veces os he anunciado que debo ser crucificado y morir por la salvación de Adán y de su posteridad, y resucitar de entre los muertos. Yo os confiaré la predicación del Santo Evangelio que sostiene la buena nueva, para que la anunciéis al mundo. Y os investirá de la fuerza de lo alto, y os llenará del Espíritu Santo. Anunciaréis a todos los pueblos la penitencia y la remisión de los pecados. Porque un solo vaso de agua que el hombre halle en el otro mundo valdrá más que todos los tesoros del mundo presente. Y el espacio de un pie en el reino de mi Padre vale más que todas las riquezas de la tierra. Y una sola hora de alegría de los justos es mejor que mil años de los pecadores, porque los lloros y las lágrimas de éstos no cesarán nunca, ni nunca se detendrán. Y jamás hallarán reposo, ni consuelo. Y ahora ¡oh mis nobles miembros!, cuando os pongáis en camino, predicad a todos los pueblos, dadles la buena nueva, y decidles que el Salvador los pesará en una justa balanza, y con una exacta medida, y que habrán de defenderse y de contestar por sí mismos en el día del juicio, cuando el Salvador les pida cuenta de cada palabra. Y tendrán que darla. Y, así como a nadie olvida la muerte, igualmente el día del juicio manifestará las obras de todos, buenas o malas. Y, según la palabra que os he dicho, no se precie el fuerte de su fuerza, ni de su riqueza el rico, sino que quien quiera glorificarse se glorifique en el Señor.<br />José queda viudo<br />II. Había un hombre llamado José, que pertenecía al pueblo de Bethlehem, ciudad de Judá y del rey David. Estaba muy instruido en las ciencias, y fue sacerdote en el templo del Señor. Conocía el oficio de carpintero. Se casó, según ejemplo de todos los hombres, y engendró hijos e hijas, cuatro varones y dos hembras. He aquí sus nombres: Judas, Justo, Jacobo y Simón. Las dos hijas se llamaban Asia y Lidia. Y la esposa de José, el justo, que loaba a Dios en todos sus actos, murió. Y este José, el justo, fue espeso de María, mi madre. Y partió, con sus hijos, para un trabajo de su oficio de carpintero.<br />Presentación de María en el templo<br />III. Cuando José el justo quedó viudo, María, mi madre, casta y bendita, acababa de cumplir los doce años. Porque sus padres la presentaron en el templo del Señor, cuando tenía tres años, y permaneció en el templo nueve. Y los sacerdotes, al ver que la virgen santa y temerosa de Dios había crecido, dijeron: Busquemos un hombre justo y temeroso de Dios para confiarle a María hasta el momento del matrimonio, para que no le ocurra en el templo lo que pasa a las mujeres, y Dios no se irrite contra nosotros.<br />Segundo matrimonio de José<br />IV. Entonces enviaron mensajeros y convocaron a los doce viejos de la tribu de Judá, que escribieron los nombres de las doce tribus de Israel. Y la suerte tocó al viejo bendito, José el justo. Y los sacerdotes dijeron a mi madre bendita: Vete con José, y vive con él hasta el momento de tu matrimonio. Y José el justo llevó a mi madre a su morada. Y mi madre encontró a Jacobo de corta edad, abandonado y triste como huérfano que era, y ella lo educó, y por eso fue llamada María madre de Jacobo. Y José la dejó en su casa, y partió para el sitio en que desempeñaba su oficio de carpintero.<br />María, encinta. José sospecha de ella<br />V. Y, cuando la virgen pura hubo pasado dos años enteros en su casa, desde el momento en que se la había llevado a ella, yo vine al mundo de mi propio grado, y, por la voluntad de mi Padre y designio del Espíritu Santo, encarné en María por un misterio que excede de la comprensión de las criaturas. Y, cuando transcurrieron tres meses de su embarazo, el hombre justo volvió de su trabajo, y encontró encinta a la virgen mi madre. Y tuvo gran turbación, y pensé depedirla secretamente. Y, por efecto de su temor, de su disgusto y de su angustia de corazón, no comió ni bebió aquel día.<br />Aviso del ángel a José<br />VI. Y, en medio del día, el santo arcángel Gabriel se le apareció en sueños, por orden de mí Padre, y dijo: José, hijo de David, no temas recibir a María, tu esposa, porque está encinta por obra del Espíritu Santo. Parirá un hijo cuyo nombre será Jesús. Y él llevará a pacer a todos los pueblos con un cetro de hierro. El ángel lo abandonó y José se levantó de su sueño. E hizo como el ángel le había ordenado y María vivió con él.<br />Natividad de Jesús<br />VII. Por aquellos días, el emperador Augusto César dictó un decreto, que ordenaba se empadronase la población del mundo entero, y que cada cual lo hiciese en su ciudad natal. José, el viejo justo, tomó a María, y se dirigió a Bethlehem, porque el tiempo del alumbramiento estaba próximo. Inscribió su nombre en el registro así: José, hijo de David, y María, su esposa, que son de la tribu de Judá. Y María, mi madre, me puso en el mundo en Bethlehem, en una gruta cercana a la tumba de Raquel, esposa de Jacobo, el patriarca, y que era madre de José y de Benjamín.<br />Huida a Egipto<br />VIII. Y he aquí que Satán corrió a advertir a Herodes el Grande, padre de Arquelao. (Este Herodes es quien hizo decapitar a Juan, mi amigo y mi deudo.) Y Herodes ordenó que me buscasen, pensando que mi reino era de este mundo. José, el buen viejo, fue advertido en sueños. Y se levantó, y tomó a María, mi madre, en cuyos brazos yo iba, y los acompañaba Salomé. Partió para Egipto, donde pasó un año entero, hasta que hubo cesado la cólera de Herodes. El cual murió de la peor muerte, por haber vertido la sangre de los niños inocentes, que tiránicamente mandó degollar, sin que hubiesen cometido falta alguna.<br />Vuelta a Nazareth<br />IX. Y cuando aquel pérfido e impío Herodes hubo muerto, volvieron a la tierra de Israel y se establecieron en una ciudad de Galilea que se llama Nazareth. Y José, el viejo bendito, ejercía la profesión de carpintero. Vivía del trabajo de sus manos, como prescribe la ley de Moisés, y nunca comió gratis el pan ganado por otro.<br />Vejez de José<br />X. Y el viejo llegó a la extrema ancianidad. Mas su cuerpo no se debilitó, su vista no se alteró, sus dientes no se pudrieron, su razón no se conturbó lo más mínimo. Era como un joven vigoroso, y sus miembros estaban libres de enfermedad. Y el total de su edad fue de ciento once años.<br />Vida en Nazareth<br />XI. Justo y Simón, los hijos de José, se casaron, y fueron a habitar sus moradas. Igualmente se casaron las dos hijas y fueron a habitar sus moradas. Quedaron, en la mansión de José, Judas, el pequeño Jacobo, y mi madre María. Yo quedé con ellos, como uno de sus hijos, y cumplí lo que forma la vida, menos el pecado. Llamaba a María «mi madre» y a José «mi padre». Los obedecía sin falta en cuanto me ordenaban, como han hecho todos los nacidos. Nunca los descontenté. Nunca les repliqué, ni los contradije, sino que los amaba como a las niñas de mis ojos,<br />La muerte ronda de cerca a José<br />XII. Y se acercó el momento en que el santo viejo debía pasar de este mundo al otro, como todos los nacidos. Su cuerpo se debilitó y un ángel le advirtió que iba a entrar en el reposo eterno. Y sintió gran turbación y miedo en su alma. Y se fue a Jerusalén, y entró en el templo del Señor, y ante el santuario oró en estos términos:<br />Oración de José en el templo<br />XIII. ¡Oh Dios, padre de todo consuelo, Dios de bondad, dueño de toda carne, Dios de mi alma, de mi espíritu y de mi cuerpo, yo te imploro, oh mi Señor y mi Dios! Si mis días son cumplidos, y si mi salida de este mundo está próxima, envíame al poderoso Miguel, el jefe de tus santos ángeles, para que esté cerca de mí, hasta que mi pobre alma salga de mi cuerpo miserable sin pena, ni dolor, ni conmoción. Porque un lóbrego temor y un violento disgusto se abaten, en el día de la muerte, sobre todos los cuerpos, sobre hombres, mujeres, bestias de carga, bestias salvajes, reptiles o volátiles, sobre toda criatura animada de un soplo de vida que hay bajo el cielo. Y sufren pavor, miedo, angustia y fatiga en el momento en que sus almas abandonan sus cuerpos. Y ahora ¡oh mi Señor y mi Dios! esté tu ángel junto a mi alma y mi cuerpo, hasta que se separen uno de otro. No me vuelva el rostro el ángel que me custodia desde que fui creado, sino vaya conmigo por el camino hasta que yo esté cerca de vos. Séame su rostro afable y alegre, y acompáñeme en paz. No dejes que aquellos cuya faz es multiforme se aproximen a mí en los puntos que yo recorra, hasta que llegue en paz junto a ti. No dejes que quienes guardan tus puertas prohíban la entrada a mi alma. No me confundas ante tu tribunal terrible. No se acerquen a mí las bestias feroces. No se anegue mi alma en las olas del río de fuego que toda alma debe atravesar antes de percibir la divinidad de tu majestad, ¡oh Dios, justo juez, que juzgas a la humanidad con equidad y con rectitud, y que das a cada uno según sus obras! Y ahora, ¡oh mi dueño y mi Dios!, préstame tu gracia, alumbra mi camino hacia ti, fuente abundante de todo bien y de toda grandeza para la eternidad. Amén.<br />José cae enfermo<br />XIV. En seguida volvió a su casa, de la villa de Nazareth. Y cayó enfermo para morir, según es ley impuesta a todo hombre. Y fue tan oprimido por el mal, que nunca, desde que vino al mundo había estado más enfermo. He aquí la cuenta exacta de los estados de vida de José, el justo. Vivió cuarenta años antes de casarse. Su mujer estuvo bajo su protección cuarenta y nueve años, hasta que murió. Un año después de su muerte, le fue confiada mi madre, la casta María, por los sacerdotes, para que la guardase hasta el tiempo de su matrimonio. Vivió en su casa dos años, y durante el tercero, a los quince de su edad, me puso en el mundo por un misterio que ninguna criatura puede saber, no siendo yo, y mi Padre, y el Espíritu Santo, que existen en mí, en la unidad.<br />Postración material y moral de José<br />XV. El total de la vida de mi padre, el buen viejo, fue de ciento once años, según las órdenes de mi Padre. Y el día en que su alma dejó su cuerpo fue el 26 del mes de abib. El oro fino comenzó a transmutarse, y a alterarse la plata pura, quiero decir, su razón y su sabiduría. Olvidó el beber y el comer. Y se desvaneció, y le fue indiferente el conocimiento de su arte de carpintero. Cuando acababa de apuntar la aurora del día 26 del mes de abib, el alma del justo viejo José se agité, según estaba él en su lecho. Abrió la boca, gimió, golpeó sus manos y gritó a gran voz:<br />Imprecaciones del patriarca<br />XVI. ¡Malhaya el día en que vine al mundo! ¡Malhaya el vientre que me llevó! ¡Malhayan las entrañas que me concibieron! ¡Malhayan los pechos que me amamantaron! ¡Malhaya las piernas en que me apoyé! ¡Malhayan las manos que me han conducido hasta que fui mayor, porque he sido concebido en la iniquidad, y mi madre me ha deseado en el pecado! ¡Malhayan mi lengua y mis labios que han proferido la calumnia, la detracción, la mentira, el error, la impostura, el fraude, la hipocresía! ¡Malhayan mis ojos, que han visto el escándalo! ¡Malhayan mis oídos, que han gustado de oír la maledicencia! ¡Malhayan mis manos, que han tomado lo que no era legítimamente suyo! ¡Malhayan mi vientre, que ha comido lo que no era lícito comer! ¡Malhayan mi garganta, que, como el fuego, devora cuanto halla! ¡Malhayan mis pies, que han ido por caminos que no eran los de Dios! ¡Mal-hayan mi cuerpo y mi triste alma, que se han apartado del Dios que los creó! ¿Y qué haré cuando parta para el lugar en que comparecerá ante el juez justo, que me reprochará todas las obras protervas que he acumulado durante mi juventud? ¡Malhaya todo hombre que muere en el pecado! En verdad, esta hora es terrible, la misma que se abatió sobre mi padre Jacobo, cuando su alma se separé de su cuerpo, y he aquí que se abate hoy sobre mí, desgraciado yo. Pero aquel que gobierna mi alma y mi cuerpo es Dios, cuya voluntad se cumple en ellos.<br />Plegaria de José a Jesús<br />XVII. Así habló José, el piadoso anciano. Y yo fui a él y hallé su alma muy turbada y puesta en extrema angustia. Y le dije: Salud, ¡oh mi padre José, el hombre justo! ¿Cómo te encuentras? Y dijo él: Salud a ti muchas veces, ¡oh mi querido hijo! He aquí que los dolores de la muerte me han rodeado. Mas mi alma se ha apaciguado, al oír tu voz, ¡oh mi defensor Jesús! ¡Jesús, Salvador mío! ¡Jesús, refugio de mi alma! ¡Jesús, mi protector! ¡Jesús, nombre dulce a mi boca y a la boca de aquellos que lo aman! Ojo que ves y oído que oyes, atiende a tu servidor, que se humilla y llora ante ti! Tú eres mi dueño, como el ángel me ha dicho muchas veces, y sobre todo el día en que mi corazón dudaba, con malos pensamientos, de la pura y bendita virgen María, cuando ella concibió y yo pensé en repudiarla secretamente. Y cuando pensaba así, he aquí que los ángeles del Señor se me aparecieron por un misterio oculto, diciéndome: José, hijo de David, no temas recibir a María tu esposa, no te disgustes, ni pronuncies sobre su embarazo una palabra desentonada, que ella está encinta por obra del Espíritu Santo, y pondrá en el mundo un hijo, cuyo nombre será Jesús. Y salvará a su pueblo de sus pecados. No me tengas rencor por eso, Señor, porque yo no conocía el misterio de tu nacimiento. Yo recuerdo, Señor, el día en que la serpiente mordió a aquel niño, que murió por efecto de ello. Los suyos querían entregarte a Herodes, y decían: Eres tú quien lo has matado. Y tú lo resucitaste de entre los muertos. Y yo fui, y tomé tu mano, y dije: Hijo, ten cuidado. Y tú me respondiste: ¿No eres mi padre según la carne? Ya te enseñará quién soy yo. No te irrites ahora, mi Señor y mi Dios, contra mí a causa de aquel momento. No me juzgues, pues soy tu esclavo y el hijo de tu servidor. Tú eres mi Señor y mi Dios, mi Salvador y el Hijo de Dios verdadero.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Congojas de María<br />XVIII. Así habló mi padre José, y no tenía fuerza para llorar. Y vi que la muerte se apoderaba de él. Mi madre, la virgen pura, se levantó, se acercó, y me dijo: ¡Hijo querido, va, pues, a morir el piadoso viejo José! Yo le dije: ¡Oh madre querida, todas las criaturas nacidas en este mundo han de morir, porque la muerte está impuesta a todo el género humano! Tú misma, virgen y madre mía, morirás, como todos. Pero tu muerte, como la de este piadoso anciano, no será muerte, sino vida perpetua para la eternidad. Yo también es preciso que muera, en este cuerpo que he tomado de ti. Mas, álzate ¡oh mi madre purísima!, y vete cerca de José, el viejo bendito, para ver lo que ocurre durante su ascensión.<br />Jesús consola a su madre<br />XIX. María, mi madre purísima, fue adonde estaba José, mientras yo me sentaba a sus pies. Lo miré, y vi que los signos de la muerte habían aparecido sobre su rostro. El anciano bendito alzó la cabeza, y me miró fijamente. No podía hablar, por los dolores de la muerte, que lo rodeaban. Pero gemía mucho. Le tuve las manos durante una hora..., mientras me miraba y me hacía señas de que no lo abandonase. Puse mi mano en su corazón, y encontré que su alma estaba próxima a su palacio, y que se preparaba a abandonar su cuerpo.<br />Duelo de los hijos de José<br />XX. Cuando mi madre, la Virgen, me vio tocar su cuerpo, le tocó ella los pies, y los halló ya muertos y sin calor. Y me dijo: ¡Oh hijo querido, he aquí que sus pies están fríos como la nieve! Y llamó a los hijos e hijas de José y les dijo: Venid todos, porque su hora ha llegado. Asia, hija de José, respondió diciendo: ¡Malhaya yo, hermanos míos! Es la enfermedad de mi madre querida. Clamó y lloró, y todos los hijos de José lloraron. Y yo y mi madre María lloramos con ellos.<br />Visión de muerte<br />XXI. Y miré hacia el mediodía y vi a la muerte, seguida del infierno, y de las milicias que lo acompañan, y de sus acólitos. Sus vestidos, sus rostros y sus bocas arrojaban llamas. Cuando mi padre José los vio avanzar hacia sí, sus ojos se humedecieron, y en este momento gimió mucho. Y, al oírlo yo suspirar tanto, rechacé a la muerte y a los servidores que la acompañaban, y clamé a mi buen Padre, diciéndole:<br />Oración de Jesús<br />XXII. ¡Oh Señor de toda clemencia, ojo que ve y oído que oye, escucha mi clamor y mi demanda por el buen anciano José, y envía a Miguel, jefe de tus ángeles, y a Gabriel, mensajero de la luz, y a todos los ejércitos de tus ángeles y a sus coros, para que acompañen hasta ti el alma de mi padre José. Es la hora en que mi padre necesita misericordia. Y yo os digo, mis discípulos, que todos los santos, y cuantos nacen en este mundo, justos o pecadores, deben por precisión pasar por el trance de la muerte.<br />Llegada de dos ángeles a la habitación mortuoria<br />XXIII. Miguel y Gabriel se llegaron al alma de mi padre José. La tomaron y la envolvieron en un hábito luminoso. Y él entregó el alma en manos de mi buen Padre, que le dio la salvación y la paz. Y ninguno de los hijos de José notó que había muerto. Los ángeles guardaron su alma contra los demonios de las tinieblas, que estaban en el camino. Y los ángeles loaron a Dios hasta que hubieron conducido a José a la mansión de los justos.<br />Jesús cierra los ojos al muerto<br />XXIV. Y su cuerpo quedó yacente y frío. Posé mi mano en sus ojos, y los cerré. Y cerré su boca, y dije a María, la Virgen: ¡Oh madre mía! ¿Y dónde está la profesión que ejerció tanto tiempo? Ha pasado como si nunca hubiese existido. Y, cuando sus hijos me oyeron hablar así con mi madre, comprendieron que José había muerto, y clamaron y sollozaron. Mas yo les dije: La muerte de nuestro padre no es muerte, sino vida eterna, porque lo ha separado de los trabajos de este mundo, y lo ha llevado al reposo que dura siempre. Y, al oír esto, sus hijos desgarraron sus vestiduras y rompieron a llorar.<br />Los habitantes de Galilea lloran al patriarca<br />XXV. Y he aquí que el pueblo de Nazareth y de Galilea oyó los gritos, y acudió, y lloró desde la hora de tercia hasta la de nona. Y a la de nona cada uno se fue a su hogar. Y llevaron el cuerpo, después de embalsamarlo con costosos perfumes. Y yo imploré a mi Padre con la plegaria de los habitantes del cielo, esa plegaria que escribí con mi mano antes de ser concebido en el seno de la Virgen, mi madre. Y, cuando hube acabado, y dicho el amén, vinieron ángeles en gran número. Y dije a dos de ellos que envolvieran en un manto luminoso el cuerpo de José, el anciano bendito.<br />Institución de la festividad de José<br />XXVI. Y le dije: La fetidez de la muerte no tendrá poder sobre ti. Ni miasmas ni gusanos saldrán jamás de tu cuerpo. Ni uno solo de tus huesos se quebrantará. Ni un cabello de tu cabeza se alterará. Nada de tu cuerpo perecerá, ¡oh mi padre José!, sino que permanecerá intacto hasta los mil años. A todo hombre que piense hacerte una oferta el día de tu conmemoración lo bendecirá, y lo indemnizaré en la congregación de los primogénitos que están alistados en los cielos: Quien en tu nombre nutra con el trabajo de sus manos a los pobres, y a las viudas, y a los huérfanos, en el día de tu conmemoración, no carecerá de nada en ningún día de su vida. A quien en tu nombre dé a beber un vaso de agua o de vino a una viuda o a un huérfano, yo te lo entregaré, para que tú lo introduzcas en el banquete de los mil años. Todo el que pensara en hacer una ofrenda el día de tu conmemoración, será bendito por mí, y le daré 30, 60 y 100 por uno. El que escriba tu historia, tus trabajos y tu partida de este mundo y el discurso que ha salido de mi boca, yo te lo daré en este mundo. Y, cuando su alma salga de su cuerpo, y deje este mundo, yo quemaré el libro de sus pecados, y no lo pondré en tortura el día del juicio. Y atravesará sin dolor ni fatiga el mar de fuego. Y lo que debe hacer todo hombre pobre que no pueda hacer lo que he indicado es, si le nace un hijo, que lo llame José, y no tendrá nunca en su casa muerte súbita.<br />Funerales de José<br />XXVII. Y los jefes de la población vinieron adonde estaba el cuerpo de José, el viejo bendito. Llevaban lienzos, y quIsieron amortajarlo, como es costumbre entre los judíos, pero hallaron hecho su amortajamiento, y cuando quisieron desenvolverlo, hallaron que la mortaja le estaba adherida como con hierro, y no encontraron extremos en el lienzo. Luego lo llevaron a una caverna. Y abrieron la puerta, para depositar su cuerpo junto al de sus padres. Y yo recordé el día en que partió conmigo para Egipto, y los muchos trabajos que soportó por mi causa. Y lloré sobre él largo tiempo e, inclinándome sobre su cuerpo, dije:<br />Misión de la muerte<br />XXVIII. ¡Oh muerte, que aniquilas toda inteligencia, y que siembras tantas lágrimas y tantos lamentos! ¡Es, no obstante, Dios, mi Padre, quien te ha dado ese poder! Por su transgresión, murieron Adán y Eva. Y la muerte no ha sido suprimida o eludida por nadie. Y, sin embargo, no hace nada sin la orden del Padre. Hombres hubo que vivieron novecientos años y murieron. Otros vivieron más, y murieron. Ni uno solo de ellos ha dicho: Yo no he gustado la muerte. Porque el Señor no prepara a cada instante el castigo de cada uno, sino una vez solamente. En esta hora, mi Padre la envía hacia el hombre. Y, cuando se le acerca, considera la orden que le viene del cielo, diciendo: La he acometido con ímpetu, y su alma será pronto arrastrada. Y se apodera de esa alma y hace lo que quiere de ella. Y porque Adán transgredió el mandato de mi Padre, mi Padre se irritó contra él, y lo condenó a muerte, y la muerte entró en el mundo. Si Adán hubiese obedecido a mi Padre, la muerte no hubiera nunca sido su destino. ¿Pensáis que no hubiera yo podido pedir a mi Padre, y que él no me enviaría un carro de fuego que llevase el cuerpo de mi padre José al lugar de reposo, donde habitaría con los seres espirituales? Mas, por la transgresión de Adán, el trabajo y el dolor de la muerte han sido decretados contra todo el género humano. Y por esta razón, preciso es que también yo muera corporalmente, para que esos seres creados por mí alcancen misericordia.<br />Adiós de Jesús a José<br />XXIX. Cuando hube dicho esto, abracé el cuerpo de mi padre José, y lloré sobre él. Y abrieron la puerta del sepulcro y depositaron su cuerpo junto al de su padre, Jacobo. Y entró en el reposo cuando acababa de cumplir su año ciento once. Ni un solo diente de su boca había sufrido, su mirada no se alteró, su talle no se encorvó, su fuerza no amenguó, sino que practicó su oficio hasta el día de su muerte, que fue el 26 de abib.<br />Duda de los apóstoles<br />XXX. Y nosotros, los apóstoles, después de haber oído a nuestro Salvador, nos regocijamos, y lo adoramos, diciendo: ¡Oh Salvador nuestro, concédenos tu gracia! Acabamos de oír la palabra de vida, pero nos sorprende que, habiéndose dado a Enoch y a Elías el don de no morir, y de habitar hasta ahora en la mansión de los justos, sin que sus cuerpos sufran corrupción, al anciano José, el carpintero, tu padre carnal, de quien nos has dicho que refiramos su tránsito al otro mundo, cuando prediquemos el Evangelio a los pueblos; que le dediquemos cada año un día de fiesta santificada; que incurriremos en falta, si ponemos o quitamos la menor tilde a tu narración; y que, el día de tu nacimiento en Bethlehem, te llamó hijo suyo: nos sorprende, repetimos, que a tan sublime varón no lo hayas hecho inmortal como a aquellos otros dos, afirmando, como afirmas, que era un justo y un elegido, al mismo tenor que ellos.<br />Ley universal de la muerte<br />XXXI. Mas nuestro Señor repuso: La profecía de mi Padre se cumplió en Adán por su desobediencia. Y la voluntad de mi Padre se realiza en cuanto le place. Ahora bien: cuando el hombre desatiende el mandato de Dios y sigue las obras de Satanás, cometiendo pecado, si su vida se prolonga, es con la esperanza de que se arrepienta, y aprenda que debe caer en las garras de la muerte. Y, si se prolonga la vida de un hombre bueno, los hechos de su vejez se hacen notorios y los demás hombres buenos los imitan. Si veis un hombre irascible, sabed que sus días serán abreviados. Con relación a aquellos que son llevados en lo mejor de sus días, todas las profecías de mi Padre dominan a los hijos de los hombres hasta que se cumplen puntualmente. Y, en lo que concierne a Enoch y a Elías, como viven hasta ahora en el cuerpo en que nacieron, y como, por otra parte, mi padre José no ha quedado como ellos conservando cuerpo, yo os contesto que el hombre, aunque viva miríadas de años, debe morir. Y yo os digo, hermanos míos, que aquéllos, al fin de los tiempos, al llegar el día de la conmoción, la turbación y la angustia, vendrán al mundo y morirán. Porque el Anticristo matará a los cuatro hombres y verterá su sangre como un vaso de agua, a causa de la vergüenza que le causaron, cubriéndolos públicamente de confusión.<br />Anuncio de los tiempos últimos<br />XXXII. Y dijimos: ¡Oh Señor, nuestro Salvador y nuestro Dios! ¿Y quiénes son esos cuatro que habéis dicho que el Anticristo matará por sus reproches? Y dijo el Salvador: Son Enoch, Elías, Sila y Tabitha. Y, cuando hubimos oído este discurso del Salvador, nos regocijamos, nos exaltamos, y dirigimos todas nuestras alabanzas y todas nuestras acciones de gracias a nuestro Señor, a nuestro Dios y a nuestro Salvador Jesucristo, aquel a quien convienen la gloria, el honor, la dominación, la potencia y la alabanza, y con él a su Padre supremamente bueno y al Espíritu Santo vivificador, ahora y en todos los tiempos y por los siglos de los siglos. Amén.<br />Fuente: Los Evangelios Apócrifos, por Edmundo González BlancoVALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-19509775643969004992011-06-13T20:55:00.000-07:002011-06-13T20:59:02.122-07:00EVANGELIO ARABE DE LA INFANCIA DE JESÚSEVANGELIO ARABE DE LA INFANCIA DE JESÚS<br /><br />Este es un evangelio apócrifo que circuló en los siglos siguientes la edad apostólica. Textos apócrifos que también se encuentra en el Corán islámico, mostrando la influencia que este libro ha tenido en los pueblos árabes, y también en la iglesia copta de Egipto. Este libro cuenta la historia de los milagros de Jesús en su nacimiento, a continuación, durante la huida a Egipto y la tercera parte, se refiere a los milagros de Jesús como un niño.<br /><br />En el libro hay partes que se han agregado en el período de la iglesia pagana, cuando los cristianos católicos han venerado a María como Virgen Santa. En el libro que leemos acerca de personas que mueren condenados por Jesús, sino también mucha gente siendo sanada y liberada de los demonios.<br /><br />Los demonios conocen a Jesús, mostróconocer de su preexistencia. Se habla también de la divinidad de Jesús. El libro debe ser aceptado con reservas. Algunas historias deben ser verdaderas y que fueron transmitidas por la tradición y más tarde se unió a las fábulas y los conceptos ya establecidos dentro de la iglesia. (Comentario escribano Valdemir Mota de Menezes)<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo_GI2gY1WRLpqLfTXlNM9GCuUn1tYbxsymTqOfXCHQrsRFaj5Mbq8dN26Pr6KzzRh1Vf24mTWNLcaFGgoMc3KpaO3ErQVE3UI8xdcTbUZy0YOb999F8YT51CdmJqs5jB1b6kY7fYuHQlI/s1600/1253_6_45d1f4d158b40.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo_GI2gY1WRLpqLfTXlNM9GCuUn1tYbxsymTqOfXCHQrsRFaj5Mbq8dN26Pr6KzzRh1Vf24mTWNLcaFGgoMc3KpaO3ErQVE3UI8xdcTbUZy0YOb999F8YT51CdmJqs5jB1b6kY7fYuHQlI/s320/1253_6_45d1f4d158b40.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617917005238596386" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />EL EVANGELIO ÁRABE DE LA INFANCIA<br />Palabras pronunciadas por Jesús en la cuna<br />I 1. Hemos encontrado estas palabras en el libro de Josefo, el Gran Sacerdote que existía en tiempo del Cristo, y que algunos han dicho que era Caifás.<br />2. El cual afirma que Jesús habló, estando en la cuna, y que dijo a su madre: Yo soy el Verbo, hijo de Dios, que tú has parido, como te lo había anunciado el ángel Gabriel, y mi Padre me ha enviado para salvar al mundo.<br />Viaje de María y de José a Bethlehem<br />II 1. El año 309 de Alejandro, ordenó Augusto que cada individuo fuese empadronado en su país. Y José se aprestó a ello, y, llevando consigo a María, su esposa, partió para Bethlehem, su aldea natal.<br />2. Y, mientras caminaban, José advirtió que el semblante de su esposa se ensombrecía por momentos, y que por momentos se iluminaba. E, intrigado, tomó la palabra, y preguntó: ¿Qué tienes, María? Y ella respondió: Veo, oh José, alternar dos espectáculos sorprendentes. Veo al pueblo de Israel, que llora y se lamenta, y que, estando en la luz, semeja a un ciego, que no percibe el sol. Y veo al pueblo de los incircuncisos, que habitan en las tinieblas, y que una nueva claridad se levanta para ellos y sobre ellos, y que ellos se regocijan llenos de alegría, como el ciego cuyos ojos se abren para ver la luz.<br />3. Y José llegó a Bethlehem para instalarse en su aldea natal, con toda su familia. Y, cuando llegaron a una gruta próxima a Bethlehem, María dijo a José: He aquí que el tiempo de mi alumbramiento ha llegado, y que me es imposible ir hasta la aldea. Entremos, pues, en esta gruta. Y, en aquel momento, el sol se ponía. Y José partió de allí presuroso para traer a María una mujer que la asistiese. Y halló por acaso a una anciana de raza hebraica y originaria de Jerusalén, a quien dijo: Ven aquí, bendita mujer, y entra en esta gruta, donde hay una joven que está a punto de parir.<br />La partera de Jerusalén<br />III 1. Y la anciana, acompañada de José, llegó a la caverna, cuando el sol se había puesto ya. Y penetraron en la caverna, y vieron que todo faltaba allí, pero que el recinto estaba alumbrado por luces más bellas que las de todos los candelabros y las de todas las lámparas, y más intensas que la claridad del sol. Y el niño, a quien María había envuelto en pañales, mamaba la leche de su madre. Y, cuando ésta acabó de darle le pecho, lo depositó en el pesebre que en la caverna había.<br />2. Y la anciana dijo a Santa María: ¿Eres la madre de este recién nacido? Y Santa María dijo: Sí. Y la anciana dijo: No te pareces a (las demás) hijas de Eva. Y Santa María dijo: Como mi hijo es incomparable entre los niños, así su madre es incomparable entre las mujeres... Y la anciana respondió en estos términos: Oh, señora, yo vine sin segunda intención, para obtener una recompensa. Nuestra Señora Santa María le dijo: Pon tu mano sobre el niño. Y ella la puso, y al punto quedó curada. Y salió diciendo: Seré la esclava y la sierva de este niño durante todos los días de mi vida.<br />Adoración de los pastores<br />IV 1. Y, en aquel momento, llegaron unos pastores, y encendieron una gran hoguera, y se entregaron a ruidosas manifestaciones de alegría. Y aparecieron unas legiones angélicas, que empezaron a alabar a Dios. Y los pastores también lo glorificaron.<br />2. Y, en aquel momento, la gruta parecía un templo sublime, porque las voces celestes y terrestres a coro celebraban y magnificaban el nacimiento de Nuestro Señor Jesucristo. Cuanto a la anciana israelita, al ver tamaños milagros, dio gracias a Dios, diciendo: Yo te agradezco, oh Dios de Israel, que mis ojos hayan visto el nacimiento del Salvador del mundo.<br />Circuncisión<br />V 1. Y, cuando fueron cumplidos los días de la circuncisión, es decir, al octavo día, la ley obligaba c circuncidar al niño. Se lo circuncidó en la caverna, y la anciana israelita tomó el trozo de piel (otros dicen que tomó el cordón umbilical), y lo puso en una redomita de aceite de nardo viejo. Y tenía un hijo perfumista, a quien se la entregó, diciéndole: Guárdate de vender esta redomita de nardo perfumado, aunque te ofrecieran trescientos denarios por ella. Y aquella redomita fue la que María la pecadora compró y con cuyo nardo espique ungió la cabeza de Nuestro Señor Jesucristo y sus pies, que enjugó en seguida con los cabellos de su propia cabeza.<br />2. Y, habiendo transcurrido diez días, llevaron al niño a Jerusalén. Y, cuarenta días después de su nacimiento, un sábado, lo condujeron al templo a presencia del Señor, y ofrecieron, para rescatarlo, los sacrificios previstos por la ley de Moisés, a quien Dios dijo: Todo primogénito varón me será consagrado.<br />Presentación de Jesús en el templo<br />VI 1. Y, cuando María franqueó la puerta del atrio del templo, el viejo Simeón vio, con ojos del Espíritu Santo, que aquella mujer parecía una columna de luz, y que llevaba en brazos un niño prodigioso. Y, semejantes a la guardia de honor que rodea a un rey, los ángeles rodearon en círculo al niño, y lo glorificaron. Y Simeón se dirigió, presuroso, hacia Santa María, y, extendiendo los brazos hacia ella, le dijo: Dame el niño. Y tomándolo en sus brazos, exclamó: Ahora, Señor, despide a tu siervo en paz, conforme a tu palabra. Porque mis ojos han visto la obra de tu clemencia, que has preparado para la salvación de todas las razas, para servir de luz a todas las naciones, y para la gloria de tu pueblo, Israel.<br />2. Y Ana la profetisa fue testigo de este espectáculo, y se acercó para dar gracias a Dios, y para proclamar bienaventurada a Santa María.<br />Llegada de los magos<br />VII 1. Y la noche misma en que el Señor Jesús nació en Bethlehem de Judea, en la época del rey Herodes, un ángel guardián fue enviado a Persia. Y apareció a las gentes del país bajo la forma de una estrella muy brillante, que iluminaba toda la tierra de los persas. Y, como el 25 del primer kanun (fiesta de la Natividad del Cristo) había gran fiesta entre todos los persas, adoradores del fuego y de las estrellas, todos los magos, en pomposo aparato, celebraban magníficamente su solemnidad, cuando de súbito una luz vivísima brilló sobre sus cabezas. Y, dejando sus reyes, sus festines, todas sus diversiones y abandonando sus moradas, salieron a gozar del espectáculo insólito. Y vieron que una estrella ardiente se había levantado sobre Persia, y que, por su claridad, se parecía a un gran sol. Y los reyes dijeron a los sacerdotes en su lengua: ¿Qué es este signo que observamos? Y, como por adivinación, contestaron, sin quererlo: Ha nacido el rey de los reyes, el dios de los dioses, la luz emanada de la luz. Y he aquí que uno de los dioses ha venido a anunciarnos su nacimiento, para que vayamos a ofrecerle presentes, y a adorarlo. Ante cuya revelación, todos, jefes, magistrados, capitanes, se levantaron, y preguntaron a sus sacerdotes: ¿Qué presentes conviene que le llevemos? Y los sacerdotes contestaron: Oro, incienso y mirra. Entonces tres reyes, hijos de los reyes de Persia, tomaron, como por una disposición misteriosa, uno tres libras de oro, otro tres libras de incienso y el tercero tres libras de mirra. Y se revistieron de sus ornamentos preciosos, poniéndose la tiara en la cabeza, y portando su tesoro en las manos. Y, al primer canto del gallo, abandonaron su país, con nueve hombres que los acompañaban, y se pusieron en marcha, guiados por la estrella que les había aparecido. Y el ángel que había arrebatado de Jerusalén al profeta Habacuc, y que había suministrado alimento a Daniel, recluido en la cueva de los leones, en Babilonia, aquel mismo ángel, por la virtud del Espíritu Santo, condujo a los reyes de Persia a Jerusalén, según que Zoroastro lo había predicho. Partidos de Persia al primer canto del gallo, llegaron a Jerusalén al rayar el día, e interrogaron a las gentes de la ciudad, diciendo: ¿Dónde ha nacido el rey que venimos a visitar? Y, a esta pregunta, los habitantes de Jerusalén se agitaron, temerosos, y respondieron que el rey de Judea era Herodes.<br />2. Sabedor del caso, Herodes mandé a buscar a los reyes de Persia, y, habiéndolos hecho comparecer ante él, les preguntó: ¿Quiénes sois? ¿De dónde venís? ¿Qué buscáis? Y ellos respondieron: Somos hijos de los reyes de Persia, venimos de nuestra nación, y buscamos al rey que ha nacido en Judea, en el país de Jerusalén. Uno de los dioses nos ha informado del nacimiento de ese rey, para que acudiésemos a presentarle nuestras ofrendas y nuestra adoración. Y se apoderó el miedo de Herodes y de su corte, al ver a aquellos hijos de los reyes de Persia, con la tiara en la cabeza y con su tesoro en las manos, en busca del rey nacido en Judea. Muy particularmente se alarmó Herodes, porque los persas no reconocían su autoridad. Y se dijo: El que, al nacer, ha sometido a los persas a la ley del tributo, con mayor razón nos someterá a nosotros. Y, dirigiéndose a los reyes, expuso: Grande es, sin duda, el poder del rey que os ha obligado a llegar hasta aquí a rendirle homenaje. En verdad, es un rey, el rey de los reyes. Id, enteraos de dónde se halla, y, cuando lo hayáis encontrado, venid a hacérmelo saber, para que yo también vaya a adorarlo. Pero Herodes, habiendo formado en su corazón el perverso designio de matar al niño, todavía de poca edad, y a los reyes con él, se dijo: Después de eso, me quedará sometida toda la creación.<br />3. Y los magos abandonaron la audiencia de Herodes, y vieron la estrella, que iba delante de ellos, y que se detuvo por encima de la caverna en que naciera el niño Jesús. En seguida cambiando de forma, la estrella se torné semejante a una columna de fuego y de luz, que iba de la tierra al cielo. Y penetraron en la caverna, donde encontraron a María, a José y al niño envuelto en pañales y recostado en el pesebre. Y, ofreciéndole sus presentes, lo adoraron. Luego saludaron a sus padres, los cuales estaban estupefactos, contemplando a aquellos tres hijos de reyes, con la tiara en la cabeza y arrodillados en adoración ante el recién nacido, sin plantear ninguna cuestión a su respecto. Y María y José les preguntaron: ¿De dónde sois? Y ellos les contestaron: Somos de Persia. Y María y José insistieron: ¿Cuándo habéis salido de allí? Y ellos dijeron:<br />Ayer tarde había fiesta en nuestra nación. Y, después del festín, uno de nuestros dioses nos advirtió: Levantaos, e id a presentar vuestras ofrendas al rey que ha nacido en Judea. Y, partidos de Persia al primer canto del gallo, hemos llegado hoy a vosotros, a la hora tercera del día.<br />4. Y María, agarrando uno de los pañales de Jesús, se lo dio a manera de elogio. Y ellos lo recibieron de sus manos de muy buen grado, aceptándolo, con fe, como un presente valiosísimo. Y, cuando llegó la noche del quinto día de la semana posterior a la natividad, el ángel que les había servido antes de guía, se les presenté de nuevo bajo forma de estrella. Y lo siguieron, conducidos por su luz, hasta su llegada a su país.<br /> Vuelta de los magos a su tierra<br />VIII 1. Los magos llegaron a su país a la hora de comer. Y Persia entera se regocijó, y se maravilló de su vuelta.<br />2. Y, al crepúsculo matutino del día siguiente, los reyes y los jefes se reunieron alrededor de los magos, y les dijeron: ¿Cómo os ha ido en vuestro viaje y en vuestro retorno? ¿Qué habéis visto, qué habéis hecho, qué nuevas nos traéis? ¿Y a quién habéis rendido homenaje? Y ellos les mostraron el pañal que les había dado María. A cuyo propósito celebraron una fiesta, a uso de los magos, encendiendo un gran fuego, y adorándolo. Y arrojaron a él el pañal, que se tomé en apariencia fuego. Pero, cuando éste se hubo extinguido, sacaron de él el pañal, y vieron que se conservaba intacto, blanco como la nieve y más sólido que antes, como si el fuego no lo hubiera tocado. Y, tomándolo, lo miraron bien, lo besaron, y dijeron: He aquí un gran prodigio, sin duda alguna. Este pañal es el vestido del dios de los dioses, puesto que el fuego de los dioses no ha podido consumirlo, ni deteriorarlo siquiera. Y lo guardaron preciosamente consigo, con fe ardiente y con veneración profunda.<br />Cólera de Herodes. La huida a Egipto<br />IX 1. Cuando Herodes vio que había sido burlado por los magos, y que éstos no volvían, convocó a los sacerdotes y a los sabios, y les pregunté: ¿Dónde nacerá el Mesías? Ellos le respondieron: En Bethlehem de Judá. Y él se puso a pensar en el medio de matar a Nuestro Señor Jesucristo.<br />2. Entonces el ángel de Dios apareció en sueños a José, y le dijo: Levántate, toma al niño y a su madre, y parte para la tierra de Egipto. Se levantó, pues, al canto del gallo, y se puso en camino.<br />Llegada de la Sagrada Familia a Egipto. <br />Caída de los ídolos<br />X 1. Y, mientras pensaba entre sí cómo realizaría su viaje, sobrevino la aurora, y se encontró haber recorrido la mitad del camino. Y, al despuntar el día, estaba próximo a una gran aldea, donde, entre los demás ídolos y divinidades de los egipcios, había un ídolo en el cual residía un espíritu rebelde, y los egipcios le hacían sacrificios, le presentaban ofrendas, y le consagraban libaciones. Y había también un sacerdote, que habitaba cerca del ídolo, para servirlo, y a quien el demonio hablaba desde dentro de la estatua. Y, cada vez que los egipcios querían interrogar a sus dioses por ministerio de aquel ídolo, se dirigían al sacerdote., quien daba la respuesta, y transmitía el oráculo divino al pueblo de Egipto y a sus diferentes provincias. Este sacerdote tenía un bijo de treinta años, que estaba poseido por varios demonios, y que peroraba sobre todo género de cosas. Cuando los demonios se apoderaban de él, rasgaba sus vestiduras, se mostraba desnudo a todos, y acometía a la gente a pedradas. Y, en la aldea, había un asilo, puesto bajo la advocación de dicho ídolo.<br />2. Y, cuando Santa María y José llegaron a la aldea, y se acercaron al asilo, se apoderó de los habitantes del país un terror extremo. Y se produjo un temblor en el asilo y una sacudida en toda la tierra de Egipto, y todos los ídolos cayeron de sus pedestales, y se rompieron. Todos los grandes de Egipto y todos los sacerdotes de los ídolos se congregaron junto al sacerdote del ídolo en cuestión, y le preguntaron: ¿Qué significan este trastorno y este terremoto que se han producido en nuestro país? Y el sacerdote les respondió, diciendo: Presente está aquí un dios invisible y misterioso, que posee, oculto en él, un hijo semejante a sí mismo, y el paso de este hijo ha estremecido nuestro suelo. A su llegada, la tierra ha temblado ante su poder y ante el aparato terrible de su majestad gloriosa. Temamos, pues, en extremo, la violencia de u ataque. En este momento, el ídolo de la aldea se abatió también al suelo, hecho añicos, y su desplome hizo reunirse a todos los egipcios cerca del célebre sacerdote, el cual les dijo: Debemos adoptar el culto de este dios invisible y misterioso. Él es el Dios verdadero, y no hay otro a quien servir, porque es realmente el hijo del Altísimo.<br />Curación del hijo del sacerdote idólatra<br />XI 1. Y el hijo del sacerdote fue acometido de su accidente habitual. Y entró en el asilo en que Santa María y José se encontraban, y a quienes todo el mundo había abandonado, huyendo. Y nuestra Señora Santa María acababa de lavar los pañales de Nuestro Señor Jesucristo, y los había puesto sobre la pared del muro. Y el joven poseído sobrevino, y agarró uno de los pañales, y lo puso sobre su cabeza. Y, en el mismo instante, los demonios, bajo forma de cuervos y de serpientes, comenzaron a salir y a escapar de su boca. Y el poseído quedó curado por orden de Nuestro Señor Jesucristo. Y empezó a alabar y a dar gracias a Dios, que le había devuelto la salud.<br />2. Y, como su padre lo hubo encontrado libre de su enfermedad, le pregunté: ¿Qué te ha ocurrido, hijo mío, y cómo es que has sanado? Y él le contestó: Cuando el demonio se apoderé por enésima vez de mi persona, fui al asilo. Y allí encontré a una noble mujer, con un niño. Acababa ésta de lavar los pañales de su hijo, y de depositarlos en la pared del muro. Tomé uno de ellos, lo puse sobre mi cabeza, y los demonios me abandonaron, y huyeron despavoridos. Y su padre, transportado de júbilo, le advirtió: Hijo mío, es posible que ese pequeñuelo sea el hijo del Dios vivo, que ha creado los cielos y la tierra. Porque, en el momento en que ese hijo de Dios se introdujo en Egipto, todas nuestras divinidades han sido desplomadas y aniquiladas por la fuerza de su poder.<br />Temores de María y de José <br />XII 1. Y se cumplió la profecía que decía: De Egipto llamé a mi hijo.<br />2. Y, como María y José supiesen la caída y el aniquilamiento del ídolo, fueron presa de temor y de espanto, y se dijeron: Cuando estábamos en tierra de Israel, Herodes proyectaba matar a Jesús, y, por su causa, mató a todos los niños pequeños de Bethlehem y de sus alrededores. No hay duda sino que los egipcios, al enterarse de por qué accidente se rompió ese ídolo, nos entregarán a las llamas.<br />3. Y, en efecto, el rumor llegó hasta el Faraón, el cual mandó buscar al niño, pero no lo encontró. Y ordenó que todos los habitantes de su ciudad, cada uno de por sí, se pusiesen en campaña para proceder a la búsqueda, hallazgo y captura del niño. Y, cuando Nuestro Señor se acercó a la puerta de la ciudad, dos autómatas, que estaban fijados a cada lado de la puerta, se pusieron a gritar: ¡He aquí el rey de los reyes, el hijo del Dios invisible y misterioso! Y el Faraón procuró matarlo. Pero Lázaro salió fiador por él, y María y José se escaparon, y partieron de allí.<br />Liberación de viajeros capturados por bandidos<br />XIII 1. Y, después que de allí partieron, llegaron a un paraje, donde se hallaban unos bandidos, que habían robado a una caravana de viajeros, los habían despojado de sus vestiduras, y los habían atado. Y aquellos bandidos oyeron un tumulto inmenso, semejante al causado por un rey poderoso, que saliese de su capital, acompañado de caballeros, de soldados, de tambores y de clarines. Y los bandidos, acometidos de miedo y de pavor, abandonaron todo aquello de que se habían apoderado.<br />2. Entonces los secuestrados se levantaron, se desataron mutuamente las ligaduras, recobraron su caudal, y se marcharon. Y, viendo aproximarse a María y a José, les dijeron: ¿Dónde está el rey y señor, cuyo tren brillante y tumultuoso oyeron acercarse los bandidos, y a consecuencia de lo cual nos abandonaron, y nos dejaron libres? Y José repuso: El va a llegar sobre nuestros pasos.<br /> Curación de una poseída<br />XIV 1. Y alcanzaron otra aldea, donde había una pobre mujer poseída, la cual, habiendo salido de su casa por la noche en busca de agua, vio al Maligno bajo la figura de un joven. Y puso la mano sobre él, para agarrarlo, no pudo ni aun tocarlo. Y el rebelde maldito había entrado en el cuerpo de la mujer, estableciéndose así, y manteniéndola en el estado de naturaleza, como en el día de su nacimiento.<br />2. Y la poseída no podía soportar sobre sí vestido alguno, ni residir en los lugares habitados. Cuantas veces se la sujetaba con cadenas o con trabas, otras tantas las rompía, y se escapaba desnuda al desierto. Y se colocaba en las encrucijadas de los caminos y en las tumbas, y tiraba piedras sobre cuantos pasaban, causando mucho enojo a las gentes de la localidad, las cuales deseaban su muerte, y su familia estaba también muy afligida.<br />3. Cuando María y José entraron en aquella aldea, vieron a la infeliz, sentada, desnuda y ocupada en reunir piedras. Y María tuvo piedad de su estado, y, tomando uno de los pañales de Jesús, lo echó sobre ella. Y, en el mismo instante, el demonio la abandonó precipitadamente bajo la figura de un joven, maldiciendo y gritando: ¡Malhaya yo, a causa tuya, María, y de tu hijo! Y aquella mujer quedó libre de su azote. Vuelta en sí, confusa de su desnudez, y evitando las gentes, se cubrió con el pañal de Jesús, corrió a su casa, se vistió, e hizo a los suyos un relato detallado del hecho. Y los suyos, que eran los personajes más importantes de la aldea, dieron hospitalidad a María y a José, con magnificencia generosa. <br />Curación de una joven muda <br />XV 1. Al día siguiente, María y José se despidieron de sus huéspedes, bien provistos por éstos de vituallas para el camino. Y, por la tarde de aquel día, al ponerse el sol, entraron en otra aldea, donde se celebraban unas nupcias. Y vieron una multitud de gentes reunidas, y, en medio de ellas, una desposada herida de mutismo por la astucia del demonio y la acción de encantadores perversos. Paralizados sus oídos y su lengua, la desposada no habla vuelto a recobrar el uso de la palabra.<br />2. Cuando María entró en la aldea, llevando en sus brazos a su hijo, la joven muda, que la vio, tomó a Jesús, lo besó, y lo apretó contra su pecho. Y un efluvio del cuerpo del niño se exhaló sobre ella, cuyos oídos se abrieron, y cuya lengua se movió, para agradecer a Dios, con alabanzas, la recuperación de su salud. Y aquella noche hubo gran alegría entre los habitantes de la aldea, que creyeron que Dios y sus ángeles hablan descendido hasta ellos.<br />Curación de otra poseída<br />XVI 1. Tres días permanecieron alli María y José, rodeados de honores y suntuosamente tratados por los novios y por las familias de éstos. Y se separaron de sus huéspedes, bien provistos por ellos de cosas útiles para el viaje, y llegaron a otra aldea, donde contaban pasar la noche, por hallarse poblada por numerosos y distinguidos habitantes. En aquella aldea, vivía una mujer de fama muy honrosa. Un día, había ido al río a lavar sus vestidos. Y, en tanto que hacía su colada, vio que no comparecía nadie por los alrededores, se despojó de su traje, y empezó a bañarse. Y el Maligno, bajo forma de serpiente, la asaltó, enlazó su cintura, se enroscó alrededor de su vientre, y todos los días, a la caída de la noche, se extendía sobre ella.<br />2. Cuando María se le acercó, al ver el niño que ésta llevaba en sus brazos, corrió a su encuentro, y le dijo: Oh, señora, dame a este niño, para que lo alce, y lo abrace. María se lo dio. Y, tan pronto el niño estuvo en sus brazos, el demonio respiré los espíritus de Jesús, y, bajo las miradas de todos, la serpiente huyó, y la poseía no la vio más. Y todos los asistentes alabaron al Altísimo, y aquella mujer trató espléndidamente a María y a José.<br />Curación de una leprosa<br />XVII 1. Cuando la mañana vino, la mujer vertió agua perfumada, para bañar en ella al niño Jesús. Y, después de haberlo lavado, conservé el agua del baño. Y había allí una joven, cuyo cuerpo estaba blanco de lepra. Y, como hubiese sido testigo de la curación de aquella mujer, quiso, con fe, tomar el agua que había servido para lavar a Jesús. Y, vertiendo sobre su cuerpo un poco de aquela agua, quedó purificada de su lepra. Y todos los habitantes de la aldea exclamaron: Indudablemente, María, José y el niño son dioses, y no hombres.<br />2. Y, en el momento en que María y José se disponían a abandonar la casa, la joven que había sido leprosa, se arrodilló ante ellos, y les dijo: Os mego, padres y señores míos, que me otorguéis ser vuestra hija y vuestra sierva, y acompañaros, porque no tengo padre, ni madre.<br />Curación de un niño leproso <br />XVIII 1. Y ellos consintieron, y la joven partió en su compañía. Y llegaron a una aldea, en cuyos contérminos estaba enclavado un castillo perteneciente a un jefe ilustre, y que tenía un pabellón exterior, destinado a recibir a los huéspedes. En él entraron María y José, y la joven pasó a ver a la esposa del señor. Y, como la encontrase lacrimosa y entristecida, le preguntó: ¿Por qué lloras? Y ella repuso: No te extrañen mis lágrimas, porque sufro un gran dolor, que a nadie puedo revelar. Mas la joven le dijo: Si me lo indicas, y me lo descubres, quizá le encuentre yo un remedio.<br />2. La mujer del jefe le dijo: Guarda bien este secreto, y no lo manifiestes a nadie. Estoy casada con este jefe, cuyo poder se extiende sobre un vasto territorio. Con él he vivido mucho tiempo, sin darle hijos, y, cuando, al fin, tuve uno, éste nació leproso. Y, así que él lo vio, se negó a reconocerlo, y me dijo: O lo matas, o lo entregas a una nodriza de un país lejano, para que nunca más sepa de él. Donde no, rompo toda relación contigo, y en la vida volveré a verte. No sé qué partido tomar, y mi disgusto es infinito. ¡Ah, hijo mío! ¡Ah, esposo mío! Mas la joven repuso: He encontrado a tu mal un remedio, que voy a exponerte. Porque yo también soy leprosa, y me vi purificada por Dios, que no es otro que Jesús, el hijo de Maria. La mujer le dijo: ¿Dónde está ese Dios, de que acabas de hablarme? La joven dijo: Está aquí, en tu casa. Ella dijo: ¿Cómo? ¿Aquí se encuentra? La joven dijo: Aquí se hallan María y su esposo José, y ese niño que viaja con ellos, es el que se llama Jesús, y el que me ha curado de mi mal y de mi tormento. La otra le dijo: ¿Puedo saber cómo te ha curado de tu lepra? Ella le dijo: Con mucho gusto te complaceré. La madre del niño me dio el agua que había servido para bañarlo, agua que eché sobre mi cuerpo, y que purificó mi lepra.<br />3. Entonces la esposa del jefe se levantó, y rogó a María y a José, con todo encarecimiento, que fuesen huéspedes suyos. E invitó a José a un gran festín, al cual fueron convidados buen golpe de hombres. Y, al día siguiente, a punto de amanecer, se levantó, y tomó agua perfumada, para bañar en ella a Jesús. Y, tomando a su hijo, lo bañó en el agua que acababa de emplear, e, instantáneamente, el niño quedó purificado de su lepra. Y ella glorificó a Dios, diciéndole: ¡Dichosa tu madre, oh Jesús! ¿Cómo, con el agua en que te has bañado, purificas de la lepra a los hombres, que son de la misma raza que tú? E hizo a María presentes magníficos, y la despidió con los mayores honores.<br />El joven esposo librado de un sortilegio <br />XIX 1. De allí se dirigieron a otra aldea, en la que quisieron pasar la noche. Y entraron en el hogar de un recién casado, a quien un maleficio tenía alejado de su esposa. Y, apenas se hubieron albergado en la casa aquella noche, cesó el maleficio.<br />2. Y, llegada la mañana, decidieron partir. Pero el recién casado los detuvo, y les ofreció un festín espléndido.<br />El joven convertido en mulo <br />XX 1. Al día siguiente, se pusieron en camino. Y, al acercarse a otra aldea, vieron a tres mujeres que volvían a pie del cementerio, llorando. Y María dijo a la joven que los acompañaba: Pregúntales qué les ha ocurrido, y qué mal aflige su alma. La joven les transmitió la pregunta, y ellas, sin responderle, dijeron: ¿De dónde sois, y adónde vais? Porque el día ha transcurrido, y la noche ha llegado. La joven repuso: Somos viajeros, y buscamos un asilo donde pasar la noche. Y las mujeres le dijeron: Venid con nosotras, y pasaréis la noche en nuestra casa.<br />2. Y, habiéndolas acompañado, vieron que poseían una casa nueva, bien adornada y ricamente amueblada, en la cual los introdujeron. Y era invierno, y entonces la joven entró también, y vio a las mujeres gimiendo y llorando. Cerca de ellas había un mulo abierto de una funda de brocado, y ante el que se había colocado sésamo. Y lo abrazaron, y le dieron de comer. La joven les preguntó: Mis señoras, ¿qué hace aquí este mulo?. Y ellas, deshechas en lágrimas, le respondieron: Este mulo que ves ha sido nuestro hermano, hijo de nuestra madre, que está presente. Nuestro padre nos ha dejado una gran fortuna. No teníamos más hermano que éste, y pensábamos encontrarle una mujer, y casarlo según las leyes de la humanidad. Empero algunas perversas mujeres dadas a la hechiceda, lanzaron sobre él un sortilegio.<br />3. Y ello ocurrió una noche, poco antes de amanecer, mientras dormíamos, y mientras las puertas de nuestro corazón y de nuestra casa estaban cerradas. Cuando la mañana vino, miramos y reconocimos que nuestro hermano no estaba cerca de nosotras. Se había metamorfoseado en este mulo, que sabemos es él. Y, como no tenemos ya padre que nos consuele en tan acerbo disgusto, nos hallamos en la aflicción de que eres testigo. No hay sabio, mago o encantador, que no hayamos consultado. Pero esto de nada nos ha servido. Y, cuantas veces el corazón nos oprime con más fuerza que otras, vamos con nuestra madre a florar sobre la tumba de nuestro padre, y después volvemos.<br />El mulo transformado en hombre <br />XXI 1. Al oír el relato de aquellas mujeres, la joven les dijo: Consolaos, y no lloréis. El remedio a vuestro mal está próximo, puesto que está bien cerca de vuestra misma casa. Porque yo misma en persona he sido leprosa. Pero, habiendo visto a una mujer llamada María con su pequeñuelo, llamado Jesús, un día que su madre acababa de bañarlo, tomé agua de su baño, la derramé sobre mi cuerpo, y quedé curada. Sé, por consiguiente, que posee el poder de remediar vuestro mal. Levantaos, pues, id al encuentro de Nuestra Señora Santa María, traedla a vuestra casa, descubridle vuestro secreto, y suplicadle que tenga piedad de vosotras.<br />2. Cuando las mujeres hubieron escuchado el discurso de la joven, salieron presurosas al encuentro de Nuestra Señora Santa María, la llevaron a su casa, y, arrodilladas en su presencia, le dijeron, llorando: ¡Oh Nuestra Señora Santa María, compadécete de tus siervas! No tenemos ningún pariente de edad, ni jefe de familia, ni padre, ni hermano, que nos proteja. Este mulo que ves, es nuestro hermano, y no un animal. Malvadas brujas lo han reducido con sus maleficios al estado en que hoy se encuentra. Te rogamos que tengas compasión de nosotras. Y Nuestra Señora Santa María, conmovida ante su desgracia, tomó a Jesús, y lo puso sobre el lomo del mulo. Ella lloraba, y las mujeres también. Y María dijo: Jesús, hijo mío, haz que la poderosa virtud oculta en ti obre sobre este mulo, y le devuelva la naturaleza humana que tenía otrora.<br />3. Y, en el mismo instante, el mulo cambió de forma, recobró su figura prístina, y se convirtió en el joven exento de toda enfermedad, que antes era. Entonces él, su madre y sus hermanas, se prosternaron ante María, pusieron el niño sobre sus cabezas, y lo abrazaron, diciendo: ¡Dichosa tu madre, oh Jesús, salvador del mundo! ¡Bienaventurados los ojos que han alcanzado el favor de mirarte! <br />Unión de dos jóvenes curados por Jesús<br />XXII 1. Y las dos hermanas dijeron a su madre: He aquí que nuestro hermano ha vuelto al estado normal, por el socorro de Jesús, y gracias a esta joven que nos ha hecho conocer a María y a su hijo. Ahora bien: nuestro hermano no está casado, y el mejor partido que podemos tomar con él es unirlo a esta joven, que está al servicio de esta familia. E interrogaron a María sobre el asunto, y ella accedió a su demanda. Y celebraron con magnificencia las bodas de la joven, y la alegría de las tres mujeres ocupó el lugar de su anterior angustia. Y convirtieron sus lamentaciones en cánticos de fiesta. Y dijeron, gozosas: Jesús, el hijo de María, ha transformado el duelo en júbilo.<br />2. María y José permanecieron allí diez días. Y después se alejaron, colmados de testimonios de respeto y de veneración por aquellas personas, que los despidieron con pesar, y que, tras los adioses, volvieron a su casa deshechas en lágrimas, sobre todo la joven.<br />Los dos bandidos<br />XXIII 1. Partidos de allí, llegaron a una tierra desierta, y oyeron decir que no era segura, porque había en ella bandidos. Sin embargo, María y José se decidieron a atravesar aquel país durante la noche. Y, mientras marchaban, advirtieron que, al borde del camino, comparecían dos bandidos, apostados y destacados por sus compañeros, que dormían un poco más allá, para guardar el camino. Estos dos bandidos que acababan de encontrar se llamaban Tito y Dumaco. Y el primero dijo al segundo: Déjales el camino libre, para que pasen, y que nuestros compañeros no lo noten. Dumaco no consintió en ello. Entonces Tito le dijo: Te daré mi parte de cuarenta dracmas si me complaces. Y le presentó su cinturón como garantía, para decidirlo a callarse.<br />2. Y, cuando María vio la noble conducta de aquel bandido hacia ellos, le dijo: El Señor Dios te protegerá con su diestra, y te concederá el perdón de tus pecados. Y Jesús tomó la palabra, y dijo a María: ¡Oh madre mía, dentro de treinta años, los judíos me crucificarán en la ciudad de Jerusalén, y, conmigo, crucificarán a estos dos bandidos, Tito a mi derecha, y Dumaco a mi izquierda! Y, en el día aquel, Tito me precederá en el paraíso. Y María repuso: ¡Esto os sea recompensado, hijo mío!<br />3. De allí se dirigieron a la ciudad de los ídolos. Y, cuando se aproximaron a ella, la ciudad fue víctima de un terremoto y convertida en colinas de arena.<br /> La Sagrada Familia en Matarieh<br />XXIV 1. De allí se dirigieron al sicómoro que se llama hoy día Matarieh.<br />2. Y, en Matarieh, el Señor Jesús hizo brotar una fuente, en que Santa Maria le lavó su túnica. Y el sudor del Señor Jesús, que ella escurrió en aquel lugar, hizo nacer allí bálsamo. <br />La Sagrada Familia en Misr<br />XXV 1. De allí pasaron a Misr. Y vieron al Faraón, y habitaron en el país de Misr durante tres años.<br />2. Y el Señor Jesús realizó, en el país de Misr, numerosos milagros, que no figuran en los Evangelios de la infancia, ni en los Evangelios completos.<br />Regreso a Nazareth<br />XXVI 1. Al cabo de tres años, volvieron a Misr. Y, cuando ganaron la tierra de Judea, José temía pasar adelante, por haber sabido que Herodes había muerto, y que su hijo Arquelao lo había sucedido como rey del país. Entonces el ángel del Señor le apareció, y le dijo: José, vete a la villa de Nazareth, y permanece allí.<br />2. ¡Oh sorprendente milagro, que haya sido llevado y paseado a través de los países, como quien no tiene morada, ni albergue, el dueño de todos los países y el pacificador de los mundos y de las criaturas!<br />Epidemia en Bethlehem. Curación de un niño<br />XXVII 1. Y, cuando entraron en la villa de Bethlehem, había allí numerosos casos de una enfermedad grave, que atacaba a los niños en los ojos, y de la que morían.<br />2. Y una mujer, que tenía un hijo enfermo y próximo ya a la muerte, lo llevó a Santa María, a quien vio ocupada en bañar a Jesús, y a quien dijo: ¡Oh María, mi señora, mira cuán cruelmente sufre este fruto de mis entrañas! ¿No tendrá el Señor misericordia de él?<br />3. Y, una vez hubo María retirada a Jesús del agua en que lo había lavado, respondió a la mujer en estos términos: Toma un poco de este agua en que acabo de bañar a mi hijo, y échala sobre el tuyo. Y la mujer lo hizo así, y lavó con aquella agua a su hijo, que cesó de agitarse, y lo envolvió en su vestidito, y lo adormeció. Y el niño se despertó en plena y perfecta salud. Y aquella mujer glorificó a Dios y a Jesús, y, llena de júbilo, llevó a su hijo a la Virgen, que le dijo: Da gracias al Señor, que te ha curado este niño.<br />Curación de otro niño <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnNEOPOjpDPUhXKf-0MP9B6n-X3GjpqffhdC-U49OOA5-uE11TyU6vs8Ldd9ZCK0K_8s6wm5HdVvnMgni1IqYakB4TK0Jawh2VVrAHdJOPD88KnBavFzIjsIBNskp5QZU9KDZr0Tb-dYuH/s1600/JESUS%252520infancia.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 263px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnNEOPOjpDPUhXKf-0MP9B6n-X3GjpqffhdC-U49OOA5-uE11TyU6vs8Ldd9ZCK0K_8s6wm5HdVvnMgni1IqYakB4TK0Jawh2VVrAHdJOPD88KnBavFzIjsIBNskp5QZU9KDZr0Tb-dYuH/s320/JESUS%252520infancia.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617917017610714050" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />XXVIII 1. Y había allí otra mujer, vecina de aquella cuyo hijo había sido curado, y que tenía también un hijo atacado de la misma enfermedad. Sus ojos habían dejado de ver, y, con vivo dolor y sin interrupción alguna, gritaba de noche y día. Y la madre del niño curado dijo a la otra: ¿Por qué no lo llevas a casa de María, como yo llevé al mío, que estaba muy enfermo, y más cerca de la muerte que de la vida? En casa de María, tomé agua de las abluciones de su hijo Jesús, lavé con ella al mío, lo adormecí, y, después del sueño, despertó curado. Helo aquí: míralo.<br />2. La vecina que tal oyó, marchó asimismo a casa de María, y con fe tomó el agua, lavó con ella a su hijo, y pronto cesaron los vivos dolores que sentía, y se durmió, quedando como un muerto, porque hacía muchísimos días que no dormía. Al despertar, se levantó sano, y sus ojos habían recobrado la vista. La madre, henchida de gozo, alabó al Señor, tomó a su hijo, y lo llevó a María, a quien descubrió todo lo que acababa de suceder. Y María le dijo: Da gracias a Dios, por haberlo restablecido, y no hables de este caso a nadie. <br />Curación de Cleopas. Rivalidad de dos madres <br />XXIX 1. Y había también, en aquel lugar, dos mujeres casadas con un mismo hombre. Cada una de ellas tenía un hijo, y los dos niños sufrían mucho. Y una de aquellas dos mujeres se llamaba María, y su hijo Cleopas. Y, tomando a su hijo, fue a casa de la madre de Jesús, y le regaló un hermoso velo, diciéndole: ¡Oh María, mi Señora, recibe este velo, y dame, en cambio, uno solo de los pañales de tu hijo. Y María lo hizo, y la madre de Cleopas marchó, y, de aquel pañal, hizo una túnica, con la que vistió a su hijo, el cual quedó inmediatamente libre de su mal. Y el hijo de su rival, llamada Azrami, murió, lo que produjo enemistad entre ambas. Porque Azrami cobré aversión y horror a María, viendo que el hijo de ésta estaba vivo y sano, mientras que el suyo habla muerto.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrsBeMlWpynpHBci2n6TTeSPSCL4l6Gb6RMC6E9FEmVnWNm3GP24izuT4VqkdP17v9qOAfg3JP0upVR2sI2BkjHlHCWmSYQpAGJSTE45AhehOw0i_fiwQ1y2KXtzPgCvJD0kcO_pZmjE7y/s1600/vida_jasus2.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 242px; height: 297px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrsBeMlWpynpHBci2n6TTeSPSCL4l6Gb6RMC6E9FEmVnWNm3GP24izuT4VqkdP17v9qOAfg3JP0upVR2sI2BkjHlHCWmSYQpAGJSTE45AhehOw0i_fiwQ1y2KXtzPgCvJD0kcO_pZmjE7y/s320/vida_jasus2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617917021287718242" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />2. Y las dos mujeres tenían la costumbre de hacer el menaje de la casa alternativamente, cada una durante una semana. Y, cuando le tocó el turno a María, se apresté a cocer el pan. Y encendió el horno, y marchó a buscar la masa. Azrami, advirtiendo que nadie la veía, corrió a buscar al niño, que estaba solo en aquel momento, y lo arrojó al horno, y se alejé de allí. Y, cuando María volvió, hallé a su hijo, riendo en medio del horno a que se le había echado, y al horno frío ya como la nieve, cual si no se hubiese puesto en él fuego alguno. Entonces la madre del niño comprendió que era su rival quien lo había lanzado a las llamas. Y, sacando a Cleopas del horno, fue a casa de la Virgen, a quien conté el caso. Y la Virgen le dijo: Tranquilízate, porque esto redundará en ventaja tuya, y no hables del caso a nadie. El no callarlo no te servirá de nada, y aun temo por ti, si se divulga.<br />3. Y ocurrió a poco que, yendo Azrami al pozo a buscar agua, vio a Cleopas, que jugaba por allí cerca. Nadie comparecía por los contornos. Y, tomando al niño, lo precipitó al pozo, y regresó a su casa. Cuando otras gentes llegaron al pozo a hacer su provisión de líquido, vieron al muchacho, que se recreaba, daba vagidos, y se reía, sentado sobre el agua. Y bajaron al pozo, y lo sacaron de él. Y, poseídos de admiración extremada por el pequeñuelo, glorificaron a Dios. Mas su madre, que sobrevino, lo tomé, y lo llevó, llorando, a la Virgen, a quien dijo: Ve, madre mía, lo que mi rival ha hecho con mi hijo, y cómo lo ha precipitado al pozo. Es inevitable que acabe por hacerlo perecer. Pero la Virgen le contestó: Cálmate, porque muy pronto Dios te librará de ella, te hará justicia, y te vengará. Y, en efecto, como a los pocos días, Azrami, fuese a tomar agua del pozo, sus pies se enredaron en la cuerda, y cayó al fondo. Y las gentes que llegaron a sacarla, la encontraron con la cabeza triturada y los huesos rotos. Así murió de mala muerte, y en ella se cumplió lo que habla escrito David: Han cavado un pozo, lo han hecho profundo, y han caído en el hoyo que ellos mismos han abierto.<br />Curación de Tomás Dídimo (o de Bartolomé)<br />XXX 1. Y había allí otra mujer, que tenía dos hijos gemelos. Ambos a dos contrajeron una enfermedad. El uno había muerto, y el otro agonizaba. Y la madre tomé al último florando, y lo llevé a Nuestra Señora Santa María, a quien dijo: ¡Oh María, mi Señora, ven en mi ayuda, y socórreme! Yo tenía dos hijos gemelos y, en la hora de ahora, he enterrado al uno, y el otro está a punto de morir. Escucha la plegaria y la súplica que voy a dirigir a Dios. Y, deshecha en lágrimas, tomó a su hijo en sus brazos, y se puso a decir: ¡Oh Señor, tú que eres tierno para los hombres y no implacable, bueno y no inflexible! ¡Oh Señor, amante de los hombres, clemente, misericordioso y santo, haz justicia a tu sierva! Tú me has dado dos hijos, y me has quitado uno. Déjame, al menos, el que me queda.<br />2. A la vista de aquel ardiente llanto, Santa María tuvo piedad de ella, y le dijo: Deposita a tu hijo sobre el lecho del mío, y cúbrelo con los vestidos de este último. Y ella lo deposité sobre el lecho en que estaba el Cristo. El niño tenía ya los ojos cerrados, como para abandonar la vida. Mas, cuando el olor de los efluvios que emanaban de los vestidos del Cristo hubo llegado al pequeñuelo, éste aspiré un espíritu de vida nueva, abrió los ojos y, dando un gran grito, exclamó: ¡Madre, dame el pecho! Y ella se lo dio, y el niño lo chupó. Y su madre dijo a Nuestra Señora Santa María: Yo sé ahora que la virtud de Dios reside en ti hasta punto tal, que tu hijo tiene el poder de curar a sus semejantes por el simple contacto con sus vestidos. Y el niño curado de aquel modo era el que el Evangelio llama Tomás, apodado Dídimo por los demás apóstoles.<br />Curación de una leprosa <br />XXXI 1. Y había allí también una mujer atacada de la lepra y de la sarna. Y fue a casa de María, y le dijo: ¡Oh María, mi Señora, ven en mi ayuda! María le dijo: ¿Qué socorro necesitas? ¿Plata? ¿Oro? ¿O que tu cuerpo sea purificado de la lepra y de la sarna? La mujer le dijo: ¿Y quién tiene el poder de darme esto? María le dijo: Ten la paciencia de esperar a que mi hijo Jesús haya salido del baño.<br />2. Y la mujer esperó pacientemente, como María le había dicho. Y, cuando Jesús fue sacado del baño, en que se lo había lavado, María lo fajó, y lo colocó en su cuna. Y dijo a la mujer: Toma un poco de este agua, y viértela sobre tu cuerpo. Y, habiéndolo hecho, al instante quedé libre de su azote, y rindió a Dios alabanzas y acciones de gracias.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuH-J7wvz9U8StUO8xROaryhYQBiIwIM3_MJ0tp7dQOlpqPrRfwM3KgVFT3yIfiIc51wGx6_Iuhj8STvnUTrYW1lpG2qd2D1P1rc1ApNcnFoRmA15DOdjgtEK9kEKD8TBozdpywcGSFOXW/s1600/2568132117_c0d3deb7ab.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuH-J7wvz9U8StUO8xROaryhYQBiIwIM3_MJ0tp7dQOlpqPrRfwM3KgVFT3yIfiIc51wGx6_Iuhj8STvnUTrYW1lpG2qd2D1P1rc1ApNcnFoRmA15DOdjgtEK9kEKD8TBozdpywcGSFOXW/s320/2568132117_c0d3deb7ab.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617917011702827650" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Curación de otra leprosa<br />XXXII 1. Después de haber permanecido tres días con María, la mujer regresó a su aldea, donde había un señor, que tenía una hija casada con otro señor de otro país. Y, al poco tiempo de las bodas, el marido notó en su esposa huellas de lepra semejantes a una estrella. Y el matrimonio fue roto y declarado nulo, a causa de la señal morbosa que apareciera en la cuitada. Y su madre empezó a llorar con amargura, y la joven lloraba también. Cuando aquella mujer las vio en tal situación, abrumadas de pena y vertiendo lágrimas les preguntó: ¿Cuál es la causa de vuestro llanto? Y ellas respondieron: No nos interrogues sobre nuestra situación. Nuestro disgusto es algo de que no podemos hablar a nadie, y que debe quedar entre nosotras. La mujer repitió su pregunta con insistencia, y les dijo: Descubrídmelo, que quizá os indicaré el remedio. Y ellas le mostraron las huellas de lepra que se advertían en el cuerpo de la joven.<br />2. Habiendo oído y visto todo esto, la mujer les dijo: Yo también era leprosa, y habiendo ido a Bethlehem para un asunto, entré en casa de una mujer llamada María, que tiene un hijo llamado Jesús, el cual es hijo de Dios. Y, como notase que era leprosa, se compadeció de mi suerte, y me dio el agua que había servido para bañar a su hijo, agua que vertí sobre mi cuerpo, quedando en seguida curada de mi mal. Y ellas le dijeron: ¿Estás dispuesta a partir con nosotras, y ponernos en relación con María? Ella repuso: De buen grado. Y las tres mujeres se levantaron, y fueron a ver a María, llevando consigo ricos presentes.<br />3. Y, llegado que hubieron a Bethelehem, ofrecieron sus presentes a María, y le mostraron la leprosa que las acompañaba. Y María les dijo: ¡Descienda sobre vosotras la misericordia de Jesucristo! Y dio a la hija del señor el agua de las abluciones de Jesús. Y la joven se lavé con ella, y, tomando un espejo, se miró, y vio que estaba completamente curada. Y las favorecidas y los demás asistentes al milagro dieron gracias a Dios. Después, las dos mujeres volvieron gozosas a su país, glorificando al Altísimo, por el beneficio que les concediera. Y, cuando el marido supo que su esposa estaba completamente curada, la hizo volver a él, celebró por segunda vez sus nupcias, y alabé al Señor por la merced recibida.<br />La joven obsesionada por el demonio <br />XXXIII 1. Y había asimismo allí una joven, de padres nobles, de cuyo ser el demonio se había posesionado. El maldito le aparecía en todo momento, bajo la forma de un dragón enorme, y marcaba la mueca de que iba a devorarla. Y chupaba toda su sangre, y ponía su cuerpo como tostado, y la dejaba como muerta. Cuando él se le aproximaba, ella juntaba sus manos sobre su cabeza, y gritaba, diciendo: ¡Malhaya yo! ¿Quién me librará de este dragón perverso? Sus padres lloraban en su presencia misma. Cuantos oían sus gritos dolorosos, se apiadaban de su desgracia. Numerosas personas se agrupaban en torno suyo, lamentando su pena, sobre todo al oírla decir, entre lágrimas: Padres, hermanos, amigos, ¿no hay nadie que pueda sacarme de las garras de este enemigo verdugo?<br />2. Y, cuando la hija del señor, la que había sido curada de la lepra, oyó la voz de aquella muchacha, subió a la terraza de su castillo, y la vio con las manos juntas sobre la cabeza, y llorando, y, a la multitud que la rodeaba, llorando también. Y la hija del señor tomó la palabra, y preguntó a su marido: ¿Cuál es la historia de esa joven? Y el marido le respondió, explicándole el caso de la infeliz. Y su esposa le preguntó: ¿Tiene todavía padres? Él respondió: Ciertamente, tiene todavía padre y madre. Y ella dijo: Por el Dios vivo te conjuro a que envíes a buscar a su madre. Y él se la trajo. Cuando la hubo visto, la hija del señor la interrogó diciendo: ¿Es tu hija esta joven obsesionada por el demonio? La pobre le contestó con tristeza y llorando: Sí, señora, es mi hija. Y la otra le dijo: ¿Quieres que tu hija sane? La madre de la joven dijo: Lo quiero. Y la hija del señor le dijo: Guárdame el secreto. Has de saber que yo también he sido leprosa, y que logré mi curación por intermedio de una mujer llamada María, madre de Jesús, que es el Cristo. Ve a Bethlehem, la aldea de David, el gran rey, y entrevístate con María, y expónle tu caso. Ella curará a tu hija, y estáte segura de que volverás de la visita llena de júbilo.<br />3. Y la madre de la joven se despidió de la hija del señor, y fue a Bethlehem con la suya. Allí encontró a María, y le hizo conocer el estado de la joven. Después de haberla oído, María le dio el agua de las abluciones de Jesús, y le ordenó que lavase con ella el cuerpo de su hija. Y también le dio uno de los pañales de Jesús, diciéndole: Toma este pañal, y cada vez que tu hija vea a su enemigo, mostrádselo. Y las despidió amistosamente.<br />Liberación de la poseída<br />XXXIV 1. Y las dos mujeres regresaron a su aldea. Y llegó el instante en que la joven estaba sujeta a su visión, y en que el demonio se disponía a acometerla. Y el maldito se presentó a sus ojos bajo su figura habitual de dragón, y la joven sintió pavor, y dijo: Madre, he aquí mi malvado enemigo, que va a asaltarme. Tengo mucho miedo. Su madre le dijo: No temas sus arañazos, hija mía. Espera a que se acerque, muéstrale el pañal que nos ha dado Santa María, y sabremos lo que ocurre.<br />2. Y la joven, viendo que su enemigo se aproximaba bajo la forma de un dragón enorme y de aspecto horrible, empezó a temblar con todos sus miembros. Y, cuando más cerca estaba de ella, desplegó el pañal, y, habiéndolo puesto sobre su cabeza, vio salir de él llamas ardientes y carbones abrasados, que se proyectaban sobre el dragón. ¡Oh prodigio brillante el que entonces se produjo! En el momento mismo en que el dragón dirigió su mirada al pañal de Jesús, salió de éste el fuego, que lo hirió en la cabeza, en los ojos y en la faz, haciéndolo aullar y dar alaridos terribles. Y, con voz estridente, gritó diciendo: ¿Qué quieres, Jesús, hijo de María? ¿Cómo podré escapar de ti? Y tomó la fuga, desapareció, y no se lo vio más. Y la joven recobró la paz de su espíritu, y pasó de la angustia al júbilo. Y, a partir de aquel día, no volvió a visitarla la visión horrorosa.<br />El demonio expulsado de Judas Iscariotes <br />XXXV 1. Cuando Jesús tenía tres años de edad, había, en aquel país, una mujer, cuyo hijo, llamado Judas, estaba poseído del demonio. Y, cada vez que éste lo asaltaba, Judas mordía a cuantos se acercaban a él, y, si no encontraba a nadie a su alcance, se mordía las manos y los demás miembros de su cuerpo. Cuando la madre de este desventurado supo que Jesús había curado muchos enfermos, llevó su hijo a María. Pero, en aquel momento, Jesús no estaba en casa, por haber salido, con sus hermanos, a jugar con los otros niños.<br />2. Y, así que estuvieron en la calle, se sentaron todos, y Jesús con ellos. Judas, el poseído, sobrevino, y se sentó a la derecha de Nuestro Señor. Su obsesión lo invadió de nuevo, y quiso morder a Jesús. No pudo, pero lo golpeó en el costado derecho. Jesús se puso a llorar, y, en el mismo instante y ante los ojos de varios testigos, el demonio que obsesionaba a Judas lo abandonó bajo la forma de un perro rabioso. Y aquel muchacho que pegó a Jesús, y de quien salió el demonio, era el discípulo llamado Judas Iscariotes, el que entregó a Nuestro Señor a los tormentos de los judíos. Y el costado en que Judas lo golpeó fue el mismo que los judíos atravesaron con una lanza.<br /><br />Las figurillas de barro <br />XXXVI 1. Un día, cuando Jesús había cumplido los siete años, jugaba con sus pequeños amigos, es decir, con niños de su edad. Y se entretenían todos en el barro, haciendo con él figurillas, que representaban pájaros, asnos, caballos, bueyes, y otros animales. Y cada uno de ellos se mostraba orgulloso de su habilidad, y elogiaba su obra, diciendo: Mi figurilla es mejor que la vuestra. Mas Jesús les dijo: Mis figurillas marcharán, si yo se lo ordeno. Y sus pequeños camaradas le dijeron: ¿Eres quizá el hijo del Creador?<br />2. Y Jesús mandó a sus figurillas marchar, y en seguida se pusieron a dar saltos. Después, las llamó, y volvieron. Y había hecho figurillas que representaban gorriones. Y les ordenó volar, y volaron, y posarse, y se posaron en sus manos. Y les dio de comer, y comieron, y de beber, y bebieron. Y, ante unos jumentos que hiciera, puso paja, cebada y agua. Y ellos comieron y bebieron. Los niños fueron a contar a sus padres todo lo que había hecho Jesús. Y sus padres les prohibieron para en adelante jugar con el hijo de María, diciéndoles que era un mago, y que convenía guardarse de él.<br />Jesús en casa del tintorero <br />XXXVII 1. Otro día en que Jesús se paseaba y se divertía con varios niños de su edad, pasó por el taller de un tintorero llamado Salem. Y este tintorero tenía, en su taller, muchos trajes que pertenecían a las gentes de la población, y que se proponía teñir.<br />2. Y, habiendo entrado en el taller del tintorero, tomó todos aquellos trajes, y los echó en una tina de índigo. Cuando Salem el tintorero volvió, y vio todos aquellos trajes deteriorados, se puso a gritar con voz estentórea, y, agarrando a Jesús, le dijo: ¿Qué me has hecho, hijo de María? Me afrentarás ante todas las gentes de la población. Cada uno desea un color a su gusto, y tú has venido a estropear la obra. Y Jesús le dijo: Cambiaré a cada traje el color que quieras darle. Y, acto seguido, Jesús se puso a sacar de la tina los trajes, cada uno, hasta el último, con el color que deseaba el tintorero. Y los judíos, a la vista de prodigio tamaño, glorificaron a Dios.<br />Jesús en el taller de José <br />XXXVIII 1. A veces, José llevaba a Jesús consigo, y circulaba por toda la población. Porque ocurría que las gentes, a causa de su arte, lo llamaban, para que les hiciera puertas, cubos para ordeñar, asientos o cofres. Y Jesús lo acompañaba por doquiera iba.<br />2. Y, cada vez que se necesitaba prolongar o recortar algún objeto, alargarlo o restringirlo, fuese en un codo o en un palmo, Jesús extendía su mano hacia el objeto, y la cosa quedaba hecha como deseaba José, sin que éste tuviese que poner la mano en ello. Porque José no era hábil en el oficio de carpintero.<br />El trozo de madera alargado <br />XXXIX 1. En cierta ocasión, el rey de Jerusalén llamó a José, y le dijo: José, quiero que me hagas un lecho suntuoso, cuyas dimensiones sean exactamente iguales a las del salón en que tengo mis asambleas. José repuso: ¡A tus órdenes! E, inmediatamente, se puso a fabricar el lecho, y permaneció dos años en el palacio del rey, antes de terminarlo. Mas, cuando quiso colocarlo en su sitio, se encontró con que una de las piezas era dos palmos más corta, en todos los sentidos, que la pieza simétrica. A la vista de esto, el rey montó en cólera contra él. Y José, en el exceso de temor que el rey le inspiraba, pasó la noche en ayuno, sin tomar ningun alimento.<br />2. Y Jesús le preguntó: ¿De qué tienes miedo? José contestó: He aquí que he perdido todo el trabajo de dos años. Jesús le dijo: No te empavorezcas, ni te espantes. Y, tomando uno de los extremos de la pieza, añadió: Toma tú el otro extremo. Y Jesús suspendió la pieza, y la hizo igual a la pieza gemela, diciendo a José: Haz ahora lo que te plazca. Y José comprobó que el lecho se hallaba en buen estado y a medida del local. Ante cuyo prodigio los asistentes quedaron llenos de estupor, y alabaron a Dios.<br />3. Y la madera que sirvió para hacer aquel lecho, era madera de esencias y de cualidades diferentes, como la empleada en la construcción del templo, por el rey Salomón, hijo de David.<br />Los niños convertidos en machos cabríos <br />XL 1. En otra ocasión, Jesús había salido por las calles. Y, habiendo visto a algunos niños, que se habían reunido para jugar, se dirigió a ellos. Pero los niños, al advertir que se les acercaba, huyeron de él, y se ocultaron en un horno. Jesús los siguió, se detuvo a la puerta de la casa, y, viendo a unas mujeres, les preguntó dónde habían ido los niños. Y las mujeres respondieron: No hay aquí uno solo. Él les dijo: Y los que están en el horno, ¿quiénes son? Las mujeres le dijeron: Son machos cabríos de tres años. Y Jesús exclamó: Salgan afuera, cerca de su pastor, los machos cabríos que en el horno están. Y del horno salieron cabritillos, que saltaban y brincaban, jugueteando, alrededor de Jesús. Testigos de este espectáculo, las mujeres, presa de admiración y de pavor, corrieron a prosternarse en súplica ante Jesús, diciéndole: ¡Oh Señor Nuestro, Jesús, hijo de María! Tú eres, en verdad, el buen pastor de Israel. Ten piedad de tus siervas, que están en tu presencia, y que no dudan de ti. ¡Oh Señor nuestro, tú has venido a curar, y no a hacer perecer!<br />2. Y Jesús les respondió: Los hijos de Israel están colocados, entre los pueblos, en el mismo rango que los negros. Porque los negros merodean por los flancos de los rebaños descarriados, e importunan a los pastores, y lo mismo hace el pueblo de Israel. Y las mujeres dijeron: Señor, tú sabes todas las cosas, y nada te está oculto. Pero los hijos de Israel nunca más te huirán, ni se esconderán de ti, ni te importunarán. Rogámoste, y esperamos de tu bondad, que tornes a esos niños, servidores tuyos, a su condición primera. Y Jesús gritó: Corred aquí, niños, y vamos a jugar. Y, en el mismo instante, los cabritillos recobraron su forma, y se convirtieron en muchachos, ante los ojos de aquellas mujeres. Y, a partir de aquel día, no les fue ya posible a los niños huir de Jesús. Y sus padres les advirtieron de ello, diciéndoles: Cuidad de hacer todo lo que os diga el hijo de María.<br />Jesús en papel de rey <br />XLI 1. Cuando llegó el mes de adar, Jesús congregó a los niños alrededor suyo, y les dijo: Démonos un rey. Y los apostó sobre el camino grande. Y ellos extendieron sus vestidos en el suelo, y Jesús se sentó encima. Y tejieron una corona de flores, y la pusieron sobre su cabeza, a guisa de diadema. Y se colocaron junto a él, formados en dos grupos, a derecha e izquierda, como chambelanes que se mantienen a ambos lados del monarca.<br />2. Y a quienquiera pasaba por el camino, los niños lo atraían a la fuerza, y le decían: Prostérnate ante el rey, ve lo que desea, y después prosigue tu marcha.<br />Curación de Simón, mordido por una serpiente.<br />Dos prodigios más<br />XLII 1. Mientras tanto, he aquí que se aproximaron a aquel sitio varias personas, que transportaban a un niño de quince años, llamado Simón. Este niño había ido con otros a la montaña para recoger leña. Y, en la montaña, encontró un nido de gorriones, y extendió la mano para coger los huevos. Y una serpiente venenosa, que se encontraba en el nido, lo mordió. Y pidió socorro, y, cuando sus compañeros llegaron, lo vieron yacente en tierra como un muerto. Y sus padres lo llevaban para conducirlo a Jerusalén a que lo viese un médico.<br />2. Al pasar frente al grupo de niños, en que Jesús se encontraba ejerciendo su papel de rey, con sus compañeros en torno suyo, semejantes a servidores, éstos dijeron a los portadores del niño: Venid a ver lo que el rey desea de vosotros, y saludadlo. Pero ellos se negaron a ir, a causa del disgusto que experimentaban. Entonces los niños los arrastraron violentamente y a pesar suyo.<br />3. Los padres de Simón lloraban, porque el niño andaba muy mal de su mordedura, y tenía el brazo inflamado y tumefacto. Cuando llegaron cerca de Jesús, éste les preguntó: ¿Por qué lloráis? Y ellos respondieron: A causa de este nuestro hijo, que, habiendo ido a buscar nidos de gorriones, fue mordido por una serpiente. Y Jesús dijo a todos: Venid conmigo a matar la serpiente. Mas los padres del niño dijeron: Déjanos marchar, porque nuestro hijo está a punto de morir. Los camaradas de Jesús replicaron: ¿Os negáis a obedecer, después de haber oído lo que el rey ha ordenado? Vamos a matar la serpiente. Y, sin otro permiso, emprendieron la subida a la montaña.<br />4. Cuando llegó cerca del nido, Jesús preguntó a los padres: ¿Es aquí donde se encuentra la serpiente? Y ellos respondieron: Sí. Entonces Jesús llamó a la serpiente, que salió sin retardo, y se humilló ante él, que le dijo: Ve a chupar el veneno que has inyectado a ese niño. Y la serpiente se arrastró hasta éste, y le chupó todo su veneno. Y Jesús la maldijo, y la serpiente reventó. Y puso su mano sobre el pequeño, que, aun viéndose curado empezó a llorar. Mas Jesús le dijo: No llores, que con el tiempo serás mi discípulo. Y este discípulo era el mismo de que habla el Evangelio, y que los apóstoles llamaron Simón Zelote o Qananaia, a causa de aquel nido de gorriones, en el cual una serpiente lo había mordido.<br />5. Poco después, llegó un hombre de Jerusalén. Y los niños fueron a él, y lo detuvieron, diciéndole: Ven a saludar a nuestro rey. Y, cuando el hombre obedeció, Jesús observó que llevaba enroscada al cuello una serpiente, la cual, tan pronto lo sofocaba, como aflojaba sus anillos. Jesús le preguntó: ¿Cuánto tiempo hace que esa serpiente está en tu cuello? El hombre respondió: Hace tres años. Jesús añadió: ¿De dónde cayó sobre ti? El hombre contestó: Yo le hice una buena acción, y ella me la devolvió con otra mala. Jesús insistió: ¿De qué manera le hiciste bien, y ella te lo pagó con mal? El hombre repuso: La encontré en invierno, aterida de frío. La puse en mi pecho, y, llegado a mi casa, la metí en un cántaro de tierra, cuya abertura cerré. Y, cuando abrí el cántaro, para sacarla de allí, se lanzó a mi cuello, y en él se enroscó. Me atormenta, me estrangula, y no puedo librarme de ella. Y Jesús dijo: Has obrado mal, sin saberlo. Dios ha creado a la serpiente para vivir en el polvo de la tierra, y tener alternativamente frío y calor. De ti dependía que hubiese seguido viviendo en el polvo de la tierra, conforme a la voluntad divina. Pero la has agarrado, llevado contigo, y encerrado en un cántaro, sin darle alimento. No has procedido bien al respecto suyo. Y Jesús dijo a la serpiente: Baja de donde estás, y vete a vivir en el suelo. Y la serpiente obedeció, y se desprendió del cuello del hombre, que dijo: En verdad, tú eres rey, el rey de los reyes, y todos los encantadores y todos los espíritus rebeldes reconocen tu imperio, y te obedecen.<br />6. Advino en seguida un joven montado sobre un asno, y acompañado de un viejo, que, llorando, lo sostenía. Y, Jesús lo vio, se apiadó de él, y le dijo: ¿Qué tienes, viejo, que así lloras? ¿Cuál es la causa de tus lágrimas? Y el viejo dijo: ¿Cómo no llorar y atormentarme? Este hijo mío era quien a mí y a su madre, también anciana, nos sustentaba y nos servía. Pero unos ladrones lo han asaltado, desvalijado, golpeado, herido, y después se han marchado, dejándolo por muerto. Y Jesús sintió compasión por el viejo, y puso su mano derecha sobre el joven, que inmediatamente quedó curado de sus heridas, se apeó del asno, se puso en marcha por su propio pie, y regresó a su hogar con su progenitor.<br />Jacobo mordido por una víbora<br />XLIII 1. Otra vez, José mandó a su hijo Jacobo a buscar leña al bosque, y Jesús partió en su compañía. Cuando llegaron al sitio en que la leña se encontraba, Jacobo se puso a recogerla. Y he aquí que una mala víbora lo mordió en la mano, y el niño empezó a gritar y a llorar.<br />2. Y Jesús, viéndolo en aquel estado, se acercó a él, y sopló sobre la moderdura, que quedó cicatrizada. Y la víbora se desecó, y Jacobo se encontró sano y salvo.<br />Resurrección de Zenón, caído de una azotea <br />XLIV 1. Algunos días más tarde, Jesús jugaba con otros niños en la azotea de una casa. Uno de ellos cayó al suelo, y murió instantáneamente. Y los niños se dijeron los unos a los otros: ¡Ea! Digamos que quien lo ha tirado es Jesús, el hijo de María. Y huyeron todos, y Jesús quedó solo en la azotea. Cuando los padres del niño llegaron, dijeron a Jesús: Tú eres quien ha tirado a nuestro hijo desde lo alto de la azotea. Y él les respondió: No soy yo quien lo ha tirado. Mas ellos se pusieron a gritar, diciendo: Nuestro hijo ha muerto, y tú eres su matador.<br />2. Y Jesús, María y José fueron detenidos por la muerte de aquel niño, y se los condujo a la presencia del gobernador. Y ante éste depusieron los niños contra Jesús, como si hubiera sido él quien tirara al niño de la azotea. Y el gobernador dijo: Ojo por ojo, diente por diente, vida por vida. Cuando le tocó declarar a Jesús, respondió al juez en estos términos: No se me impute tan mala acción. Y, si no me crees, ¿bastará con que interroguemos al niño, para que manifieste la verdad? Si yo resucito a ese niño, y si él dice que no he sido yo quien lo ha tirado, ¿qué harás con los que han dado falso testimonio contra mí? El juez respondió, y dijo a Jesús: Si haces eso, tú serás absuelto, y los otros serán condenados. Entonces Jesús, acompañado del juez y de gran multitud, fue hasta donde estaba el niño muerto, y, colocándose cerca de su cabeza, gritó en alta voz: Zenón, Zenón, ¿quién te ha tirado de la azotea? ¿He sido yo? Y el muerto respondió, diciendo: ¡Perdón, Señor Jesús! Tú no me has tirado, y ni siquiera estabas allí, cuando me tiraron mis compañeros. Estos niños que han depuesto mentirosamente contra ti son los que me tiraron, y yo he caído. Entonces Jesús se aproximó a Zenón, lo tomó por la cabeza, lo irguió sobre sus pies, y dijo a los asistentes: ¿Habéis oído y visto? Y los adversarios de Jesús quedaron cubiertos de oprobio, y los espectadores, sorprendidos, se admiraron de prodigio tamaño, y alabaron a Dios, diciendo: Verdaderamente, Dios está con este niño. ¿Qué llegará a ser con el tiempo? Y Jesús se acercaba a la edad de doce años cuando hizo aquel milagro.<br />El agua recogida en una túnica <br />XLV 1. Y María dijo, una vez, a Jesús: Hijo mío, ve a buscarme agua al pozo. Mas, a causa del gran gentío que alrededor del pozo se comprimía, el cántaro, lleno de agua, como estaba, cayó y se rompió.<br />2. Y Jesús, desplegando la túnica que lo cubría, recogió el agua en ella, y la llevó a su madre. Y María quedó admirada en extremo. Y todo lo que veía, lo guardaba y lo encerraba en su corazón. <br />El hijo de Hanan castigado con parálisis <br />XLVI 1. Otra vez, Jesús se encontraba cerca de un canal de irrigación, y con él se encontraban otros niños. Y se entretenían en hacer pequeños depósitos de agua. Y Jesús, con barro, había formado doce pajaritos, y los colocó en los bordes de su depósito, tres a cada lado. Y era sábado aquel día.<br />2. Sobrevino el hijo de Hanan el judío, y, viéndolos así ocupados, les dijo con cólera y acritud: ¡En día de sábado amasáis barro! Y, lanzándose contra ellos, destruyó sus depósitos. Cuanto a Jesús, batió sus manos, se volvió hacia los pájaros que había hecho, y éstos volaron, chillando.<br />3. El hijo de Hanan se dispuso también a romper el depósito de Jesús, y el agua se desecó. Y Jesús le dijo: ¡Deséquese tu vida, como se ha desecado este agua! Y, en el mismo momento, el niño fue atacado de parálisis.<br />Jesús empujado por un niño <br />XLVII 1. Un día, Jesús camfnaba con José. Y encontró a un muchacho que corría, y que, tropezando con él, lo hizo caer.<br />2. Y Jesús le dijo: Como me has hecho caer, así caerás tú, para no levantarte más. Y, en el mismo momento, el muchacho cayó, y murió.<br />Jesús en la escuela de Zaqueo <br />XLVIII 1. Había en Jerusalén un maestro de niños llamado Zaqueo, el cual dijo a José: Tráeme a Jesús, para que se instruya en mi escuela. Y José le dijo: De buen grado. Y fue a hablar a María, y ambos tomaron consigo a Jesús, y lo llevaron al maestro. Habiéndolo éste visto, le escribió el alfabeto, y le ordenó: Di Alaph. Y Jesús dijo: Alaph. El maestro continuó: Di Beth. Y Jesús repuso: Explícame primero el término Alaph, y entonces diré Beth. El maestro dijo: No sé esa explicación. Y Jesús le dijo: Los que no saben explicar Alaph y Beth, ¿cómo enseñan? Hipócritas, enseñad, ante todo, lo que es Alaph, y os creeré sobre Beth. Y, al oír esto, el maestro quiso pegarle.<br />2. Mas Jesús, le dijo: Alaph está hecha de un modo, y Beth de otro, y lo mismo ocurre con Gamal, Dalad, etcétera, hasta Thau. Porque, entre las letras, unas son rectas, otras desviadas, otras redondas, otras marcadas con puntos, otras desprovistas de ellos. Y hay que saber por qué cierta letra no precede a las otras; por qué la primera letra tiene ángulos; por qué sus lados son adherentes, puntiagudos, recogidos, extensos, complicados, sencillos, cuadrados, inclinados, dobles o reunidos en grupo ternario; por qué los vértices quedan desviados u ocultos. En suma: se puso a explicar cosas que el maestro no había jamás oído, ni leído en ningún libro.<br />3. Y el maestro se sorprendió, y se espantó de las palabras del niño, de la nomenclatura que detallaba, y de la fuerza inmensa que se encerraba en las cuestiones que proponía. Y dijo: En verdad, esta criatura es capaz de quemar el fuego mismo. Yo creo que ha nacido antes del tiempo de Noé. Y, volviéndose hacia José, le dijo: Me has traído un niño para que lo instruya en calidad de discípulo, y se me ha revelado como maestro de maestros.<br />4. Y José exclamó: ¿Quién será capaz de educar a un niño como éste? Jesús repuso: Las palabras que acabas de pronunciar, significan que no soy de los vuestros. Estoy con vosotros y en medio de vosotros, y no poseo ninguna distinción humana. Vosotros estáis bajo la ley, y quedaréis bajo la ley. Yo existía antes que vuestros padres hubiesen nacido. Tú, José, te crees mi padre, porque no sabes de quién nací, ni de dónde vengo. Sólo yo sé verdaderamente cuándo has nacido, y cuánto tiempo permanecerás en este mundo. Y, al oír esto, todos quedaron llenos de sorpresa y de estupor.<br />El profesor castigado de muerte<br />XLIX 1. Después, otro maestro, más hábil que el primero, dijo a José: Confíame a Jesús, y yo lo instruiré. Y el maestro se puso a instruirlo, y le ordenó: Di Alaph. Y Jesús dijo Alaph. El maestro continuó: Di Beth. Y Jesús repuso: Dame antes la significación de Alaph, y después diré Beth. El maestro, colérico e irritado, levantó la mano, y le pegó. Y, en el mismo instante, su mano se secó, y cayó por tierra muerto.<br />2. Y el niño marchó fuera, y se mezcló entre el gentío. Y José llamó a María, su madre, y le advirtió: No dejes a Jesús salir de casa, porque todo el que le pega, muere.<br />Jesús en medio de los doctores <br />L 1. Cuando Jesús cumplió los doce años, sus padres subieron con él a Jerusalón, para la fiesta. Y, ésta terminada, regresaron a su hogar. Mas Jesús se separó de ellos, y quedó en el templo, entre los pontífices, los ancianos del pueblo y los doctores de Israel, preguntándoles y respondiéndoles sobre puntos de doctrina. Y todos se admiraban de las palabras, inspiradas por la gracia, que salían de su boca.<br />2. Jesús interrogó a los doctores: ¿De quién es hijo el Mesías? Y ellos respondieron: De David. Mas él replicó: Entonces, ¿por qué David, bajo la inspiración de Dios, lo llama su Señor, cuando escribe: Dijo el Señor a mi Señor: Siéntate a mi diestra, para que humille a mis enemigos bajo el escabel de tus pies?<br />3. Y el más viejo de los doctores repuso: ¿Has leído los libros santos? Y Jesús dijo: Los libros, el contenido de los libros y la explicación de los libros, de la Thora, de los mandamientos, de las leyes y de los misterios, contenidos en las obras de los profetas, cosas inaccesibles a la razón de una criatura. Y el doctor dijo a sus compañeros: Por mi fe, que hasta el presente no he alcanzado, y ni aun por oídas conozco, un saber semejante. ¿Qué pensáis que llegará a ser este niño, por cuya boca parece que habla Dios?<br />Ciencia de Jesús <br />LI 1. Y había también allí un sabio hábil en astronomía. Y preguntó a Jesús: ¿Posees nociones de astronomía, .hijo mío?<br />2. Y Jesús le respondió, puntualizándole el número de las esferas y de los cuerpos celestes, con sus naturalezas, sus virtudes, sus oposiciones, sus combinaciones por tres, cuatro y seis, sus ascensiones y sus regresiones, sus posiciones en minutos y en segundos, y otras cosas que rebasan los límites de la razón de una criatura.<br />Jesús y el filósofo<br />LII 1. Y se encontraba asimismo entre los doctores un filósofo versado en la medicina natural. Y preguntó a Jesús: ¿Posees nociones de medicina natural, hijo mío?<br />2. Y Jesús respondió con una disertación sobre la física, la metafísica, la hiperfísica y la hipofísica, sobre las fuerzas de los cuerpos y de los temperamentos, y sobre sus energías y sus influencias en los nervios, los huesos, las venas, las arterias y los tendones, y sobre sus efectos, y sobre las operaciones del alma en el cuerpo, sobre sus percepciones y sus potencias, sobre la facultad lógica, sobre los actos del apetito irascible y los del apetito concupiscible, sobre la composición y la disolución, y sobre otras cosas que sobrepujan la razón de una criatura.<br />3. El filósofo, levantándose, se prosterné ante Jesús, le dijo: Señor, en adelante, soy tu discípulo y tu servidor.<br />Jesús hallado en el templo <br />LIII 1. Y, mientras se cambiaban estas conversaciones y otras semejantes, sobrevino María, que, durante tres días, erraba con José en busca de Jesús. Y lo encontró sentado entre los doctores, preguntándoles y respondiéndoles. Y le dijo: Hijo mío, ¿por qué nos has tratado de esta suerte? He aquí que tu padre y yo te buscamos con extrema fatiga. Y Él repuso: ¿Por qué me buscáis? ¿No sabéis que debo estar en la casa de mi Padre? Ellos no comprendieron la palabra que les había dicho. Y los doctores interrumpieron: ¿Es éste tu hijo, María? Ella contestó: Sí. Y ellos dijeron: ¡Bienaventurada eres, oh María, por tal maternidad!<br />2. Y Jesús volvió con sus padres a Nazareth, y los obedecía en todas las cosas. Su madre conservaba en su corazón todas aquellas palabras. Y Jesús crecía en edad, en sabiduría y en gracia ante Dios y los hombres.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Adwd9uKHVoe7PZPdt9-H7IB_pnut1Os1A_JiFqu1Mkab20lhhpxfMehN1j2CxSTbfGBjFWb9y5nuQebbCf_8jc0Sar8oHU_7sTvUVh7zYwiECtX1VJQe10441qu7zhtc_v18jK4vANIg/s1600/9788479103927.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 225px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Adwd9uKHVoe7PZPdt9-H7IB_pnut1Os1A_JiFqu1Mkab20lhhpxfMehN1j2CxSTbfGBjFWb9y5nuQebbCf_8jc0Sar8oHU_7sTvUVh7zYwiECtX1VJQe10441qu7zhtc_v18jK4vANIg/s320/9788479103927.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617917019673244066" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Bautismo de Jesús <br />LIV 1. A partir de aquel día, comenzó a ocultar sus prodigios, sus misterios y sus parábolas.<br />2. Y se conformó con las prescripciones de la Thora, hasta que cumplió los treinta años, en que el Padre lo manifestó en el Jordán, por la voz que exclamaba desde el cielo: He aquí mi hijo amado, en el cual me complazco, mientras que el Espíritu santo daba testimonio de él, bajo la forma de una paloma blanca.<br />Doxología <br />LV 1. Él es aquel a quien oramos y adoramos, él quien se ha encarnado por nosotros, y nos ha salvado, Él quien nos ha dado el ser, el nacimiento y la vida. Su misericordia no cesa, y su clemencia se extiende sobre nosotros, por su liberalidad, su beneficencia, su generosidad y su largueza.<br />2. A Él la gloria, la benevolencia, la fuerza, la dominación, ahora, en todo tiempo, en toda edad, en toda época, hasta la eternidad de las eternidades y por los siglos de los siglos. Amén.<br />Fuente: Los Evangelios Apócrifos, por Edmundo González BlancoVALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-35487013475483536552010-11-03T15:30:00.000-07:002010-11-03T15:31:32.735-07:00DIFERENCIAS ENTRE CANÓNICOS Y APÓCRIFOSRespuesta del profesor de Teología Gonzalo Aranda a la pregunta "¿Qué diferencias hay entre evangelios apócrifos y evangelios canónicos?"<br />Episodio de la serie "50 preguntas sobre Jesús".<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_gUGyCDhmBQ?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_gUGyCDhmBQ?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-16321083253177312502010-07-09T07:34:00.000-07:002010-07-09T07:35:10.964-07:00EPÎTRE DE BARNABÉEpître de Barnabé<br /><br /><br /><br /><br />I<br /><br /> <br /><br />1. Salut à vous, fils et filles dans la paix, par le nom du Seigneur qui nous a aimés.<br />2. Devant la grandeur et la splendeur des desseins de Dieu à votre égard, ce qui plus que toute autre chose me cause une excessive joie ce sont vos âmes bénies et glorieuses, tant la grâce du don spirituel que vous avez reçu s'est implantée en elles.<br /><br />3. C'est ce qui augmente encore la joie que j'éprouve en moi-même, pat l'espérance que j'ai d'être sauvé, quand je vois qu'en toute vérité l'Esprit s'est répandu sur vous, jaillissant de l'intarissable source qu'est le Seigneur.<br />C'est à ce point que m'a frappé votre vue si ardemment souhaitée.<br /><br />4. Je suis intimement persuadé qu'après avoir causé avec vous, j'ai encore beaucoup à dire, car le Seigneur s'est fait mon compagnon dans le chemin de la justice; et je suis moi aussi tout à fait contraint de vous aimer plus que mon âme, car une grande foi et une grande charité habitent en vous, " avec l'espérance de sa vie "<br /><br />5. J'ai donc réfléchi que, si je prenais soin de vous faire part de ce que j'ai reçu, l'aide que j'aurais accordée à des âmes telles que les vôtres ne serait pas sans récompense, et je m'empresse de vous écrire brièvement afin qu'avec la foi vous ayez une connaissance parfaite.<br />6. Les maximes du Seigneur sont au nombre de trois :<br />* " L'espérance de la vie ", commencement et fin de notre foi ;<br />* La justice, commencement et fin du jugement ;<br />* L'amour oeuvrant dans la joie et l'allégresse, qui témoigne de cette justice.<br />7. Le Maître, en effet, nous a révélé par les prophètes les choses passées et présentes, et nous a donné de goûter par avance aux choses futures. Voyant donc celles-ci s'accomplir, chacune à leur tour, comme il nous l'avait dit, nous devons progresser dans la crainte de Dieu, nous donner davantage et monter plus haut.<br />8. Pour moi, ce n'est pas comme maître, mais comme l'un d'entre vous que je veux vous donner quelques enseignements, qui vous apporteront de la joie dans ce temps où nous vivons.<br /><br /> <br /><br /> <br /><br />II<br /><br />1. Puisque les jours sont mauvais, que l'ennemi est à l'oeuvre et qu'il en a reçu le pouvoir, il nous faut veiller sur nous-mêmes et rechercher les commandements du Seigneur.<br /><br />2. Or, la foi est secourue par la crainte et la patience, nos alliées sont la longanimité et la tempérance.<br /><br />3. Lorsque ces vertus demeurent sans atteinte devant Dieu, la sagesse, l'intelligence, la science, la connaissance viennent leur tenir compagnie dans la joie.<br />4. Il nous a dit clairement par tous les Prophètes qu'il n'a que faire des sacrifices, des holocaustes ou des offrandes. Il dit, par exemple<br />5. " Que m'importent vos innombrables sacrifices? dit le Seigneur.<br />Je suis rassasié des holocaustes ; La graisse des agneaux, le sang des taureaux et des boucs, je n'en veux point ; Pas davantage quand vous venez vous présenter devant moi. Qui donc vous a invités à m'offrir ces dons de vos mains ? N'allez pas fouler de nouveau mes parvis. Si vous m'offrez de la fleur de farine, c'est en vain; l'encens m'est en horreur. Vos nouvelles lunes et vos sabbats, je ne les supporte plus ".<br />6. Il a donc abrogé tout cela afin que la nouvelle loi de notre Seigneur Jésus-Christ soit libre du joug de la nécessité; qu'elle ne connaisse pas l'offrande faite de main d'homme.<br /><br />7. Il leur dit encore: " Est-ce que j'ai prescrit à vos pères, quand ils sortirent d'Égypte, de m'offrir des holocaustes et des sacrifices?<br /><br />8. Non, mais voici la prescription que je leur ai faite: Ne méditez pas en vos coeurs du mal l'un contre l'autre, chacun contre son prochain. N'aimez pas le faux serment ".<br />9. Nous devons donc comprendre, si nous ne sommes pas sans intelligence, l'intention toute de bonté de notre Père, et que, s'il nous parle, c'est qu'il veut nous voir rechercher, sans nous égarer comme ceux-là, le vrai moyen de nous approcher de lui.<br /><br />10. Il nous dit donc: " Le sacrifice pour le Seigneur, c'est un coeur brisé; le parfum de bonne odeur pour le Seigneur, c'est un coeur qui rend gloire à son Créateur ".<br />Nous devons donc, frères, nous appliquer avec beaucoup de soin à notre salut, pour empêcher l'ennemi d'insinuer en nous l'égarement et de nous précipiter hors de notre vie.<br /><br /><br />III<br /><br /> <br /><br /> <br /><br />1. Le Seigneur dit également aux Juifs, à ce sujet :<br />" A quoi bon, votre jeûne, dit le Seigneur. Pourquoi ne faire entendre aujourd'hui que des cris ?<br />Ce n'est pas le jeûne que j'avais choisi, dit le Seigneur. Ce n'est pas ainsi que je désire que l'homme humilie son âme.<br />2. Courber la tête comme un anneau, revêtir le sac et coucher sur la cendre, n'appelez plus cela un jeûne agréable au Seigneur ".<br />3. Quant à nous, il nous dit :<br />" Voici le jeûne qui me plaît, oracle du Seigneur.<br />Romps les chaînes injustes, délie les liens du joug de la violence, renvoie libre les opprimés, et déchire tout contrat inique.<br />Partage ton pain aux affamés, vêts celui que tu vois nu, héberge les sans-abri sous ton toit.<br />Si tu vois un misérable ne le méprise pas et ne te dérobe pas aux parents qui sont de ton sang.<br />4. Alors, ta lumière poindra comme l'aurore, et tes vêtements ne tarderont pas à resplendir<br />La justice marchera devant toi, et la gloire du Seigneur t'environnera.<br />5. Alors, si tu cries, le Seigneur répondra ;tu parleras encore, qu'il te dira: me voici ;si tu exclus de chez toi le joug, le geste menaçant et les propos impie, si tu donnes de tout coeur ton pain à l'affamé, si tu traites avec la miséricorde l'âme humiliée ".<br />6. Frères, le Seigneur longanime a voulu que la foi de son peuple soit sans mélange, de ce peuple qu'il s'est acquis en son bien-aimé, et c'est pour cela qu'il nous avertit à l'avance de toutes choses, de peur que, nouveaux venus en Israël, nous ne nous brisions contre sa loi.<br /><br /><br /><br />IV<br /><br /> <br /><br /> <br /><br />1. Il nous faut donc examiner à fond les circonstances présentes et chercher ce qui peut nous sauver. Fuyons absolument toutes les oeuvres de l'iniquité; sinon, ce sont elles qui se saisiront de nous. Haïssons l'égarement du temps présent, afin d'être aimé dans le temps à venir.<br /><br />2. Ne relâchons pas à ce point nos âmes qu'elles se croient permis de courir en compagnie des pécheurs et des méchants; sinon, nous finirons par leur ressembler<br />3. Le scandale de la fin s'est approché, comme dit l'Écriture par la bouche d'Énoch. Le Seigneur a réduit les temps et les jours afin que se hâtât son bien-aimé, et qu'il entrât en possession de son héritage.<br /><br />4. Le prophète aussi s'exprime ainsi: " Dix royaumes se lèveront sur la terre; après eux se lèvera un petit roi la qui soumettra à la fois trois des rois.<br />5. Et Daniel dit encore à ce propos: " Je vis la quatrième bête féroce, puissante, et terrible plus que tous les monstres marins; il lui poussa dix cornes, d'où sortit une petite corne qui abaissa d'un coup trois des grandes cornes ".<br /><br />6. Vous devez comprendre.<br />Je vous en prie, une fois encore, moi qui suis l'un d'entre vous, et qui vous chéris tous et chacun plus que ma vie, veillez sur vous-mêmes et ne ressemblez pas à certaines personnes, n'accumulez pas les fautes en disant que l'Alliance est aux Juifs comme à nous.<br /><br />7. Elle est à nous assurément. Mais eux l'ont perdue définitivement, lors même que Moïse venait de la recevoir. L'Écriture dit en effet: " Moïse demeura sur la montagne quarante jours et quarante nuits sans manger et sans boire et il reçut du Seigneur l'Alliance: les Tables de pierre écrites du doigt de la main du Seigneur " .<br /><br />8. Mais pour s'être tournés vers les idoles, ils ont réduit à néant cette alliance. Voici, en effet, ce que dit le Seigneur: " Moïse, Moïse, descends vite, car ton peuple a péché, ce peuple que tu as fait sortir d'Égypte ". Moïse comprit et jeta les deux Tables de ses mains et leur alliance se brisa afin que celle du bien aimé Jésus fût scellée dans notre coeur par l'espérance de notre foi en lui.<br /><br />9. Tout ce que je désire vous écrire, ce n'est pas en maître, mais en ami qui ne réserve rien de ce qu'il possède, moi qui ne suis qu'un rebut à votre service.<br />Faisons bien attention puisque voici les derniers jours, car tout le temps de notre vie et de notre foi nous serait inutile, si maintenant, dans le temps du péché et au milieu des scandales à venir, nous ne tenions pas bon comme il convient à des fils de Dieu.<br /><br />10. Pour que le Ténébreux ne puisse s'infiltrer parmi nous, fuyons toute vanité, haïssons sans biaiser les oeuvres de la mauvaise voie. Ne vivez pas dans l'isolement comme si vous étiez déjà justifiés, mais rassemblez-vous et étudiez ensemble ce qui concerne l'intérêt commun.<br /><br />11. Car l'Écriture dit: " Malheur à ceux qui se croient sages et s'estiment très avisés ".<br />Soyons des hommes spirituels, des temples parfaits pour Dieu. Autant qu'il est en nous, a " exerçons-nous à la crainte " de Dieu et luttons pour garder ses commandements, afin que ses saintes volontés nous réjouissent.<br />12. Le Seigneur jugera le monde " sans acception de personnes ". Chacun obtiendra le prix de ses oeuvres. Qui aura fait le bien sera précédé de sa justice; qui aura mal agi verra venir à lui le salaire de son iniquité.<br /><br />13. Ne nous reposons jamais sur notre qualité d'élus, nous nous endormirions dans nos péchés, et le mauvais prince prendrait pouvoir sur nous et nous repousserait du Royaume du Seigneur.<br /><br />14. Une chose encore, frères, à quoi il vous faut penser, lorsque vous voyez, après de tels signes et de tels miracles accomplis en Israël, ce peuple se trouver néanmoins abandonné: tâchons qu'il ne se trouve pas chez nous aussi, comme dit l'Écriture, " beaucoup d'appelés et peu d'élus ".<br /><br /><br />V<br /><br /> <br /><br />1 Si le Seigneur a souffert de livrer sa chair à la destruction, c'était pour nous purifier par la rémission des péchés qui s'opère par l'aspersion de son sang. 2 L'Écriture parle de lui à ce sujet, tantôt pour Israël, tantôt pour nous:<br />" Il a été frappé à cause de nos péchés, écrasé à cause de nos crimes, et c'est grâce a ses plaies que nous sommes guéris. On l'avait conduit comme un agneau à la boucherie, comme devant les tondeurs, une brebis muette "<br /><br />3 C'est pourquoi nous devons rendre au Seigneur les plus grandes actions de grâces, de nous avoir révélé le passé et le présent; et même l'avenir ne nous est pas tout à fait obscur. 4 Or, l'Écriture dit: " Ce n'est pas en vain qu'on tend les filets pour les oiseaux ". C'est-à-dire: on mérite de périr si, connaissant la voie de la justice, on s'en tient éloigné pour aller dans celle des ténèbres.<br /><br />5 Autre chose, frères: Le Seigneur a enduré de souffrir pour nos âmes, lui le Seigneur du monde entier à qui Dieu avait dit dès l'origine du monde: " Faisons l'homme à notre image et ressemblance ". Eh bien, comment a-t-il enduré de souffrir de la main des hommes? Apprenez-le: 6 " Les prophètes ont reçu de lui la grâce de prophétiser à son sujet. Eh bien ! comme pour anéantir la mort et prouver sa résurrection il devait se manifester dans la chair, il a enduré de souffrir, 7 afin d'accomplir la promesse faite à nos pères, de s'acquérir pour lui- même le peuple nouveau en montrant durant son séjour sur cette terre que c'est lui qui ressuscite les morts, lui qui juge.<br /><br />8 Enfin, en enseignant Israël et en lui montrant tous les miracles et les signes que vous savez, il proclama son message et lui montra son excessif amour. 9 Puis il choisit pour ses propres Apôtres, pour ceux qui devaient être plus tard les hérauts de l'Évangile, des hommes plus que pécheurs afin de montrer " qu'il n'était pas venu appeler les justes, mais les pécheurs " et c'est à cette occasion qu'il fit bien connaître qu'il était le fils de Dieu.<br /><br />10 S'il n'était pas venu dans la chair, comment les hommes auraient-ils pu, sans mourir, soutenir sa vue, alors que le soleil, oeuvre périssable qu'il a façonnée de ses mains, ils ne peuvent le regarder en face et soutenir ses rayons? 11 Si le Fils de Dieu est venu dans la chair, c'est donc pour mettre le comble aux iniquités de ceux qui ont persécuté à mort les prophètes. 12 C'est pour cela qu'il a enduré de venir. Dieu dit en effet que la meurtrissure de sa chair, c'est à eux qu'il la doit: e " Ils frapperont le berger et les brebis du troupeau périront ". 13 Mais c'est lui qui a voulu souffrir de la manière qu'il a souffert. Il fallait, en effet, qu'il souffrît sur le bois. Car le prophète dit de lui: " Délivre de l'épée mon âme "; et: " Transperce mes chairs car une bande de vauriens m'assaille ". 14 Et ailleurs: " Voici: j'ai tendu mon dos aux fouets et mes joues aux soufflets. J'ai rendu mon visage dur comme la pierre " .<br /><br />6 1 Sur le temps où il aura accompli sa mission, que dit-il ?<br />" Qui oserait m'intenter un procès ?<br />Qu'alors nous comparaissions ensemble!<br />Qui estime avoir un droit contre moi ?<br />Qu'il s'approche de moi.<br /><br />2 Malheur à vous! Tous, vous vous en irez en loques comme un vêtement<br />Et la teigne vous rongera "<br />Le prophète parle encore du temps où il sera placé comme une solide pierre à moudre: " Voici que je pose pour assises de Sion une pierre précieuse, de choix, une pierre d'angle de grande valeur " . 3 Et aussitôt il ajoute: " Celui qui croira en lui vivra éternellement " . C'est donc sur une pierre que repose notre espérance? A Dieu ne plaise; mais il veut dire que le Seigneur a durci sa chair: " J'ai rendu mon visage dur comme pierre ". 4 Ailleurs le prophète dit: " La pierre qu'ont rejetée les bâtisseurs est devenue la tête de l'angle "; et encore: " Voici le jour que le Seigneur a fait; jour de grandes merveilles ".<br /><br />5 Je vous écris tout simplement pour que vous compreniez, moi, pauvre rebut aux pieds de votre charité.<br /><br />6 Que dit encore le prophète?: " Une bande de vauriens m'assaillent "; " Ils m'ont environné comme les abeilles un rayon de miel " ; et: " Ils ont tiré mes vêtements au sort " .<br /><br />7 Ainsi comme il devait se révéler dans la chair et y souffrir, sa passion a été prédite d'avance. Le prophète, en effet, dit au sujet d'Israël: " Malheur à leur âme: car le complot qu'ils complotent c'est à eux qu'il nuira lorsqu'ils disent: Lions le juste, car il nous gêne ".<br /><br />8 Et que leur dit Moïse, un autre prophète: " Entrez dans le pays que j'ai promis par serment à Abraham, Isaac et Jacob. Prenez-en possession, c'est votre héritage, une terre où coulent le lait et le miel "<br /><br />9 Mais apprenez ce que dit la gnose: " Espérez en Jésus qui se manifestera à vous dans la chair. " Or l'homme est une terre de souffrance puisque Adam fut modelé avec de la terre.<br /><br />10 Pourquoi donc est-il dit " Allez dans une terre excellente où coulent le lait et le miel " (Ex 33,3 ).<br />Loué soit notre Seigneur, frères, qui nous a donné la sagesse et l'intelligence de ses secrets. Le prophète nous trace bien une allégorie du Christ. Qui saura le comprendre, si ce n'est celui qui est sage et instruit et aimé du Christ ?<br /><br />11 Lorsqu'il nous a renouvelés par la rémission des péchés, il nous a donne une forme nouvelle, nous donnant une âme d'enfant comme s'il nous créait à nouveau. 12 Car c'est de nous que parle l'Écriture lorsque Dieu parle ainsi au Fils: " Faisons l'homme à notre image et ressemblance, et qu'il domine sur les oiseaux du ciel et le poissons de la mer " (Gn 1,26 ). Et le Seigneur, voyant l'oeuvre merveilleuse que nous étions, dit encore: " Croissez, multipliez, remplissez la terre ! (Gn 1,28 ).<br /><br />Ces paroles sont donc à l'adresse du Fils. 13 Mais je vais vous montrer encore comment il affirme avoir fait, dans les derniers temps, une deuxième création. Le Seigneur dit en effet: " Voici, je vais faire les dernières choses comme les premières " (cf. Mt 19,30 Mt 20,16 ). C'est à cela que se réfère la parole du prophète: " Entrez dans le pays où coulent le lait et le miel et rendez-vous en les maîtres " (Ex 33,3 Gn 1,28 ). 14 Or, remarquez-le, nous avons été créés à nouveau comme on peut le lire dans un autre prophète: " Quant à ceux-là, dit le Seigneur, -- c'est-à-dire ceux que l'Esprit du Seigneur voyait d'avance-- je leur ôterai leur coeur de pierre et je leur donnerai un coeur de chair " (Ez 11,19 Ez 36,26 ). C'est que lui-même devait se manifester dans la chair et habiter chez nous. 15 Oui, c'est un temple saint pour le Seigneur, frères, que l'habitation de nos coeurs. 16 Car il dit encore: " Où me présenter devant le Seigneur mon Dieu pour être glorifié? " (cf. Ps 61,3 ); et il répond: " Je te confesserai dans l'assemblée de mes frères, je te chanterai au milieu de l'assemblée des saints " (cf. Ps 21,23 ).<br /><br />C'est donc bien nous qu'il a conduits dans cette terre excellente. 17 Pourquoi donc le lait et le miel? Parce que l'enfant est nourri d'abord de miel, puis de lait. C'est pourquoi nous aussi, nourris par la foi en la promesse et par la parole, nous vivrons et serons les maîtres de la terre. 18 Le Seigneur avait prophétisé comme nous disions plus haut: " Qu'ils croissent et se multiplient et dominent sur les poissons " (Gn 1,28 ). Or, qui donc peut maintenant commander aux bêtes, aux poissons, aux oiseaux du ciel? Car il nous faut remarquer que commander, c'est avoir le pouvoir d'imposer l'ordre donné. 19 Or ceci n'est pas encore réalisé; le Seigneur nous a dit quand il en serait ainsi: lorsque nous serons entrés pleinement dans l'héritage du testament du Seigneur.<br /><br />7 1 Mettez-vous donc dans l'esprit, enfants de l'allégresse, que notre excellent Seigneur nous a tout révélé d'avance afin que nous sachions à qui doivent aller toujours nos actions de grâces et nos louanges. 2 Or, si le Fils de Dieu, lui, le Seigneur, " qui doit juger les vivants et les morts " (2Tm 4,1 ) a souffert pour que ses meurtrissures nous donnent la vie, croyons aussi que le Fils de Dieu n'a pu souffrir qu'à cause de nous .<br /><br />3 Mais, sur la croix, " il fut abreuvé de vinaigre et de fiel " (cf. Mt 27,34-48 ). Écoutez comment les prêtres du Temple l'avaient indiqué. Il y avait, dans l'Écriture, ce précepte: " Celui qui ne jeûnera pas le jour du jeûne sera mis à mort " (cf. Lc 23,29 ) parce que le Seigneur devait, pour nos péchés, offrir en sacrifice le vase renfermant son esprit, pour accomplir ce que figurait le sacrifice d'Isaac sur l'autel. 4 Or, qu'est-il dit dans le prophète? " Qu'ils mangent du bouc offert au jour du jeûne pour tous les péchés. "Et, faites-y bien attention, " les prêtres seuls mangèrent les viscères non lavés avec du vinaigre " (Aut. inconnu). 5 Pourquoi? Parce que, moi qui vais offrir ma chair en sacrifice pour les péchés de mon nouveau peuple, " vous m'abreuverez de vinaigre et de fiel " (Mt 27,34 ). Vous me mangerez, vous seuls, pendant que le peuple jeûnera et se frappera la poitrine sur le sac et la cendre. Et pour montrer que c'est par eux qu'il lui faut souffrir: 6 " Prenez deux boucs, de bon poids et de même taille; que le prêtre en prenne un et l'offre comme holocauste " (Lv 16,7-9 ). 7 Et l'autre bouc, qu'en feront-ils: " Que celui-ci soit maudit " (cf. Lv 16,8-10 ).<br />Or, remarquez comment c'est Jésus qui est manifesté ici en figure: 8 " Crachez tous sur lui, percez-le avec un aiguillon, coiffez-le d'une laine rouge écarlate et chassez-le ainsi dans le désert " (Aut. Inc.). Et lorsque tout cela est accompli, celui qui tient le bouc le conduit vers le désert, lui enlève la laine, et la met sur un buisson, que nous appelons ronce: nous aimons en manger les fruits lorsque nous en trouvons dans la campagne, il n'y a que ceux de la ronce pour être si doux.<br /><br />9 Mais faites attention à la signification de ce fait. " Un bouc sur l'autel, l'autre est maudit " (Lv 16,8 ); et celui qui est maudit est couronné. C'est qu'ils verront un jour Jésus, le corps enveloppé dans le vêtement écarlate et ils diront: " N'est-ce pas celui que nous avons autrefois crucifié, outragé, couvert de coups et de crachats? " En vérité, c'est bien cet homme qui affirmait alors qu'il était le Fils de Dieu.<br /><br />10 Mais pourquoi un bouc semblable à un autre? " Les deux boucs doivent être semblables, de belle apparence, de même taille " (cf. Lv 16,7 ), pour exprimer que voyant le Christ revenir, les Juifs seront frappés de stupeur par sa ressemblance avec le Crucifié. C'est là la ressemblance des boucs. Voici donc la figure de Jésus qui devait souffrir.<br /><br />11 Mais pourquoi a-t-on déposé la laine au milieu des épines? C'est une figure de Jésus proposée pour l'Église; elle veut dire que si on veut enlever la laine pourpre, il faut beaucoup souffrir car les épines sont cruelles et ce n'est qu'en peinant qu'on peut s'en emparer. C'est ainsi, dit le Seigneur, que ceux qui veulent me voir et atteindre mon Royaume doivent m'obtenir par les tribulations et les souffrances (cf. Nb 19 ).<br /><br />8 1 Et ce précepte fait à Israël, de quoi est-il la figure, à votre avis? Les hommes coupables de péchés graves doivent offrir une génisse, l'égorger et la brûler; ensuite de jeunes enfants recueillent la cendre, la mettent dans des vases; puis ils enroulent autour d'un bois de la laine écarlate (encore une figure de la croix, encore une fois la laine écarlate) et de l'hysope. Enfin ces jeunes gens aspergent tout le peuple, individu par individu, afin de les purifier de leurs péchés. 2 Voyez comme ce fait est simple à interpréter. La génisse, c'est Jésus, les hommes pécheurs qui l'offrent sont ceux qui l'ont mené à la tuerie. Mais après, ils ne sont plus, ces hommes; elle n'est plus, la gloire des pécheurs. 3 Les jeunes gens qui aspergent sont ceux qui proclament la bonne nouvelle de la rémission des péchés et de la purification des coeurs. A eux furent confiés tous les pouvoirs pour proclamer l'Évangile; ils étaient douze, justifiant par leur nombre les tribus (il y avait, en effet, douze tribus en Israël). 4 Et pourquoi trois jeunes gens étaient-ils chargés de l'aspersion? A cause d'Abraham, d'Isaac et de Jacob, tous trois grands devant Dieu. 5 Pourquoi la laine sur le bois? Parce que la royauté de Jésus repose sur le bois, et ceux qui espèrent en lui vivront éternellement. 6 Pourquoi avec la laine, l'hysope? Parce que dans son royaume, il y aura des jours mauvais, des jours de souillure, et nous, nous serons sauvés, comme le malade guérit avec le jus de l'hysope. 7 Ainsi, quand les événements sont si limpides pour nous, et si obscurs pour les autres, c'est que ceux-ci n'ont pas écouté la parole du Seigneur.<br /><br />9 1 Car c'est des oreilles qu'il parle lorsqu'il nous dit comment il a circoncis nos coeurs. Le Seigneur dit dans le prophète: " Ils sont tout oreilles et m'obéissent " (Ps 17,45 ). Et ailleurs: " Ils écouteront, les plus lointains, ils sauront ce que j'ai fait " (Is 33,13 ). Et ailleurs: " Circoncisez vos coeurs " (Jr 4,4 ). 2 Puis encore: " Écoute, Israël, voici ce que dit le Seigneur ton Dieu " (Jr 7,2-3 ). Ailleurs l'Esprit du Seigneur prophétise: " Où est l'homme qui désire la vie à jamais? Qu'il prête l'oreille à la voix de mon serviteur " (Ps 33,13 Ex 15,26 ). 3 Et encore: " Cieux, écoutez, terre, prête l'oreille, car le Seigneur dit ces choses afin qu'elles vous soient un témoignage " (Is 1,2 ). Et aussi: " Écoutez la parole du Seigneur, princes de ce peuple " (Is 1,10 ). Ou bien:<br />Écoutez, enfants, la voix qui crie dans le désert " (Is 40,3 ). Ainsi donc il a circoncis notre ouïe afin qu'écoutant sa parole, nous ayons la foi. 4 Mais l'autre circoncision en laquelle ils avaient mis leur espérance, elle est anéantie. Il leur avait dit que la circoncision ne concernait pas la chair. Mais ils passèrent outre, car un mauvais ange les avait séduits.<br /><br />5 Dieu leur dit: " Voici ce que dit le Seigneur votre Dieu (): " Ne semez pas sur les épines, soyez circoncis pour le Seigneur " (Jr 4,3-4 ). Et que dit-il encore?: " Circoncisez votre coeur et ne raidissez plus votre nuque " (). Ajoutez ceci: " Voici, dit le Seigneur: Tous ces peuples-là sont incirconcis du prépuce, mais ce peuple-ci est incirconcis du coeur " (Jr 9,25-26 ).<br /><br />6 Mais, dira-t-on, la circoncision pour le peuple était comme un sceau d'alliance. Or tous les Syriens et les Arabes, les prêtres des idoles faisaient de même. Est-ce qu'ils appartiennent donc également à l'Alliance? Les Égyptiens aussi pratiquent la circoncision.<br /><br />7 Soyez abondamment instruits sur toutes choses, enfants de la dilection: Abraham, qui le premier a pratiqué la circoncision, le fit en contemplant en esprit Jésus; il avait, en effet, été initié au sens des trois lettres. 8 L'Écriture dit en effet: " Abraham circoncit les hommes de sa maison au nombre de 18 et 300 " (cf. Gn 17,23-27 Gn 14,14 ). De quel mystère reçut-il donc la connaissance? Remarquez qu'on nomme d'abord les dix-huit, et après un intervalle les trois cents. Dix-huit, c'est: dix, iota, huit, êta --ce qui fait I H = Jésus. Et comme la croix en forme de tau est source de la grâce, on ajoute encore trois cents = T. Jésus est désigné par les deux lettres, la croix par la seule troisième. 9 Il le sait bien, celui qui a mis en nous le don de sa doctrine; personne n'a entendu de moi explication plus profonde. Mais je sais que vous en êtes dignes.<br /><br />10 1 Si Moise dit: " Vous ne mangerez ni porc, ni aigle, ni épervier, ni corbeau, ni poisson dépourvu d'écailles " (cf. Lv 11 Dt 14 ) c'est qu'il avait reçu l'intelligence d'un triple enseignement. 2 Cependant le Seigneur dit, dans le Deutéronome: " J'exposerai à ce peuple mes volontés " (cf. Dt 4,1-5 ). Ce n'est donc pas un commandement de Dieu que de ne pas manger, mais Moïse a parlé au sens spirituel. 3 Voilà ce qu'il voulait dire à propos du porc: " Ne va pas t'attacher à ces hommes qui sont semblables à des porcs: quand ils sont dans les délices, ils oublient le Seigneur; dans ils sont dans le dénuement, ils se souviennent de lui, exactement comme le porc qui, lorsqu'il se repaît, ne connaît plus son maître, mais se met à grogner lorsqu'il a faim. Puis lorsqu'il a reçu sa pâture se tait derechef.<br /><br />4 " Tu ne mangeras pas non plus ni aigle, ni épervier, ni milan, ni corbeau " (Lv 11,13-16 ): ne va pas t'attacher, pour leur devenir semblable, à ces hommes qui ne savent pas gagner leur pain au prix de leur peine et de leur sueur, mais qui s'emparent injustement du bien d'autrui. Ils sont aux aguets, tout en se promenant avec un air candide, et ils épient la proie que leur convoitise va dépouiller; comme ces oiseaux, les seuls de l'espèce, qui au lieu de se procurer leur nourriture, restent perchés paresseusement, et cherchent à dévorer les autres, vraie peste par leur malfaisance.<br /><br />5 " Tu ne mangeras pas non plus de murène, ni de polype, ni de sèche (cf. Lv 11,10 ). Ne vas pas devenir semblable, pour t'y être attaché, à ces hommes totalement impies, et déjà condamnés à la mort, qui ressemblent à ces poissons, seuls à être maudits, qui nagent dans les profondeurs, non pas quand ils plongent seulement, mais qui ont élu dans les bas-fonds de l'abîme leur demeure.<br /><br />6 " Tu ne mangeras pas non plus de lièvre. " Pourquoi? Cela veut dire: tu ne seras pas corrupteur d'enfants et m n'imiteras pas les gens de cette sorte; car le lièvre acquiert chaque année un anus de plus; autant il a d'années, autant il a d'ouvertures.<br /><br />7 " Tu ne mangeras pas non plus de la hyène " (Aut. inc.). C'est-à-dire tu ne seras ni adultère, ni séducteur, tu n'imiteras pas les gens de cette sorte. Pourquoi? Parce que cet animal change de sexe tous les ans, il est tour à tour mâle et femelle.<br /><br />8 Moïse a également haï " la belette " (Lv 11,29 ) d'une sainte haine. Ne va pas ressembler, veut-il dire, à ces personnes qui, dit-on, commettent de leur bouche le péché d'impureté; ne te lie pas avec ces personnes impudiques qui pèchent avec leur bouche. Tel cet animal qui conçoit par la gueule.<br /><br />9 Ainsi Moïse qui avait reçu un triple enseignement sur les aliments, a-t-il usé d'un langage spirituel. Mais les Juifs, charnels comme ils l'étaient, comprirent qu'il s'agissait de la nourriture.<br /><br />10 David reçut la connaissance de ce même triple enseignement, et il s'exprime de la même manière " Heureux l'homme qui ne va pas au conseil des impies " comme les poissons qui gagnent dans les ténèbres les bas-fonds de la mer; " ni dans la voie des égarés ne s'arrête " comme ceux qui se donnent l'apparence de craindre Dieu et pèchent comme le porc; " ni au banc de pestilence ne s'assied " (Ps 1,1 ), comme les oiseaux perchés en vue de la rapine. Vous voici comblés au sujet de la nourriture.<br /><br />11 Moïse dit encore: " Vous mangerez du ruminant qui a le pied fourchu " (Lv 11,3 Dt 14,6 ). Pourquoi dit-il cela? Parce que le ruminant, quand il reçoit sa nourriture, montre qu'il connaît celui qui la lui présente, et semble se plaire près de lui, au repos. Moïse avait vu bien juste en faisant ce précepte. Or, que veut-il dire? Attachez-vous à ceux qui craignent le Seigneur, qui ont le souci de la portée de la parole qu'ils ont reçue en leur coeur, à ceux qui s'entretiennent des commandements du Seigneur et les gardent, à ceux qui savent que cette occupation est source de joie, et qui ne cessent de remâcher la parole du Seigneur. Mais le pied fourchu? C'est parce que le juste sait à la fois marcher en ce monde et attendre la sainte éternité. Voyez comme Moïse a sagement édicté ses lois. 12 Comment les Juifs pouvaient-ils concevoir et comprendre ces choses? Mais nous, nous avons compris les commandements du Seigneur, et nous les exprimons tels qu'il les a voulus. C'est justement pour que nous en ayons l'intelligence que nos coeurs et nos oreilles ont été circoncis.<br /><br />11 1 Recherchons maintenant si le Seigneur a pris soin de manifester à l'avance l'eau et la croix. Au sujet de l'eau, il est écrit, à l'adresse d'Israël, qu'ils ne recevraient pas le baptême qui procure la rémission des péchés, mais qu'ils essaieraient de se fabriquer à eux-mêmes leur salut.<br /><br />2 Le prophète dit en effet :<br />" Terre frémis de stupeur, plus encore,<br />Car c'est un double méfait que ce peuple a commis :<br />Ils m'ont abandonné, moi la source d'eau vive,<br />Pour se creuser à eux-mêmes une citerne de mort "<br />(Jr 2,12-13 ).<br /><br />3 " Est-elle une roche déserte,<br />Ma montagne sainte, Sion ?<br />Vous serez comme une nichée d'oiseaux,<br />Voletant çà et là, arrachés du nid " (Is 16,1-2 ).<br /><br />4 Le prophète dit encore:<br />" Moi je marcherai devant toi<br />En nivelant les hauteurs.<br />Je fracasserai les battants de bronze,<br />Je briserai les barres de fer.<br />Je te livrerai les trésors secrets,<br />Et les richesses cachées,<br />Pour qu'ils sachent que je suis, moi, le Seigneur Dieu " (Is 45,2-3 ).<br /><br />5 Et encore :<br />" Tu habiteras dans une citadelle élevée,<br />Bâtie sur le roc,<br />L'eau ne te fera pas défaut.<br />Tes yeux contempleront le roi dans sa gloire,<br />Et votre âme aura souci de la crainte du Seigneur " (Is 33,16-18 ).<br /><br />6 Et dans un autre prophète, il dit encore :<br />" Celui qui agit ainsi sera comme l'arbre,<br />Planté près du cours des eaux,<br />Qui donne son fruit en la saison,<br />Et jamais son feuillage ne tombera.<br />Tout ce qu'il fait réussit.<br /><br />7 Rien de tel pour les impies, rien de tel.<br />Non, ils sont comme la bale emportée par le vent<br />De sur la terre.<br />Non, au jugement les impies ne tiendront,<br />Les égarés à l'assemblée des justes.<br />Car le Seigneur connaît la voie des justes,<br />Mais la voie des impies va se perdre " (Ps 1,3-6 ).<br /><br />8 Remarquez comme il décrit à la fois la croix et l'eau. Voici en effet ce qu'il veut dire: Bienheureux ceux qui ayant mis leur espérance dans la croix, sont descendus dans l'eau, car il indique la récompense par ces mots " en la saison "; à ce moment-là, veut-il dire, je m'acquitterai envers toi. Et ces mots: " jamais son feuillage ne tombera " (Ps 1,3 ), en voici le sens: toute parole qui sortira de votre bouche, sous l'inspiration de la foi et de la charité, sera la conversion et l'espérance d'un grand nombre.<br /><br />9 Un autre prophète dit encore: " Le pays de Jacob recevait des louanges, plus que tout autre " (cf. So 3,19 ). Ce qui veut dire que Dieu glorifie le vase qui renferme son esprit. 10 Et qu'est-il dit encore: " Il y avait un fleuve coulant sur la droite, de ses berges s'élevaient des arbres féconds, celui qui mange de leur fruit vivra éternellement " (Ez 47,2 Ez 47,7 Ez 47,12 ). 11 Comprenons: nous descendons dans l'eau, remplis de péchés et de souillures, mais nous en sortons, chargés de fruits, avec dans notre coeur la crainte et, dans l'esprit, l'espérance en Jésus. " Quiconque en mange vivra éternellement " signifie: quiconque écoute ces paroles et croit, vivra éternellement.<br /><br />12 1 Il décrit également la croix, par ces paroles d'un autre prophète: " Quand ces choses seront-elles accomplies? Lorsque le bois, dit le Seigneur, aura été abaissé et redressé, et lorsque du bois le sang aura coulé " (cf. IV Esdras 4, 33; 5, 5). Voici donc ce qui se rapporte à la croix et à celui qui doit y être crucifié.<br /><br />2 Dieu parla encore à Moise lorsque Israël était à se défendre contre les tribus étrangères; il lui remémora que cette guerre même était le signe de la mort qu'ils méritaient à cause de leurs péchés. L'Esprit-Saint inspira à Moïse une attitude figurant la croix et Celui qui devait y souffrir, car voilà le sens du geste: moins d'espérer en cette croix, ils seraient livrés à une guerre éternelle. Moïse entassa donc boucliers sur boucliers au milieu du champ de bataille, et se plaçant sur le tas de façon à dominer les autres, il étendit les bras; c'est ainsi qu'Israël reprit l'avantage. Après un moment, Moïse ayant laissé retomber ses bras, Israël succombait à nouveau (Ex 17,8-13 ). 3 Qu'est- ce à dire? C'était pour leur faire reconnaître qu'ils ne pouvaient être sauvés que s'ils mettaient en lui leur espérance.<br /><br />4 Le Seigneur dit encore dans un autre prophète: " Tout le jour j'ai tendu mes mains vers un peuple rebelle, et rétif à mes justes voies " (Is 65,2 ).<br /><br />5 Moïse figura d'une autre façon encore Jésus, montrant qu'il devait souffrir et que c'est lui qui donne la vie, lui qu'ils s'imagineront avoir fait périr. Israël succombait. Pour leur donner un signe, le Seigneur les fit mordre par toutes sortes de serpents et ils mouraient (cf. Nb 21,6-9 ) ( car c'est par le serpent que la désobéissance est apparue dans la personne d'Ève ). Or, le Seigneur agissait ainsi pour les convaincre que c'était à cause de leur désobéissance qu'ils étaient livrés aux angoisses de la mort.<br /><br />6 Finalement, Moïse, qui avait publié ce précepte: " Vous n'aurez point d'image sculptée ou fondue pour votre Dieu " (Dt 27,15 ), fabriqua néanmoins une telle image pour manifester une figure de Jésus. Il fabriqua donc un serpent d'airain, le dressa solennellement et fit convoquer le peuple par un héraut. 7 Le peuple réuni priait Moise d'intercéder pour leur guérison. Alors Moïse leur dit: " Lorsque quelqu'un d'entre vous sera mordu, qu'il vienne vers le serpent étendu sur le bois; qu'il espère; qu'il croie que celui-ci, même sans vie, peut le vivifier, et aussitôt il sera sauvé " (cf. Nb 21,8-9 ).<br />Ainsi firent-ils. Voici bien la gloire de Jésus: tout a eu lieu en lui et pour lui.<br /><br />8 Et que dit Moïse à Jésus, fils de Navé, après lui avoir imposé ce nom comme à un prophète, dans la seule intention de faire comprendre au peuple que le Père révèle toutes choses au sujet de son Fils Jésus? 9 Après lui avoir donné ce nom, en l'envoyant explorer le pays, Moïse dit à " Jésus, fils de Navé " (Nb 13,16 ): " Prends un livre dans tes mains et écris ce que dit le Seigneur: dans les derniers jours, le Fils de Dieu renversera de fond en comble la maison d'Amaleq " (cf. Ex 17,14 ).<br /><br />10 Voilà de nouveau Jésus, figuré dans un être de chair, non pas comme fils d'homme, mais comme fils de Dieu. Mais comme les Juifs devaient dire un jour que le Christ est " fils de David " (Mt 22,42-44 ), David lui-même, qui redoutait l'erreur de ces pécheurs et qui en avait la connaissance, s'écrie prophétiquement: " Le Seigneur a dit à mon Seigneur, siège à ma droite; tes ennemis, j'en ferai ton marchepied " (Ps 109,1 ).<br /><br />11 Et de même Isaïe :<br />" Le Seigneur a dit à son Oint, mon Seigneur,<br />Qu'il a pris par la main droite,<br />Pour abattre devant lui les nations<br />Et briser la puissance des rois " (Is 45,1 ).<br /><br />Voilà comment " David l'appelle mon Seigneur ", et non pas mon fils (Mc 12,37 Mt 22,45 Lc 20,44 ).<br /><br />13 1 Voyons maintenant à qui est l'héritage: au peuple que nous sommes, ou bien au précédent; et à qui s'adresse l'alliance, à nous ou à eux? 2 Écoutez donc ce que dit l'Écriture au sujet du peuple: " Isaac implora le Seigneur pour sa femme, car elle était stérile " (). Ensuite: " Rébecca alla consulter le Seigneur, et le Seigneur lui dit: Deux nations sont dans ton sein, deux peuples dans tes entrailles, un peuple dominera l'autre, l'aîné servira le cadet " (Gn 25,22-23 ; cf. Rm 9,10-12 ). 3 Vous devez saisir qui est Isaac, qui est Rébecca, et de quel peuple il est déclaré qu'il est plus grand que l'autre.<br /><br />4 Dans une autre prophétie, Jacob éclaire encore ce point, lorsqu'il dit à Joseph: " Voici que le Seigneur ne m'a pas privé de ta présence, conduis-moi tes fils, que je les bénisse (Gn 48,9-11 ) 5 Et Joseph lui conduisit Éphraïm et Manassé, pour qu'il bénisse Manassé qui était l'aîné. Joseph le conduisit donc à la droite de son père.. Mais Jacob vit là, en esprit, la figure du peuple à venir. Qu'est-il écrit? " Jacob croisa ses mains et posa sa droite sur la tête d'Éphraïm, le puîné et le plus jeune, et il le bénit. Joseph dit alors à Jacob: Remets donc ta main droite sur la tête de Manassé, car c'est lui mon fils premier-né. Et Jacob dit à Joseph: Je sais, mon fils, je sais. Mais le plus grand servira le plus petit, et c'est le plus petit qui sera béni " (Gn 48,14 Gn 48,18-19 ).<br /><br />6 Voyez à qui Jacob a décidé que serait la prédominance, et l'héritage de l'alliance. 7 Si Abraham lui-même a fait mention de ce fait, notre connaissance en sera parfaite. Or, qu'est-ce que Dieu dit à Abraham, lorsqu'il fut le seul à croire, et que sa foi lui fut imputée à justice? " Voici, je t'ai appelé Abraham, et t'ai établi père des peuples incirconcis qui croient à Dieu " (Gn 17,5 s).<br /><br />14 1 Bien, voyons maintenant si l'alliance qu'il avait juré à leurs pères de donner à ce peuple, lui fut vraiment donnée. Elle leur fut donnée. Mais ils n'en ont pas été dignes à cause de leurs péchés. 2 Le prophète dit, en effet: " Moïse sur le mont Sinaï jeûna quarante jours et quarante nuits afin de recevoir l'alliance du Seigneur avec son peuple, et Moïse reçut du Seigneur deux tables écrites en esprit, du doigt de la main du Seigneur (cf. Ex 24,18 Ex 31,18 ). Les ayant donc en main il les portait au peuple pour les leur remettre, 3 Lorsque le Seigneur lui dit: " Moïse, Moïse, descends au plus vite, car ton peuple, que tu as ramené d'Égypte, a péché. " Moïse comprit qu'ils s'étaient encore fabriqué des idoles et il jeta les Tables de ses mains; c'est ainsi que furent brisées les Tables de l'alliance du Seigneur (cf. Ex 32,7-19 Dt 9,12-17 ). 4 Moïse avait donc reçu l'alliance, mais eux, les Juifs, n'en étaient pas dignes. Apprenez comment c'est nous qui avons reçu l'alliance. Moïse l'avait reçue comme un serviteur, mais le Seigneur lui-même nous l'a donnée comme à un peuple d'héritiers, après avoir souffert pour nous. 5 Il est apparu à la fois pour permettre aux Juifs de pousser jusqu'au bout leurs péchés, et à nous-mêmes de recevoir l'alliance par l'intermédiaire de l'héritier, le Seigneur Jésus.<br />Son avènement avait été préparé, afin que par lui nos âmes, déjà atteintes par la mort et livrées aux égarements du péché fussent délivrées de leurs ténèbres et que l'alliance fût établie avec nous par sa parole. 6 L'Écriture explique, en effet, comment le Père lui commande de nous délivrer des ténèbres, et de se préparer un peuple saint.<br /><br />7 Or, le prophète dit: " Moi, le Seigneur ton Dieu, je t'ai appelé dans la justice. Je te prendrai par la main et je te fortifierai. Je t'ai désigné comme alliance du peuple, lumière des nations, pour ouvrir les yeux des aveugles, faire sortir de prison les captifs, et de leur cachot ceux qui demeurent dans les ténèbres " (Is 42,6-7 ). Connaissons donc de quel état nous avons été délivrés.<br /><br />8 Le prophète dit encore: " Voici, j'ai fait de toi la lumière des nations, pour que, par toi, mon salut atteigne aux extrémités de la terre. Ainsi parle le Seigneur, le Dieu qui t'a racheté " (Is 49,6-7 ).<br />9 Et aussi :<br />" L'Esprit du Seigneur est sur moi<br />Car il m'a oint<br />Pour porter la bonne nouvelle de la grâce aux pauvres ;<br />Il m'a envoyé panser les coeurs meurtris,<br />Annoncer aux prisonniers la liberté,<br />Le retour de la vue aux aveugles.<br />Pour annoncer une année agréable au Seigneur,<br />Et le jour de la rétribution,<br />Pour consoler tous les affligés " (Is 61,1-2 ; cf. Lc 4,18-19 ).<br /><br />15 1 L'Écriture mentionne également le sabbat dans les dix paroles que Dieu dit à Moïse, sur le Mont Sinaï, lui parlant face à face. " Sanctifiez le sabbat du Seigneur avec des mains pures et un coeur pur " (Ex 20,8 Dt 5,12 Ps 23,4 ). 2 Dans un autre endroit: " Si mes fils observent le sabbat, c'est alors que je répandrai sur eux ma miséricorde " (cf. Jr 17,24-25 Ex 31,13-17 ). 3 Du sabbat, il est fait mention dès le commencement, à la création: " Dieu fit en six jours les oeuvres de ses mains; le septième jour elles étaient achevées; et il chôma le septième jour et le bénit " (Gn 2,2-3 ). 4 Faites attention, mes enfants, à ce que signifient ces mots: " Il acheva son oeuvre en six jours. " Cela veut dire qu'en six mille ans, le Seigneur achèvera toutes choses, car pour lui un jour signifie mille années. C'est lui-même qui l'atteste par ces mots: " Voici, un jour du Seigneur sera comme mille années " (Ps 89,4 2P 3,8 ). Donc, mes enfants, en six jours, c'est-à-dire en six mille ans, toutes choses auront achevé leur cours. 5 " Il chôma le septième " () veut dire: lorsque son Fils sera venu mettre une fin au temps de l'injustice, juger les impies, métamorphoser le soleil, la lune et les étoiles, alors il chômera pleinement le septième jour. 6 Mais il est encore dit: " Vous le sanctifierez avec des mains pures et un coeur pur " (Ex 20,8 Ps 23,4 ).<br />S'il y avait aujourd'hui un homme capable de sanctifier, par la pureté de son coeur, le jour que Dieu a rendu saint, notre erreur serait totale. 7 Mais remarquez-le bien, nous n'entrerons pleinement dans le repos pour le sanctifier, que lorsque nous serons nous-mêmes justifiés; nous serons en possession de la promesse, lorsqu'il n'y aura plus d'injustice et que le Seigneur aura renouvelé toutes choses. Alors nous pourrons sanctifier le septième jour, ayant été nous-mêmes d'abord sanctifiés<br /><br />8 Le Seigneur dit enfin aux Juifs: " Je ne supporte pas vos néoménies ni vos sabbats " (Is 1,13 ). Voyez bien ce qu'il veut dire: ce ne sont pas vos sabbats actuels qui me sont agréables, mais celui que j'ai fait moi-même et dans lequel, mettant toutes choses au repos, j'inaugurerai le huitième jour, c'est-à-dire un univers nouveau. 9 Voilà pourquoi nous célébrons dans l'allégresse le huitième jour celui où Jésus est ressuscité des morts et où, après s'être manifesté, il est monté aux cieux.<br /><br />16 1 Je veux vous entretenir encore du Temple, de l'erreur de ces malheureux qui mettaient leur espérance dans un édifice, au lieu de la mettre en Dieu leur créateur, sous prétexte que cet édifice était la maison de Dieu. 2 Le culte qu'ils rendaient dans le Temple ne différait pas beaucoup des cultes païens.<br />Mais apprenez en quel terme Dieu récuse ce Temple :<br />" Qui a mesuré le ciel à l'empan,<br />Et la terre dans le creux de sa main ?<br />N'est-ce pas moi, dit le Seigneur ?<br />Le ciel est mon trône<br />Et la terre l'escabeau de mes pieds.<br />Quelle maison pourriez-vous me bâtir,<br />Et quel lieu assigner à mon repos? " (Is 40,12 Is 66,1 ).<br />Vous avez reconnu que leur espérance est vaine.<br /><br />3 Enfin il dit encore: " Voici que ceux-là mêmes qui ont détruit ce Temple, le rebâtiront " (cf. Is 49,17 ). 4 En effet, par suite de la guerre, le Temple fut détruit par leurs ennemis, et maintenant les serviteurs de ces ennemis le rebâtiront.<br /><br />5 Il avait été dévoilé aussi que la cité, le Temple et le peuple seraient livrés. " Il arrivera dans les derniers jours, dit l'Écriture, que le Seigneur livrera les brebis de son pâturage, avec leur bercail et leur tour, à la destruction. " Et tout s'est passé comme le Seigneur l'avait prédit.<br /><br />6 Mais recherchons s'il existe encore un temple de Dieu. Il en existe un, oui, mais là où lui-même déclare le bâtir et le restaurer. Il est écrit en effet: " Il arrivera qu'après une semaine un temple de Dieu sera bâti, magnifiquement, au nom du Seigneur " (cf. ). 7 Je vois donc que ce temple existe. Mais comment sera-t-il bâti au nom du Seigneur? Vous allez l'apprendre. Avant que nous eussions la foi en Dieu, l'intérieur de nos coeurs était corruptible et fragile, vraiment comme une demeure faite te main d'homme; il était rempli d'idolâtrie, habité par les démons, puisque nous faisions tout ce qui est contraire à la volonté de Dieu. 8 " Mais il sera bâti au nom du Seigneur " (cf. ). Faîtes bien attention, que le temple du Seigneur soit magnifiquement rebâti ! Comment? Vous allez l'apprendre. C'est en recevant la rémission des péchés et en mettant notre espérance en son nom, que nous sommes renouvelés, que nous devenons de nouvelles créatures; et c'est pourquoi Dieu habite réellement en notre intérieur, en nous. 9 Comment cela? C'est par la parole de foi, qu'il habite en nous, par la vocation de la promesse, par la sagesse de ses volontés, les préceptes de sa doctrine. C'est lui qui prophétise en nous, lui, l'hôte de nos coeurs. C'est lui qui nous ouvre la porte du Temple, à nous qui étions les esclaves de la mort; et cette porte, c'est notre bouche, qu'il ouvre en nous donnant le repentir. C'est ainsi qu'il nous introduit dans le Temple impérissable. 10 Oui, celui qui désire son salut ne regarde pas à l'homme, mais à celui qui habite dans le coeur du prédicateur, qui parle par sa bouche, et il est tout frappé de n'avoir encore jamais entendu les paroles de celui qui parle par la bouche de son apôtre, et de n'avoir jamais même désiré les entendre. Voilà ce que signifie le Temple spirituel bâti pour le Seigneur.<br /><br />17 1 Je vous ai donné toutes ces explications de mon mieux, aussi simplement que possible, et mon âme espère n'avoir rien omis, dans son zèle, des enseignements qui concernent le salut. 2 Car si je vous écrivais sur des choses présentes ou à venir, vous ne les comprendriez pas, elles qui sont encore à l'état de paraboles. Restons-en donc là pour ce que nous venons de dire.<br /><br />#18<br />1 Passons encore à une autre sorte de connaissance et de doctrine. Il y a deux voies, répondant à deux sortes de doctrine et d'autorité: la voie de la lumière et celle des ténèbres. Elles sont bien éloignées l'une de l'autre ! A l'une sont préposés les anges de Dieu, qui conduisent vers la lumière; à l'autre, les anges de Satan. 2 Or, Dieu est le Seigneur depuis l'origine et pour les siècles, et Satan est le prince du temps présent, le temps de l'iniquité.<br /><br />19 1 Or, voici quel est le chemin de la lumière: si quelqu'un veut, en la suivant, parvenir au but qu'il se propose, il lui faut s'appliquer avec zèle à ses oeuvres. Et nous avons reçu la connaissance de la bonne manière d'emprunter cette route. 2 Aime celui qui t'a fait, crains celui qui t'a formé, honore celui qui t'a racheté de la mort. Sois simple de coeur, riche du Saint- Esprit. Ne t'attache pas a ceux qui suivent la voie de la mort. Sache haïr tout ce qui déplaît à Dieu, sache haïr toute hypocrisie. N'abandonne pas les commandements du Seigneur. 3 Ne t'élève pas, mais sois humble en toutes choses. Ne t'attribue pas la gloire; ne forme pas de mauvais desseins contre ton prochain, ne laisse pas ton âme s'enfler d'audace. 4 Ne commets ni fornication, ni adultère; ne corromps pas les enfants. Ne te sers pas de la parole, ce don de Dieu, pour dépraver quelqu'un. Ne fais point acception de personnes lorsqu'il s'agit de reprendre les fautes d'autrui. Sois doux, sois paisible, tremble aux paroles que tu entends. Ne garde pas rancune à ton frère. 5 Ne te demande pas avec inquiétude si la parole va s'accomplir ou non. " Tu ne prendras pas en vain le nom du Seigneur " (Dt 5,11 ). Tu aimeras ton prochain plus que ton âme. Tu ne feras pas mourir l'enfant dans le sein de sa mère, tu ne le feras pas mourir à sa naissance. Tu ne lèveras pas ta main de dessus la tête de ton fils ou de ta fille, mais dès leur enfance, tu leur enseigneras la crainte de Dieu. 6 Ne sois pas envieux des biens de ton prochain; ne sois pas cupide. N'attache pas ton coeur aux orgueilleux, mais fréquente les humbles et les justes. Accueille comme un bien tout ce qui t'arrive, sachant que rien ne se fait sans Dieu. 7 N'aie pas deux pensées, ni deux langages. Car c'est un piège de mort que la duplicité dans le langage. Obéis à tes maîtres comme à l'image de Dieu, dans le respect et la crainte. Ne commande pas ton serviteur ou ta servante avec amertume, car ils espèrent dans le même Dieu que toi, de peur qu'ils n'en viennent à perdre la crainte de Dieu, votre commun maître: car Dieu ne fait pas acception de personnes, lorsqu'il nous appelle; mais il choisit ceux que l'Esprit a disposés. 8 Tu partageras tous tes biens avec ton prochain, et tu ne diras pas que quelque chose t'appartient en propre, car si vous possédez en commun les biens impérissables, combien plus les biens qui doivent périr ! Ne sois pas bavard, la langue étant un piège de mort. Autant qu'il te sera possible, pour le bien de ton âme, sois chaste. 9 N'aie pas la main tendue pour recevoir, fermée pour donner. Tu aimeras " comme la prunelle de ton oeil " (Dt 32,10 Ps 16,8 ; cf. Ps 7,2 ), ceux qui te prêcheront la parole du Seigneur. 10 Souviens-toi du jour du jugement, penses-y jour et nuit, recherche constamment la compagnie des saints. Tiens-toi toujours sur la brèche, soir en annonçant la parole et en allant porter au loin tes exhortations dans ton souci de sauver les âmes, soit en travaillant de tes mains pour racheter tes péchés. 11 N'hésite pas à donner et donne sans murmure, et tu connaîtras un jour celui qui sait payer largement de retour. Garde ce que tu as reçu, " sans rien ajouter, ni rien retrancher " (Dt 12,32 ). Persévère dans la haine du mal. " Sois équitable quand tu as à juger " (Dt 1,16 Pr 31,9 ). 12 Ne fais pas de schismes, mais fais la paix en réconciliant les adversaires. Fais la confession publique de tes péchés. Ne va pas à la prière avec une conscience mauvaise. Telle est la voie de la lumière.<br /><br />20 1 La voie du " ténébreux " est au contraire tortueuse, et pleine de malédictions. C'est le chemin de la mort éternelle et du châtiment. On y rencontre tout ce qui perd les âmes: l'idolâtrie, l'impudence, l'orgueil de la puissance, l'adultère, le meurtre, la rapine, la vanterie, la désobéissance, la ruse, la malice, l'arrogance, les drogues, la magie, la cupidité, le mépris de Dieu, 2 Les persécuteurs des justes, les ennemis de la vérité, les amis du mensonge; car tous ces gens ne connaissent pas la récompense te la justice, ils " ne s'attachent pas au bien " (Rm 12,9 ), ils ne secourent pas la veuve ni l'orphelin; ils sont toujours en éveil non pour craindre Dieu, mais pour faire le mal. Bien loin de la douceur et de la patience, " ils aiment les vanités " (cf. Ps 4,3 ), " poursuivent le gain " (Is 1,23 ); sans pitié pour le pauvre, sans compassion pour l'affligé, ils sont prompts à la médisance, et, ne reconnaissant pas leur Créateur, " ils tuent les enfants " (Sg 12,5 ), font périr par avortement des créatures de Dieu. Ils repoussent le nécessiteux, accablent l'opprimé, se font les avocats des riches, les juges iniques des pauvres. Bref, ils pèchent de toutes les manières.<br /><br />21 1 Il est donc juste de s'instruire de toutes les volontés de Dieu consignées dans les Écritures, et de se diriger d'après elles. Car celui qui les accomplit sera glorifié dans le royaume de Dieu, mais celui qui choisit l'autre voie périra avec ses oeuvres. C'est pour cela qu'il existe une résurrection et une rétribution.<br /><br />22 J'ai quelque chose à vous demander, à vous qui êtes des privilégiés, si vous me permettez un conseil que m'inspire ma bienveillance. Vous avez parmi vous des gens à qui faire du bien; n'y manquez pas. 3 Il est tout proche le jour où tout périra aux yeux du méchant: " Le Seigneur est proche ainsi que sa rétribution " (Is 60,10 ). 4 Je vous en prie encore et encore: oyez à vous-mêmes vos bons législateurs, vos conseillers fidèles; éloignez-vous de toute hypocrisie. 5 Veuille le Seigneur, le Maître de l'univers, vous donner la sagesse, l'intelligence, la science, la connaissance de ses volontés avec la patience. 6 Faites-vous dociles à Dieu, recherchant ce que le Seigneur attend de vous, afin d'être trouvés fidèles au jour du jugement.7 S'il demeure quelque mémoire du bien, souvenez-vous de moi en méditant ces enseignements, afin que mon zèle et mes veilles aient porté quelque fruit; je vous en prie, c'est une grâce que je vous demande. 8 Tant que vous serez dans le précieux vase de votre corps, ne négligez aucun de ces enseignements, mais appliquez-y continuellement votre esprit et accomplissez tout ce qui est commandé; la chose en vaut la peine. 9 C'est pour cela surtout que je me suis empressé de vous écrire, sur les sujets à ma portée, voulant vous donner de la joie.<br /><br /><br />Salut à vous, enfants de dilection et de paix. Que le Seigneur de gloire et de toute grâce soit avec votre esprit.VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-42939477103254870242010-07-06T06:48:00.000-07:002010-07-06T07:04:06.652-07:00CONCEPTO DE PSEUDOEPIGRAFICOSConcepto utilizado en el judaísmo o, cábala<br /><br />Libros religiosos judíos que no forman parte del canon ni de los apócrifos.<br /><br />Datan en su mayoría del año 709, aunque algunos aparecen en los primeros tiempos del Cristianismo.<br /><br />No están desprovistos de valores morales, ni de contenido ético, aunque predomina en ellos el enfoque apocalíptico.<br /><br />Fuente: http://www.ecovisiones.cl/diccionario/P/PSEUDOEPIGRAFICOS.htm<br /><br />-----------------------<br /><br /><br />LOS LIBROS PSEUDOEPIGRAFICOS<br /><br /><br />▪ Significan “escritos de falsa autoridad”. No son<br />aceptados como auténticos. Anduvieron<br />circulando en diferentes épocas.<br /><br />▪ Un líder de la iglesia primitiva llamado Ireneo<br />dijo de ellos: “un número indecible de escritos<br />apócrifos y falsos, que ellos mismos (los<br />herejes) han forjado, para aturdir las mentes de<br />los ingenuos”.<br /><br />▪ Relacionados con el A.T.: Ascensión de Isaías,<br />Ascensión de Moisés, Libro de Enoc, Libro de<br />Jubileos, Salmos de Salomón, Oráculos<br />Sibilinos, Testamento de los 12 Patriarcas.<br /><br />▪ También están los Evangelios Apócrifos y otros<br />trabajos de este tipo conectados con el NT:<br />Protoevangelio de Santiago, Evangelio de la<br />Infancia de Tomás, Pseudo-Mateo, Evangelios<br />Arábicos y Armenios de la Infancia, la<br />Presunción de la Virgen María, la Historia de<br />José el Carpintero, el Evangelio de Pedro, los<br />Hechos de Pilato, el Evangelio de los<br />Nazarenos, el Evangelio de los Ebionitas, el<br />Evangelio de los Hebreos, el Apocalipsis de<br />Pedro, la Visión de Pablo, el Apocalipsis de la<br />Santa Madre de Dios, el Apocalipsis de Sedrac,<br />Introducción al Testamento de Abraham.<br /><br />▪ Finalmente están los llamados “Evangelios<br />Herejes”, por contener doctrinas gnósticas.<br />Son: el Evangelio de los Maestros Herejes, el<br />Evangelio de Eva, el Evangelio de Judas,<br />Trabajos Asociados con Bartolomé, el<br />Evangelio de los Egipcios, el Evangelio de<br />Matías, Pistis Sofía, Libros de Jeu, el Evangelio<br />de María Magdalena, los Evangelios de Nag<br />Hammadi (de Tomás, de Felipe, de la Verdad,<br />de los Egipcios).<br /><br /><br /><br />Fuente: http://webcache.googleusercontent.com/VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-19783274892522318922009-04-11T21:15:00.000-07:002010-02-08T21:40:38.788-08:00EVANGELHO DE MARIA MADALENAINTRODUÇÃO<br /><br />ESTE LIVRO ESTA CHEIO DE IDÉIAS ESOTÉRICAS E ANTI-BÍBLICAS, SE DE FATO MARIA MADALENA FALOU ESTAS COISAS (QUE É DIFICIL DE ACREDITAR ), COM RAZÃO O APÓSTOLO PEDRO TERIA FEITO AS SEGUINTES INDAGAÇÕES QUE CONSTA NO FINAL DESTE PEQUENO "EVANGELHO":<br />"Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?" <br /><br />ESTE LIVRO FOI MAIS UM DAQUELES QUE O APÓSTOLO JOÃO FALOU EM SUAS EPÍSTOLAS, EM QUE FALA DOS ANTI-CRISTOS QUE SURGIRAM NA IGREJA NO PERIODO APOSTÓLICO.<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQDQ_TfcG2Eg73xkT_qGN7zerjbo0-KNrWK4BKKy-pS_uwAOYO8Z93d0Mbk7mYErRhSjQuGsNHOOJaxNCRjfIisW5oU_WYUzolvzm7vQuH9gR-LkT1slZelFh-Q5hlFaoceI3nb_lq7Xo/s1600-h/MAQDA.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 218px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQDQ_TfcG2Eg73xkT_qGN7zerjbo0-KNrWK4BKKy-pS_uwAOYO8Z93d0Mbk7mYErRhSjQuGsNHOOJaxNCRjfIisW5oU_WYUzolvzm7vQuH9gR-LkT1slZelFh-Q5hlFaoceI3nb_lq7Xo/s320/MAQDA.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323657645658668466" /></a><br />FRAGMENTO DO EVANGELHO DE MARIA MADALENA<br /><br />--------------------------------------------------------<br /><br /><br />O Salvador disse: "Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça".<br /><br />Pedro lhe disse: "Já que nos explicaste tudo. Diz-nos isso também: o que é o pecado do mundo?" Jesus disse: "Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'. Por isso, Deus-Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem".<br /><br /><br /><br />(Claramente este livro é contrário aos Evangelho, a mensagem do Antigo e do Novo Testamento, é contrário a lógica e não passa de um texto produzido por gnósticos com suas concepções malucas. O pecado é transgressão, em especial a transgressão a lei de Deus. Jesus veio ao mundo para perdoar os pecados dos homens, não pode agora afirmar que o pecado não existe,)<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Em seguida disse: "Por isso adoeceis e morreis [...] Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurai força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."<br /><br /><br /><br />(SE A MATÉRIA PRODUZ ALGO CONTRÁRIO A NATUREZA DIVINA, ENTÃO DEUS CRIOU A MALDADE E NOS DEU SEM TERMOS CULPA ALGUMA. ESTRANHHO TAMBÉM O FATO DE JESUS MANDAR SEUS DISCÍPULOS PROCURAR CORAGEM EM FORÇAS DA NATUREZA... QUEM ESCREVEU ESTE LIVRO, FOI MAIS UM DOS GNÓSTICOS QUE PRETENDIAM SE APROPRIAR DA POPULARIDADE DO NOME DE JESUS PARA ENSINAR SUAS PROPRIAS IDEOLOGIAS LOUCAS.)<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4xBChsGXPboVRp9bxXXhYGcIwX9Wka4Tb2R3PF84iE-NKYIx1-kGJFBKDrBj3kH8sOOuHPcRmJEJJcNslwcU25KbN4ivAKOpY1EEXNed_AeGV32r3v55t22fTQfgT06dJNdoqPrHHa1M/s1600/GNOSTICOS.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 180px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4xBChsGXPboVRp9bxXXhYGcIwX9Wka4Tb2R3PF84iE-NKYIx1-kGJFBKDrBj3kH8sOOuHPcRmJEJJcNslwcU25KbN4ivAKOpY1EEXNed_AeGV32r3v55t22fTQfgT06dJNdoqPrHHa1M/s320/GNOSTICOS.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407042721169372194" /></a><br /><br /><br /><br />Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: "A Paz esteja convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para que ninguém vos afaste do Caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas". Após dizer tudo isso, partiu.<br /><br />Mas eles estavam profundamente tristes. E falavam: "Como vamos pregar aos gentios o Evangelho do Reino do Filho do Homem? Se eles não o procuraram, vão poupar a nós?" Maria Madalena se levantou, cumprimentou a todos e disse a seus irmãos: "Não vos lamentais nem sofrais, nem hesiteis, pois sua graça estará inteiramente convosco e vos protegerá. Antes, louvemos sua grandeza, pois Ele nos preparou e nos fez homens." Após Maria ter dito isso, eles entregaram seus corações a Deus e começaram a conversar sobre as Palavras do Salvador.<br /><br />Pedro disse a Maria: "Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos".<br />Maria Madalena respondeu dizendo: "Esclarecerei a vós o que está oculto". E ela começou a falar essas palavras: "Eu...", disse ela, "Eu tive uma visão do Senhor e contei a Ele: 'Mestre, apareceste-me hoje numa visão'. Ele respondeu e me disse: 'Bem-aventurada sejas, por não teres fraquejado ao me ver. Pois, onde está a mente, há um tesouro'. Eu lhe disse: 'Mestre, aquele que tem uma visão vê com a alma ou com o espírito?' Jesus respondeu e disse: "Não vê nem com a alma nem com o espírito, mas com a consciência, que está entre ambos - assim é que tem a visão [...]".<br /><br />E o desejo disse à alma: 'Não te vi descer, mas agora te vejo subir. Por que falas mentira, já que pertences a mim?' A alma respondeu e disse: 'Eu te vi. Não me viste, nem me reconheceste. Usaste-me como acessório e não me reconheceste.' Depois de dizer isso, a alma foi embora, exultante de alegria. "De novo alcançou a terceira potência, chamada ignorância. A potência, inquiriu a alma dizendo: 'Onde vais? Estás aprisionada à maldade. Estás aprisionada, não julgues!' E a alma disse: 'Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais.' "Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas. A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira, ignorância; a quarta é a comoção da morte; a quinta é o reino da carne; a sexta é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira. Elas perguntaram à alma: ´De onde vens, devoradora de homens, ou onde vais, conquistadora do espaço?' A alma respondeu, dizendo: 'O que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado..., e meu desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do esquecimento, que são transitórios. Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final do tempo propício, do reino eterno'."<br /><br />Depois de ter dito isso, Maria Madalena se calou, pois até aqui o Salvador lhe tinha falado. Mas André respondeu e disse aos irmãos: "Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam idéias estranhas". Pedro respondeu e falou sobre as mesmas coisas. Ele os inquiriu sobre o Salvador: "Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?" Então Maria Madalena se lamentou e disse a Pedro: "Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?" Levi respondeu a Pedro: "Pedro, sempre foste exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário.<br /><br />Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí tê-la amado mais do que a nós. É, antes, o caso de nos envergonharmos e assumirmos o Homem Perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o Salvador nos legou."<br />Depois que Levi disse essas palavras, eles começaram a sair para anunciar e pregar.VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7747533654087830556.post-28066789410441558942009-04-11T21:04:00.000-07:002010-03-08T17:20:52.584-08:00PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESISAntes que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já havia um céu, o lar do Eterno, o único Deus. Perfeito em sabedoria, amor e glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo sonho, na criação do Universo. <br /><br /><strong>(ANTES DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO, DEUS JÁ PRÉ-EXISTIA, ANTES DAS CRIAÇÕES ESPIRITUAIS E COSMICAS, DEUS JÁ TINHA VIVIDO UMA “ETERNIDADE”)</strong><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2S2nr1hE0GhRBtp9lHHNiMnSQnD5xOqxKosbKwBYFIoodQzo51yA2X_WdrTlXJpUJdkGoofueyUEdJMAM_cRj1Eolhg5VJVHDYTkQrxCzl6Tx2Rp2EddVPAnEGDHRTcNpNmU6rSg5t4A/s1600-h/UNIVERSE+bigbang_2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 314px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2S2nr1hE0GhRBtp9lHHNiMnSQnD5xOqxKosbKwBYFIoodQzo51yA2X_WdrTlXJpUJdkGoofueyUEdJMAM_cRj1Eolhg5VJVHDYTkQrxCzl6Tx2Rp2EddVPAnEGDHRTcNpNmU6rSg5t4A/s320/UNIVERSE+bigbang_2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324159061128847938" /></a><br /><strong>(o momento dacriação do universo)</strong><br /><br /><br />Os incontáveis seres que compõem a criação foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o ínfimo átomo às gigantescas galáxias, tudo mereceu Sua suprema atenção. <br /><br /><strong>(DEUS É CRIADOR DO MACRO E DO MICRO COSMO E TODAS AS COISAS CRIADAS POR DEUS FOI POR ELE AMADAS)</strong><br /><br />Movendo-Se com majestade, iniciou Sua obra de criação. Suas mãos moldaram primeiramente um mundo de luz, e sobre ele uma montanha fulgurante sobre a qual estaria para sempre firmado o trono do Universo. Ao monte sagrado Deus denominou: Sião.<br /><br /><strong>( ESTA CITAÇÃO DA CRIAÇÃO DE SIÃO PARECE UMA AFIRMAÇÃO FIGURATIVA, MAS PODE SER QUE DEUS PERSONIFIQUE-SE EM UMA PARTE DO UNIVERSO PARA ALI ESTABELECER SEU TRONO, NO LIVRO DO APOCALIPSE TEMOS NO CAPÍTULO 22 A DESCRIÇÃO DA NOVA JERUSALÉM, A MORADA DE DEUS COM OS HOMENS)</strong><br /><br />Da base do trono, o Eterno fez jorrar um rio cristalino, para representar a vida que d'Ele fluiria para todas as criaturas. <br /><br /><strong>(TERIA DEUS UMA MORADA TERRENA NO PERÍODO PRÉ-ADÁMICO ?)</strong><br /><br />Como sala do trono, criou um lindo paraíso que se estendia por centenas de quilômetros ao redor do monte Sião. Ao paraíso denominou: Éden. <br /><br /><strong>(TERIA O JARDIM DO ÉDEN EXISTIDO ONDE HOJE É O ORIENTE MÉDIO, PRECISAMENTE EM ISRAEL ? )</strong><br />Ao sul do paraíso, em ambas as margens do rio da vida, foram edificadas numerosas mansões adornadas de pedras preciosas, que se destinavam aos anjos, os ministros do reino da luz. <br /><br /><strong>(O PARAISO HUMANO É FEITO DE VEGETAL, CONFORME GÊNESIS 2, MAS O PARAISO DOS ANJOS ERA MINERAL, DE PEDRAS PRECIOSAS CONFORME EZEQUIEL 28.14 ss)</strong><br /><br />Circundando o Éden e as mansões angelicais, construiu Deus uma muralha de jaspe luzente, ao longo da qual podiam ser vistos grandes portais de pérolas. <br /><br /><strong>(PARECE QUE A DESCRIÇÃO ACIMA TEM UMA MESCLA DO JARDIM DO ÉDEM, COM O ÉDEN MINERAL E COM A NOVA JERUSALEM)</strong><br /><br />Com alegria, o Eterno contemplou a Capital sonhada. <br /><br /><strong>(A JERUSALÉM TERRESTRE É UMA IMAGEM DISTORCIDA DA JERUSALÉM CELESTE)</strong><br />Carinhosamente, o grande Arquiteto a denominou: Jerusalém, a Cidade da Paz. <br /><br /><strong>( NO APOCALISE 22 É CHAMADA DE NOVA JERUSALÉM)</strong><br />Deus estava para trazer à existência a primeira criatura racional. Seria um anjo glorioso, de todos o mais honrado. Adornado pelo brilho das pedras preciosas, esse anjo viveria sobre o monte Sião, como representante do Rei dos reis diante do Universo. <br /><br /><strong>(DESDE PONTO EM DIANTE VEREMOS UMA SEMELHANTE ENTRE A NARRATIVA DO PSEUDO-EPÍGRAFO DE GÊNESIS COM O TEXTO DE EZEQUIEL 28.13-19 QUE TRATA SOBRE LÚCIFER O ANJO DE DEUS QUE TORNOU-SE O DIABO)</strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnXMy1_yQNWIpxLxSddQPnUD2Zw5bUw9gvYlpE_aI_u7VWmj2K1xN-iVIniJ0oLV34jsmvQBjqpQIcL2uvifdAkAEDR2AkvdXwWKlnE2yorN2uSqGI78Sjkuq6ZoDolbQX4H3DUWCisq8/s1600-h/Jesus_PN_Aramaico.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 270px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnXMy1_yQNWIpxLxSddQPnUD2Zw5bUw9gvYlpE_aI_u7VWmj2K1xN-iVIniJ0oLV34jsmvQBjqpQIcL2uvifdAkAEDR2AkvdXwWKlnE2yorN2uSqGI78Sjkuq6ZoDolbQX4H3DUWCisq8/s320/Jesus_PN_Aramaico.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324156473231165298" /></a><br /><strong>(Deus cria Lúcifer)</strong><br /><br />Com muito amor, o Criador passou a modelar o primogênito dos anjos. Toda sabedoria aplicou ao formá-lo, fazendo-o perfeito. Com ternura concedeu-lhe a vida; o formoso anjo, como que despertando de um profundo sono, abriu os olhos e contemplou a face de seu Autor. <br /><br /><strong>(LÚCIFER É CITADO COMO SENDO O PRIMOGÊNITO DOS ANJOS CRIADO, INCRIVELMENTE AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ CONSIDERAM JESUS O PRIMEIRO ANJO CRIADO)</strong><br /><br />Com alegria, o Eterno mostrou-lhe as belezas do paraíso, falando-lhe de Seus planos, que começavam a se concretizar. Ao ser conduzido ao lugar de sua morada, junto ao trono, o príncipe dos anjos ficou agradecido e, com voz melodiosa, entoou seu primeiro cântico de louvor. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWX2Z-PgrZpkx4Z_ZKqF3Fi1rCt1gBLOoQAGq0ZYPVUrmCoPfG5Dk_T3iYUXZx4t4Z9aFw_ysEyw_bKxoTlPWkvBBFry6aK-qOOvUAh0sSGss7qebOMXi4RuGpCxGP8scm5udpQhZlCCA/s1600-h/B%2520-%2520JESUS%2520VENCE%2520A%2520TENTA%25C7%25C3O%25204.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWX2Z-PgrZpkx4Z_ZKqF3Fi1rCt1gBLOoQAGq0ZYPVUrmCoPfG5Dk_T3iYUXZx4t4Z9aFw_ysEyw_bKxoTlPWkvBBFry6aK-qOOvUAh0sSGss7qebOMXi4RuGpCxGP8scm5udpQhZlCCA/s320/B%2520-%2520JESUS%2520VENCE%2520A%2520TENTA%25C7%25C3O%25204.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324158526700484002" /></a><br /><strong>(anjos passeiam pelo universo vendo a grandeza dele)</strong><br /><br /><br /><strong>(DEUS CRIOU TUDO COM UM PROPÓSITO PARA QUE A VIDA TENHA UM SENTIDO, UMA RAZÃO E DEUS FOI MOSTRANDO A LÚCIFER PLANOS SOBRE COMO IRIA ARQUITETAR O AUNIVERSO)</strong><br /><br />Das alturas de Sião, descortinava-se, aos olhos do formoso anjo, Jerusalém em sua vastidão e esplendor. O rio da vida, ao deslizar sereno em meio à Cidade, assemelhava-se a uma larga avenida, espelhando as belezas do jardim do Éden e das mansões angelicais. <br /><br /><strong>(O TEXTO ACIMA FALA DOS LUGARES EMBLEMÁTICOS DO MUNDO ESPIRITUAL: SIÃO, JERUSALÉM, RIO DA VIDA, JARDIM DO ÉDEN E AS MANSÕES ANGELICAIS)</strong><br /><br />Envolvendo o primogênito dos anjos com Seu manto de luz, o Eterno passou a falar-lhe dos princípios que haveriam de reger o reino universal. Leis físicas e morais deveriam ser respeitadas em toda a extensão do governo divino.<br /><br /><strong>( O UNIVERSO TANTO FÍSICO, ANGELICAL E HUMANO SÃO REGIDOS POR LEIS)</strong><br /><br />As leis morais resumiam-se em dois princípios básicos: amar a Deus sobre todas as coisas e viver na fraternidade com todas as criaturas. Cada criatura racional deveria ser um canal por meio do qual o Eterno pudesse jorrar aos outros vida e luz. Dessa forma, o Universo cresceria em harmonia, felicidade e paz. <br /><br /><strong>(JESUS EM MATEUS 22.37-39 RESUMIU AS LEIS DE DEUS EM DUAS: AMAR A DEUS E AMAR AO PRÓXIMO. AS CRIATURAS RACIONAIS TINHAM ESTE DEVER MORAL PARA COM DEUS E AS DEMAIS CRIATURAS DE DEUS)</strong><br /><br />Depois de revelar ao formoso anjo as leis de Seu governo, o Eterno confiou-lhe uma missão de grande responsabilidade: seria o protetor daquelas leis, devendo honra-las e revela-las ao Universo prestes a ser criado. Com o coração transbordante de amor a Deus e aos semelhantes, caber-lhe-ia ser um modelo de perfeição: seria Lúcifer, o portador da luz. <br /><br /><strong>(EM EZEQUIEL 28.14 É DITO QUE LÚCIFER ERA ANJO PROTETOR, E O VERSÍCULO 15 DIZ QUE ELE FOI CRIADO PERFEITO</strong>)<br /><br />O príncipe dos anjos; agradecido por tudo, prostrou-se ante o amoroso Rei, prometendo-Lhe eterna fidelidade.<br /><br /><strong>(LÚCIFER ERA RACIONAL E TINHA LIVRE ARBÍTRIO, PROMETEU FIDELIDADE A DEUS MAS TINHA A OPÇÃO DE NÃO SER FIEL)</strong><br /><br />O Eterno continuou Sua obra de criação, trazendo à existência inumeráveis hostes de anjos, os ministros do reino da luz. A Cidade Santa ficou povoada por essas criaturas radiantes que, felizes e gratas, uniam as vozes em belíssimos cânticos de louvor ao Criador.<br /><br /><strong>(APÓS A CRIAÇÃO DE LÚCIFER, VARIOS OUTROS SERES CELESTIAIS FORAM CRIADOS, TUDO FOI FEITO PARA A GLÓRIA DE DEUS)</strong><br /><br />Deus traria agora à existência o Universo que, repleto de vida, giraria em torno de Seu trono firmado em Sião. Acompanhado por Seus ministros, partiu para a grandiosa realização. <br /><br /><strong>(APÓS CRIAR OS SERES CELESTIAIS, AGORA DEUS PASSOU A CRIAR O MUNDO FÍSICO, ESTE MUNDO FÍSICO GIRARIA EM TORNO DA SIÃO. AQUI O SENTIDO DA PALAVRA GIRAR EM TORNO DE SEU TRONO PODE SER LITERAL, ENTÃO NO CENTRO DO UNIVERSO FÍSICO ESTARIA O TRONO DE DEUS, ISSO NÃO QUER DIZER NECESSÁRIAMENTE QUE SEJA O PLANETA TERRA, COM SE ACREDITOU POR SÉCULOS).</strong><br /><br />Depois de contemplar o vazio imenso, o Eterno ergueu as poderosas mãos, ordenando a materialização das multiformes maravilhas que haveriam de compor o Cosmo. Sua ordem, qual trovão, ecoou por todas as partes, fazendo surgir, como que por encanto, galáxias sem conta, repletas de mundos e sóis - paraísos de vida e alegria -, tudo girando harmoniosamente em torno do monte Sião. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2b06PArapfEuREb1YtySOMfJIaQJLMdhrLSYZCV0KjS2055D_Xw5dsL3-SuDp6dguq0PmQW_erwlTTIPapQ7DMgTAyuzVzjHQj1CqqysRcKR04ecjlmpuo6icWweJbw_XL5GLbhXKaTw/s1600-h/04_galaxia1.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 249px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2b06PArapfEuREb1YtySOMfJIaQJLMdhrLSYZCV0KjS2055D_Xw5dsL3-SuDp6dguq0PmQW_erwlTTIPapQ7DMgTAyuzVzjHQj1CqqysRcKR04ecjlmpuo6icWweJbw_XL5GLbhXKaTw/s320/04_galaxia1.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324160739469528130" /></a><br /><strong>(este texto dá a entender que o planeta terra é o centro do universo, se considerarmos Sião, coom a cidade onde Jerusalém terrestre esta assentada, mas se o texto refere-se a Sião celestial, então não é o planeta terra o centro do universo)</strong><br /><br /><br /><br /><strong>(MAIS UMA VEZ, NA COSMOLOGIA DO LIVRO DO PSEUDO-GÊNESIS VEMOS UMA REFERÊNCIA QUE DEUS ESTARIA NO CENTRO DO UNIVERSO)</strong><br /><br />Ao presenciarem tão grande feito do supremo Rei, as hostes angelicais prostraram-se, fazendo ecoar pelo espaço iluminado um cântico de triunfo, em saudação à vida. Todo o Universo uniu-se nesse cântico de gratidão, em promessa de eterna fidelidade ao Criador. <br /><br /><br /><strong>(A CANÇÃO, A MUSICA É UM INSTRUMENTO DE GLORIFICAR A DEUS QUE PRÉ-EXISTE AO UNIVERSO)</strong><br /><br />Guiados pelo Eterno, os anjos passaram a conhecer as riquezas do Universo. Nessa excursão sideral, ficaram admirados ante a vastidão do reino da luz. Por todas as partes encontravam mundos habitados por criaturas felizes que os recebiam em festa. Os anjos saudavam-nos com cânticos que falavam das boas novas daquele reino de paz.<br /><br /><strong>(O LIVRO PSEUDO-GÊNESIS SUGERE VIDA EM OUTROS PLANETAS, POIS OS ANJOS AO VIAJAREM PELO UNIVERSO ENCONTROU MUNDOS HABITADOS POR CIRATURAS FELIZES, ESTA POSSIBILIDADE NÃO É DESCARTADA PELAS ESCRITURAS SAGRADAS, ATÉ PORQUE O TEMA DA BÍBLIA É O RESGATE DA HUMANIDADE, SILENCIANDO-SE SOBRE AS DEMAIS CRIATURAS DO UNIVERSO)</strong><br /><br />Tão preciosa como a vida, a liberdade de escolha, através da qual as criaturas poderiam demonstrar seu amor ao Criador, exigia um teste de fidelidade. Com o propósito de revelá-lo, o Eterno conduziu as hostes por entre o espaço iluminado, até se aproximarem de um abismo de trevas que contrastava com o imenso brilho das galáxias. Ao longe, esse abismo revelara-se insignificante aos olhos dos anjos, como um pontinho sem luz; mas à medida de sua aproximação, mostrou-se em sua enormidade. O Criador, que a cada passo revelava aos anjos os mistérios de Seu reino, ficou ali silencioso, como que guardando para Si um segredo. As trevas daquele abismo consistiam no teste da fidelidade. Voltando-Se para as hostes, o Eterno solenemente afirmou: <br /><br />(<strong> SÓ EXISTE LIBERDADE COM MAIS DE UMA OPÇÃO DE ESCOLHA E DEUS TERIA QUE PERMITIR AOS ANJOS A OPÇÃO DE NÃO SERVI-LO, POIS O LIVRE-ARBÍTRIO ERA UM ATRIBUTO QUE DEUS DEU AOS ANJOS, ASSIM COMO DEU POSTERIORMENTE AOS HOMENS).</strong><br /><br />-"Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida". <br /><br /><strong>(DEUS CRIOU OS ANJOS PERFEITOS E PUROS, MAS COMO DEU-LHE O LIVRE-ARBÍTRIO TEVE QUE APRESENTAR-LHE O MAL COMO UM OBJETO QUE PODERIA SER OPTADO PELOS ANJOS EM ALCANÇA-LO CASO ALMEJASSEM).</strong><br /><br />Com estas palavras, fez Deus separação entre a luz e as trevas, o bem e o mal. O Universo era livre para escolher seu destino.<br /><br /><strong>(DEUS NUNCA TEVE E NUNCA TERÁ OPOSITOR A SUA ALTURA, MAS PRECISOU CRIAR ESTA OPÇÃO DE ALGUÉM SE OPOR A ELE PARA QUE PUDESSE CRIAR SERES LIVRES)</strong><br /><br />O tão acalentado sonho do Criador se concretizara. Agora, como Pai carinhoso, conduzia as criaturas através de uma eternidade de harmonia e paz. Em virtude do cumprimento das leis divinas, o Universo expandia-se em felicidade e glória.<br /><br /><strong>( O DESEJO DE DEUS ESTAVA REALIZADO, CRIATURAS SERVINDO-O POR LIVRE E ESPONTANEA VONTADE, NÃO MECANICAMENTE COMO ROBÔS PROGRAMADOS)</strong><br /><br />Havia um forte elo de amor, que a todos unia fortemente. Os seres racionais, dotados da capacidade de um desenvolvimento infinito, encontravam indizível prazer em aprender os inesgotáveis tesouros da Sabedoria divina, transmitindo-os aos semelhantes. Eram como canais por meio dos quais a Fonte da Eterna Vida nutria a todos de amor e luz.<br /><br /><strong>(DEUS NÃO CRIOU CRIATURAS PLENA DE CIÊNCIA, MAS COM CAPACIDADE INFINITA DE DESENVOLVIMENTO E POSSIBILIDADE DE APRENDER ETERNAMENTE)</strong><br /><br />Em Jerusalém, os ministros do reino reuniam-se ante o soberano Rei, sempre prontos a cumprir os Seus propósitos. Era através de Lúcifer que o Eterno tornava manifesto os Seus desígnios. Depois de receber uma nova revelação, ele prontamente a transmitia às hostes angelicais. Estas, por sua vez, a compartilhavam com a criação. Em célere vôo os anjos rumavam para as terras planetas capitais, onde, em grandes assembléias, reuniam-se os representantes dos demais mundos. <br /><br /><br /><br />Em muitas dessas assembléias, Lúcifer fazia-se presente, enchendo os participantes de alegria e admiração. Perfeito em todas as virtudes, ele os cativava com sua simpatia. Nenhum outro anjo conseguia revelar como ele os mistérios do amor do Eterno. <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcCeN2Q3gjtCAoIYWLZRtD7GIRKQwOIAzS8Zj0zEYJ1l1WU6qy4D6fIPGjoBEv6RrhL21GK17_-wtw0P5YGUqXRcBkg-ok7u9bXGsBU1uhjJkW3b5nf-Ecs8mQ-GYtqHUbGOH3zv62ug0/s1600-h/Servos%2520reunidos%2520com%2520talentos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcCeN2Q3gjtCAoIYWLZRtD7GIRKQwOIAzS8Zj0zEYJ1l1WU6qy4D6fIPGjoBEv6RrhL21GK17_-wtw0P5YGUqXRcBkg-ok7u9bXGsBU1uhjJkW3b5nf-Ecs8mQ-GYtqHUbGOH3zv62ug0/s320/Servos%2520reunidos%2520com%2520talentos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324761638068146578" /></a><br /><strong>(anjos se reuniam alegremente)</strong><br /><br /><br /><strong>(LÚCIFER ERA O ANJO MAIORAL, ESTAVA ENTRE OS DE MAIOR DESTAQUE NO CÉU, NO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL MOSTRA QUE ELE ERA GRANDE QUERUBIM PROTETOR, AQUI NO LIVRO DE PSEUDO-GÊNESIS DIZ QUE NENHUM OUTRO ANJO ERA COMO ELE)</strong><br /><br />O Universo, alimentando-se da Fonte da Vida, expandia-se numa eternidade de perfeita paz. A obediência às leis divinas era o fundamento de todo progresso e felicidade. Ainda que conscientes do livre-arbítrio, jamais subira ao coração de qualquer criatura o desejo de se afastar do Criador. Assim foi por muito tempo, até que tal problema irrompeu na vida daquele que era o mais íntimo do Eterno. <br /><br /><strong>( A OBEDIÊNCIA ERA O PRÍNCIPIO QUE MANTINHA TODO O UNIVERSO EM HARMONIA NO MUNDO ANTIGO, MUITO ANTIGO, ANTES QUE HOUVESSE HOMEM NA FACE DA TERRA)</strong><br /><br />Lúcifer, que dedicara sua vida ao conhecimento dos mistérios da luz, sentiu-se aos poucos atraído pelas trevas. O Rei do Universo, aos olhos de quem nada pode ser encoberto, acompanhou com tristeza os seus passos no caminho descendente que leva à morte. A princípio, uma pequena curiosidade levou Lúcifer a se aproximar daquele abismo profundo. Contemplando-o, ele começou a indagar o porquê de não poder compreender o seu enigma. <br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9B-Yp8vWlEJsG-1EAUBEU12kWbSJtmezPd94Ljwzx21HmJMC2R6wCjY9U3UNDl4j6AJLHYs-YZ1OSb39B-LhCWz8nqvIXd8xvf7ONOvVxOxiEe10nC1ZEg9jRpg4ytVe2I60sNEznT3s/s1600-h/anjo+escada.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 205px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9B-Yp8vWlEJsG-1EAUBEU12kWbSJtmezPd94Ljwzx21HmJMC2R6wCjY9U3UNDl4j6AJLHYs-YZ1OSb39B-LhCWz8nqvIXd8xvf7ONOvVxOxiEe10nC1ZEg9jRpg4ytVe2I60sNEznT3s/s320/anjo+escada.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324762501831787954" /></a><br /><strong>(a curiosidade em descobrir o desconhecido afastou Lúcifer de Deus)</strong><br /><br /><br /><br /><strong>(A DESOBEDIÊNCIA NASCEU DA CURIOSIDADE DA INDAGAÇÃO, SER QUESTIONADOR FOI O PRINCÍPIO DA REBELIÃO, VEJO HOJE, NA PEDAGOGIA MODERNA FALANDO EM INDAGAR E QUESTIONAR COM O TOM DE DEBATER, POR MENOS, O MAIOR ANJOS SE TORNOU NO DIABO!)</strong><br /><br />Retornando a seu lugar de honra, junto ao trono, prostrou-se ante o divino Rei, suplicando-Lhe: <br /><br /><strong>(ATÉ MESMO PARA DAR O PASSO PARA A QUEDA, OS ANJOS AINDA PEDIRAM PERMISSÃO PARA DEUS)</strong><br /><br />- Pai, dá-me a conhecer os segredos das trevas, assim como me revelas a luz. <br /><br /><strong>(IR ALÉM DOS LIMITES É O QUE LEVA A RUÍNA, OS HOMENS MUITAS VEZES PASSAM DOS LIMITES DE VELOCIDADE, DAS EXPERIÊNCIAS COM ÁLCOOL E DROGA, DE AVENTURAS SEXUAIS E TODO ROMPIMENTO DE LIMITES LEVA AS CONSEQUÊNCIAS DEVASTADORAS. A INSATISFAÇÃO COM A SUA POSIÇÃO LEVOU LÚCIFER A QUEDA).</strong><br />Ante o pedido do formoso anjo, o Eterno, com voz expressiva de tristeza, disse-lhe: <br /><br /><strong>(DEUS, QUE TUDO SABE PELO SEU PODER DE ONISCIÊNCIA, VIA QUE LÚCIFER ESTAVA DANDO OS PASSOS PARA DE DESVIAR DO CAMIMNHO DE DEUS, MAS O PRÓPRIO DEUS, NÃO IRIA IMPEDIR A SUA QUEDA USANDO A SUA ONIPOTÊNCIA, DEIXARIA O CURSODA VIDA SEGUIR, PORQUE DEUS RESPEITARIA O LIVRE-ARBÍTRIO)</strong><br /><br />- Meu filho, você foi criado para a luz, que é vida. <br /><br /><strong>( O FATO DE DEUS VER O HOMEM CAIR NÃO SIGNIFICA QUE ELE DEIXARÁ A QUEDA OCORRER SEM FAZER NADA, AQUI VEMOS DEUS ACONSELHANDO LÚCIFER, NOS DIAS ATUAIS DEUS AO VER O HOMEM CAIR ELE TAMBÉM FALA POR SINAIS E MENSAGENS PARA QUE O HOMEM RECONSIDERE SEU CAMINHO ANTES DA QUEDA FATAL).</strong><br /><br />Convencendo-se de que o Criador não lhe revelaria os tesouros das trevas, Lúcifer decidiu compreender por si mesmo o enigma. Julgava-se capacitado para tanto.<br /><br /><strong> (A REBELIÃO É O ATO DA PESSOA SIMPLESMENTE TOMAR DECISÕES SEM CONSULTAR A DEUS, OU O PIOR, FAZER COMO LÚCIFER QUE CONSULTOU E APÓS VER QUAL ERA A VONTADE DE DEUS, TOMOU DECISÃO CONTRÁRIA)</strong><br /><br />Só Deus sabia o que se passava no coração de Lúcifer. O anjo, que fora criado para ser o portador da luz, estava divorciando-se em pensamentos do bondoso Criador que, num esforço de impedir o desastre, rogava-lhe permanecer a Seu lado. <br /><br /><strong>(DEUS TUDO VIA PELA SUA ONICIÊNCIA E TENTOU IMPEDIR A REBELIÃO, MAS SEM USAR DE FORÇA, APENAS TENTANDO PELO CONVENCIMENTO, COMO FAZ ATÉ HOE COM A HUMANIDADE)</strong><br /><br />Uma tremenda luta passou a travar-se em seu íntimo. O desejo de conhecer o sentido das trevas era imenso, contudo, os rogos daquele amoroso Pai, a quem não queria também perder, o torturavam. Vendo o sofrimento que sua atitude causava ao Criador, às vezes demonstrava arrependimento, mas voltava a cair. <br /><br /><strong>(O CONFLITO INTERIOR ENTRE A VONTADE DE PECAR E A CONSCIÊNCIA DO QUE ERA CERTO RETARDOU A DECISÃO FATÍDICA DE LÚCIFER QUE EM BREVE SE TORNARIA SATANÁS)</strong><br /><br />Antes de criar o Universo, Deus já previra a possibilidade de uma rebelião. O risco de conceder liberdade às criaturas era imenso, mas, sem este dom, a vida não teria sentido. <br /><br /><strong>(PARA DEUS NÃO EXISTE O IMPREVISÍVEL, ELE SABE TUDO, SUA ETERNA PACIÊNCIA PERMITE-LHE ASSISTIR INJUSTIÇAS PARA DEPOIS REPARÁ-LAS NO TEMPO CERTO. DEUS NÃO TEM PRESA, PORQUE O TEMPO NÃO FAZ SENTIDO PARA QUEM É ETERNO E IMUTÁVEL. A POSSIBILIDADE DE REBELIÃO NUNCA FOI DESCARTADA, PORQUE ONDE HÁ LIBERDADE A POSSIBILIDADE DE INSUBORDINAÇÃO É GRANDE)</strong><br /><br />Ele queria que a obediência fosse fruto de reconhecimento e amor, por isso decidiu correr o grande risco. <br /><br /><strong>( AO FINAL DA HISTÓRIA DE LÚCIFER E DOS HOMENS TEREMOS NA ETERNIDADE A LIÇÃO DE QUE A REBELIÃO NÃO COMPENSA. MAS DEUS AINDA ASSIM NÃO NOS QUER SERVINDO-O POR MEDO, MAS POR AMOR.)</strong><br /><br />Ainda que prosseguisse na busca do sentido das trevas, Lúcifer não pretendia abandonar a luz. Esforçava-se para chegar a uma combinação entre essas partes que, no reino do Eterno, coexistiam separadas. Finalmente, com um sentimento de exaltação, concebeu uma teoria enganosa, que pretendia apresentar ao Universo como um novo sistema de governo, superior ao governar do Eterno. Denominou sua Lei "a ciência do bem e do mal". <br /><br /><strong>( NO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS DIZ QUE DEUS CRIOU O BEM E O MAL, FORMOU AS TREVAS E A LUZ, PORÉM ESTE DUALISMO ERA A FORMA PELA QUAL DEUS PODIA INSTITUIR O LIVRE ARBÍTRIO, O MAL E AS TREVAS FORAM CRIADOS APENAS NO CAMPO DA POSSIBILIDADE, NÃO ERA A INTENÇÃO DE DEUS QUE SUAS CRIATURAS LANÇASSEM MÃO DESTES INGREDIENTES. NENHUMA CRIATURA FEITA POR DEUS, ERA MÁ, O MAL ERA UMA SUBSTÂNCIA ISOLADA. MAS LÚCIFER TENTOU FAZER A REAÇÃO QUÍMICA MAIS ABSURDA DO MUNDO, IMBUTIR EM UM MESMO SER O BEM E O MAL, AGORA LÚCIFER ACREDITAVA QUE ERA POSSIVEL TER O BEM E O MAL DENTRO DE SI E ESTABELECER UMA NOVA FORMA DE GOVERNAR O UNIVERSO E SUAS CRIATURAS)</strong><br /><br />Estruturada na lógica, a ciência do bem e do mal revelou-se atraente aos olhos de Lúcifer, parecendo descerrar um sentido de vida superior àquele oferecido pelo Criador, cujo reino possibilitava unicamente o conhecimento experimental do bem. No novo sistema, haveria equilíbrio entre o bem e o mal, entre o amor e o egoísmo, entre a luz e as trevas. <br /><br /><strong>(O CULTO AO DIABO NÃO É IRRACIONAL, ELE DESENVOLVEU TEORIAS QUE CATIVAM E LEVAM AO ENGANO A MENTE ANGELICAL, MUITO MAIS AINDA A MENTE HUMANA. SERVIR A DEUS É BASEADO NO PRINCÍPIO DA SUBMISSÃO A VONTADE DE DEUS, SEM QUESTIONAMENTO, SEM RACIONALIZAÇÃO DAS CRENÇAS, É O PRINCÍPIO DA FÉ)</strong><br /><br />Ao longo do tempo em que amadurecera em sua mente a ciência do bem e do mal, Lúcifer soube guardar segredo diante do Universo. Continuava em seu posto de honra, cumprindo a função de Portador da Luz. Contudo, por mais que procurasse fingir, seu semblante já não revelava alegria em servir ao Eterno. <br /><br /><strong>(O MAL COMEÇOU A SER PROCESSADO NO INTERIOR DE LÚCIFER E ELE FOI GRADATIVAMENTE PERDENDO O PRAZER EM SERVIR A DEUS, ASSIM É COM O CRISTÃO QUE APÓS A CONVERSÃO SENTE UMA FELICIDADE, MAS QUANDO COMEÇA A SE DEIXAR LEVAR PELA SEDUÇÃO DO PECADO, E COMEÇA A VIVER UMA VIDA DUBIA, ELE VAI FICANDO VAZIO E CHEGA UMA HORA QUE NÃO CONSEGUE ESCONDER MAIS)</strong><br /><br />O divino Rei, que sofria em silêncio, procurava, por meio de Suas revelações de amor, preparar as criaturas racionais para a grande prova que se aproximava. Sabia que muitos dariam ouvido à tentação, voltando-Lhe as costas. A noite da provação faria sobressair, contudo, os verdadeiros fiéis - aqueles que serviam ao Criador não por interesse, mas por amor. <br /><br /><strong>( UMA LIÇÃO APRENDEMOS AO LONGO DA HISTÓRIA DO NOSSO UNIVERSO, É QUE NAS PROVAÇÕES SURGE OS VERDADEIROS FIÉIS EM CONTRAPARTIDA AOS QUE ESTÃO NA SITUAÇÃO APENAS POR CONVENIÊNCIA).</strong><br /><br />Ao ver que a hora da prova chegara, e que Lúcifer estava pronto para traí-Lo diante do Universo, o Eterno, que jamais cessara de revelar os tesouros de Sua sabedoria, tornou-se silencioso e contemplativo. O silêncio fez reviver no coração das hostes a lembrança daquela primeira excursão sideral, quando, depois de lhes mostrar as riquezas do reino da luz, Deus tornou-se silencioso ante aquele abismo. Lembram-se de Suas palavras: "Todos os tesouros da luz estarão abertos ao vosso conhecimento, menos os segredos ocultos pelas trevas. Sois livres para me servirem ou não. Amando a luz estareis ligados à Fonte da Vida". <br /><br /><strong>(DEUS DEMONSTRA EMOÇÃO, AFINAL O FATO DELE SER TODO-PODEROSO, ETERNO E TUDO MAIS QUE SE REFERE A SUA PESSOA, NÃO IMPEDE DELE TER EMOÇÃO COMO A COMTEMPLAÇÃO PELA ESPECTATIVA DE A QUALQUER MOMENTO LÚCIFER INSURGIR EM SUA REVOLTA)</strong><br /><br /><br />Lúcifer, que passara a cobiçar o trono de Deus, indagou-Lhe o motivo de Seu silêncio. O Criador, contemplando-o com infinita tristeza, disse-lhe: "É chegada a hora das trevas. Você é livre para realizar seus propósitos". <br /><br /><strong>(O TEXTO BÍBLICO DE ISAIAS 14 E EZEQUIEL 28 FALA DA SOBERBA COMO O PECADO QUE LEVOU LÚCIFER A REBELIÃO. AGORA LÚCIFER JÁ ESTAVA QUERENDO ASSUMIR O TRONO DE DEUS, NÃO MAIS SE CONTENTAVA EM SER UM GRANDE NO REINO DE DEUS, QUERIA SER O GRANDE, O MAIORAL) </strong><br /><br />Vendo que o momento propício para a propagação de sua teoria havia chegado, Lúcifer convocou os anjos para uma reunião especial. As hostes, desejosas de conhecer o significado do silêncio do Pai, tomaram seus lugares junto ao magnífico anjo, que sempre lhes revelara os tesouros do reino da luz. <br /><br /><strong>( ESTE LIVRO REVELA, SE É QUE OS FATOS SÃO VERÍDICOS, QUE LÚCIFER REUNIU OS ANJOS PARA UMA EXPLANAÇÃO DA SUA TEORIA DA “ CIÊNCIA DO BEM E DO MAL”, OS ANJOS JÁ PERCEBIAM QUE DEUS ESTAVA SILENCIOSO ULTIMAMENTE).</strong><br /><br />Lúcifer começou seu discurso exaltando, como de costume, o governo do Eterno. Num amplo retrospecto, lembrou-lhes as grandiosas revelações que os enriquecera em toda aquela eternidade. <br /><br /><strong><strong>( UM BOM ORADOR, ANTES DE ATACAR O SEU OPONENTE, É DE PRAXE FAZER UM DISCURSO EXALTANDO AS QUALIFICAÇÕES DO ADVERSÁRIO PARA ENTÃO PASSAR AO COMBATE)</strong></strong><br /><br />O silêncio divino, apresentou-o como sendo a indicação de que o Universo alcançara a plenitude do conhecimento oriundo da luz. Silenciando, o Eterno abria-lhes caminho para o entendimento de mistérios ainda não sondados, mantidos até então além dos limites de Seu governo. <br /><br /><strong>(LÚCIFER É DESCRITO COMO UM GRANDE ORADOR, CAPAZ DE CATIVAR O PÚBLICO COM SUA ELOQUAZ FALA, MAIS TARDE SATANÁS USARIA HITLER COM A MESMA ELOQUÊNCIA QUE ELE MESMO DISCUSSARA AOS ANJOS COM A PROMESSA DE UM GOVERNO “NAZISTA” PARA OS ANJOS)</strong><br /><br />Surpresas, as hostes tomaram conhecimento da experiência de Lúcifer sobre as trevas. Com eloqüência, ele falou-lhes da ciência do bem e do mal, indicando-a como o caminho das maiores realizações. <br /><br /><strong>(O PASSO SEGUINTE DE LÚCIFER APÓS ASSIMILAR O MAL ERA AGORA LEVAR OUTROS AO ERRO, O PRINCÍPIO DA REBELDIÃO NÃO CAUSOU IMEDIATO CASTIGO)</strong><br /><br />O efeito de suas palavras logo se fez sentir em todo o Universo. A questão era decisiva e explosiva, gerando pela primeira vez discórdia. Os seres racionais, em sua prova, tinham de optar por permanecer somente com o conhecimento da luz, o qual Lúcifer afirmava haver chegado ao seu limite, ou se aventurar no conhecimento da ciência do bem e do mal. No começo, os anjos debateram-se diante da questão, sendo logo depois todo o Universo posto à prova. Dir-se-ia que a ciência do bem e do mal <br /><br /><strong>(AQUI VALE AQUELE DITADO:UMA LARANJA PODRE, ESTRAGA TODO O CESTO DE FRUTAS. O UNIVERSO, VÁRIOS PAÍSES E VÁRIAS IGREJAS JÁ SENTIRÃO A EXPERIÊNCIA DA REBELIÃO QUE GERALMENTE COMEÇA COM UM E LOGO VEM A CISÃO)</strong><br /><br />haveria de arrebanhar a maior parte das criaturas, mas, aos poucos, muitos que a princípio se empolgaram com a teoria, despertaram para a ilusão da mesma, reafirmando sua fidelidade ao reino da luz. Ao fim desse conflito, que se arrastou por longo tempo, revelou-se um terço das estrelas do céu ao lado de Lúcifer, e as restantes, ainda que abaladas pela prova ao lado do Eterno. <br /><br /><strong>(O LIVRO DO APOCALIPSE 12.4 FALA QUE A QUANTIDADE DE ANJOS QUE SEGUIRAM APÓS SATANÁS FOI DE UM TERÇO DE TODOS OS SERES ANGELICAIS. COMO NÃO SABEMOS O NÚMERO EXATO DE ANJOS, PODEMOS APENAS DEDUZIR QUE A PROPORÇÃO DE SEGUIDORES DE LÚCIFER FOI ELEVADA, INTERESSANTE NOTAR QUE A REBELIÃO AINDA TINHA SIDO ADERIDA POR MUITOS MAIS ANJOS QUE REFLETIRAM BEM A POSIÇÃO QUE ESTAVAM TOMANDO E DECIDIRÃO OPTAR POR FICAR AO LADO DE DEUS, ESTE ANJOS NÃO CHEGARAM A PECAR, MAS FORAM TENTADOS)</strong><br /><br />A ciência do bem e do mal fora apregoada por Lúcifer como um novo sistema de governo. Mas como exercê-lo, se o Eterno continuava reinando em Sião? O conselho, formado pelos anjos rebeldes, passou a tratar disso. Decidiram, finalmente, solicitar-Lhe o trono por um tempo determinado, no qual poderiam demonstrar a excelência do novo sistema de governo. Caso fosse aprovado pelo Universo, o novo sistema se estabeleceria para sempre; caso contrário, o domínio retornaria ao Criador. <br /><br /><strong>(ORA VEJA SÓ...SATANÁS PROPOS UM PLEBICITO... UM GOVERNO DE TRANSIÇÃO...UMA ALTERNANCIA DE PODER....ISSO ESTA ME CHEIRANDO A DEMOCRACIA.... – DEMOCRACIA : NOVAS IDÉIAS, VELHAS MENTIRAS !)</strong><br /><br />Foi assim que Lúcifer, acompanhado por suas hostes, aproximou-se d'Aquele Pai sofredor, fazendo-Lhe tal pedido.<br /><br /><strong>(DEUS ERA TÃO BOM QUE OS ANJOS ACHARAM QUE PODERIAM SIMPLESMENTE PEDIR A DEUS O SEU TRONO E ELE IRIA ENTREGAR-LHE ???)</strong><br /><br />O Eterno não era ambicioso, apenas queria bem às Suas criaturas. Se a ciência do bem e do mal consistisse realmente num bem maior, não Se oporia à sua implantação, cedendo o trono a seus defensores. Mas Ele sabia que aquele caminho conduziria à infelicidade e à morte. <br /><br /><strong>(DEUS NÃO AMBICIONAVA O PLENO PODER, MAS SABIA QUE ENTREGAR O UNIVERSO E TUDO O QUE FOI CRIADO PARA SER REGIDO DEMOCRATICAMENTE PELAS CRIATURAS O FIM SERIA TERRÍVEL, VEJA QUE AO LONGO DE MILÊNIOS QUE ELE TEM PERMITIDO A HUMANIDADE SE GOVERNAR, ATÉ HOJE, ESTAS CRIATURAS “RACIONAIS” NÃO CONSEGUIRAM ESTABELECER UM REINO DE PAZ E FELICIDADE SOBRE A TERRA.)</strong><br /><br /><br /><br />Movido por Seu amor protetor, o Criador desatendeu o pedido das hostes rebeldes, que se afastaram enfurecidas.<br /><br />(Deus, passívelmente foi tolerando as atitudes dos anjos que cada vez mais mostravam rebeldia.<br /><br />VEJAM QUE ATÉ O MOMENTO DEUS NÃO DETERMINOU QUE TAIS REBELDES FOSSEM IMEDIATAMENTE CONDENADOS AO INFERNO ETERNO, FOI DANDO CHANCES E OPORTUNIDADES PARA QUE ELES SE CONSCIENTIZASSEM DOS SEUS PEDIDOS INSANOS)<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Lúcifer e suas hostes passaram a acusar o divino Rei, proclamando ser o seu governo de tirania.<br /><br /><br />(O Diabo foi o primeiro Democrata da História, ele questionou o governo vitalício de Deus e se candidatou a substituir Deus no governo no mundo. Lúcifer estava se tornando o Diabo, palavra que significa o ADVERSÁRIO. <br /><br /><br />Esta tentativa dos homens de democratizar todos os setores da sociedade é algo DIABÓLICO. A igreja, o trabalho, a escola e a família não precisam e nem deve ser administrada de forma democrática, nem os seus líderes empossados por esta forma de governo.<br /><br /><br />SATANÁS É O INSPIRADOR DE CHE GUEVARA, HITLER, SADDAN HUSSEIN, AS FARCS, ORGANIZAÇÃO PARA LIBERTAÇÃO DA PALESTINA, HESBOLLAR E VÁRIOS GRUPOS E LIDERES REVOLUCIONÁRIOS – SATANÁS É QUEM ACUSA OS ESTADOS UNIDOS DE IMPERIALISMO. LÚCIFER É CONTRA A ORDEM E A HIERARQUIA ESTABELECIDA, E SEU PRIMEIRO ATAQUE FOI CONTRA O TRONO DE DEUS)<br /><br />Afirmavam ser sua permanência no trono a mais patente demonstração de Sua arbitrariedade. Não lhes concedera liberdade de escolha? Por que neutralizá-la agora, impedindo-os de pôr em prática um sistema de governo superior? <br /><br /><br /><br />(Lúcifer também foi o primeiro ser que passou a dar a palavra LIBERDADE o sentido de LIBERTINAGEM. Javé deu aos anjos liberdade, mas entre eles agora surgia a déia de que poderiam governar melhor do que Deus. É uma tendência dos mais jovens acharem que podem administrar melhor que os mais velhos.<br /><br /><br />SEMPRE TENHO DITO QUE A TIRANIA PODE VIR EM FORMA DE TEOCRACIA, MILITARISMO E TAMBÉM PELA DEMOCRACIA. SATANÁS FOI ESTABELECENDO SUA POLITICA UNIVERSAL, SUSTENTANDO-SE NOS DIREITOS DEMOCRÁTICOS. NÃO QUERO COM ISSO ACUSAR A DEMOCRACIA DO MAL, MAS QUE DEMOCRACIA SEM BOAS INTENÇÕES, SEM JUSTIÁ, SEM MISERICORDIA, SEM AMOR, IRÁ TRAÇAR O MESMO CAMINHO DE DESTRUIÇÃO DE OUTROS REGIMES)<br /><br /><br /><br />As acusações das hostes rebeldes repercutiram por todo o Universo, fazendo parecer que o governo do Eterno era injusto.<br /><br />(A rotina, mesmo que de acontecimentos bons, podem causar impressão má e insatisfação nas pessoas. O universo estava em paz, ninguém estava passando apuros, não havia ameaça de nada, todos os anjos tinham vida eterna, mas um sentimento de descontentamento passou a se espalhar entre os seres angelicais.) <br /><br /><br /><br />Isto trouxe profunda angústia àqueles que permaneciam fiéis ao reino da luz. Não sabendo como refutar tais acusações, essas criaturas, emudecidas pela dor moral, ansiavam pelo momento em que novas revelações procedentes do Criador pudessem aclarar-lhes os mistérios desse grande conflito. <br /><br /><br />(O reino do Eterno começa a sofrer com o MAL, estava chegando a hora de Deus tomar uma atitude, porque os justos estavam sendo prejudicados pelo comportamento dos rebeldes. Quem de fato ama a Deus, se angustia ao ouvir alguém falar mal de Deus e o seu reino.)<br /><br /><br />As acusações e blasfêmias das hostes rebeldes alcançavam o ponto culminante quando o Eterno, num gesto surpreendente, ergueu-se de Seu trono, como que pronto a deixá-lo. Os infiéis, na expectativa de uma conquista, aquietaram-se, enquanto um sentimento de temor penetrava no coração dos súditos da luz. Entregaria Ele o domínio de toda a criação, para livrar-Se das vis acusações? De acordo com a lógica a partir da qual Lúcifer fundamentava seus ensinamentos, não restava outra alternativa ao Criador. Nesta tremenda expectativa, o Universo acompanhava os passos de Deus. <br /><br />(Satanás estava convencendo os anjos a rebelião porque ele usava LÓGICA. Não podemos nos fiar na mente e nos raciocínios lógicos para chegarmos a Deus e a Verdade. Devemos procurar Deus pela FÉ e não em argumentações. O Apóstolo Paulo escreveu aos Corintios para que eles não se apegassem a sabedoria deste mundo, porque a sabedoria deste mundo é loucura para Deus e a sabedoria de Deus é loucura para o mundo.)<br /><br /><br />Num gesto de humildade, o Criador despojou-Se de Sua coroa e de Seu manto real, depondo-os sobre o alvo trono. Em Seu semblante não havia expressão de ressentimento ou ira, mas de infinito amor e tristeza.<br /><br />(Sentimento de tristeza em Deus e dor moral nos anjos que não se rebelaram, não indica fraqueza nem derrota mas sensações que expressam a relação com o universo que naquele instante estava sofrendo mudanças com a entrada do pecado no reino dos anjos.)<br /><br /><br /><br />Com solenidade, o Eterno proclamou que o momento decisivo chegara, quando cada criatura deveria selar sua decisão ao lado da luz ou das trevas. Numa ampla revelação, alertou para as conseqüências de um rompimento com a Fonte da Vida. <br /><br /><br />(Deus deixou transcorrer um certo tempo antes de tomar a decisão de banir os anjos rebeldes, porque ainda esperava que eles ao reavaliarem suas posições se voltassem para Deus.)<br /><br /><br />Lúcifer e seus seguidores estavam conscientes da seriedade daquele momento. <br /><br />(Quando Deus despojou a coroa e o manto real, Javé deu a cartada final para que os anjos colocassem em prática o que já estava germinando nos seus corações.)<br /><br /><br />Vendo que o Trono permanecia vazio, Lúcifer e suas hostes, dominados pela cobiça, romperam definitivamente com o Criador.<br /><br /><br />(O pecado primeiro nasce no coração da criatura, depois, através dos sentidos da visão esta vontade ganha força e foi o que aconteceu com os anjos que ao verem o trono desocupado, se encheram de cobiça.)<br /><br /><br />Ao ver um terço dos súditos transpor as divisas da eterna separação, Deus deixou extravasar a dor angustiante que por tanto tempo martirizava Seu coração, curvando-Se em inconsolável pranto. Contemplando Seus filhos rebeldes, ergueu a voz numa lamentação dolorosa: "Meus filhos, meus filhos! Já não posso chamá-los assim! Queria tanto tê-los nos braços meus! Lembro-Me quando os formei com carinho! Vocês surgiram felizes e perfeitos, em acordes de esperança em eterna harmonia!<br /><br /><br />(Os anjos praticaram algum gesto que TRANSPÔS AS DIVISAS DA MORTE ESPIRITUAL E DA ETERNA SEPARAÇÃO, era a decisão definitiva dos anjos que assumiram a rebelião e a separação de Deus. Javé proclamou uma lamentação dolorosa pela perda dos anjos que abandonaram os seus postos e principados.)<br /><br /><br />Vivi para vocês, cobrindo-os de glória e poder! Vocês foram a minha alegria! Por que seus corações mudaram tanto? O que mais poderia eu ter feito para fazê-los permanecer comigo? Hoje minh'alma sangra em dor pela separação eterna! Como olharei para os lugares vazios onde tantas vezes rejubilantes ergueram as vozes em hosanas festivas, sem me vir à mente um misto da felicidade e dor?! Saudade infinita já invade o meu ser, e sei que será eterna! Hoje o meu coração rompeu e quebrou-se; as cicatrizes carregarei para sempre! <br /><br />(O texto acima é de uma dor imensurável. Deus se pergunta o por quê destes anjos tomarem atitude tão estúpida. A perda destes anjos causaria em Deus uma dor eterna, porque ele estava perdendo seus filhos queridos para as trevas, da qual não haveria mais retorno.)<br /><br /><br />Depois de proclamar em pranto tão dolorosa lamentação, o Eterno, dirigindo-Se a Lúcifer, o causador de todo o mal, disse:<br /><br />(É uma situação inusitada DEUS EM PRANTO! Mas o momento foi ímpar para o universo, pela primeira vez o universo conheceu a divisão entre Deus e adeptos do Mal. O mal deixou de ser um objeto para ser uma Pessoa.)<br /><br /><br /><br /><br />"Você recebeu um nome de honra ao ser criado. Agora não mais o chamarão Lúcifer, mas Satã, O Senhor das Trevas".<br /><br /><br />(Na demonologia bíblica, Lúcifer é o nome do chefe dos anjos caídos, mas o nome que ele recebeu de Deus enquanto era do BEM, quando ele rebelou-se contra Deus, seu nome passou a ser chamado de SATÃ.)<br /><br /><br /><br />Depois de lamentar a perdição das hostes rebeldes, o Eterno, em lentos passos, ausentou-se do jardim do Éden, lugar do trono Universal.. Onde seria agora a Sua morada.... <br /><br /><br />(O trono celestial estava sediado no Jardim do Éden)<br /><br /><br /><br />As hostes fiéis acompanharam reverentes os Seus misteriosos passos de abandono, que pareciam descerrar um futuro difícil, de sofrimentos e humilhações. Ocupariam os rebeldes o divino trono, profanando-o como domínio do pecado? Esta indagação torturava o coração dos súditos do Eterno. <br /><br />(A ascensão de Satanás foi permitida por Deus, que abriu espaço para que Satanás fizesse o seu empreendimento junto com aqueles que acreditaram nos seus planos)<br /><br /><br />Deixando Sua amada Cidade, o Senhor da luz conduziu-Se, em meio às glórias do Universo, em direção do abismo imenso, a respeito do qual silenciara até então. Ali deteve-Se mais uma vez, emudecido, enquanto parecia ler nas trevas um futuro de grandes lutas. Ante o sofrimento do Eterno, expresso na tristeza de Seu semblante, os fiéis puderam finalmente compreender o significado daquele misterioso abismo: consistia numa representação simbólica do reino da rebeldia. <br /><br />(O abismo onde residia o mal era uma representação do reino da rebeldia. Nas Escrituras Sagradas o pecado de Rebeldia é assemelhado a Feitiçaria. Deus, diante do abismo antevia o futuro através da sua onisciência sabendo o que aguardava nos séculos que se seguiriam.)<br /><br /><br /><br /><br />RECONSTRUÇÃO DO PLANETA TERRA<br /><br /><br /><br /><br />Na face entristecida de Deus manifestou-se, por fim, um brilho que aos fiéis animou. Erguendo os poderosos braços ante as trevas, ordenou em alta voz: "Haja luz." <br /><br />(Neste ponto em diante o Livro de Pseudo-Gênesis passa a descrever a reconstrução do planeta terra e o surgimento dos humanos, Deus deixa a cidade celestial, se dirige até o abismo (onde se encontrava o planeta terra e passa a restaurar o planeta que estava encoberto por trevas e em sua fase havia águas.)<br /><br /><br /><br /><br />Imediatamente, a luz de Sua presença inundou o profundo abismo e, triunfando sobre as trevas, revelou um mundo inacabado, coberto por cristalinas águas. Com esse gesto, iniciava o Eterno uma grande batalha pela reivindicação de Seu governo de luz; batalha do amor contra o egoísmo; da justiça contra a injustiça; da humildade contra o orgulho; da liberdade contra a escravidão; da vida contra a morte. <br /><br />(A Terra é chamado de mundo inacabado, mas aqui também vemos que se trata de um mundo em ruínas porque OS DINOSSAUROS entram em extinção no período que vai da rebelião de Lúcifer até a sua queda, Deus decide transformar a Terra e fazer dela o palco de um combate entre Deus e o Diabo, entre as forças do BEM e do MAL)<br /><br /><br />Batalha que, sem trégua, se estenderia até que, no alvorecer almejado, pudesse o divino Rei retornar vitorioso ao santo monte Sião, onde, entronizado em meio aos louvores dos remidos, reinaria para sempre em perfeita paz. As trevas, em sua fuga, apontavam para o aniquilamento final da rebeldia.<br /><br /><br />(Iniciou-se uma batalha com data marcada para terminar: NO ALVOREÇER ALMEJADO, quando então Deus reassume o controle total do universo. Vivemos sob uma guerra, onde Satanás reina sobre a Terra. O mal que hoje predomina aqui não pode ser atribuído a Deus.)<br /><br /><br /><br /><br />As águas abundantes que cobriam aquele mundo, até então oculto, simbolizavam a vida eterna que para os fiéis seria conquistada pelo amor que tudo sacrifica. <br /><br /><br />(Se a quantidade de água existente no planeta era a mesma, podemos inferir que em passado remoto a superfície era mais ou menos plana, não havendo grandes depressões e nem grandes elevações o que favorecia as águas a cobrir toda a superfície do planeta.)<br /><br /><br /><br />O mundo revelado era a Terra. Visitada pelas trevas e pela luz, ela seria o palco da grande luta. <br /><br />(o planeta Terra como um astro que ficaria na periferia do sol tendo os movimentos de rotações regulares, iriam propiciar ao planeta um ciclo continuo de Luz e Trevas, simbolizando a luta entre as duas forças espirituais que iriam se digladiar até o tempo determinado.)<br /><br /><br />Rejubilavam-se os fiéis ante o triunfo da luz naquele primeiro dia, quando as trevas em sua fúria rolaram sobre o planeta, sucumbindo-o em densa escuridão. A luz, que parecia vencida, renasceu vitoriosa num lindo alvorecer. <br /><br /><br />(As trevas rolando sobre o planeta é uma referência a rotação da Terra em que as trevas rolam para o lado não iluminado pelo sol. A visão de quem descreve a cena é de quem esta dentro do planeta em algum ponto que fica parte do dia iluminado e outra parte envolta nas trevas da noite.)<br /><br /><br />Ao raiar a luz do segundo dia, o Eterno ordenou: "Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre água e águas." <br /><br /><br />(As águas foram dividas por Deus em dois volumes, um ficou na superfície da Terra, formando os mares, rios lagos e depósitos subterrâneos de águas, outra parte da água ficou suspensa na atmosfera e provavelmente na MESOSFERA, neste último, provavelmente havia até a época diluviana um oceano suspenso.)<br /><br /> <br /> <br /><br /><br />Imediatamente, o calor de Sua luz fez com que imensa quantidade de vapor se elevasse das águas, envolvendo o planeta num manto de transparência anil. Surgiu assim a atmosfera, com sua mistura perfeita de gases que seriam essenciais à vida que em breve coroaria o planeta. O Criador, contemplando a expansão, denominou-a "céus". <br /><br /> <br /><br />A atmosfera, que cheia de brilho envolvia a Terra, sombreou-se ao sobrevir o crepúsculo de um outro entardecer. <br /><br /> <br /><br />Ao serem vencidas as trevas no terceiro dia, o Criador prosseguiu Sua obra, fazendo surgir os imensos continentes que ainda estavam sob a superfície das águas. Com as mãos erguidas ordenou: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar e apareça a porção seca."<br /><br /> <br /><br />Em pronta obediência, as cristalinas águas cederam sua posição superior à porção seca que se ergueu, sobrepondo-se a elas.<br /><br /> <br /><br />Nas regiões baixas da Terra, as águas continuariam refletindo o brilho celeste, sendo um refrigério para as criaturas sedentas.<br /><br /> <br /><br />Nesse gesto de humildade, as águas prefiguravam o Criador, que na grande luta desceria ao mais profundo abismo para fazer renascer nas almas sedentas a vida eterna. Contemplando a face daquele novo mundo, o Eterno denominou a parte seca "terra", e ao ajuntamento das águas chamou "mares". <br /><br /> <br /><br />Com Sua poderosa voz prosseguiu, ordenando: "Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra." <br /><br /> <br /><br />Em obediência ao mando divino, a superfície sólida do planeta revestiu-se de toda sorte de vegetação: lindos prados a florir, campos verdejantes entrecortados por rios cristalinos, florestas sem fim. <br /><br /> <br /><br />Enquanto com admiração as hostes contemplavam as belezas daquela criação, surpreenderam-se ao reconhecer sobre o novo planeta o jardim do Éden, lugar do trono divino. O Eterno, pelo poder de Sua palavra, o havia transferido para o seio daquele mundo especial, onde em justiça seria confirmado o governo do Universo.<br /><br /> <br /><br />Contemplando Sua obra, o Criador com felicidade exclamou: "Eis que tudo é muito bom." As hostes fiéis agora podiam compreender melhor a importância da luz divinal. Sua ausência havia ofuscado, naquela noite, as belezas de Sião. Nesse novo dia, o Criador expressaria o Seu grande poder, dando à Terra luminares que a encheriam de luz e calor. Esses luminares permaneceriam para sempre como símbolos da presença espiritual do Eterno, que é a fonte de toda a luz. <br /><br /> <br /><br />Contemplando o espaço escuro e vazio que se estendia ao redor da Terra, com potente voz ordenou: "Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para tempos determinados, para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus para alumiarem a Terra."<br /><br /> <br /><br />Imediatamente, o espaço tornou-se radiante pelo brilho do sol e pelo reflexo de planetas e estrelas. Ante esta demonstração de poder, as hostes fiéis curvaram-se em reverente adoração.<br /><br />No quarto dia, o Eterno criou os mundos de nosso sistema solar não para serem habitados como a Terra, mas para o equilíbrio do sistema. Encheriam também o céu de fulgor, abrandando as trevas das noites terrenas.<br /><br /> <br /><br />Volvendo os olhos para a Terra, as hostes alegraram-se por vê-la radiante em cores. Bem próximo dela podia-se ver a Lua que, com seu reflexo prateado, afugentaria as profundas sombras noturnas.<br /><br /> <br /><br />Envolvidos por esse cenário encantador, os filhos da luz, rejubilantes, saudaram o alvorecer do quinto dia, que seria de muitas surpresas. O Eterno tornaria a Terra festiva pela presença de infindáveis espécies de animais irracionais que habitariam toda a superfície do planeta. Essa criação teria continuidade no sexto dia. Erguendo as poderosas mãos, o Criador, olhando primeiramente para as cristalinas águas, ordenou: "Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente."<br /><br /> <br /><br />De imediato, as águas tornaram-se ondulantes pela presença de incontáveis espécies de répteis . Desde os seres microscópicos até as grandes baleias, todos surgiram em completa harmonia, refletindo em sua natureza o amor do Criador.<br /><br /> <br /><br />Pousando os olhos sobre a atmosfera anil que repousava sobre as verdejantes florestas, o Eterno continuou: "Voem as aves sobre a face da expansão dos céus".<br /><br /> <br /><br />Mediante Sua ordem, os Céus encheram-se de pássaros coloridos que, voando em todas as direções, tinham no coração um cântico de gratidão pela vida. Esse cântico encheu o ar, misturando-se com o perfume das matas floridas.<br /><br /> <br /><br />Contemplando com prazer Suas criaturas terrenais, o Eterno abençoou-as dizendo: "Frutificai e multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e as aves se multipliquem na Terra."<br /><br /> <br /><br />Alvorecer do sexto dia. Erguendo os potentes braços, o Eterno ordenou: "Produza a Terra alma vivente conforme a sua espécie: gado, répteis e bestas-feras da terra, conforme a sua espécie."<br /><br /> <br /><br />Sua voz poderosa foi prontamente ouvida e, nas florestas e campos, pôde-se ver o resultado de Seu poder criador. Animais de todas as espécies despertaram numa existência feliz, em meio a um paraíso de perfeita paz.<br /><br /> <br /><br />Movendo-Se com majestade, o Eterno baixou às glórias do novo mundo, dirigindo-Se ao jardim do Éden, lugar do divino trono. Os anjos da luz acompanharam-nO reverentes, detendo-se qual nuvem sobre os céus do paraíso. Todo Universo observava com profundo interesse o desdobramento dos atos do Criador, em resposta às acusações de seus inimigos.<br /><br /> <br /><br />O momento era decisivo. Tudo indicava que o Eterno demonstraria não ser tirano nem egoísta, coroando alguém sobre o monte Sião. Satã e seus seguidores não duvidavam de que o reino lhes seria entregue e reinariam vitoriosos no seio daquele antigo abismo, onde as trevas e a luz agora se entrelaçavam. Os súditos da luz estremeceram ante essa perspectiva.<br /><br /> <br /><br />Junto à fonte do rio da vida, o Eterno curvou-Se solenemente e, com os elementos naturais da Terra, começou a moldar, com muito carinho, uma criatura especial. Depois de alguns instantes, estava estendido diante do Criador o corpo, ainda sem vida, do primeiro homem. O Eterno contemplou-o e, após acariciar-lhe a face fria e descorada, soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida e o homem começou a viver.<br /><br />Como que despertando de um sono, o homem abriu os olhos e contemplou a face meiga de Seu Criador que, sorrindo, beijou-lhe a face agora corada e cheia de vida. Emocionou-se ao ouvir o Eterno dizer-lhe com voz suave e cheia de afeição:<br /><br /> <br /><br />"Meu filho, meu querido filho!" Por ter nascido do solo, o primeiro homem recebeu o nome de Adão.<br /><br />As hostes fiéis que admiradas testemunhavam a grandiosa realização divina, emocionadas ante o gesto humano, prostraram-se também em reverente adoração. Uniram então as vozes num cântico de júbilo em saudação àquela criatura especial, que despertava para a vida num momento tão decisivo para o Universo.<br /><br />Com o coração cheio de felicidade, Adão uniu-se aos anjos em seu cântico de louvor. Sua voz, ao ecoar pelos arredores floridos, misturou-se ao canto das aves e ao mugir de animais que se aproximavam em festa.<br /><br /> <br /><br />Num passeio de surpresas inesquecíveis, Adão foi conscientizado das belezas de seu lar. Com admiração, contemplou o monte Sião, donde jorrava o rio da vida, numa cascata de luz.<br /><br /> <br /><br />Com intensa alegria, Adão tomava conhecimento das infindáveis espécies de animais que povoavam o jardim. Todos eram mansos e submissos e viviam em perfeita harmonia e felicidade.<br /><br />Observando os animais, Adão percebeu que eles desfrutavam de um companheirismo especial. Via por toda parte casais felizes que viviam um para o outro. Seus pensamentos voltaram-se para o Seu Companheiro. Olhou ao derredor e ficou surpreso por não vê-Lo. O Eterno havia Se ocultado propositalmente, tornando-Se invisível.<br /><br /> <br /><br />Adão sentia-se solitário em meio àquele paraíso. Com quem partilharia sua felicidade e seu amor? Havia ali os animais, mas eles eram irracionais, não podendo compartilhar de seus ideais. Nascia em seu coração, ao caminhar solitário naquele entardecer, um desejo ardente de encontrar alguém que pudesse estar sempre a seu lado.<br /><br /> <br /><br />Enquanto Adão olhava para as distantes colinas na esperança de ver alguém, o Eterno apresentou-Se ao seu lado e disse-lhe:<br /><br /> <br /><br />"Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma companheira."<br /><br /> <br /><br />Adão ficou feliz ao ouvir do Criador essa promessa, justamente no momento em que tanto ansiava ter alguém para estar sempre visível a seu lado.<br /><br /> <br /><br />Tomado por um profundo sono, Adão reclinou-se no peito de seu amoroso Criador que, com carícias, o fez adormecer. Em seu subconsciente surgiram os primeiros sonhos:<br /><br /> <br /><br />Contempla o olhar meigo do Eterno; ouve o som harmonioso da música angelical; descobre as maravilhas ao derredor: o monte Sião com seu arco-íris; o rio da vida; os prados em flor; os animais que o saúdam em festa. Repetem-se em seus sonhos as cenas que o envolveram em seu anseio; olha ao derredor na esperança de encontrar seu companheiro, mas não o vê. Sente-se solitário em seu sonho, e isso o faz procurar alguém com quem possa compartilhar sua existência. Seu olhar estende-se por campinas verdejantes, divisando ao longe colinas floridas. Enquanto caminha esperançoso, sente a brisa mansa a afagar-lhe os cabelos macios. Conversa com a brisa: "Brisa, você parece ser quem tanto procuro; você me afaga os cabelos; beija minha face; você tem o perfume das verdes matas. Se eu pudesse ver sua face, beijá-la-ia; se eu pudesse tocar os seus cabelos, faria longas tranças e as enfeitaria com as flores do nosso jardim!"<br /><br /> <br /><br />Após caminhar em sonho pelos prados do paraíso, Adão deteve-se enquanto contemplava a paisagem ao redor. Admirou-se por não ver o efeito da brisa nos ramos floridos. Mas como, se a sentia calidamente no rosto? Começou então a despertar de seu sonho. Ainda com os olhos fechados lembrou-se do momento em que, sonolento, recostara-se no peito do Eterno. Seria a brisa o afago de Suas mãos? Com esta indagação abriu os olhos e emocionou-se ao contemplar uma linda mulher que, com as mãos perfumadas, acariciava-lhe a face com amor. Era a brisa de seu sonho; a promessa de um Criador que só queria fazê-lo feliz.<br /><br /> <br /><br />Agora Adão era completo, pois tinha Eva, que era carne de sua carne e ossos de seus ossos. Tomando-a pela mão, Adão convidou-a para um passeio de surpresas inesquecíveis. Mostraria à sua companheira as belezas de seu lar.<br /><br /> <br /><br />Sensibilizada Eva detinha-se a cada passo, atraída pelas flores que exalavam suaves perfumes; pelos pássaros que gorjeavam alegres cantos; pelos animais que os seguiam submissos; pela vegetação de ricos matizes; pelas águas cristalinas do rio da vida que jorravam em cascata do monte Sião. Tudo no paraíso era perfeito e belo, mas nada se igualava ao ser humano, criado à imagem de Deus. Voltaram-se um para o outro em admiração e carícias. Embalados por esse amor, permaneceram até o entardecer. Com deleite, o jovem casal passou a contemplar o sol poente que, através de rosados raios, coloria o céu em lindo arrebol.<br /><br /> <br /><br />Era o sexto dia que chegava ao seu final, dando lugar às horas de um dia especial: o sábado. Esse dia, em seu significado, seria solene para todos os súditos do Eterno, pois seu alvorecer traria a vitória para o reino da luz.<br /><br /> <br /><br />Indagavam o sentido das trevas quando, por entre as ramagens, viram um lindo luar, cujos raios prateados banhavam a natureza em suave luminosidade. Todo o céu estava iluminado pelo fulgor das estrelas. <br /><br />Admirados, descobriram que a noite somente era trevas quando se olhava para baixo. Adão e Eva em sua inocência não sabiam que aquela noite simbolizava o futuro sombrio da humanidade. Quando o compreendessem, ficariam confortados ao contemplar o fulgor dos céus: o luar falaria de esperança e as estrelas cintilantes testemunhariam o interesse das hostes da luz em aclarar-lhes as trevas morais, dando alento aos pecadores. Mas seriam iluminados apenas aqueles que, desviando os olhos da Terra, contemplassem os altos céus.<br /><br /> <br /><br />Após contemplar por algum tempo o céu em sua luminosidade, o casal, lembrando-se das belezas do paraíso, volveu os olhos, buscando divisá-las. Estavam, porém, ocultas em meio às sombras. Quanto almejavam o alvorecer, pois somente ele traria consigo o paraíso!<br /><br /> <br /><br />Ante o anseio do coração humano, o Eterno surgiu em meio às trevas, devolvendo ao casal a alegria de se encontrar novamente num jardim colorido.<br /><br /> <br /><br />Banhados em suave luz, caminhavam agora por prados verdejantes e floridos. o brilho do Criador despertava a natureza por onde passavam, colorindo e alegrando tudo em derredor. O casal, admirado, aprendeu que ao lado do Eterno poderiam ter um paraíso em plena noite.<br /><br /> <br /><br />Sentindo-se sonolentos, Adão e Eva recostaram-se no colo do amoroso Pai, que os faz adormecer docemente, esperançosos de um despertar feliz. Deitando-os sobre a relva macia, o Eterno elevou-Se indo para junto das hostes contemplativas. Voltaria a manifestar-Se ao alvorecer, fazendo o casal despertar para o mais solene acontecimento, que reduziria a pó as vis acusações dos inimigos.<br /><br /> <br /><br />A noite escura e fria, através de suas longas horas, parecia zombar da luz. Ofuscaria para sempre as belezas da criação? Oh, jamais! O sol não recuaria ante a imponência das trevas; surgiria em breve como um libertador, arrebatando com seus cálidos raios a natureza das frias garras, dando-lhe vida e cor.<br /><br />Num último desafio, as trevas tornaram-se densas nas horas que antecederam o alvorecer. A noite arregimentava suas forças para lutar pelo domínio usurpado.<br /><br /> <br /><br />Finalmente, surgiu no leste um lampejo que parecia falar de esperança em um novo dia. O céu aos poucos tornou-se colorido de um vermelho vivo. As trevas impotentes recuaram ante a força crescente da luz e foram consumidas em sua fuga. A natureza começou a despertar da longa noite, refletindo em seu seio os saudosos raios. Flores abriram-se, exalando perfumes de alegria; animais e aves, silenciados pela noite, uniram as vozes num cântico triunfal em saudação ao alvorecer daquele dia grandioso. A negra noite chegara ao fim, dando lugar à luz do dia sonhado - dia que para Deus tinha um sentido especial, pois prefigurava a final vitória de Seu reino sobre o domínio da rebeldia. <br /><br /> <br /><br />O Eterno agora despertaria Seus filhos humanos que, banhados pela luz de Sua presença, haviam adormecido na esperança de um alvorecer feliz. Numa marcha festiva, todas as hostes santas, com cânticos de vitória, acompanharam-nO rumo ao paraíso banhado em luz. Quando já estavam próximos, o Criador deteve-Se contemplando o casal adormecido, e exclamou suavemente: "Acordem meus filhos." Sua voz penetrou nos ouvidos de Adão e Eva, despertando-os para a mais feliz comunhão. Quão depressa raiara a acalentada manhã, trazendo em sua luz o doce paraíso, perdido naquela noite! Com alegria o casal saudou o divino Criador, unindo-se aos anjos em antífonas triunfais.<br /><br /> <br /><br />O Universo vivia um momento deveras solene. Naquela manhã festiva, o Eterno haveria de revelar a grandeza de Seu caráter, que é justiça e amor. As acusações de que Seu governo era de egoísmo e tirania seriam refutadas.<br /><br /> <br /><br />Aos olhos de todas as criaturas racionais do vasto Universo, Deus conduziu o jovem casal ao monte Sião, lugar do divino trono. Ali, ante o estremecimento das hostes emudecidas, o Criador, num gesto surpreendente, cobriu o homem com o manto real, colocando sobre sua cabeça a coroa que fora cobiçada por Lúcifer.<br /><br /> <br /><br />Movidos por profunda gratidão pela suprema honra conferida, Adão e Eva prostraram-se reverentes, depondo aos pés do Criador sua coroa preciosa, em sinal de submissão. Seguiu-se a esse gesto humano um brado de vitória que sacudiu toda a Criação. Os filhos da luz, que por tanto tempo haviam sofrido afrontas e humilhações ante as constantes acusações das hostes rebeldes, exaltaram em retumbante louvor o Deus bendito, que em Sua obra de justiça desmentira os inimigos, revelando Seu caráter de humildade, desprendimento e amor.<br /><br /> <br /><br />Tendo constituído o homem como o senhor de toda a criação, o Eterno, com voz solene, passou a conscientizá-lo da grandiosidade de sua missão. Como um guardião, deveria cuidar do paraíso, mantendo límpida a fonte do rio da vida. As leis da justiça e do amor, fundamentos do reino da luz, deveriam ser honradas. Como um cetro racional, caberia ao homem, em gesto de reconhecimento e gratidão, aceitar livremente o governo d'Aquele que o criou.<br /><br /> <br /><br />As hostes, que maravilhadas testemunhavam a revelação do desprendimento divino, compreenderam que o Senhor da Luz não governaria mais o Universo, a não ser com o consentimento humano. O homem, pela vontade do Eterno, fora feito o árbitro da criação; em seu glorioso ser, feito à imagem do Criador, resplandecia o selo do eterno domínio.<br /><br /> <br /><br />Após revelar ao casal a infinita honra e responsabilidade de sua missão, o Criador conscientizou-o do conflito espiritual que se travava pela conquista do domínio universal: Lúcifer, que por incontáveis eras servira ao divino Rei em Sião, havia sido corrompido pelo orgulho e pelo egoísmo, sendo seguido por um terço das hostes racionais; buscavam agora destronar o Eterno, desonrando-O com vis acusações. Tendo revelado ao ser humano a dolorosa situação em que o Universo se encontrava, o Eterno, num gesto solene, mostrou-lhe duas altaneiras árvores que, carregadas de grandes frutos, se erguiam em ambas as margens do rio que nascia do trono. A que se elevava à direita revelou o Senhor ser a árvore da vida monumento do reino da luz. A que se erguia à outra margem revelou ser a árvore da ciência do bem e do mal - símbolo da rebeldia.<br /><br /> <br /><br />Comendo do fruto da árvore da vida, o homem manifestaria sua submissão ao Criador, que é Fonte de vida e luz. Comer da outra árvore seria entregar ao inimigo o domínio de Sião. O inevitável resultado desse passo seria a morte eterna, não somente para o ser humano, mas para toda a criação, que se reduziria ao caos sob a fúria da rebeldia.<br /><br /> <br /><br />Após contemplar demoradamente as duas altaneiras árvores, que externavam em seus frutos tão infinita responsabilidade, Adão prostrou-se ante o Criador, dizendo: "Digno és Senhor de reinar sobre o Universo, pois pela Tua sabedoria, amor e poder todas as coisas foram criadas e subsistem."<br /><br /> <br /><br />O sábado, emblema do triunfo divino, encheu-se de louvor. Todos os filhos da luz uniram-se ao ser humano no mais harmonioso cântico de exaltação Àquele cuja grandeza é sem par. Foi com espanto que Satã e seus seguidores testemunharam a grandiosa realização do Eterno. Presenciaram com amargura a alegria dos fiéis ante a coroação do homem- acontecimento que lançara por terra as fortes acusações que eles haviam levantado contra o governo divino. Cheios de frustração e ira, consideravam agora sua triste condição. Quão terrível e humilhante era-lhes o pensamento de verem seus planos de rebeldia desfazerem-se diante do Criador, semelhantes às sombras daquela noite. Se pudessem, pensavam, encheriam o sábado de trevas, banindo da mente dos súditos do Eterno qualquer esperança de vitória.<br /><br /> <br /><br />Finalmente, em suas considerações, Satã e seus liderados compreenderam que lhes restava uma oportunidade: no meio do jardim do Éden, nas alturas de Sião, elevava-se, junto ao rio da vida, a árvore da ciência do bem e do mal. Bastaria um gesto humano, nada mais, e teriam sob seu poder, para sempre, o domínio cobiçado. Mas como seduzi-lo?<br /><br /> <br /><br />Animado ante a perspectiva de uma conquista, Satã procurou, com engenhosidade, arquitetar um plano de abordagem. Sabia que, se falhasse em sua tentativa, todas as esperanças de triunfo ter-se-iam diluído, desfazendo-se todos os seus sonhos de aventura. Concluiu que o engano haveria de ser sua poderosa arma. Não fora através dele que conseguira dominar um terço das hostes celestes?! Aguardaria, portanto, um momento propício para armar sua cilada.<br /><br /> <br /><br />No Éden pairava uma perfeita paz. Por todos os lados os passarinhos faziam ouvir seus alegres trinos em louvor constante ao Criador. Toda a natureza a florir parecia proclamar um reino de eterna alegria. Os animais sempre submissos ao homem, o senhor daquele paraíso encantador.<br /><br /> <br /><br />Tudo era felicidade para o casal; mas esta tornava-se mais intensa na viração daqueles dias primaveris. O arrebol, que com sua beleza coloria o céu prenunciando as escuras noites, anunciava-lhes também o momento da visita diária do Eterno. Juntos, sob a luz de Sua presença, passavam longo tempo em conversação. Com ânimo, o casal contava ao Senhor as surpreendentes maravilhas que iam descobrindo a cada dia na natureza. Deus, com carinho, descerrava-lhes o significado de cada ser.<br /><br /> <br /><br />Como Ele fora bom, trazendo-os à existência e concedendo-lhes um lar tão cheio de delícias! Ao despertarem para as alegrias de cada dia, vinham-lhes à lembrança as carícias e o doce canto do Eterno, que os fazia adormecer todas as noites. <br /><br /> <br /><br />A vida de Adão e Eva no Éden não era de ociosidade. A eles foi recomendado o cuidado do jardim. Sua ocupação não era cansativa, ao contrário, era agradável e revigorante. O Criador indicara o trabalho como uma fonte de benefícios para o homem, a fim de ocupar-lhe a mente e fortalecer-lhe o corpo, desenvolvendo-lhe todas as faculdades. Na atividade mental e física, o homem encontrava um elevado prazer.<br /><br /> <br /><br />Era comum ao jovem casal receber visitas de seres celestes. Aos visitantes sempre tinham novidades a relatar e perguntas a fazer. Passavam longo tempo ouvindo deles sobre as maravilhas do reino de luz. Através desses visitantes, Adão e Eva passaram a ter amplo conhecimento da rebelião de Lúcifer e de suas eternas conseqüências. Aos visitantes, Adão e Eva sempre pediam que lhes ensinassem os harmoniosos cânticos celestiais. Como se deleitavam ao unirem as vozes ao coro angelical! <br /><br />Em Sua onisciência, Deus tinha conhecimento do terrível intento do inimigo. Convocando as Suas hostes principais, revelou-lhes com pesar o iminente perigo que pairava sobre o Universo. Satã haveria de armar uma cilada, a fim de levar o homem a comer da árvore da ciência do bem e do mal. Ante essa revelação, os filhos da luz ficaram temerosos, pois conheciam a tremenda facilidade de Satã em enlaçar criaturas inocentes e atirá-las em suas malhas de morte.<br /><br /> <br /><br />No solene concílio, sem a autorização de Deus, decidiram enviar, com urgência, mensageiros para advertirem o homem do grande perigo. Dois poderosos anjos foram encarregados dessa decisiva missão.<br /><br />Imediatamente, os mensageiros comissionados irromperam pelos portais de Jerusalém, alcançando o seio do espaço infinito.<br /><br /><br />Em instantes, transpuseram imensidões, cruzando todo o universo.<br /><br /><br />Podiam agora divisar a pouca distância o Jardim do Éden, onde o destino do Universo estava para ser decidido.<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva viram então no límpido céu o sinal da aproximação dos visitantes celestes e a eles ergueram os braços numa alegre saudação. Adão e Eva admiraram-se, porém, por não verem no semblante deles a mesma alegria. Os visitantes traziam na face uma expressão de anseio que eles não podiam entender. Tentaram mudar-lhes a triste feição, contando-lhes as novas descobertas feitas no paraíso. Os mensageiros, todavia, não tendo tempo disponível como outrora, interromperam-nos com palavras de advertência. Satã haveria de armar-lhes uma cilada, a fim de levá-los a comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal. Se dessem ouvi dos à tentação, fariam sucumbir toda a criação no abismo de um eterno caos.<br /><br /> <br /><br />Os anjos lembraram-lhes que o reino lhes fora confiado como um sagrado depósito, devendo, em uma vida de fidelidade, honrar Aquele que por amor esvaziou-Se, colocando-Se numa posição de hóspede do ser humano. Adão e Eva deveriam ser firmes ante as insinuações do inimigo, pois assim selariam a eterna vitória do reino da luz.<br /><br /> <br /><br />Falando-lhes da feliz recompensa que se seguiria ao seu triunfo, os anjos revelaram que era plano de Deus a transferência de Jerusalém Celeste para a Terra. Ali, novamente acoplada ao paraíso, permaneceria para sempre. E o homem, submisso ao Criador, reinaria pelos séculos sem fim sobre o monte Sião, em meio aos louvores das hostes universais.<br /><br /> <br /><br />Mas tudo isso dependia inteiramente do posicionamento humano frente às tentações do inimigo, que faria de tudo para arrebatar-lhe o reino.<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva ficaram temerosos ao conhecerem os planos de Satã, mas foram consolados ao sabere que ele não poderia fazer-lhes nenhum mal, forçando-os a comer do fruto proibido. Se, porventura, procurasse intimidá-los com seu poder, todas as hostes do Eterno viriam em seu socorro.<br /><br /> <br /><br />Os mensageiros da luz concluíram sua missão recomendando ao casal permanecerem vigilantes, tendo sempre em mente a responsabilidade que sobre eles repousava.<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva, agradecidos pelas advertências dos anjos, uniram as vozes num cântico de promessa em uma eterna vitória.<br /><br /><br />Estavam certos de que jamais abandonariam o bendito Criador, ouvindo a voz do tentador. Animados ante a promessa humana, os dois mensageiros retornaram ao seio da Jerusalém Celeste onde, junto às hostes santas, aguardariam com anseio o anelado triunfo.<br /><br /> <br /><br />Satã viu aproximarem-se do paraíso os mensageiros e ouviu o canto do homem prometendo uma eterna vitória. Esse cântico fez com que sua inveja e ódio aumentassem de tal maneira que não os pôde conter. Disse então a seus seguidores que em breve faria silenciar aquela voz.<br /><br /> <br /><br />As hostes rebeldes ficaram curiosas para conhecer os planos de seu chefe, mas foram por ele advertidas de que deveriam aguardar até que tudo ficasse para sempre decidido. Se o homem ouvisse sua voz, comendo do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, seria vitorioso, possuindo para sempre o domínio do Universo. Caso o homem resistisse, permanecendo fiel ao Criador, já não haveria qualquer esperança para eles.<br /><br /> <br /><br />O paraíso parecia estar envolvido por uma eterna segurança, mas no semblante do homem podia ser vista uma expressão de temor. Desde a partida dos anjos, Adão e Eva permaneciam silenciosos, meditando com reverência sobre a tremenda responsabilidade de sua missão. Pensavam na seriedade daquela iminente prova que haveria de selar o seu futuro e o de toda a Criação.<br /><br /> <br /><br />Animados, contudo, ante o pensamento da vitória, uniram mais uma vez as vozes num cântico que expressava a certeza do triunfo anelado.<br /><br /> <br /><br />Satã, que observava atentamente o casal, percebeu estar chegando a sua oportunidade. Aproximou-se de forma invisível do paraíso, e ficou esperando o melhor momento.<br /><br /> <br /><br />Inconsciente da presença do inimigo, o casal continuava em sua desprendida alegria. No semblante transtornado de Satã estampou-se um maldoso sorriso, ao presenciar um descuido do casal: em sua exaltação, haviam afastando-se um do outro. O astuto inimigo, não perdendo tempo, apossou-se de uma serpente, a mais bela do paraíso, fazendo-a aproximar-se graciosamente de Eva.<br /><br /> <br /><br />Eva, que assentada no gramado brincava com os animais, percebeu a presença da atraente serpente, cujo corpo refletia as cores do arco-íris. Ficou admirada ao vê-la colher flores e frutos do jardim, depositando-os a seus pés. Agradecida, tomou-a nos braços, dedicando-lhe afeto.<br /><br /> <br /><br />Tendo conquistado a afeição da mulher, Satã, em sua astúcia, começou a atraí-la para junto da árvore da ciência do bem e do mal. Sem se dar conta do perigo, Eva acompanhou a serpente até a árvore da prova. Ali, tendo nos braços o inimigo velado, acariciou-o e disse-lhe palavras de carinho. Tendo nos olhos o brilho da sedução, a serpente pôs-se a falar. Suas palavras eram cheias de sabedoria e ternura e sua voz como a de um anjo. Eva mal pôde crer no que via. Sua alegria tornou-se imensa por ter nos braços uma criatura tão fantástica. Passaram a conversar sobre muitas coisas: o amor; as belezas do jardim; o poder do Criador. Eva ficou admirada ante o conhecimento tão vasto da serpente, que discorria com maestria sobre qualquer assunto. Envolvida por essa experiência, Eva esqueceu-se completamente de seu companheiro. Nem sequer passavam pela sua mente as advertências dos anjos.<br /><br /> <br /><br />Subitamente o coração de Adão pulsou forte por não ver Eva a seu lado. Ergueu então a voz num grito ansioso. Sua voz, ecoou pelo paraíso, contudo, não trouxe consigo uma resposta. O silêncio quase o sufocou. Em sua aflição pôs-se a correr de um lado para outro, procurando-a, em vão. Nessa ansiosa busca, sentiu a brisa afagar-lhe os cabelos e recordou seu primeiro sonho. Essa lembrança, no entanto, desfez-se ante o pensamento do perigo que os ameaçava.<br /><br /> <br /><br />Com a mente tomada por um grande senso de culpa, Adão apressou o passo na aflitiva procura. Onde estaria a sua amada? Mais uma vez ergueu a voz num grito ansioso que repercutiu por todo jardim: "Eva, onde você está?" Aguardou uma resposta, mas ouviu somente um eco vazio que o desesperou.<br /><br /><br />Lembrou-se da árvore da ciência do bem e do mal; ali era o único lugar que não fora procurado.<br /><br />Com a serpente em seus braços, Eva interrogou-a a respeito de muita coisa. Maravilhou-se ao perceber que a serpente a sobrepujava grandemente em conhecimento. Cheia de curiosidade, perguntou à serpente:<br /><br /> <br /><br />- Onde está a fonte de seu tão grande saber? Responda-me, pois quero também possuí-la.<br /><br /> <br /><br />Sem perder tempo, Satã, apontando para a árvore da ciência do bem e do mal, respondeu:<br /><br /> <br /><br />- Ali está a fonte de todo meu saber.<br /><br /> <br /><br />Ele conta então uma mentirosa história: disse que era uma serpente como as demais, comendo dos frutos do paraíso. Provando certo dia daquele fruto especial, recebeu, como que por encanto, todas as virtudes.<br /><br />Olhando para a árvore da ciência do bem e do mal, Eva ficou surpresa e confusa. Privaria o Criador em seu amor algo tão bom às suas criaturas?! Vendo-a surpresa, Satã perguntou:<br /><br /> <br /><br />- É assim que Deus disse: Não comereis de todas as árvores do jardim?<br /><br /> <br /><br />Eva, inquieta, respondeu:<br /><br /> <br /><br />- Dos frutos das árvores do jardim comemos, mas do fruto dessa árvore que você diz ser fonte de sabedoria, disse Deus: "Não comereis dele, para que não morrais."<br /><br /> <br /><br />A serpente em tom de desdém disse:<br /><br /> <br /><br />- Isso é falso. Se fosse assim, eu teria morrido. Certamente o Eterno os proibiu de comer dessa árvore para impedir que o homem venha a se tomar como Ele, conhecendo todas as coisas.<br /><br /> <br /><br />As palavras sedutoras da serpente causaram confusão na mente de Eva. Em quem confiaria? Tinha em mente a lembrança da ordem do Criador e de sua sentença, mas ao mesmo tempo tinha diante de si uma prova palpável que O contradizia.<br /><br /> <br /><br />Num desafio, a serpente colheu frutos da árvore proibida e passou a saboreá-los. Colocando um fruto nas mãos da mulher, incentivou-a a comer, dizendo:<br /><br /> <br /><br />- Não disse o Eterno que se alguém tocasse nesse fruto morreria?<br /><br /> <br /><br />Em Jerusalém havia grande comoção. Poderosos anjos apresentaram-se diante do Criador, solicitando permissão para esmagarem o covarde inimigo, oculto naquela serpente. O Eterno, contudo, impediu-lhes tal ação. Deviam respeitar o livre-arbítrio concedido ao homem, podendo ele manifestar sua escolha sob a tentação do inimigo.<br /><br /> <br /><br />Os filhos da luz sofriam imensamente ao verem a mulher duvidando dAquele que tão bondosamente lhes dera a vida e a oportunidade de reinarem naquele paraíso. Como poderia duvidar de quem lhes dedicava tanto amor?!<br /><br /> <br /><br />Eva vacilava em sua convicção ao contemplar o fruto em suas mãos. Seu brilho, seu encanto, uma forte magia atraia aquele fruto a sua boca. Por alguns momentos o futuro pareceu-lhe sombrio e aterrador, mas venceu esse sentimento, pensando nas glórias que haveria de conquistar ao comer aquele fruto. Ainda um tanto indecisa, ergueu vagarosamente as mãos até tocar o fruto com os lábios.<br /><br /> <br /><br />Os súditos do reino da luz, estremecidos, inclinaram-se tomados por grande espanto. Parecia quase impossível, àquela altura, a mulher voltar atrás.<br /><br /> <br /><br />Enquanto pálidos os fiéis indagavam sobre uma possível esperança, presenciaram com horror a terrível decisão de Eva: resolvera romper para sempre com o Criador, tornando-se cativa da morte.<br /><br /> <br /><br />O Eterno, que em silêncio e dor contemplava aquela cena de rebelião, curvou a fronte.<br /><br /> <br /><br />Os fiéis, que em pânico julgavam-se vencidos, foram conscientizados de que nem tudo estava perdido. Se Adão resistisse à tentação, permanecendo fiel ao Eterno, ele selaria a grande vitória. Eva, que fora vítima de um engano, poderia ser conscientizada de seu erro, sendo favorecida com o perdão divino.<br /><br /> <br /><br />Quando Adão em sua angustiosa corrida alcançou o lugar da árvore, já era tarde demais. Assentada junto ao rio, Eva saboreava despreocupadamente o fruto proibido. Adão estremeceu. Seria mesmo o fruto da prova? Num gesto de esperança olhou para a árvore da ciência do bem e do mal, mas em pranto reconheceu a triste condenação. Cheio de tristeza contemplou sua esposa, mas não encontrou palavras para despertá-la para tão amarga realidade. Em completo desespero, ergueu a voz numa dolorosa exclamação:<br /><br /> <br /><br />"Eva, Eva, o que você está fazendo!"<br /><br /> <br /><br />Ao comer do fruto proibido, a mulher foi tomada por emoções que a fizeram imaginar haver alcançado uma esfera superior de vida. Ao ouvir a voz de seu esposo, ainda tomada pelas ilusórias emoções, ergueu a fronte estampando um sorriso, mas surpreendeu-se ao vê-lo chorando.<br /><br /> <br /><br />Com profunda amargura, Adão procurou saber a razão que a levara a rebelar-se contra o Eterno. Eva, prontamente, passou a contar-lhe a fantástica história da sábia serpente.<br /><br /> <br /><br />Satã sabia que essa história de serpente jamais convenceria o homem a comer do fruto da árvore proibida. Precisava encontrar uma maneira sutil de levá-lo a selar sua sorte seguindo os passos de sua esposa. Tendo Eva sob seu poder, resolveu fazer dela o objeto tentador. Aguardaria o momento oportuno para enlaça-lo.<br /><br /> <br /><br />No dia em que dela comerdes, certamente morrereis. A lembrança desta sentença deixava Adão muito aflito. A expectativa de ver sua amada perecendo em seus braços, era demais para suportar. Esta aflição, contudo, foi diminuindo, ao ver que ela continuava feliz e carinhosa ao seu lado, como se nenhum mal lhe houvesse acontecido. Aliviado, Adão voltou a sorrir, correspondendo aos afetos de sua companheira. Rendia-se às mais doces emoções, longe de saber que era o inimigo quem o envolvia naqueles abraços.<br /><br /> <br /><br />Nesse momento de enlevo, Eva começou a falar-lhe de sua experiência com a ciência do bem e do mal. <br /><br />Falou-lhe dos tesouros da sabedoria que lhe haviam sido abertos. Em seu novo reino, viveria muito feliz. Entretanto, essa felicidade seria incompleta sem a participação de seu esposo. Falou-lhe da impossibilidade de retroceder em seus passos, e insistiu para que ele a seguisse.<br /><br /> <br /><br />Depois de falar-lhe de sua decisão, Eva, com um doce sorriso, estendeu-lhe as mãos contendo um fruto, pedindo-lhe que o comesse numa demonstração de seu amor por ela.<br /><br /> <br /><br />Com a voz tentadora em seus ouvidos, Adão assentou-se no gramado em profunda reflexão. Sua face tornou-se novamente pálida e suas mãos trêmulas. Temia rebelar-se contra o Criador, mas ao mesmo tempo compreendia que não conseguiria viver separado de sua companheira, a quem amava com infinito amor. Eva era carne de sua carne, a extensão de seu ser.<br /><br /> <br /><br />Sentia-se angustiado ao ter de tomar uma decisão tão séria.<br /><br /> <br /><br />A palidez do rosto de Adão refletiu-se no semblante de todos os fiéis ao Eterno. Ouviram a insinuação do inimigo e perceberam com horror a vacilação do homem. A indecisão de Adão deixava-os desesperados. Obedecesse ele àquela proposta de Satã, toda felicidade seria eternamente banida. Nas decisões do ser humano estava o destino de todo o Universo.<br /><br /> <br /><br />Depois de intensa luta íntima, Adão olhou para sua companheira; a ela unira-se em promessas de uma eterna entrega. Não a deixaria só agora. Partilharia com ela os resultados da rebelião. Tomou então das mãos de Eva um fruto e, num gesto apressado, levou-o à boca.<br /><br /> <br /><br />Procurando abafar a voz de sua consciência, que lhe falava de uma eterna perdição, Adão lançou-se nos braços de sua esposa, desfrutando o alto preço de sua rebelião.<br /><br /> <br /><br />Satã, com brados de triunfo, deixou o paraíso, voando rapidamente para junto de suas inumeráveis hostes, que aguardavam ansiosas o resultado de tão arriscada tentativa. Ao saberem da desgraça humana, uniram-se numa estrondosa festa. Sentiam-se seguros. Sião agora lhes pertencia por direito, podendo lá estabelecer um reino eterno, jamais sendo molestados pelas leis do Eterno.<br /><br /> <br /><br />Em todo o Universo os filhos da luz sofriam e pranteavam a derrota. Nunca houvera tanta tristeza e horror ante o futuro. As vozes que viviam a entoar louvores ao Criador proferiam agora lamentações.<br /><br /> <br /><br />O Eterno, antes mesmo de criar o Universo já havia previsto esse triunfo da rebeldia e, em Sua sabedoria e amor, idealizara um plano de resgate. Ordenou que Seus mais poderosos anjos circundassem imediatamente o jardim do Éden, impedindo que Satã tomasse posse do monte Sião. Consoladas ante a manifestação divina, as potentes criaturas, em pronta obediência, romperam o espaço infinito, circundando em instantes o paraíso, no seio do qual o ser humano, já transtornado pelo pecado, vivia o negror de uma noite que seria longa e cruel.<br /><br /> <br /><br />Sendo a autoridade do Eterno fundamentada na justiça, de que maneira poderia justificar Suas ações diante dos inimigos? Não entregara por Sua vontade o reino ao homem, e esse por livre escolha não o submetera a Satã? Enquanto surpresas as criaturas racionais consideravam as ações decisivas de Deus, ouviram Sua potente voz que, repercutindo por toda a criação,trazia a revelação do grande mistério - revelação tão maravilhosa que a partir daquele momento, por toda a eternidade, ocuparia a mente dos fiéis, sendo tema para as mais doces meditações.<br /><br /> <br /><br />O Eterno falou primeiramente sobre a terrível condenação que pendia sobre o homem e toda a criação. Disse que, ao se desligar da Fonte da Vida, o homem havia se precipitado em tão profundo abismo que não poderia ser alcançado pelo Seu braço de justiça e poder. Humilhado e torturado pelas garras do inimigo, não restava ao homem outra sorte além da morte - fruto doloroso de sua espontânea rebelião.<br /><br />Considerando a situação humana, as hostes da luz não viam possibilidades de triunfo. Sabiam que só o homem poderia retomar o domínio do inimigo, devolvendo-o ao Criador. Mas o ser humano, eternamente escravizado em sua natureza, seria incapaz de tal vitória.<br /><br /> <br /><br />Com voz melodiosa e cheia de ternura, Deus revelou o plano da redenção, dizendo: "Na verdade, o homem colherá o fruto de sua rebelião numa terrível morte. Não posso, com o meu poder, mudar-lhe a sorte. Se assim agisse, seria injusto diante de meu decreto. Mas farei cair toda a condenação sobre um Substituto que surgirá na descendência humana. Esse Homem não trará em suas mãos as algemas da morte, sendo inocente e incontaminado em Sua natureza. Como representante da raça humana, enfrentará Satã e o vencerá. Após triunfar nessa batalha, provando que o amor é mais forte que o egoísmo, que a verdade é mais forte que a mentira, que a humildade é mais poderosa que o orgulho, o fiel Substituto erguerá as mãos vitoriosas não para saudar a grande conquista, mas para tomar das mãos da humanidade escravizada a taça de sua condenação. Sorverá assim, submisso, o cálice da eterna morte. Esse imenso sacrifício abrirá aos seres humanos uma oportunidade de serem redimidos, voltando aos braços do Criador, juntamente com o domínio perdido."<br /><br /> <br /><br />As hostes, surpresas ante a revelação do Eterno, indagaram a identidade d'Esse Substituto. O Criador, com um sorriso amoroso, disse-lhes:<br /><br /> <br /><br />"Parte de Mim será esse Homem. O Meu Espírito repousará sobre uma virgem, e nela será gerado um Filho Santo. Esse menino será divino e humano. Em sua humanidade, ele será submisso à divindade que n'Ele habitará. Os remidos verão n'Ele o Pai da Eternidade, o Criador e Redentor, o Rei dos reis. O Seu nome será Yoshua (nome hebraico que traduzido significa o Eterno salva)."<br /><br /> <br /><br />Assumindo a natureza humana, Deus poderia pagar o resgate, morrendo em lugar dos pecadores.<br /><br />As hostes da luz ficaram emudecidas ao conhecer o plano do Criador. O pensamento de verem-nO submeter-Se a tão penoso sacrifício, a fim de redimir o domínio perdido, era demais para suportarem. Não havia, contudo, outra esperança de vitória, a não ser através dessa amorosa entrega.<br /><br /> <br /><br />Após desfrutar o pecado, o jovem casal sentiu-se mal. Inicialmente sentiram um grande vazio no coração, que logo foi preenchido pelo remorso e pela tristeza. Perceberam que, inspirados pela cobiça, haviam selado sua triste sorte e a de toda a criação. Parecia-lhes ouvir ao longe o gemido de um Universo vencido.<br /><br /> <br /><br />O sol, que os enchera de vida e calor naquele dia, ocultava-se no horizonte, anunciando-lhes uma negra noite. O arrebol, que até ali anunciara-lhes o feliz encontro com o Criador, parecia envolve-los numa sentença de que jamais despertariam para um novo dia. Com o olhar voltado para o frio solo, vinha-lhes à lembrança a sentença: "No dia em que dela comerdes, certamente morrereis." Desesperadas lágrimas rolavam em seus rostos ao aguardarem o trágico fim.<br /><br /> <br /><br />Ao considerar o motivo de sua rebelião, Adão começou a recriminar sua esposa por ter dado ouvidos à serpente. Eva, por sua vez, procurando desculpar-se, lançou a culpa sobre o Criador, dizendo: "Por que o Eterno permitiu que a serpente me enganasse?!"<br /><br /> <br /><br />O amor que reinava no coração humano desaparecia, dando lugar ao orgulho e ao egoísmo, que se fundiam em ressentimentos e ódio. Sua natureza já não era pura e santa, mas corrompida e cheia de rebeldia. Tudo estava mudado. Mesmo a brisa mansa que até ali os havia banhado em carícias refrescantes, enregelava agora o culposo par. As árvores e os canteiros floridos, que eram seu deleite, consistiam agora em empecilhos ao caminharem sem rumo naquela noite.<br /><br /> <br /><br />O propósito de Satã em encher o sábado de trevas parecia haver se cumprido. Naquela noite, não existia sequer o reflexo prateado do luar para falar-lhes de esperança. As estrelas cintilantes, suspensas no escuro céu, estavam ofuscadas pela dor.<br /><br /><br />Baixavam sobre o mundo as trevas de uma longa noite de pecado - sombras sob as quais tantos se arrastariam sem esperança de um alvorecer.<br /><br /> <br /><br />A noite já ia alta e as trevas pareciam envolver o triste casal em eternas sombras quando surgiu repentinamente um brilho no céu, que ia aumentando à medida que se aproximava da Terra. O casal estremeceu, pois sabia que era o Criador que vinha dar-lhes o castigo. Vencidos pelo pânico, puseram-se a correr, distanciando-se do monte Sião, o lugar da vergonhosa queda. Justamente para ali viram o Criador dirigir-Se. Eles, que sempre corriam ao encontro do amoroso Pai, atraídos por Sua luz, fugiam agora desesperados em busca de lugares escuros, de densa floresta.<br /><br /> <br /><br />O Eterno, movido por infinito amor, passou a seguir os passos do casal fugitivo. Como tudo se transformara! Seus filhos não conseguiam mais ver n'Ele um Pai de amor, mas alguém que, irado, buscava castigá-los.<br /><br /> <br /><br />Movido por forte anseio de abraçar Seus filhos humanos, Deus fez ecoar a voz numa indagação: "Adão, onde vocês se encontram?" Sua voz, ao soar em meio às trevas, trazia consigo somente um eco vazio.<br /><br />Quantos, enganados por Satã, fugiriam de Sua presença no decorrer da longa noite de pecado, julgando-No um Senhor tirano, que vive buscando falhas e fraquezas nos pecadores, a fim de castigá-los! O Criador, todavia, não desistiria de procurá-los pelos vales sombrios do reino da morte, até conquistar um povo arrependido.<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva, exaustos pela pressurosa fuga, esconderam-se por entre a folhagem de um pé de figueira. Reconhecendo sua nudez, procuraram fazer aventais cosendo aquelas folhas. Vestidos assim, julgaram poder livrar-se do sentimento de vergonha ante o Criador.<br /><br /> <br /><br />O Eterno, aproximando-Se do local onde o casal se escondia, perguntou:<br /><br /> <br /><br />- Adão, onde estão vocês?<br /><br /> <br /><br />Não podendo mais se ocultar de Deus, Adão ergueu-se juntamente com sua companheira e, cabisbaixos, apresentaram-se ao Criador, prostrando-se trêmulos a Seus pés. Não conseguiram encará-Lo mais, devido ao senso de culpa.<br /><br /> <br /><br />O Criador, carinhosamente, tomou-os pelas mãos, erguendo-os do chão, e, com expressão de tristeza no semblante, perguntou-lhes:<br /><br /> <br /><br />- Por que vocês fugiram de Mim? Acaso comeram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal?<br /><br /> <br /><br />Adão, todo trêmulo, com voz entrecortada de temor, respondeu:<br /><br /> <br /><br />- A mulher que me deste por companheira, ela deu-me o fruto e eu comi.<br /><br /> <br /><br />Com esta resposta, Adão procurava desculpar-se, lançando a culpa sobre sua companheira.<br /><br /> <br /><br />Voltando-Se para Eva, o Eterno indagou-lhe:<br /><br /> <br /><br />- Por que você fez isso?<br /><br /> <br /><br />Eva prontamente respondeu-Lhe:<br /><br /> <br /><br />- Aquela serpente me enganou e eu comi.<br /><br /> <br /><br />Ambos não queriam reconhecer a culpa, lançando-a sobre outrem. Em suma, atribuíam ao Criador a responsabilidade por todo o mal praticado: "Por que concedera-lhes o livre-arbítrio? Por que criara a mulher? Por que criara a serpente?"<br /><br /> <br /><br />Deus observava Seus filhos que, tímidos e desconcertados, permaneciam diante de Si. Com profunda tristeza, Ele previu que essa seria a experiência de incontáveis seres humanos no decorrer da história. Quantos haveriam de se perder por não reconhecerem a própria culpa! Quantos procurariam justificar-se, lançando seus erros sobre os outros e até mesmo sobre o Criador!<br /><br /> <br /><br />Com palavras brandas, o Eterno procurou fazê-los reconhecer sua culpa. Somente reconhecendo sua necessidade, poderiam ser ajudados.<br /><br /> <br /><br />Olhando para as frágeis vestes tecidas por mãos pecadoras, disse ao casal:<br /><br /> <br /><br />- Filhos, essas vestes são insuficientes, logo secando se desfarão. Vocês precisam de vestes duradouras, que possam cobrir vossa nudez, livrando-vos da condenação. Se vocês quiserem, Eu posso dar-lhes essa veste.<br /><br /> <br /><br />Ante as palavras bondosas do Criador, que traziam esperança, o casal prostrou-se arrependido, despindo-se de suas ilusórias vestes, símbolos de seu fracasso. Almejavam agora as vestes da salvação, prometidas pelo divino Pai.<br /><br /> <br /><br />Depois de contemplar Seus filhos que, arrependidos, jaziam a Seus pés, o Eterno tomou-os carinhosamente pelas mãos e os levantou. Alegrava-Se em poder revelar ao homem caído o plano da redenção.<br /><br /> <br /><br />Deus passou a descerrar-lhes primeiramente os amargos resultados de sua queda, dizendo: "Filhos, vocês selaram o destino de toda a criação nas garras da morte. A desarmonia já permeia a natureza, procurando destruir nela todas as virtudes. O abismo no qual vocês imergiram pela desobediência é por demais profundo para que possam ser alcançados pelo meu poderoso braço. Assim, desligado da Fonte da Vida, não resta mais ao ser humano outra sorte além da morte." <br /><br /> <br /><br />Depois de proferir estas palavras que revelavam uma triste sorte, o Eterno convidou o casal a segui-Lo. Cabisbaixos, Adão e Eva, em pranto, seguiram o Criador em Seus passos de justiça, que encaminhavam-nos ao lugar da vergonhosa queda, onde supunham encontrar o doloroso fim.<br /><br /> <br /><br />Enquanto caminhavam, contemplavam através das lágrimas as belezas adormecidas banhadas pela luz de Deus. Viam os inocentes animais, que não tinham consciência da grande dor. Subitamente, o casal se deteve, vencido por intenso pranto; seus vacilantes passos os haviam levado para junto de um cordeiro, o animalzinho mais querido. Seus olhinhos de meiguice haveriam também de se apagar!<br /><br /> <br /><br />Enxugando-lhes as lágrimas, o Eterno ordenou-lhes tomar nos braços o inocente cordeiro. <br /><br />Envolvendo-o junto ao peito, acompanharam silenciosamente os passos do Criador, até alcançarem o topo do monte Sião, lugar da vergonhosa queda. Contemplando ali os restos dos rubros frutos, com ímpeto lhes veio à mente a lembrança da sentença divina: "No dia em que dela comerdes, certamente morrereis."<br /><br />O terrível momento chegara. O homem culpado deveria sorver o amargo cálice da morte, sucumbindo sem esperança.<br /><br /><br />Consciente de sua perdição, o casal percebeu, com horror, que as mãos que os trouxeram para a vida empunhavam agora um cutelo pontiagudo de pedra. Trêmulos, prostraram-se e esperaram pelo cumprimento da justa sentença. <br /><br /> <br /><br />Enquanto emudecidos pelo medo, Adão e Eva aguardavam o golpe que os reduziria a pó, sentiram o toque macio das mãos divinas que os erguiam para uma nova vida. A condenação, contudo, haveria de recair sobre um substituto.<br /><br /> <br /><br />Colocando nas mãos de Adão o cutelo, o Criador lhe disse: <br /><br /> <br /><br />- O cordeiro morrerá em lugar de vocês. <br /><br /> <br /><br />Adão deveria sacrificá-lo.<br /><br /> <br /><br />Assustado ante a ordem de Deus, o casal, em pranto, pôs-se a clamar:<br /><br /> <br /><br />- Senhor, o cordeirinho não, ele é inocente!<br /><br /> <br /><br /> Com expressão de justiça, o Eterno acrescentou: <br /><br /> <br /><br />- Se ele não morrer, vocês não poderão ter as vestes das quais falei.<br /><br /> <br /><br />Ante a insistência do Criador, Adão, todo tremulo, num esforço doloroso, cravou no peito do cordeirinho aquela aguda pedra.<br /><br /><br />O golpe foi fatal, e o animalzinho, vertendo seu precioso sangue, mergulhou nas trevas de uma noite sem fim.<br /><br /> <br /><br />Contemplando o cordeirinho inerte sobre a relva ensangüentada, o casal ergueu a voz e chorou. <br /><br />Começavam a compreender a enormidade de sua tragédia. Quão terrível era a morte! Ela, em seu poder, apagara toda a luz dos olhos do inocente animal.<br /><br /> <br /><br />Inclinando-Se silenciosamente sobre o corpo inerte do cordeiro, o Eterno tirou-lhe a pele revestida de branca lã e com ela fez túnicas para cobrir a nudez do casal. Após vesti-los perguntou-lhes com carinho:<br /><br /> <br /><br />- Vocês entenderam o sentido de tudo isto?<br /><br /> <br /><br />Em profunda reflexão, por entre soluços de reconhecimento e gratidão, o casal exclamou:<br /><br /> <br /><br />- Ele morreu em nosso lugar, para dar-nos suas vestes!<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva, embora compreendessem aquela realidade física, estavam longe de entender o significado daquele acontecimento.<br /><br /><br />A eles o Criador revelaria o mistério do divino amor.<br /><br /> <br /><br />Com expressão de infinita misericórdia, Deus passou a revelar ao ser humano o sentido daquele doloroso sacrifício, dizendo:<br /><br /> <br /><br />"O inocente cordeirinho, que hoje padeceu, simboliza um homem que haverá de nascer. Em seus olhos haverá a mesma meiguice, o mesmo amor. Revestido por uma vida justa, como a branca lã que cobria o cordeiro, esse homem crescerá como um renovo sobre a Terra, não tendo nas mãos as algemas do pecado. Em sua aparência, esse homem não trará a pompa de um rei, por isso será desprezado por muitos. Será um homem de dores, pois cairá sobre si o peso de todas as provações. Em sua fidelidade ao reino da luz, esse homem lutará contra o inimigo usurpador, vencendo-o finalmente. Após triunfar em suas lutas, tomará sobre si o fardo de vossa condenação que lhe causará uma terrível morte. Ele será traspassado por causa da vossa rebelião e moído pelas vossas iniqüidades. Será oprimido e humilhado, mas não abrirá a sua boca, como o cordeirinho que hoje entregou-se pacificamente. Sucumbindo na morte, ele vos concederá os méritos de sua vitória. Envolvidos por suas vestes de justiça, estareis livres da condenação. A vida eterna alcançareis assim, mediante o sacrifício desse homem justo que haverá de nascer.<br /><br />Adão e Eva, que num misto de gratidão e dor ouviram a revelação de tão grande salvação, indagaram reverentes a respeito desse homem especial que em sua descendência haveria de surgir, a fim de cumprir tão imenso sacrifício."<br /><br /> <br /><br />O Criador, olhando-os ternamente, movido por um amor que supera mesmo a morte, os envolveu num carinhoso abraço e revelou:<br /><br /> <br /><br />- De Meu sofrimento surgirá este Homem!<br /><br /> <br /><br />- Nós somos merecedores da morte Senhor, mas Tu és inocente e não deves sofrer em nosso lugar!<br /><br /> <br /><br />Enxugando-lhes as lágrimas, o Eterno com ternura lhes falou:<br /><br /> <br /><br />- Meus filhos, Eu os amo com um eterno amor. Após sorver o cálice da eterna morte, Este Homem retomará a vida e subirá ao céu. Intercederei ali pelo homem perdido, concedendo a todos aqueles que, arrependidos, aceitarem meu sacrifício, as vestes de minha vitória. Juntos, triunfaremos finalmente sobre o reino do pecado que se desfará em cinzas sob nossos pés. Criarei então um novo Céu e uma nova Terra, onde unicamente a justiça e o amor reinarão. Viveremos assim para sempre, num reino de perfeita harmonia e paz.<br /><br /> <br /><br />O Criador, que acompanhado pelo casal permanecia ainda sobre o monte Sião, concluiu Suas revelações dizendo: "O jardim do Éden ficará agora vazio. O ser humano, durante a longa noite de pecado, vagueará em seu exílio. Não andará, contudo, sozinho: o Eterno, também peregrino, trilhará com o homem toda a estrada espinhosa, até poderem juntos galgar o monte perdido, triunfando gloriosamente sobre o reino da morte. A árvore da ciência do bem e do mal, monumento da rebeldia, será então desfeita, dando lugar a uma árvore gloriosa que, unindo sua copa à árvore da vida, se tornará no arco comemorativo da grande vitória. Sobre o santo monte redimido, repousará então para sempre o torno universal, que pelos fiéis triunfantes será nomeado: o trono de Deus e do Cordeiro." <br /><br /> <br /><br />Adão e sua companheira, após ouvirem palavras tão confortadoras e cheias de esperança, ergueram a voz num cântico de gratidão e louvor. Conheciam agora o infinito amor de seu Criador e estavam dispostos a servi-Lo.<br /><br /> <br /><br />Depois de consolar o casal, Deus levou-os para fora do Éden. Não lhes foi fácil se despedir daquele precioso lar; ali haviam despertado para a vida nos braços do Eterno; ali desfrutaram momentos de pura felicidade, em companhia do Criador, dos anjos e dos dóceis animais. Uma saudade infinita parecia envolver o casal em seus passos de abandono.<br /><br /> <br /><br />Foi com espanto que Satã e seus súditos presenciaram a intervenção do Eterno. Ficaram abalados ante a surpreendente revelação do plano de resgate. Com raivosa frustração, compreenderam que, se de fato a promessa divina se concretizasse, não restaria nenhuma esperança. <br /><br /> <br /><br />Depois de refletir sobre tudo o que acontecera, uma grande ira apossou-se de seu coração. Não estava disposto a reconhecer a redenção do ser humano. Faria todos os esforços para retê-lo, juntamente com o reino que lhe fora entregue.<br /><br /> <br /><br />Quando o casal, acompanhado pelo Criador, alcançou o vale ferido pela morte, amanhecia. Ali Satã os enfrentou com fúria, numa tentativa de se apossar novamente do ser humano. O casal ficou trêmulo em face do inimigo, mas as mãos protetoras de Deus os acalmaram.<br /><br /> <br /><br />Expressando no semblante a firmeza de uma justiça que é eterna, o Eterno silenciou as ameaças do inimigo com as seguintes palavras: "O ser humano Me pertence, pois Eu o comprei com o meu sangue".<br /><br />Ao caminharem junto ao Criador, Adão e Eva observavam com tristeza os sinais da morte estampados naquela natureza antes tão cheia de vida. As belas flores, que haviam desabrochado para exalar aromas eternos, pendiam agora murchas; os passarinhos, que com alegria os saudavam em cada alvorecer com os seus trinos, voavam agora distantes, fazendo soar tão tristes cantos! Tudo estava mudado na natureza. A ciência do bem e do mal não trouxera nenhum bem ao Universo, mas um intenso conflito espiritual e físico.<br /><br /> <br /><br />Ante as conseqüências devastadoras de sua queda, o casal, vencido por uma indizível tristeza, prostrou-se arrependido e chorou amargamente. Deus, que também compungido pela dor contemplava o cenário desolador, procurou, com palavras de esperança, confortá-los. Falou-lhes sobre o novo Céu e a nova Terra que um dia criaria, onde a paz e o amor voltariam a reinar em cada coração. Ali viveriam sempre juntos, não trazendo na fronte as marcas da tristeza, mas coroas de eterna vitória.<br /><br /><br />Ali enxugaria as lágrimas de suas faces e essas jamais voltariam a umedecer os seus olhos. <br /><br />Amparando Adão e Eva em seus passos, o Criador conduziu-os através de um vale ferido, até alcançarem o sopé de uma colina. Galgaram-na em lentos passos, enquanto trocavam palavras de ânimo e esperança. Seus pés alcançaram finalmente a relva macia que cobria o topo espaçoso daquela colina. Era sobre aquele lugar que o casal via a cada dia o sol declinar, banhando o céu e os vales de um vermelho vivo, como o sangue que jorrara do peito do cordeiro. <br /><br /> <br /><br />O sol declinava em sua jornada, anunciando a chegada de mais uma triste noite - a primeira fora do paraíso. Num calmo gesto, o Eterno, mostrando-lhes o vale sobranceiro à colina, falou-lhes com carinho: <br /><br /> <br /><br />"Aqui será vossa provisória morada. Daqui podereis contemplar o paraíso que por algum tempo permanecerá na Terra, até ser recolhido ao seu lugar de origem, no seio da Jerusalém Celeste. Ali, protegido pela justiça, aguardará o alvorecer da vitória. Quando esse grande dia chegar, retornaremos juntos a Sião, onde seremos coroados em glória, num reino de eterna felicidade e paz".<br /><br /> <br /><br />Depois de dizer estas palavras, Deus ordenou ao casal que construísse naquele lugar um altar de pedras, sobre o qual a cada semana, na noite que antecede o sábado, deveriam imolar um cordeiro, pela memória de Seu sacrifício. Como sinal de Sua presença, e para a certeza de que seus pecados seriam perdoados, Ele acenderia um fogo sobre o altar, o qual duraria toda a noite, até consumir por completo a oferta do sacrifício.<br /><br /> <br /><br />Para que o ser humano pudesse firmar sua fé sobre as verdades reveladas, e não na manifestação visível da pessoa do Criador, Ele haveria de permanecer invisível daquele momento em diante. Somente em ocasiões especiais, quando se fizesse necessário Sua aparição ou a de anjos para novas revelações e advertências, isto ocorreria.<br /><br /> <br /><br />O Eterno disse-lhes com amor: "Filhos, embora vocês tenham de permanecer neste ambiente hostil, não precisam temer, pois Eu permanecerei ao lado de vocês. Serei um companheiro amigo nesta jornada; levarei sobre os meus ombros suas dores, seus anseios, suas lutas. Quando, tentados pelo inimigo, estiverem a ponto de ceder, poderão encontrar abrigo em meus braços, que sempre estarão estendidos para salvá-los e, se algum dia vocês não resistirem, e pela fúria do inimigo forem arrastados para as profundezas do abismo, não se desesperem julgando não haver esperança, pois Eu estarei ali para acudi-los com o meu perdão e força. Tenham sempre em mente o significado das vestes recebidas das minhas mãos, pois elas falam da redenção que ao homem pertence. Descansem filhos meus, nos meus braços de amor."<br /><br /> <br /><br />O Criador deixou o casal adormecido sobre a relva, depois de beijar-lhes as faces já marcadas pelo sofrimento. Sua luz dissipou-se ao tornar-Se invisível, dando lugar às trevas daquela primeira noite fora do paraíso.<br /><br /> <br /><br />Deus, ainda que invisível, permanecia ao lado de Adão e Eva ali na colina. O sofrimento deles era o Seu sofrimento, como também a esperança de um dia retornarem vitoriosos a Sião.<br /><br /> <br /><br />Longa seria a noite do pecado, e renhida a batalha pela reconquista do reino perdido. O triunfo da luz requereria da parte de Deus um sacrifício imenso. Na pessoa do Messias, a seu tempo, ele nasceria entre os homens, com a missão de pagar o preço do resgate. Por meio dEle muitos seriam libertos das garras do inimigo: todos aqueles que O aceitassem como Salvador e Rei.<br /><br /><br />Contra esses escolhidos, o inimigo arregimentaria todas as forças procurando fazê-los cair. Em sua visão do futuro, o Criador contemplou com alegria o triunfo final dos redimidos. Haviam sido extremamente provados, mas em tudo foram mais do que vencedores por meio dAquele que os redimiu das trevas para o reino da luz.<br /><br /> <br /><br />Depois de antever os sofrimentos que adviriam da grande luta, o Eterno estendeu o olhar pelas planícies cativas, contemplando ali as hostes rebeldes dispostas para a luta. O objetivo desses exércitos, era apossar-se novamente do ser humano, no qual estava selado o direito de domínio sobre o Universo.<br /><br />Contrária à natureza do Criador é a guerra, mas para defesa de Seus filhos, estava disposto a empregar o Seu poder. Sua força, contudo, somente seria empregada com justiça. Se o ser humano recusasse essa proteção oferecida mediante o sacrifício do Messias, Deus nada poderia fazer para impedir que o mesmo perecesse nas garras do inimigo. Adão e Eva, contudo, haviam se arrependido de seu grande pecado, recebendo pela misericórdia de Deus vestes de salvação, simbolizadas pelas peles do cordeiro sacrificado.<br /><br />Justificado pela entrega do casal, o Eterno convocou Seus poderosos exércitos para a peleja. Em pronta obediência as hostes da luz irromperam pelo espaço sideral em direção à Terra, circundando qual forte muralha a colina, portadora daquele tesouro redimido pelo sangue do divino Rei. <br /><br /> <br /><br />Ao ser humano fora conferido no Éden o dever de cuidar da natureza : preparavam canteiros para as flores; colhiam frutos para mantimento; dirigiam os animais em seu inocente viver, adestrando-os para que lhes fossem úteis. Essas ocupações tinham sido para eles fontes de desenvolvimento e prazer. Agora, apesar das adversidades, deveriam continuar realizando esse dever. O trabalho em si, realizado segundo as ordens do Criador, já anularia muitos ataques do inimigo.<br /><br /> <br /><br />As primeiras ocupações do casal naquela manhã, trouxeram-lhes revelações do grande amor de Deus, até então desconhecidas. Ao reunirem as pedras para construção do altar, experimentaram a dor de feridas que jorram sangue, como também a fadiga que faz minar suor. Sentindo e contemplando tudo na própria carne, amaram mais o Salvador, para quem o altar construído prefigurava feridas maiores, que verteriam todo o Seu sangue, como também fadigas que minariam toda a seiva de Sua vida.<br /><br /> <br /><br />O olhar de saudade e de esperança do casal de agora em diante, jamais pousaria no Éden distante, sem discernir primeiro o altar dos sacrifícios. Esse altar, com suas manchas de suor e sangue, permaneceria como uma lembrança da dor e do sofrimento que, depois de umedecer os lábios dos seres humanos, transbordaria na taça do Criador. <br /><br /> <br /><br />Após contemplar por longo tempo o paraíso da eterna vida que estendia-se muito além daquele altar escuro de morte, o casal experimentou o doce alívio do descanso.<br /><br /> <br /><br />Desejosos de conhecer as paisagens de seu novo lar, Adão e Eva, animados pela esperança, saíram a passear. Seus passos conduziram-nos por caminhos de sorrisos e de lágrimas; de encantos e desilusões; de flores que desabrochavam delicadas, banhadas em perfume, e de flores despetaladas, tombadas murchas e sem cheiro; de animais ainda dóceis e submissos e de animais inimigos, ferozes e ameaçadores. O casal discernia em seu passeio as divisas de dois mundos: o da luz e o das trevas; do amor e do egoísmo; da esperança e do desespero; da harmonia e da desarmonia; da vida e da morte. Essa visão encheu-lhes de tristeza e choraram longamente. Essa tristeza aumentaria ainda mais no futuro, quando descobrissem o aprofundamento dessas divisas no seio de sua descendência.<br /><br /> <br /><br />Seis arrebóis já haviam colorido os céus anunciando ao casal as noites escuras e frias que com seu manto de trevas desfazia todas as imagens vivas, menos a esperança de revê-las coloridas no alvorecer de luz.<br /><br />Aproximava-se agora a hora do sacrifício, quando o rude altar, abrasado em sua justiça clamaria por sangue. Se não lhe oferecessem a oferta, explodiria com certeza, envolvendo todo o mundo com suas chamas; Já não haveria então alvorecer, nem esperança de Éden a florir.<br /><br /> <br /><br />Quão precioso é o sangue! Sangue é vida; vida é luz! Para um ser aquela noite tornar-se-ia eterna, sem alvorecer! Esse ser deveria assumir a culpa de todo o mundo, dando o seu sangue ao rude altar.<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva depois de refletirem por longo tempo, contemplando o berço da morte construído por suas mãos, entreolharam-se inquietos com essa questão decisiva: Quem se oferecerá? Essa indagação nascida de sua culpa, fez vibrar no profundo de suas lembranças a voz do bendito Criador em Sua revelação de infinita bondade: - Eu os amo com um eterno amor; Eu morrerei em vosso lugar".<br /><br /> <br /><br />Agradecido, o casal prostrou-se reverentemente ante o sedento altar, vendo-o pela fé, saciado pelo dom do eterno amor.<br /><br /> <br /><br />Naquela tarde de sexta-feira, Deus submetia o ser humano a uma tremenda prova de fé. Eles tinham diante de si o altar de pedras, construído conforme a ordem divina, mas não havia nenhuma ovelha para o sacrifício. Em seu anseio, lembravam-se do Éden, onde havia muitos rebanhos.<br /><br /> <br /><br />Ao verem o sol tombar no horizonte, Adão e Eva passaram a clamar a Deus por socorro, pois sabiam que somente um milagre poderia providenciar-lhes, naquele derradeiro momento, um cordeiro para o sacrifício.<br /><br /> <br /><br />Quando as sombras do anoitecer começaram a envolver a colina, o casal que vivia tão dura prova de fé, discerniu um pontinho branco que saltitava no gramado vindo em direção deles. À medida em que se aproximava, aquele vulto parecia falar de esperança, de vida e calor. Ao verem que o grande milagre acontecera, correram ao encontro do cordeiro, envolvendo-o nos braços. Ele estava fatigado, mas não descansaria: daria descanso. Estava sedento, mas não beberia: daria de beber ao altar que clamava por sangue. Aquele cordeiro tinha vontade de viver nos braços do homem, mas morreria, para que esse pudesse viver nos braços de Deus. Era um perfeito simbolismo do Redentor que deixaria Sua glória, vindo em busca do pecador.<br /><br /> <br /><br />As trevas de mais uma noite baixaram lentamente envolvendo toda a natureza em sua prisão. Sua força, porém, seria quebrada diante do ser humano, pelo brilho de um fogo especial, aceso pelas mãos do divino perdão sobre o corpo sem vida do inocente cordeiro.<br /><br /> <br /><br />Em meio à noite o altar clama; o homem triste exclama, enquanto o cordeiro, mudo, não reclama ao ser estendido para a morte. <br /><br /> <br /><br />As mãos que construíram o altar erguem-se agora, não para acariciar como outrora, mas para ferir, sangrando o preço do perdão. Só um gesto, nada mais, e a estrela se apagará para sempre dos olhos inocentes, fazendo brilhar na face culpada a luz da salvação. <br /><br /> <br /><br />Adão, trêmulo hesita em compaixão. No cordeirinho manso e submisso, pronto a morrer em seu lugar, vê o Salvador prometido. Com o coração arrependido, num esforço doloroso, crava o cutelo de pedra no peito do animalzinho que perece em suas mãos sem sequer dar um gemido.<br /><br />O poder da noite imediatamente é quebrado pelo brilho do fogo da aceitação. Sua luz revela ao ser humano sua trágica condição: Vendo as mãos manchadas pelo sangue inocente, o casal sente-se culpado por aquela morte. Em pranto ajoelham-se ante o altar que já não lhes reclama sangue, mas oferece luz, aceitando o imerecido perdão.<br /><br /> <br /><br />Erguendo-se, o casal contempla demoradamente o corpo ferido do pobre cordeirinho, sem poder agradecer-lhe pela riqueza concedida em troca de seu tão rude golpe.<br /><br /> <br /><br />Banhados pela suave luz do sacrifício, Adão e sua companheira permanecem a meditar, até serem vencidos por um profundo sono. Recostando-se ao solo coberto de relva macia, adormecem docemente sob os cálidos raios do perdão, certos de que seu brilho e calor perdurariam até serem as trevas daquele sábado desvanecidas completamente pelo fulgurante sol.<br /><br /> <br /><br />A luz do cordeiro, desde que fora acesa sobre o altar naquela noite, permanecia em constante guerra com as trevas. Por várias vezes crescia em brilho, afugentando para distante a fria escuridão, banhando a natureza com os seus raios de vida. Por vezes, as trevas trazendo o seu vento frio, quase bania por completo a chama. Essa, todavia, num grande esforço alimentava-se do sangue do cordeiro, lançando ao alto sua ardente chama, inundando de luz e calor tudo aquilo que havia ao redor.<br /><br /> <br /><br />O conflito entre a luz nascida do sacrifício e as trevas naquela noite, descerravam aos fiéis do Universo muitas lições importantes - verdades que ocupariam suas mentes por toda a eternidade. Naquela chama, ora ardente em seu brilho, ora fustigada pelos ventos da noite, os fiéis viam uma representação do conflito milenar entre o bem e o mal; conflito que sem trégua se estenderia até o alvorecer . O Eterno, no penhor de Seu futuro sacrifício, acendera em meio das trevas, a luz da verdade, e essa seria mantida acesa no coração do ser humano, em virtude de Seu sangue que seria derramado para remissão da culpa. Contra essa luz, o inimigo arremessaria todos os ventos frios da maldade, banindo do coração de muitos o seu doce brilho. Quantos jazeriam perdidos por recusarem a luz do perdão divino, ficando envoltos pelas trevas da escura noite! <br /><br /> <br /><br />Depois de longas horas de combate, surge no céu os sinais do amanhecer. A escuridão que com ira havia lançado seus ventos sobre a imorredoura chama procurando bani-la, torna-se confusa ante os sinais do amanhecer. O céu tingido de um vermelho vivo, faz lembrar o sangue que jorrara do peito do cordeiro para que a chama do perdão pudesse iluminar a noite humana. Em meio ao colorido de sangue, surge no horizonte o fulgurante sol, trazendo em seus aquecidos raios o sabor da vitória, envolvendo tudo com sua vida. O alvorecer em seu saudoso afeto, acaricia o distante paraíso, levando de seu amado seio em sua brisa matinal o aroma da saudade, numa mensagem de consolo e esperança às criaturas sofredoras do vale da morte.<br /><br /> <br /><br />Banhados pelos cálidos raios e pela brisa da esperança, o casal desperta em mais um sábado, cujo simbolismo aponta para o descanso no reino de Deus, ao culminar o grande conflito entre a luz e as trevas.<br /><br /> <br /><br />Para além daquele altar coberto de cinzas, Adão e Eva contemplam demoradamente o saudoso paraíso. Ainda que distantes em seu exílio, alegram-se com a certeza de que o sacrifício do Messias fará raiar para eles o sábado dos sábados: aquele de lágrimas para sempre banidas; de sol sempre a brilhar num límpido céu; de cordeiros sempre vivos a brincar pelo gramado; dia sem anoitecer, quando não haverá mais altar coberto de sangue e cinzas. Suspiram por esse dia de glória, quando Deus Se fará eternamente visível, levando nas mãos as marcas de Seu infinito amor pelos Seus filhos.<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva que estavam acostumados às flores eternas no paraíso, aquelas que não as viram desabrochar, viam-nas agora surgirem em tenros botões, em meio às ameaças de espinhos prontos a ferirem. Essas tenras flores, sem importarem-se com os espinhos, exalavam perfumes suaves de louvor e gratidão, jamais se cansando de agradar o ambiente. Quando fustigada pelos ventos frios da noite, essas flores não se ressentiam, mas ofereciam seu aroma, que transformava a fúria dos ventos em brisas perfumadas de um alvorecer.<br /><br /> <br /><br />Movidos por profunda gratidão, o casal acompanhava atentamente o ministério de amor daquelas flores que, jamais se cansavam de abençoar, oferecendo sua beleza e perfume como alívio para aqueles que eram feridos pelos rudes espinhos.<br /><br /> <br /><br />Aquelas flores singelas e puras, depois de mostrar em sua curta vida que o perdão e o amor são mais fortes que todos os ventos e espinhos, num último esforço de comunicar alegria, exalavam seu perfume, tombando murchas e sem vida sobre o solo frio. Ali, esquecidas, transformavam-se em insignificante pó que era espalhado pelo vento.<br /><br /> <br /><br />A morte das flores, ainda que parecesse fracasso, revelou ao casal o mistério do renascimento da vida: Morrendo, as flores davam vida aos frutos que, por sua vez, depois de servirem de alimento, doavam suas sementes cheias de vida. Na morte dessas sementes, renascia o milagre da vida, multiplicando as árvores com suas flores prontas a repetir o ensinamento do amor e do sacrifício. <br /><br /> <br /><br />A natureza, portanto, embora maculada pelo pecado, revelava o mistério oculto do plano da redenção. Cada flor a desabrochar em meio aos espinhos, em sua curta vida de amor, era um símbolo do Salvador que nasceria entre os espinhos da maldade, para com o seu perfume consolar o coração dos aflitos. Semelhante à flor, o Messias depois de provar que o amor e o perdão são mais fortes que todos os ventos do ódio; que a verdade e a justiça do reino de Deus são maiores que todos os enganos e injustiças do reino do inimigo, verteria a seiva de sua vida, morrendo para redimir os culpados.<br /><br /> <br /><br />Consolados pelas revelações da natureza, Adão e sua companheira, aprendiam a cada dia a amar mais o Salvador. Cresciam em sabedoria, humildade e santidade. Todas as virtudes destruídas pelo pecado, renasciam no coração.<br /><br /> <br /><br />A colina, sob a proteção dos anjos da luz, tornou-se numa miniatura do Éden distante. Entre os animais reunidos e domados com amor, haviam muitas ovelhas. Na noite que antecedia cada sábado, Adão tinha, por ordem do Criador, de repetir o doloroso ato. Quanta amargura e arrependimento sobrevinham ao casal ao baixarem as trevas da noite do sacrifício! Quanto consolo lhes trazia a chama do perdão que jamais deixara de brilhar sobre o altar.<br /><br /> <br /><br />O decisivo valor do sacrifício, para que a vida pudesse florescer sob a proteção divina, levou o casal a valorizar imensamente o seu pequeno rebanho. Cada sexta-feira, contudo, passou a trazer consigo, além da dor, uma inquietação: - Quem doará seu sangue ao altar quando a última ovelha perecer?<br /><br />Aos olhos do casal maravilhado, aconteceu enfim o milagre do amor, renovando-lhes a esperança de viverem outras semanas sob o brilho da chama do perdão: uma ovelha, a mais gorda delas, passou a sangrar como em sacrifício; De sua dor, nasceram-lhes quatro cordeirinhos.<br /><br /> <br /><br />Cheios de alegria e gratidão, Adão e Eva prostraram-se ante o Salvador invisível, tendo nas mãos aquelas novas criaturinhas que traziam em seus olhos a mesma meiguice e disposição para o sacrifício.<br /><br />Seguros de que novos milagres multiplicariam seus dias, o casal uniu sua voz como outrora, num cântico de gratidão e adoração ao Criador que, como os cordeirinhos nasceria também da dor para cumprir em sua vida o maior de todos os sacrifícios, para salvação da humanidade.<br /><br /> <br /><br />O Eterno, embora invisível aos olhos de Seus filhos humanos, permanecia bem próximo, acompanhado por um exército de anjos, em incansável ministério de cuidado e proteção. O casal estava inconsciente de que a doce calma e paz reinantes naquela colina, bem como toda a sua prosperidade, eram frutos de tão intensa luta. Se os seus olhos fossem abertos para as cenas que ocorriam invisíveis, ficariam tomados de espanto; Quão terrível era o inimigo e suas hostes em suas constantes investidas com o propósito de arruinar o ser humano, arrebatando-o das mãos do Criador.<br /><br /> <br /><br />Depois de contemplar os de cordeiro, Deus fitou o casal com ternura, revelando-lhes algo que os surpreendeu e alegrou:<br /><br /> <br /><br />- Quando desses cordeiros trinta e seis houverem subido ao altar, os vossos braços envolverão o primeiro filho que, como eles surgirá também da dor. Esse filho em sua infância lhes trará alegria saltando como os cordeirinhos em vosso lar. Devereis instruí-lo com dedicação nas leis da harmonia, mostrando-lhes o caminho da redenção. Como vocês, ele será livre para escolher o rumo a seguir. Aceitando o ensinamento, sua vida será vitoriosa; rejeitando-o, caminhará para a derrota. <br /><br /> <br /><br />Adão e Eva ouviram com alegria a promessa divina, mas ao mesmo tempo experimentaram no profundo do ser um temor ao conscientizar-se da responsabilidade que teriam. Sabiam que Satã faria todos os esforços para levar a criança prometida à perdição. Era noite alta quando o Criador, depois de acariciar seus filhos, os deixou adormecidos sobre o gramado macio.<br /><br /> <br /><br />Depois da promessa, cada cordeirinho levado ao altar fazia pulsar mais forte no ventre materno a esperança da alegria que em breve alcançariam. Trinta e seis finalmente baixaram às trevas cumprindo o tempo determinado pelo Criador em que a primeira criança receberia a luz. <br /><br /> <br /><br />Com as mãos ainda manchadas pelo sangue do sacrifício, Adão amparou sua esposa que, aos pés do altar prostrou-se vencida pela dor que lhe trouxe o primeiro filho. A pequena criança não trazia na face a alegria da liberdade, mas o choro de sua prisão; Esse pranto duraria a noite inteira, não fosse o brilho daquela chama aquecida de esperança que, logo atraiu a atenção de seus olhinhos atentos. Envolvendo-o com alegria, Eva consolada de seu sofrimento, disse: "Alcancei do Senhor a promessa". Deu-lhe então o nome de Caim.<br /><br /> <br /><br />Depois de envolver o filhinho com as peles macias de um cordeiro, o casal permaneceu acordado a meditar. Muitos eram os pensamentos que ocupavam suas mentes: pensamentos de alegria, de gratidão, de esperança e de anseio pelo senso da responsabilidade que agora pesava sobre seus ombros.<br /><br />Acariciando com ternura a pequena criança, o casal amadureceu em sua experiência, compreendendo melhor o misterioso amor de Deus que, para salvar Seus filhos, dispôs-Se a morrer em lugar deles.<br /><br />Adão e Eva não estavam sozinhos em suas reflexões: todos os seres inteligentes do Universo consideravam com interesse sobre o futuro daquele indefeso bebê que no íntimo trazia um reino de dimensões infinitas, a ser disputado pelos dois poderes em luta.<br /><br /> <br /><br />Vendo a criança esboçar o seu primeiro sorriso, o casal subitamente lembrou-se da promessa do Criador que era confirmada em cada sacrifício : Ele nasceria da mulher como criança, com a missão de redimir a humanidade. Não seria Caim já o cumprimento da promessa? O infante com seus olhinhos brilhantes de alegria se parecia tanto com os cordeirinhos que nasciam e cresciam com a missão de serem sacrificados! Considerando assim, o casal apertando o filhinho junto ao peito começou a chorar sem consolo. Quão terrível, seria oferecer seu filhinho inocente ao rude altar! <br /><br /> <br /><br />Para o casal compungido pela dor, surgiu em fim o brilhante sol fazendo reviver com seus cálidos raios as promessas que apontavam para um Salvador que, ainda no futuro, nasceria também da dor para cumprir o eterno plano de redenção.<br /><br /> <br /><br />Abençoada pelo Criador e envolvida pelo amor e cuidado dos pais, a criança se desenvolvia em sua natureza física e mental, tornando-se a cada dia alvo maior de uma incansável batalha entre as hostes espirituais.<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva, ansiosos por fazê-lo compreender as verdades da salvação, tomavam-no nos braços a cada alvorecer e, à beira do altar lhe apontavam o Éden distante, contando aquelas histórias de emoção as quais o pequeno Caim ainda não conseguia compreender. Qual foi a alegria daqueles pais, ao vê-lo numa manhã de sol, apontar com a mãozinha para o lar da saudade, pronunciando o nome sagrado do Criador. Emocionados tomaram-no nos braços, pedindo-o para repetir esse sublime nome que, qual chave de felicidade, sempre descerrava-lhes um paraíso de eterno amor. <br /><br /> <br /><br />Todas as hostes da luz inclinaram-se com alegria ao ouvir a pequena criança pronunciar o nome do divino Rei.<br /><br /> <br /><br />As semanas iam se passando trazendo consigo novas vítimas para o altar, e o pequeno Caim, alvo da atenção e cuidado de Deus, das hostes da luz e daqueles amantes pais incansáveis na missão de instruí-lo, agrupando suas poucas palavras, sempre curiosos com tudo passou a interrogar. <br /><br /> <br /><br />O dia declinava quando o menino, que jazia ao colo de sua mãe, perguntou-lhe: <br /><br /> <br /><br />- Mamãe, por que o sol sempre vai-se embora, deixando a gente no frio da escuridão?" <br /><br /> <br /><br />Eva, surpresa contemplou seu filho, sem encontrar palavras para responder-lhe a indagação que trouxe-lhe à lembrança o passado de felicidade destruído por sua culpa. Após um momento de silêncio, beijando a face do pequeno Caim, disse-lhe:<br /><br /> <br /><br />- Filhinho, um dia o sol virá para ficar, trazendo em seus raios um mundo só de harmonia; já não haverá animaizinhos a brigar, nem cordeirinhos a morrerem sobre o altar" Caim, insatisfeito com as palavras da mãe, demonstrou não ter paciência para aguardar esse dia que jazia em distante futuro. <br /><br /> <br /><br />Repetia em pranto: <br /><br /> <br /><br />- "Eu quero o sol hoje , amanhã não!"<br /><br /> <br /><br />Eva, pacientemente, procurou acalmar seu filho, falando sobre a luz de Deus, que pode tornar a noite em dia. Ele o amava e poderia encher seu coraçãozinho de brilho, de alegria e paciência. Poderia assim, aguardar feliz o dia de seus sonhos.<br /><br /> <br /><br />Balançando a cabecinha em rejeição ao consolo da mãe, Caim proferiu entre soluços: -"Eu quero o sol porque eu posso vê-lo, ao Eterno não".<br /><br /> <br /><br />Como uma seta dolorosa as palavras de rebeldia de Caim penetraram no coração de Eva, fazendo-a chorar amargamente. Uma tristeza infinita pairava sobre o coração do Criador rejeitado. Esboçavam-se nos gestos de Caim os primeiros passos pelo caminho descendente da rebeldia. Quantos o seguiriam rumo à morte!<br /><br /> <br /><br />Inconsciente da tristeza que abatera-se sobre o reino da luz, Adão, ao ver o sol declinar no horizonte, deixou seu trabalho no campo rumando-se para casa. Tinha um cântico no coração ao caminhar para mais um encontro com os seus.<br /><br /> <br /><br />Ao aproximar-se do altar, viu junto dele sua companheira prostrada em pranto. O pequeno Caim jazia também ali a chorar. Tomando-o nos braços, Adão perguntou-lhe com anseio: -"O que aconteceu meu filho?" Caim tristemente respondeu: -"Mamãe deixou o sol ir embora" <br /><br /> <br /><br />Amparando o filho com seu braço esquerdo, Adão pousou sua mão direita sobre o ombro de Eva, mas não encontrou palavras para consolá-la. A frase dita por seu filhinho, pareceu rasgar-lhe o coração, fazendo-o reviver a queda.<br /><br /> <br /><br />Depois de refletir, Adão sentindo-se culpado respondeu para Caim: -"Foi o papai quem deixou o sol ir embora meu filho!".<br /><br /> <br /><br />Com soluços de grande tristeza, Adão uniu-se a eles no pranto. A lembrança do Salvador, contudo, o consolou. Enxugando suas lágrimas e as de seu filhinho, disse-lhe com ternura: -"Podemos nos alegrar filhinho ,pois Deus prometeu fazer o sol para sempre brilhar no céu; ele será como o fogo que surge no altar, banindo as trevas da noite".<br /><br /> <br /><br />Com os olhinhos voltados para o último clarão do arrebol, Caim permaneceu sem consolo. <br /><br /> <br /><br />Naquele entardecer, não houve como de costume um alegre jantar. A pequena família, entristecida, permaneceu a meditar por longas horas, até sonolentos adormecerem sob a luz das estrelas. <br /><br /> <br /><br />O inimigo e suas hostes, em sarcasmo de maldade zombaram naquela noite do sofrimento de Deus e Seus fiéis. Repetindo as palavras de rebeldia do pequeno Caim, ufanava-se como vencedor. Num desafio ao Criador pronunciou : - Veja como esse meu pequeno escravo te rejeita! O mesmo se dará com todos aqueles que hão de nascer. Estou certo de que o direito de domínio jamais sairá de minhas mãos.<br /><br />Todas as hostes rebeldes repetiram em eco as afrontas do enganador, humilhando os súditos da luz que sofriam do lado do Eterno. <br /><br /> <br /><br />Com suas afrontas, o inimigo procurava fazer Deus desistir de Seu plano de redenção. Se isso acontecesse, seu reino de trevas se estenderia por toda a eternidade , suplantando o domínio da luz.<br /><br />Em resposta ao desafio do inimigo, o Eterno afirmou solenemente : - Ainda que todos me rejeitem , Eu cumprirei a promessa.<br /><br /> <br /><br />O Criador não suportava o pensamento de ver o pequeno Caim caminhar para a perdição. Por ele intercedia a cada dia, oferecendo ante a justiça o Seu sangue que verteria. Anjos poderosos guardavam-no a cada momento, espancando as trevas espirituais que o acercavam procurando torná-lo insensível aos benefícios da salvação , que eram ilustrados pelos símbolos. <br /><br /> <br /><br />Adão e Eva em seu incansável ministério de amor, todos os dias ensinavam a Caim as lições espirituais ilustradas na natureza. Em cada sábado procuravam firmar em sua mente juvenil a esperança de uma vida eterna, que seria fruto do sacrifício do Salvador. Ele, depois de viver uma vida sem pecado, morreria como um cordeiro , para poder expulsar para sempre as trevas. <br /><br /> <br /><br />A contemplação do Éden distante banhado em sol fez nascer no coração juvenil de Caim pensamentos de aventura. Ele começou a pensar : "Este paraíso não está tão longe como afirmam papai e mamãe. Por que esperar e sofrer tanto tempo?! Ele é tão belo! É dele que surge todos os dias o sol! Se o conquistarmos, será fácil deter a luz em sua nascente; Assim viveremos num paraíso de eterno sol.<br /><br /> <br /><br />As idéias de aventura de Caim, enchiam o coração de Adão e Eva de tristeza. Viam que seu interesse era somente pelo tempo presente; ele sonhava com um paraíso de felicidade e luz conquistado por sua força. Em seus planos, não sentia necessidade de um Salvador; - Para que, se era tão jovem, inteligente , cheio de vida e ideais?- dizia<br /><br /> <br /><br />Os dias de lutas, intercessões e sacrifícios pelo destino de Caim foram se passando. Oportunidades preciosas surgiam em cada dia diante dele para se apegar ao Salvador, mas a todas rejeitava, uma por uma. Em sua incredulidade chegou a duvidar da existência desse Deus, o qual jamais vira. Aos pais que, aflitos mas sempre com paciência, procuravam livrá-lo da perdição para a qual estava caminhando, prometeu um dia , após sorrir com ar de incredulidade, crer no Criador e em Seu plano de salvação, caso Ele se tornasse visível na hora do sacrifício.<br /><br /> <br /><br />Com ardente fé, aqueles pais passaram a clamar ao Eterno. Sua presença visível poderia, quem sabe, salvar aquele filho querido que a cada dia tornava-se mais rebelde.<br /><br /> <br /><br />O Criador ouviu o clamor dos pais aflitos. Embora soubesse que Sua aparição dificilmente quebraria no coração do jovem Caim seu espírito rebelde, estava disposto a cumprir o pedido. Estenderia os braços amigos a Caim, procurando com amor conquistar-lhe o coração. Como conhecia os seus anseios e sonhos de aventura, facilmente poderia identificar-Se com ele, cativando-o, pois era também Alguém que sempre carregara no peito sonhos de aventura; Não fora a criação do Universo uma grande aventura?! Não fora o Seu sonho vê-lo cravejado de sóis fulgurantes, iluminando bilhões de mundos com o seu brilho?! Não era também o Seu maior atravessar o vale da morte, em busca da conquista do Éden distante, prendendo para sempre o Sol em seu céu?! Tinham muita coisa em comum!<br /><br /> <br /><br />Caim estava curioso naquela sexta-feira. Na face dos pais, via ânimo e alegria, frutos de uma fé grandiosa. Incentivado por essa expressão de confiança, o jovem passou a ajudá-los nos preparativos para o santo sábado.<br /><br /> <br /><br />O Sol finalmente esquivou-se rolando para o poente, deixando como de costume seu rastro de saudade que anunciava medo. Em meio às trevas, Caim discerniu o vulto branco do cordeiro sendo erguido para o altar pelas mãos do pai - esse incansável sacerdote que sempre estava implorando ao Criador pela salvação de seu amado filho.<br /><br /> <br /><br />Com a mão erguida, Adão preparava-se para o golpe que poderia, quem sabe, quebrar no coração de Caim sua incredulidade, fazendo nascer num só momento a crença na salvação. De seus lábios escapa-se então a prece da fé: - Pai Eterno, ouve o meu pedido; Meu filho precisa de Ti! Somente um olhar Teu poderá conquistá-lo. Venha Senhor!!<br /><br /> <br /><br />Esta oração sincera caiu nos ouvidos daquele filho, comovendo-o. Somente a prece já seria suficiente para convencê-lo da existência real de um Salvador.<br /><br /> <br /><br />Um forte brilho envolveu logo toda a colina banhando também o vale oriental .Os olhos arregalados de Caim pousaram então nos olhos amáveis do Criador, que trazia na face um brilho superior ao do sol, mas não ofuscante. Contemplando-O com admiração, Caim exclamou: - Ele é jovem como eu, e se parece com o Sol!<br /><br /> <br /><br />Adão e Eva, comovidos pela grande saudade tinham vontade de saltar ao peito do Salvador e beijá-Lo, mas deixaram que Ele Se encontrasse primeiro com Caim. Com alegria , viram o precioso filho envolvido nos braços do grande amigo, que era parecido com o seu astro.<br /><br /> <br /><br />Depois de longo abraço, Deus abraçou e beijou também o querido casal, companheiros no sofrimento.<br /><br />Caim, conquistado pela afeição do Pai Eterno, mostrou-Lhe seus animais de estimação e seu pequeno jardim carregado de lindas flores. Como estava encantado por vê-los coloridos naquela noite desfeita pelo brilho do Criador, como sob a luz do dia! Parecia até mesmo que o Sol baixara a eles.<br /><br /> <br /><br />Ao pensar no Sol, Caim, como o amava muito, passou a falar sobre ele dizendo:<br /><br /> <br /><br />- Como ele é belo e bom! Quando ele vai-se embora, deixa em suas lágrimas de sangue um sentimento de tristeza e temor. Tudo desaparece em sua ausência : os animais, o jardim; até os passarinhos silenciam os seus cantos! ...Mas basta ele dizer que vai aparecer, tudo se enche de encanto; A natureza se desperta de mansinho, parecendo ainda temer as trevas, mas quando as vê fugir , fica alerta e canta; Os animais, os passarinhos, o jardim,... tudo volta a viver feliz! Mas, esta felicidade sempre acaba!!!<br /><br /> <br /><br />Após falar estas palavras, Caim fitando o Criador indagou curioso:<br /><br /> <br /><br />- Papai sempre diz que foi você quem criou o Sol. É verdade?<br /><br /> <br /><br />Com um sorriso de sinceridade Deus respondeu-lhe que sim<br /><br /> <br /><br />- Quando Você o fez no princípio, continuou Caim, ele já fugia para o poente?<br /><br /> <br /><br />- Ele nunca foge, respondeu o Eterno, é o mundo quem foge dele. Ele fica triste com essa ingratidão!<br /><br /> <br /><br />- Mas como? Perguntou Caim, contemplando curioso Sua face de luz.<br /><br /> <br /><br />Com palavras carinhosas, Deus passou a contar-lhe a história de Lúcifer que, em sua ingratidão baniu de seus olhos e dos olhos de uma multidão de criaturas, o brilho de Sua face - o Verdadeiro Sol. Depois de assim agir, iludiu a muitos dizendo que foi o Sol quem fugiu deles. Com sua astúcia, continuou o Criador, o anjo rebelde procurou arrastar o ser humano para as trevas, e conseguiu. O Sol naquele dia, chorou tantas lágrimas de sangue, que banhou todo o céu. Em seu último suspiro de luz, porém, ele prometeu ao mundo já tomado pelas trevas, voltar um dia a brilhar para sempre, enchendo todo o seu seio de vida.<br /><br />Após falar-lhe estas palavras, o Eterno fitando aquele jovem, com expressão de tristeza nos olhos concluiu dizendo: - Hoje, o anjo rebelde promete a seus seguidores que irá com sua força deter o sol, mas ele jamais conseguirá realizar esse plano, pois não possui o laço que poderá detê-lo: o amor.<br /><br /> <br /><br />Cabisbaixo, Caim ouviu dos lábios do Criador essa história de promessas, a qual já se cansara de ouvir de seus pais. Essa história não lhe dava prazer, pois mostrava uma noite longa de sacrifícios sobre o altar, e de um Salvador a perecer em dor. Em realidade, Caim não via razões para tudo isso. Por que não banir logo o sofrimento colorindo as trevas de luz?!<br /><br /> <br /><br />Num esforço para conquistá-lo, o Eterno com muito amor fitou aquele jovem insatisfeito, e disse-lhe que, somente o sangue de Seu sacrifício poderia fazer o Sol para sempre brilhar, num reino de eterna felicidade e paz. Não havia outro caminho para essa conquista. Por isso, deveria ser paciente, descansando-se sob o Seu cuidado.<br /><br /> <br /><br />Após conversar por longo tempo com Caim, na tentativa de fazê-lo reconhecer sua necessidade de salvação, Jeová voltando-Se para o casal, passou a consolá-los com a promessa do nascimento de outro filho. Mais trinta e seis sacrifícios seriam contados, e seus braços envolveriam o segundo filho. Nasceria também da dor, mas traria nos olhos o brilho e o consolo da salvação. O seu testemunho de fidelidade ficaria perpetuado por todas as gerações, no símbolo de um altar coberto de sangue.<br /><br /> <br /><br />As semanas iam se passando, trazendo ao casal novas de alegrias e tristezas : de um coração cheio de vida a pulsar no ventre de Eva, e de um vazio com cheiro de morte a crescer no coração do jovem Caim. Ainda que ele tenha ficado deslumbrado ante a manifestação de Deus, em nada essa aparição mudou-lhe sua maneira arrogante de pensar sobre o sentido da vida. Ele não via sentido nos sacrifícios oferecidos no altar. Nos dias que seguiram o seu encontro com o Criador, ele argumentava com os seus pais dizendo: <br /><br /> <br /><br />- Se eu fosse poderoso como o Eterno, eu jamais me submeteria ao sacrifício para reconquistar o reino perdido. Ele é forte, e brilha como o sol. Ele poderia com uma só palavra expulsar todas as trevas, devolvendo-nos o paraíso. Para que tanto sofrimento?! Com essa argumentação, Caim supunha-se mais sábio que o Criador. Quem sabe, num próximo encontro teria oportunidade de aconselhá-Lo.<br /><br /> <br /><br />Dessa forma, o jovem Caim aprofundava-se cada vez mais no abismo do orgulho e do egoísmo - lugar de ilusões para onde se ia, pensando estar caminhando para a vitória. Não fora Lúcifer juntamente com um terço das hostes celestes atraídos por essa mesma ilusão?! O bondoso Deus , todavia, não selaria o destino de Caim sem antes procurar de todas as formas salvá-lo da ruína eterna. Essa graça imerecida, fruto do divino amor, seria concedida a todo o ser humano que viesse a nascer neste mundo.VALDEMIRhttp://www.blogger.com/profile/14892646338427577994noreply@blogger.com0